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Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Nunca é tarde para começar, já diz o ditado. Com os antigos estereótipos e preconceitos sobre o envelhecimento caindo, cada vez mais vemos idosos se reinventando, saindo da zona de conforto e provando para o mundo que a idade é apenas um número. Juntamos algumas histórias inspiradoras de pessoas que tiveram a coragem de dar o primeiro passo e alteraram de forma positiva as suas vidas e as das pessoas que as cercam!

Nair Donadelli e Nelson Miolaro do canal @vovostiktokers

Tudo começou como uma brincadeira entre avós e netos durante a pandemia. Com o primeiro vídeo sendo publicado em junho de 2020, no aniversário de 90 anos do Vô Nelson, eles não poderiam imaginar o sucesso que fariam. Hoje o canal conta com mais de 11 milhões de seguidores no TikTok e mais de 3 milhões no Instagram.

As palavras de Dona Nair dizem tudo:

“Eu não sabia que ia fazer sucesso assim depois de velha. Mas a sensação é muito boa. Todo mundo devia ter um pouco mais de amor, de carinho”.

Maria Pereira da Silva que se formou no ensino médio aos 91 anos.

Moradora do Distrito Federal foi obrigada a abandonar os estudos ainda bem jovem para trabalhar e ajudar a família. Uma história triste, como tantas outras em nosso país, mas que teve um final feliz. Dona Maria se matriculou no ensino médio aos 89 anos e se formou 2 anos depois.

Empenhada, faltou em apenas dois dias durante todo o curso e foi motivo de muito orgulho para os 11 filhos, 28 netos, 48 bisnetos e 3 tataranetos.

Dona Maria disse emocionada:

“Nunca é tarde para realizar seu sonho.”

Greta Pontarelli de 72 anos é 11 vezes campeã mundial de pole dance.

Ela começou a treinar aos 59 anos após ser diagnosticada com osteoporose. A indicação médica, como sempre, foi fazer atividade física que envolvesse levantamento de peso. A norte-americana levou a sério e começou a treinar algumas horas por semana. Se apaixonou pela prática e vencendo tabus e preconceitos, tornou-se 11 vezes campeã da categoria.

Greta, ensina:

“Muitos pensam que mesmo com 40 ou 45 anos, já é tarde demais para começar algo novo, para encontrar um novo sonho. E eu estou feliz por poder mostrar que nunca é tarde demais para realizar seu sonho e ser feliz.”

Mary Lages, adepta da escalada aos 73 anos.

Mary começou a escalar aos 47 anos despretensiosamente. Aos 73 anos, é ícone da vida ativa na terceira idade. Foi inclusive escolhida para se tornar o rosto do lançamento da modalidade de escalada nas Olimpíadas do Japão em 2021.

Exemplo de superação, Mary tinha medo de altura. Começou a escalar por convite do filho mais velho, Yan Ouriques. Nunca mais parou.

“O esporte melhora a autoestima, a autoconfiança e o equilíbrio. Qualquer pessoa pode escalar, é só querer, aprender a usar o corpo. Eu vou aos lugares, escalo pedras, paredes, mas ainda não gosto de olhar para baixo.”

Vovó Izaura Demari. Influencer digital aos 81 anos.

Realmente inspiradora, a Vovó Izaura dá um verdadeiro show acabando com a ideia de juventude eterna no Instagram. Cheia de vida e com uma energia fantástica mostra suas viagens e desfila seus looks para lá de modernos e extravagantes.

Chegou a compartilhar até uma foto quase nua, apenas com uma bolsa como “roupa”. Quebra total de paradigmas e preconceitos. Vovó Izauda disse:

“Que através das minhas postagens, possa Influenciar e inspirar as mulheres a mostrar sua beleza escondida”.

E quem duvida que está inspirando?

Olhar para essas histórias é, também, olharmos para nós mesmos. Em um mundo onde a população fica cada vez mais velha, fica a certeza que nunca é tarde para mudar e a pergunta para os mais novos: Que tipo de pessoa queremos ser quando estivermos mais velhos?

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Ajudar o próximo de maneira altruística, dedicando seu talento sem esperar nada em troca, é uma virtude.

Na terceira idade pode inclusive aumentar a longevidade, espantando condições que podem impactar fortemente a qualidade de vida dos idosos. Estamos falando de doenças como a depressão e demências.

Se o trabalho voluntário é benéfico para as pessoas de todas as idades, nos idosos os benefícios são ainda mais evidentes.

É o que o estudo publicado pela revista científica British Medical Journal aponta. Os resultados indicam que acima dos 40 anos, o trabalho voluntário tem um impacto significativo na saúde mental de quem pratica, benefício que continua aumentando até idades avançadas. Em poucas palavras, quanto mais velho se é, mais positivos são os impactos da atividade voluntária.

A importância do sentimento de propósito para o idoso.

Com o avanço da idade e principalmente com a chegada da aposentadoria, é muito comum que o idoso comece a sentir sentimentos contraditórios sobre esta fase da vida.

O merecido descanso é facilmente confundido com ociosidade e muitas vezes a aposentadoria pode trazer grande sofrimento emocional. Nesse sentido, o trabalho voluntário traz de volta a sensação de propósito e utilidade que contribui imensamente para a saúde física e mental.

Os benefícios do trabalho voluntário na terceira idade.

  • A solidariedade é algo que faz bem para quem recebe e para quem pratica. Na terceira idade os benefícios são muitos. Veja abaixo:
  • O trabalho voluntário é um potente agente socializador e age diretamente em um aspecto muito comum entre os idosos: a solidão;
  • Afasta os sentimentos negativos que podem afetar a saúde mental do idoso e trazer a depressão;
  • Melhora a autoestima, trazendo de volta a motivação e o propósito;
  • Mantém a atividade mental ativa, na solução dos variados desafios inerentes ao trabalho voluntário;
  • Evita ou retarda o aparecimento do Alzheimer e outras demências.

Como ser um voluntário?

É muito importante ter afinidade com o trabalho voluntário. Entre os idosos, devido à falta de pressão, é um ótimo momento para realizar uma função que sempre teve interesse.

Abaixo temos alguns exemplos de como encontrar trabalhos voluntários.

  • Organizações religiosas são um bom lugar para se engajar em atividades comunitárias;
  • Visite a prefeitura ou a subprefeitura do seu bairro ou região. As instituições governamentais possuem uma variada gama de projetos sociais em diversas frentes;
  • Procure por ONGs em sua cidade. Com toda a certeza eles precisam de ajuda com suas iniciativas;
  • A internet é uma valiosa aliada. As redes sociais são um bom lugar para se informar. Sites como o www.voluntarios.com.br dão uma boa visão sobre as necessidades em sua região.

O trabalho voluntário e o papel do idoso na visão da OMS e da ONU.

Com a evolução da sociedade e com o aumento da população idosa ao redor do mundo, muitas mudanças estão ocorrendo.

Entre elas nasce uma série de iniciativas públicas que visam a saúde e a inclusão criativa dos idosos, com o seu grande conhecimento e experiência, de maneira produtiva em diversos setores. É o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, que vê o trabalho voluntário como algo fundamental nesta nova sociedade

O plano, proposto pela ONU, reconhece a contribuição dos idosos de maneira que vai muito além da econômica. Coloca o idoso em uma posição de destaque ao atestar que a contribuição do idoso no cuidado à família e na realização de atividades voluntárias, aumentam significativamente o bem-estar coletivo.

Já a OMS, atesta que o voluntariado é um elemento importante na manutenção da saúde e da qualidade de vida na velhice. É o Envelhecimento Ativo, que deixa para trás estereótipos sobre o que é envelhecer, otimizando as oportunidades na contínua participação dos idosos nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis da sociedade.

É o mundo em movimento, que vê os idosos cada vez mais engajados e ativos. Não é à toa que nos últimos 10 anos os idosos em trabalho voluntário aumentaram de 25% para quase 40%. Ajude a espalhar essa ideia. Só temos a ganhar.

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

O Dia Internacional do Riso é uma oportunidade perfeita para destacar como o riso é um presente valioso e saudável para todos. Para os idosos, os benefícios são ainda mais evidentes!

Não é à toa que sempre ouvimos que rir é o melhor remédio. E é isso que o PHD Lee S. Berk da Universidade de Loma Linda vem provando desde 1988, ano em que começou a publicar seus estudos. Os estudos provam que rir faz as pessoas se sentirem bem no presente, constrói uma boa saúde para o futuro e “cura feridas” do passado.

Por isso, não economize nas risadas no dia a dia. Aqui estão alguns benefícios que rir traz para todos nós

Os benefícios de uma boa risada para o idosos

  • Fortalecimento cardíaco: O riso é um exercício cardiovascular disfarçado. Ele aumenta o fluxo sanguíneo, promovendo a saúde do coração e reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
  • Terapia antiestresse: Rir libera endorfinas, os “hormônios da felicidade”, que combatem o estresse e promovem uma sensação geral de bem-estar. É como uma terapia natural que acalma a mente, melhorando o humor e diminuindo a ansiedade.
  • Socialização: O riso é uma linguagem universal que conecta pessoas. Compartilhar risadas fortalece os laços sociais, afastando a solidão e criando momentos preciosos com amigos e familiares.
  • Estímulo Cerebral: O ato de rir estimula o cérebro, melhorando a cognição e a memória. É um exercício mental alegre que mantém a mente afiada.
  • Exercício facial: Rir envolve uma série de músculos faciais, proporcionando um treino para manter um sorriso radiante e jovial. É um segredo de beleza atemporal!
  • Aumento da imunidade: O riso fortalece o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater doenças. É como uma vacina de boa disposição.
  • Alívio da dor: Acredite ou não, o riso pode ser um analgésico natural. Ele libera endorfinas que podem atenuar a dor e proporcionar alívio temporário.

Rir para ter mais saúde tem até nome! É a risoterapia. Por isso na Mão do Amor nossos cuidadores sempre incentivam o riso e os bons momentos.

Então, da próxima vez que encontrar seus idosos queridos, não esqueça de trazer um pouco de humor para a conversa. O riso é verdadeiramente contagiante e é um ingrediente essencial para uma vida mais feliz e saudável em todas as idades!

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

No delicado cenário hospitalar, principalmente durante longas internações, os cuidadores profissionais se apresentam como grandes facilitadores durante os momentos mais difíceis.

O papel do cuidador profissional no acompanhamento hospitalar

A presença de um cuidador profissional não é apenas importante na entrega de cuidados físicos. Ela também se estende às esferas emocionais e organizacionais, moldando positivamente a experiência dos pacientes e da família, colaborando para uma melhora mais rápida do quadro do internado.

Vamos explorar a importância desses profissionais no acompanhamento hospitalar!

Assistência personalizada e adaptável

Cada paciente é único, com necessidades específicas que vão além do diagnóstico médico. Os cuidadores profissionais oferecem uma assistência personalizada, adaptando-se em tempo real às condições e requisitos individuais, proporcionando um ambiente de cura mais centrado no paciente e não somente na enfermidade.

Monitoramento contínuo e acionamento precoce

Em um hospital, onde cada momento pode contar, os cuidadores desempenham um papel crucial no monitoramento constante dos sinais vitais e no reconhecimento precoce de quaisquer alterações no estado de saúde. Essa vigilância permite intervenções mais rápidas da equipe médica, reduzindo o risco de complicações.

Suporte emocional e conforto

Além dos aspectos físicos da recuperação, a presença de um cuidador profissional oferece um suporte emocional muito importante. Em um ambiente muitas vezes assustador e desconhecido, a empatia e a compaixão dos cuidadores contribuem significativamente para o conforto psicológico dos pacientes.

Comunicação facilitada e empoderamento

A comunicação eficaz é muito importante em qualquer internação. Cuidadores atuam como um elo entre pacientes, familiares e equipe médica, assegurando que informações críticas sejam transmitidas de maneira clara e compreensível, promovendo uma visão abrangente do plano de tratamento.

Prevenção de complicações e promoção da recuperação

Seguir as orientações médicas à risca é vital. Os cuidadores desempenham um papel fundamental nesse aspecto, garantindo que os pacientes se mantenham firmes aos planos de tratamento e práticas de autocuidado. Isso não apenas previne complicações, mas também impulsiona a recuperação eficaz.

Continuidade dos cuidados após a alta

A transição do hospital para o ambiente doméstico é um momento crítico. Cuidadores desempenham um papel vital na facilitação dessa transição, garantindo a continuidade dos cuidados e minimizando os riscos.

O acompanhamento hospitalar dos idosos

Além de todos os pontos ressaltados acima, o acompanhamento hospitalar de idosos se mostra ainda mais necessário. Com a chegada da idade a hospitalização torna-se uma realidade mais frequente.

Os cuidados extras durante a internação de idosos desempenham um papel crucial para garantir a tranquilidade de toda a família e uma recuperação mais completa e duradoura. O estímulo à mobilidade, por exemplo, é fundamental em pacientes idosos. Assim como cuidados extras com a nutrição, higiene pessoal, controle da dor e até mesmo atividades recreativas para manter o bom humor e positividade.

Em conclusão, os cuidadores profissionais não são apenas assistentes, são aliados indispensáveis no caminho da recuperação. Sua presença, habilidades e compaixão vão além da mera prestação de serviços, moldando uma experiência hospitalar que é, acima de tudo, humana.

A Mão do Amor presta o serviço de acompanhamento hospitalar com muito profissionalismo e cuidado. Estamos aptos a começar o atendimento em pouquíssimo tempo. Entre em contato conosco e fique sabendo de todos os detalhes.

Atualizado em 19 de dezembro de 2022.

Cuidar de uma pessoa é engrandecedor e gratificante. Ao mesmo tempo, exige tempo e muita paciência, além de acarretar várias mudanças na rotina.

Seja um familiar, seja um profissional, os cuidadores acabam sendo os responsáveis por toda a rotina de uma pessoa incapacitada, como higiene pessoal completa, agendar e levar ao médico, controle de medicações, preparar a comida e alimentar, ajudar na locomoção, administrar gastos e finanças, lidar com as questões emocionais do paciente, e ainda dar atenção a cada detalhe.

O cuidador familiar

No caso de um cuidador que seja da família, tudo isso acontece dentro de uma nova realidade que eles também estão precisando assimilar: a troca de papéis. E é uma troca diferente com relação a se cuidar de uma criança, pois, ao final dos cuidados, não há perspectiva de cura ou evolução e ainda há a possibilidade de perder a pessoa.

Essa situação envolve muita dedicação por longos anos, causando um desgaste físico e mental ao cuidador. É comum que desenvolvam uma condição conhecida como Estresse do Cuidador ou Síndrome do Cuidador, ou seja, uma intensa tensão emocional decorrente do cuidado.

Como surge o estresse do cuidador?

Muitos cuidadores deixam de realizar suas atividades do dia a dia como trabalhar, não se alimentam corretamente, dormir pouco e passar por muito estresse para cuidar de um ente querido que está impossibilitado.

O estresse é ainda mais intenso nos casos que envolve uma “mudança de endereço”, quando familiares precisam voltar a morar juntos e ter uma rotina de convivência após anos morando separados.

Segundo a Faculdade de Medicina da USP, estima-se que 30% dos idosos tenham algum grau de dependência. Concluiu-se que homens e mulheres responsáveis pelo cuidado prolongado de parentes apresentam taxas mais altas de doenças, pela resposta imunológica suprimida.

A situação se intensifica quando o paciente possui algum tipo de demência, pois podem ficar agressivos, teimosos, repetitivos ou infantilizados. Os cuidadores ficam mais suscetíveis a problemas de saúde como dores no corpo, depressão e ansiedade. Também se sentem sozinhos, desprotegidos, com insônia, apresentam perda ou excesso de apetite e, em alguns casos, forte depressão. Apresentam esgotamento físico e mental, descuidam da aparência e nunca têm tempo para si. Muitas vezes não reconhecem os sintomas de alerta do estresse do cuidados. A maioria acha que essa situação é algo normal, provisório, não procura ajuda e acaba sofrendo calado.

É muito importante ficar atento aos sinais como irritação, frustração, tristeza, esgotamento e falta de perspectiva. Sem ajuda profissional e de pessoas próximas, é difícil passar por esta fase. Geralmente, o diagnóstico é realizado de forma indireta pelo geriatra ou médico que atende o idoso ou doente.

Confira alguns sinais que merecem atenção

São muitas as consequências relacionadas ao estresse do cuidador:

  • Ansiedade e/ou depressão;
  • Perder o contato com amigos;
  • Estar sempre exausto;
  • Irritação frequente;
  • Discutir facilmente com familiares próximos;
  • Falta de energia e vigor físico;
  • Negligenciar a própria saúde;
  • Dores no corpo;
  • Sentir culpa quando está longe;
  • Ficar sempre preocupado e com pensamentos negativos;
  • Falta de concentração;
  • Dores frequentes de cabeça ou estômago;
  • Imunidade baixa;
  • Falta de tempo para o lazer.

É uma rotina muito estressante pois o cuidador fica na constante expectativa de que algo vai acontecer com o paciente, o que potencializa todos os sintomas.

O que pode ser feito para diminuir os impactos do estresse do cuidador?

Algumas atitudes no dia a dia diminuem os impactos emocionais e físicos do cuidador.

Rotina real, sem idealizações

O primeiro passo é estabelecer uma rotina de cuidados reais, que se resume a fazer o que é necessário, sem buscar a constante perfeição. É fundamental dividir as tarefas e admitir que precisa de ajuda para dar apoio à pessoa assistida.

Saúde em dia

É muito importante cuidar da própria saúde, mantendo os exames de rotina em dia e, em caso de doenças, administrar os medicamentos e tratamentos corretamente.

Apoio psicológico

Acompanhamento psicológico é fundamental nesta fase. Hoje em dia a maioria dos profissionais já atendem de forma remota, o que facilita a vida daqueles que não podem se ausentar de casa por longos períodos.

Grupos de apoio também são ótimos aliados para desabafar e desenvolver o hábito de pedir ajuda e aceitar ser cuidado também. Sem contar que pessoas que estão passando pela mesma situação são ótimas para compartilhar sentimentos e ideias.

Um tempo para você

Outra questão muito importante e muitas vezes negligenciada é dedicar tempo para o lazer e evitar o isolamento. É fundamental manter relacionamentos com outras pessoas, não apenas com quem é assistido.

Geralmente, os cuidadores passam longas horas cuidando do outro e esquecem que precisam de pausas ou de realizar atividades que tragam prazer como leitura ou assistir um filme, fazer exercícios físicos, falar de novos assuntos, etc.

Esse desgaste emocional prejudica a relação interpessoal entre cuidador familiar e idoso assistido, muitas vezes gerando sentimentos contraditórios. A impaciência e a intolerância tendem a crescer se não forem cuidadas com atenção.

Reconheça o seu limite

Em alguns momentos, o cuidador percebe que está no seu limite. Muitos sentem uma depressão intensa e/ou mudam de comportamento, ficando mais irritados ou propensos a agressões ou desrespeito ao idoso ou pessoa doente. E sempre seguido de muita culpa.

É normal que o cuidador perca a capacidade de lidar com essa situação. E, além de tratamento, é necessário averiguar a possibilidade de contratar serviço especializado. É uma alternativa para melhorar a qualidade do cuidado e garantir um atendimento profissional, que possa proporcionar conforto e segurança, com foco na atenção aos detalhes.

Um cuidador profissional está apto a realizar atividades que “pesam” no dia a dia familiar, como dar banho, vestir, trocar fraldas, manusear corretamente uma cadeira de rodas ou maca, lidar com teimosias e ainda ter tempo para entreter e atender as necessidades do assistido.

É muito importante cuidar de quem cuida.

Leia também:

 

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Nunca é tarde para começar, já diz o ditado. Com os antigos estereótipos e preconceitos sobre o envelhecimento caindo, cada vez mais vemos idosos se reinventando, saindo da zona de conforto e provando para o mundo que a idade é apenas um número. Juntamos algumas histórias inspiradoras de pessoas que tiveram a coragem de dar o primeiro passo e alteraram de forma positiva as suas vidas e as das pessoas que as cercam!

Nair Donadelli e Nelson Miolaro do canal @vovostiktokers

Tudo começou como uma brincadeira entre avós e netos durante a pandemia. Com o primeiro vídeo sendo publicado em junho de 2020, no aniversário de 90 anos do Vô Nelson, eles não poderiam imaginar o sucesso que fariam. Hoje o canal conta com mais de 11 milhões de seguidores no TikTok e mais de 3 milhões no Instagram.

As palavras de Dona Nair dizem tudo:

“Eu não sabia que ia fazer sucesso assim depois de velha. Mas a sensação é muito boa. Todo mundo devia ter um pouco mais de amor, de carinho”.

Maria Pereira da Silva que se formou no ensino médio aos 91 anos.

Moradora do Distrito Federal foi obrigada a abandonar os estudos ainda bem jovem para trabalhar e ajudar a família. Uma história triste, como tantas outras em nosso país, mas que teve um final feliz. Dona Maria se matriculou no ensino médio aos 89 anos e se formou 2 anos depois.

Empenhada, faltou em apenas dois dias durante todo o curso e foi motivo de muito orgulho para os 11 filhos, 28 netos, 48 bisnetos e 3 tataranetos.

Dona Maria disse emocionada:

“Nunca é tarde para realizar seu sonho.”

Greta Pontarelli de 72 anos é 11 vezes campeã mundial de pole dance.

Ela começou a treinar aos 59 anos após ser diagnosticada com osteoporose. A indicação médica, como sempre, foi fazer atividade física que envolvesse levantamento de peso. A norte-americana levou a sério e começou a treinar algumas horas por semana. Se apaixonou pela prática e vencendo tabus e preconceitos, tornou-se 11 vezes campeã da categoria.

Greta, ensina:

“Muitos pensam que mesmo com 40 ou 45 anos, já é tarde demais para começar algo novo, para encontrar um novo sonho. E eu estou feliz por poder mostrar que nunca é tarde demais para realizar seu sonho e ser feliz.”

Mary Lages, adepta da escalada aos 73 anos.

Mary começou a escalar aos 47 anos despretensiosamente. Aos 73 anos, é ícone da vida ativa na terceira idade. Foi inclusive escolhida para se tornar o rosto do lançamento da modalidade de escalada nas Olimpíadas do Japão em 2021.

Exemplo de superação, Mary tinha medo de altura. Começou a escalar por convite do filho mais velho, Yan Ouriques. Nunca mais parou.

“O esporte melhora a autoestima, a autoconfiança e o equilíbrio. Qualquer pessoa pode escalar, é só querer, aprender a usar o corpo. Eu vou aos lugares, escalo pedras, paredes, mas ainda não gosto de olhar para baixo.”

Vovó Izaura Demari. Influencer digital aos 81 anos.

Realmente inspiradora, a Vovó Izaura dá um verdadeiro show acabando com a ideia de juventude eterna no Instagram. Cheia de vida e com uma energia fantástica mostra suas viagens e desfila seus looks para lá de modernos e extravagantes.

Chegou a compartilhar até uma foto quase nua, apenas com uma bolsa como “roupa”. Quebra total de paradigmas e preconceitos. Vovó Izauda disse:

“Que através das minhas postagens, possa Influenciar e inspirar as mulheres a mostrar sua beleza escondida”.

E quem duvida que está inspirando?

Olhar para essas histórias é, também, olharmos para nós mesmos. Em um mundo onde a população fica cada vez mais velha, fica a certeza que nunca é tarde para mudar e a pergunta para os mais novos: Que tipo de pessoa queremos ser quando estivermos mais velhos?

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Ajudar o próximo de maneira altruística, dedicando seu talento sem esperar nada em troca, é uma virtude.

Na terceira idade pode inclusive aumentar a longevidade, espantando condições que podem impactar fortemente a qualidade de vida dos idosos. Estamos falando de doenças como a depressão e demências.

Se o trabalho voluntário é benéfico para as pessoas de todas as idades, nos idosos os benefícios são ainda mais evidentes.

É o que o estudo publicado pela revista científica British Medical Journal aponta. Os resultados indicam que acima dos 40 anos, o trabalho voluntário tem um impacto significativo na saúde mental de quem pratica, benefício que continua aumentando até idades avançadas. Em poucas palavras, quanto mais velho se é, mais positivos são os impactos da atividade voluntária.

A importância do sentimento de propósito para o idoso.

Com o avanço da idade e principalmente com a chegada da aposentadoria, é muito comum que o idoso comece a sentir sentimentos contraditórios sobre esta fase da vida.

O merecido descanso é facilmente confundido com ociosidade e muitas vezes a aposentadoria pode trazer grande sofrimento emocional. Nesse sentido, o trabalho voluntário traz de volta a sensação de propósito e utilidade que contribui imensamente para a saúde física e mental.

Os benefícios do trabalho voluntário na terceira idade.

  • A solidariedade é algo que faz bem para quem recebe e para quem pratica. Na terceira idade os benefícios são muitos. Veja abaixo:
  • O trabalho voluntário é um potente agente socializador e age diretamente em um aspecto muito comum entre os idosos: a solidão;
  • Afasta os sentimentos negativos que podem afetar a saúde mental do idoso e trazer a depressão;
  • Melhora a autoestima, trazendo de volta a motivação e o propósito;
  • Mantém a atividade mental ativa, na solução dos variados desafios inerentes ao trabalho voluntário;
  • Evita ou retarda o aparecimento do Alzheimer e outras demências.

Como ser um voluntário?

É muito importante ter afinidade com o trabalho voluntário. Entre os idosos, devido à falta de pressão, é um ótimo momento para realizar uma função que sempre teve interesse.

Abaixo temos alguns exemplos de como encontrar trabalhos voluntários.

  • Organizações religiosas são um bom lugar para se engajar em atividades comunitárias;
  • Visite a prefeitura ou a subprefeitura do seu bairro ou região. As instituições governamentais possuem uma variada gama de projetos sociais em diversas frentes;
  • Procure por ONGs em sua cidade. Com toda a certeza eles precisam de ajuda com suas iniciativas;
  • A internet é uma valiosa aliada. As redes sociais são um bom lugar para se informar. Sites como o www.voluntarios.com.br dão uma boa visão sobre as necessidades em sua região.

O trabalho voluntário e o papel do idoso na visão da OMS e da ONU.

Com a evolução da sociedade e com o aumento da população idosa ao redor do mundo, muitas mudanças estão ocorrendo.

Entre elas nasce uma série de iniciativas públicas que visam a saúde e a inclusão criativa dos idosos, com o seu grande conhecimento e experiência, de maneira produtiva em diversos setores. É o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, que vê o trabalho voluntário como algo fundamental nesta nova sociedade

O plano, proposto pela ONU, reconhece a contribuição dos idosos de maneira que vai muito além da econômica. Coloca o idoso em uma posição de destaque ao atestar que a contribuição do idoso no cuidado à família e na realização de atividades voluntárias, aumentam significativamente o bem-estar coletivo.

Já a OMS, atesta que o voluntariado é um elemento importante na manutenção da saúde e da qualidade de vida na velhice. É o Envelhecimento Ativo, que deixa para trás estereótipos sobre o que é envelhecer, otimizando as oportunidades na contínua participação dos idosos nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis da sociedade.

É o mundo em movimento, que vê os idosos cada vez mais engajados e ativos. Não é à toa que nos últimos 10 anos os idosos em trabalho voluntário aumentaram de 25% para quase 40%. Ajude a espalhar essa ideia. Só temos a ganhar.

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

O Dia Internacional do Riso é uma oportunidade perfeita para destacar como o riso é um presente valioso e saudável para todos. Para os idosos, os benefícios são ainda mais evidentes!

Não é à toa que sempre ouvimos que rir é o melhor remédio. E é isso que o PHD Lee S. Berk da Universidade de Loma Linda vem provando desde 1988, ano em que começou a publicar seus estudos. Os estudos provam que rir faz as pessoas se sentirem bem no presente, constrói uma boa saúde para o futuro e “cura feridas” do passado.

Por isso, não economize nas risadas no dia a dia. Aqui estão alguns benefícios que rir traz para todos nós

Os benefícios de uma boa risada para o idosos

  • Fortalecimento cardíaco: O riso é um exercício cardiovascular disfarçado. Ele aumenta o fluxo sanguíneo, promovendo a saúde do coração e reduzindo o risco de doenças cardiovasculares.
  • Terapia antiestresse: Rir libera endorfinas, os “hormônios da felicidade”, que combatem o estresse e promovem uma sensação geral de bem-estar. É como uma terapia natural que acalma a mente, melhorando o humor e diminuindo a ansiedade.
  • Socialização: O riso é uma linguagem universal que conecta pessoas. Compartilhar risadas fortalece os laços sociais, afastando a solidão e criando momentos preciosos com amigos e familiares.
  • Estímulo Cerebral: O ato de rir estimula o cérebro, melhorando a cognição e a memória. É um exercício mental alegre que mantém a mente afiada.
  • Exercício facial: Rir envolve uma série de músculos faciais, proporcionando um treino para manter um sorriso radiante e jovial. É um segredo de beleza atemporal!
  • Aumento da imunidade: O riso fortalece o sistema imunológico, ajudando o corpo a combater doenças. É como uma vacina de boa disposição.
  • Alívio da dor: Acredite ou não, o riso pode ser um analgésico natural. Ele libera endorfinas que podem atenuar a dor e proporcionar alívio temporário.

Rir para ter mais saúde tem até nome! É a risoterapia. Por isso na Mão do Amor nossos cuidadores sempre incentivam o riso e os bons momentos.

Então, da próxima vez que encontrar seus idosos queridos, não esqueça de trazer um pouco de humor para a conversa. O riso é verdadeiramente contagiante e é um ingrediente essencial para uma vida mais feliz e saudável em todas as idades!

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

No delicado cenário hospitalar, principalmente durante longas internações, os cuidadores profissionais se apresentam como grandes facilitadores durante os momentos mais difíceis.

O papel do cuidador profissional no acompanhamento hospitalar

A presença de um cuidador profissional não é apenas importante na entrega de cuidados físicos. Ela também se estende às esferas emocionais e organizacionais, moldando positivamente a experiência dos pacientes e da família, colaborando para uma melhora mais rápida do quadro do internado.

Vamos explorar a importância desses profissionais no acompanhamento hospitalar!

Assistência personalizada e adaptável

Cada paciente é único, com necessidades específicas que vão além do diagnóstico médico. Os cuidadores profissionais oferecem uma assistência personalizada, adaptando-se em tempo real às condições e requisitos individuais, proporcionando um ambiente de cura mais centrado no paciente e não somente na enfermidade.

Monitoramento contínuo e acionamento precoce

Em um hospital, onde cada momento pode contar, os cuidadores desempenham um papel crucial no monitoramento constante dos sinais vitais e no reconhecimento precoce de quaisquer alterações no estado de saúde. Essa vigilância permite intervenções mais rápidas da equipe médica, reduzindo o risco de complicações.

Suporte emocional e conforto

Além dos aspectos físicos da recuperação, a presença de um cuidador profissional oferece um suporte emocional muito importante. Em um ambiente muitas vezes assustador e desconhecido, a empatia e a compaixão dos cuidadores contribuem significativamente para o conforto psicológico dos pacientes.

Comunicação facilitada e empoderamento

A comunicação eficaz é muito importante em qualquer internação. Cuidadores atuam como um elo entre pacientes, familiares e equipe médica, assegurando que informações críticas sejam transmitidas de maneira clara e compreensível, promovendo uma visão abrangente do plano de tratamento.

Prevenção de complicações e promoção da recuperação

Seguir as orientações médicas à risca é vital. Os cuidadores desempenham um papel fundamental nesse aspecto, garantindo que os pacientes se mantenham firmes aos planos de tratamento e práticas de autocuidado. Isso não apenas previne complicações, mas também impulsiona a recuperação eficaz.

Continuidade dos cuidados após a alta

A transição do hospital para o ambiente doméstico é um momento crítico. Cuidadores desempenham um papel vital na facilitação dessa transição, garantindo a continuidade dos cuidados e minimizando os riscos.

O acompanhamento hospitalar dos idosos

Além de todos os pontos ressaltados acima, o acompanhamento hospitalar de idosos se mostra ainda mais necessário. Com a chegada da idade a hospitalização torna-se uma realidade mais frequente.

Os cuidados extras durante a internação de idosos desempenham um papel crucial para garantir a tranquilidade de toda a família e uma recuperação mais completa e duradoura. O estímulo à mobilidade, por exemplo, é fundamental em pacientes idosos. Assim como cuidados extras com a nutrição, higiene pessoal, controle da dor e até mesmo atividades recreativas para manter o bom humor e positividade.

Em conclusão, os cuidadores profissionais não são apenas assistentes, são aliados indispensáveis no caminho da recuperação. Sua presença, habilidades e compaixão vão além da mera prestação de serviços, moldando uma experiência hospitalar que é, acima de tudo, humana.

A Mão do Amor presta o serviço de acompanhamento hospitalar com muito profissionalismo e cuidado. Estamos aptos a começar o atendimento em pouquíssimo tempo. Entre em contato conosco e fique sabendo de todos os detalhes.

Atualizado em 19 de dezembro de 2022.

Cuidar de uma pessoa é engrandecedor e gratificante. Ao mesmo tempo, exige tempo e muita paciência, além de acarretar várias mudanças na rotina.

Seja um familiar, seja um profissional, os cuidadores acabam sendo os responsáveis por toda a rotina de uma pessoa incapacitada, como higiene pessoal completa, agendar e levar ao médico, controle de medicações, preparar a comida e alimentar, ajudar na locomoção, administrar gastos e finanças, lidar com as questões emocionais do paciente, e ainda dar atenção a cada detalhe.

O cuidador familiar

No caso de um cuidador que seja da família, tudo isso acontece dentro de uma nova realidade que eles também estão precisando assimilar: a troca de papéis. E é uma troca diferente com relação a se cuidar de uma criança, pois, ao final dos cuidados, não há perspectiva de cura ou evolução e ainda há a possibilidade de perder a pessoa.

Essa situação envolve muita dedicação por longos anos, causando um desgaste físico e mental ao cuidador. É comum que desenvolvam uma condição conhecida como Estresse do Cuidador ou Síndrome do Cuidador, ou seja, uma intensa tensão emocional decorrente do cuidado.

Como surge o estresse do cuidador?

Muitos cuidadores deixam de realizar suas atividades do dia a dia como trabalhar, não se alimentam corretamente, dormir pouco e passar por muito estresse para cuidar de um ente querido que está impossibilitado.

O estresse é ainda mais intenso nos casos que envolve uma “mudança de endereço”, quando familiares precisam voltar a morar juntos e ter uma rotina de convivência após anos morando separados.

Segundo a Faculdade de Medicina da USP, estima-se que 30% dos idosos tenham algum grau de dependência. Concluiu-se que homens e mulheres responsáveis pelo cuidado prolongado de parentes apresentam taxas mais altas de doenças, pela resposta imunológica suprimida.

A situação se intensifica quando o paciente possui algum tipo de demência, pois podem ficar agressivos, teimosos, repetitivos ou infantilizados. Os cuidadores ficam mais suscetíveis a problemas de saúde como dores no corpo, depressão e ansiedade. Também se sentem sozinhos, desprotegidos, com insônia, apresentam perda ou excesso de apetite e, em alguns casos, forte depressão. Apresentam esgotamento físico e mental, descuidam da aparência e nunca têm tempo para si. Muitas vezes não reconhecem os sintomas de alerta do estresse do cuidados. A maioria acha que essa situação é algo normal, provisório, não procura ajuda e acaba sofrendo calado.

É muito importante ficar atento aos sinais como irritação, frustração, tristeza, esgotamento e falta de perspectiva. Sem ajuda profissional e de pessoas próximas, é difícil passar por esta fase. Geralmente, o diagnóstico é realizado de forma indireta pelo geriatra ou médico que atende o idoso ou doente.

Confira alguns sinais que merecem atenção

São muitas as consequências relacionadas ao estresse do cuidador:

  • Ansiedade e/ou depressão;
  • Perder o contato com amigos;
  • Estar sempre exausto;
  • Irritação frequente;
  • Discutir facilmente com familiares próximos;
  • Falta de energia e vigor físico;
  • Negligenciar a própria saúde;
  • Dores no corpo;
  • Sentir culpa quando está longe;
  • Ficar sempre preocupado e com pensamentos negativos;
  • Falta de concentração;
  • Dores frequentes de cabeça ou estômago;
  • Imunidade baixa;
  • Falta de tempo para o lazer.

É uma rotina muito estressante pois o cuidador fica na constante expectativa de que algo vai acontecer com o paciente, o que potencializa todos os sintomas.

O que pode ser feito para diminuir os impactos do estresse do cuidador?

Algumas atitudes no dia a dia diminuem os impactos emocionais e físicos do cuidador.

Rotina real, sem idealizações

O primeiro passo é estabelecer uma rotina de cuidados reais, que se resume a fazer o que é necessário, sem buscar a constante perfeição. É fundamental dividir as tarefas e admitir que precisa de ajuda para dar apoio à pessoa assistida.

Saúde em dia

É muito importante cuidar da própria saúde, mantendo os exames de rotina em dia e, em caso de doenças, administrar os medicamentos e tratamentos corretamente.

Apoio psicológico

Acompanhamento psicológico é fundamental nesta fase. Hoje em dia a maioria dos profissionais já atendem de forma remota, o que facilita a vida daqueles que não podem se ausentar de casa por longos períodos.

Grupos de apoio também são ótimos aliados para desabafar e desenvolver o hábito de pedir ajuda e aceitar ser cuidado também. Sem contar que pessoas que estão passando pela mesma situação são ótimas para compartilhar sentimentos e ideias.

Um tempo para você

Outra questão muito importante e muitas vezes negligenciada é dedicar tempo para o lazer e evitar o isolamento. É fundamental manter relacionamentos com outras pessoas, não apenas com quem é assistido.

Geralmente, os cuidadores passam longas horas cuidando do outro e esquecem que precisam de pausas ou de realizar atividades que tragam prazer como leitura ou assistir um filme, fazer exercícios físicos, falar de novos assuntos, etc.

Esse desgaste emocional prejudica a relação interpessoal entre cuidador familiar e idoso assistido, muitas vezes gerando sentimentos contraditórios. A impaciência e a intolerância tendem a crescer se não forem cuidadas com atenção.

Reconheça o seu limite

Em alguns momentos, o cuidador percebe que está no seu limite. Muitos sentem uma depressão intensa e/ou mudam de comportamento, ficando mais irritados ou propensos a agressões ou desrespeito ao idoso ou pessoa doente. E sempre seguido de muita culpa.

É normal que o cuidador perca a capacidade de lidar com essa situação. E, além de tratamento, é necessário averiguar a possibilidade de contratar serviço especializado. É uma alternativa para melhorar a qualidade do cuidado e garantir um atendimento profissional, que possa proporcionar conforto e segurança, com foco na atenção aos detalhes.

Um cuidador profissional está apto a realizar atividades que “pesam” no dia a dia familiar, como dar banho, vestir, trocar fraldas, manusear corretamente uma cadeira de rodas ou maca, lidar com teimosias e ainda ter tempo para entreter e atender as necessidades do assistido.

É muito importante cuidar de quem cuida.

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Atualizado em 23 de junho de 2022.

Segundo a OMS, Organização Mundial da Saúde, a violência contra o idoso define-se como “ação única ou repetida, ou falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento onde exista uma expectativa de confiança, que cause dano ou sofrimento a uma pessoa idosa”.

Muitos associam a palavra “violência” apenas com a agressão física, porém ela pode se manifestar de diversas formas, conforme explicaremos no decorrer desta matéria.

Principais tipos de violência contra idosos

Violência Física

Os abusos físicos constituem a forma de violência mais perceptível aos olhos, mas nem sempre as agressões são perceptíveis como situações de espancamento que promovam lesões ou traumas. Em algumas situações os abusos são realizados na forma de beliscões, empurrões, tapas, ou agressões que não evoluem com sinais físicos.

Abuso Psicológico

Praticado com atos como agressões verbais, tratamento com menosprezo, desprezo, ou qualquer ação que traga sofrimento emocional como humilhação, afastamento do convívio familiar ou restrição à liberdade de expressão. Violência psicológica é submeter a pessoa idosa a condições de humilhação, ofensas, negligência, promovendo insultos, ameaças e gestos que afetam a autoimagem, a identidade e a autoestima do ofendido.

Negligência

Trata-se da recusa ou à omissão de cuidados, é um ato muito comum, pois se manifesta frequentemente tanto no seio familiar como em instituições que prestam serviços de cuidados e acolhimento a pessoas idosas.

Abandono

É uma forma de violência que se manifesta pela ausência de amparo ou assistência pelos responsáveis em cumprir seus deveres de prestar cuidado a uma pessoa idosa.

Violência Institucional

Trata-se de qualquer tipo de violência exercida dentro do ambiente institucional (público ou privado) praticada contra a pessoa idosa, pode ser por meio de um dos seus funcionários que comete algum ato de abuso, agressão física ou verbal no ambiente da instituição.

Abuso Financeiro

O abuso financeiro é caracterizado pela exploração imprópria ou ilegal ou uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros. Esse tipo de situação acontece frequentemente. O violador se apropria indevidamente do dinheiro ou cartões bancários da pessoa idosa, utilizando o valor para outras finalidades que não sejam a promoção do cuidado.

Violência Patrimonial

Configura-se violência patrimonial qualquer prática ilícita que comprometa o patrimônio do idoso, como forçá-lo a assinar um documento sem lhe ser explicado para que fins é destinado, alterações em seu testamento, fazer uma procuração ou ultrapassar os poderes de mandato, antecipação de herança ou venda de bens móveis e imóveis sem o consentimento espontâneo do idoso, falsificação de assinatura etc.

Violência Sexual

Este tipo de violência refere-se ao ato sexual utilizando pessoas idosas. Esses abusos visam a obter excitação, relação sexual ou práticas eróticas, através de coação com violência física ou ameaças.

Discriminação

Este tipo de violência refere-se à comportamentos discriminatórios, ofensivos, desrespeitosos em relação à condição física característica de uma pessoa idosa, desvalorizando e inferiorizando-a simplesmente por sua condição.

Na maioria das vezes, a violência contra idosos só é identificada por pessoas terceiras, que percebem alguns destes sinais:

  • Sinais de maus trato;
  • Negligência no corpo do idoso, incluindo falta de cuidados com a saúde e higiene;
  • O idoso demonstra estar desconfortável na presença de algum familiar ou cuidador;
  • O idoso, repentinamente, começa a se isolar e torna-se calado;
  • Não se anima ou recusa a fazer atividades que antes eram de seu interesse;
  • O idoso responde de maneira inadequada ou desmedida a uma situação cotidiana;
  • O idoso passou a apresentar sinais de demência repentinamente;
  • Aparecimento de dívidas em nome do idoso, ou seu saldo bancário cada vez mais reduzido;
  • Infecções ou feridas surgem de maneira inexplicável em áreas genitais;
  • O idoso está mal cuidado, desidratado, desnutrido, sem cumprir as prescrições médicas;
  • Idoso vivendo em locais insalubres.

Denúncias de violência contra idosos

A violência contra os idosos é crime, com diversas leis que os protegem.

Ao saber de casos de violações de direitos das pessoas idosas, denuncie em um destes canais nacionais mantidos pelo Governo Federal:

Disque 100: serviço federal de disseminação de informações sobre direitos de grupos vulneráveis e de denúncias de violações de direitos humanos.

Disque 190: telefone da central da polícia local.

Disque 197: denúncias de violência anônimas (Polícia Civil).

Proteja Brasil: site e aplicativo http://www.protejabrasil.com.br/br.

Atualizado em 23 de junho de 2022.

A vaidade é um autocuidado em qualquer fase da vida. Afinal, quem não gosta de se sentir bem com a própria aparência?

Significa estar bem consigo, com o corpo e a aparência. É valorizar as qualidades físicas que o indivíduo tem e ainda ter alguns cuidados que não são visíveis aos olhos, mas que causam bem-estar físico e emocional.

Muitas vezes a palavra vaidade tem uma conotação negativa, podendo até estar associada à futilidade. Porém, neste artigo vamos mostrar a importância de valorizar e incentivar a vaidade no público idoso, como um aspecto positivo.

Ao mesmo tempo que a terceira idade está mais vaidosa, acompanhando o aumento da expectativa de vida, a preocupação com ela também tende a cair, o que ocorre devido às mudanças sociais e fisiológicas pelas quais os idosos passam durante o processo de envelhecimento.

Dessa forma é importante ficar atento a essa queda, pois a vaidade e autoestima baixas podem provocar problemas como isolamento, depressão e ansiedade, comprometendo a vida social e a saúde dos idosos.

Impactos emocionais

Impacto emocional nos idosos

Encontrar satisfação ao encarar o espelho pode ser um desafio em qualquer idade, mas com o passar do tempo, os pequenos cuidados com a aparência ganham outros significados.

Mulheres estão mais associadas às questões relacionadas à aparência, mas os homens também podem ser igualmente impactados.

Envelhecer traz notáveis alterações físicas. Este processo vai muito além de ganhar rugas e cabelos brancos, que podem facilmente ser “disfarçados”. Inclui também ter queda de cabelos, mudanças na estrutura da pele e unhas, dentição, e até mesmo o cheiro da pessoa passa por alterações.

Estes são só alguns exemplos de situações que trazem impactos emocionais gradativos, já que entender que o corpo passa por mudanças irreversíveis pode abalar seriamente o psicológico de uma pessoa.

Começam apenas com um incômodo visual, depois passam a se sentir menos atrativos aos olhos dos outros. Em consequência, passam a ter vergonha de sua aparência e começam a evitar exposições. Assim, passam a se isolar em casa, com vergonha de todos e com a autoconfiança totalmente abalada.

Trabalhar a vaidade, a estética e a higiene é fundamental para a saúde dos idosos porque têm ligação direta com a saúde do corpo e da mente. Ao cuidar-se, a pessoa sente que faz parte do mundo e fica de bem com ela mesma.

Quando a pessoa não quer se cuidar ligue um alerta, pois pode ser indício de um sintoma de depressão.

Além de elevar a autoestima, os cuidados pessoais trazem outros benefícios, como a socialização. Quando vai a um salão de beleza, a pessoa idosa tem contato com outras pessoas e se sente bem para interagir com elas, nem que seja para trocar dicas de beleza. Ela também terá mais disposição para sair de casa, dar uma caminhada e “desfilar” com o visual.

A vaidade é bem-estar. Incentive!

Vaidade não está só associada à saúde mental, mas também à saúde física, já que muitas alterações trazem desconforto ao corpo.

Especialistas afirmam que a vaidade é tão importante para a saúde na terceira idade quanto exames periódicos e exercícios físicos. Cuidar-se significa resguardar a própria dignidade, uma forma de manter a qualidade de vida.

A vaidade em idosos deve ser incentivada, principalmente naqueles estágios em que a pessoa já não está se importando com alguns tipos de cuidados.

Seguem algumas dicas importantes que trazem conforto, e devem ser vistas com atenção por pessoas que assistem idosos, já que são eles que muitas vezes precisam executar ou contratar um serviço especializado.

Dentição

É comum que pessoas acima dos 35 anos de idade já comecem a apresentar perda de dentição. Tanto que raramente chega-se até a fase idosa com todos os dentes naturais.

São muitos os fatores que levam à perda dentária nessa fase da vida, sendo cárie e problemas da gengiva as principais razões. E, na terceira idade, a capacidade de higienização diminui por falta de destreza manual, de estímulo e até mesmo por preguiça.

Problemas bucais causam dor, desconforto e mau hálito. Além de trazer mudanças comportamentais, pois muitas vezes a pessoa deixa de sorrir ou falar com vergonha da aparência ou do odor.

É necessário cuidados diários, com uma correta escovação e uso de fio dental. Atenção especial com próteses, que devem ser bem higienizadas e possuírem bom encaixe, pois próteses desajustadas trazem desconforto e podem causar lesões graves na boca.

Consultas anuais ao dentista também se fazem necessárias.

Em algumas cidades, como São José do Rio Preto, é possível encontrar dentistas que atendam em domicílio, facilitando o tratamento para idosos.

Como dizem, o sorriso é nosso cartão de visitas e é fator essencial para a autoestima.

Cabelos

O cabelo é um dos principais símbolos da vaidade, especialmente em mulheres.

Cabelos brancos talvez seja o menor dos impactos. Culturalmente, homens costumam se orgulhar de seus fios grisalhos. Já as mulheres, podem disfarçá-los com tintura ou mesmo assumi-los, como tem sido cada vez mais comum.

Mais do que a cor dos cabelos, as alterações acontecem também no couro cabeludo, resultando na perda do volume e da espessura dos cabelos. Isso não se restringe apenas aos homens que possuem a genética da calvície. Naturalmente, os cabelos ficam mais ralos e facilmente enxergamos o couro cabeludo. Felizmente, existem tratamentos eficientes contra alguns tipos de calvície hoje em dia.

O importante é estar com os cabelos sempre limpos, perfumados, bem aparados, com um corte que agrade a pessoa, para que ela se sinta bem confiante com seu visual.

Pele

As alterações na pele vão além das rugas, como a desidratação natural e a perda na produção de oleosidade e colágeno, que restaura e renova a pele. (leia matéria completa no artigo Cuidados diários para a hidratação da pele dos idosos)

Cuidados básicos de hidratação da pele e lábios, através da ingestão de água e uso de cosméticos hidratantes são importantes para evitar ressecamentos e o aspecto áspero. Certifique-se que a pele do idoso esteja limpa e perfumada, pois trazem conforto e bem-estar.

No caso das mulheres, a grande maioria fez uso de maquiagens no decorrer da vida. Incentive para que esta prática seja mantida, já que valorizam os traços da pessoa, fazendo com que se sintam mais bonitas, atraentes e confiantes.

Fique atento à necessidade de remoção de nevos (pintas), que podem crescer de forma desordenada, trazendo incômodo físico e visual, principalmente se elas estiverem em áreas expostas, como o rosto e colo.

Lembre-se: As pintas devem sempre ser acompanhadas, já que podem ser sinal de problemas maiores, como câncer de pele.

Unhas

Vaidade dos idosos

Unhas bem-feitas, devidamente pintadas com esmalte, sempre foram um símbolo da vaidade. Mulheres tendem a se orgulhar de suas mãos e pés bonitos, cheios de feminilidade. Tanto que muitas associam a ida à manicure como uma terapia, já que é um momento que ela tira para si, para cuidar e valorizar a sua aparência.

Além do visual, existe a ótima sensação de retirar a pele morta, que se instala nas cutículas e constantemente gera desconforto. Um sentimento de leveza e limpeza.

Com o passar dos anos, a estrutura química que as compõem sofre uma série de modificações decorrentes da perda de gordura, água e nutrientes, deixando as unhas desidratadas, quebradiças e mais finas.

Também é comum as unhas ficarem mais grossas e espessas, com um aspecto semelhante a uma garra, devido a um crescimento desordenado da unha e, no caso dos pés, devido ao trauma decorrente de muitos anos usando calçados.

Portanto, os cuidados com as unhas das mãos e dos pés dos idosos merecem atenção especial. Isso vale tanto para os homens como para as mulheres.

Unhas grandes e sujas podem causar vários transtornos aos idosos, como ferir a frágil pele por meio de cortes ou transmitir-lhes doenças via bactérias acumuladas sob as unhas.

Mantê-las sempre aparadas e limpas evitam possíveis aborrecimentos e valorizam a autoimagem.

Roupas

As vestimentas são uma extensão de nossos corpos. E, os idosos, são pessoas ativas que querem ser vistas, notadas e ter seu lugar na vivência social. Isso inclui se vestir bem, continuar tendo um estilo próprio e ter sua identidade.

Importante que as roupas sempre estejam limpas e passadas, para causar a sensação de asseio e cuidados com a aparência.

É importante que eles se sintam bem com o que estão vestindo, incentive-os a usar suas peças favoritas e oriente em relação ao clima, para evitar que passem frio ou calor.

Se possível, compre roupas novas. Afinal, quem não gosta de estrear uma peça nova?

Estética em domícilio

Alguns cuidados com a vaidade são simples e podem ser executados pelos próprios idosos ou pelas pessoas que os assistem, como um cabelo bem penteado, unhas cortadas e limpas, ou até uma maquiagem.

Porém, alguns serviços podem, ou devem, ser executados por profissionais, como é o caso de dentistas.

É comum que idosos deixem de cuidar da aparência por motivos maiores, como a mobilidade reduzida, depressão, até mesmo desconforto de sair em público. São diversos motivos impeditivos que podem dificultar a ida aos estabelecimentos físicos.

Hoje em dia, é comum encontrar empresas e profissionais que atendem em domicílio. Esta modalidade traz conforto e praticidade para todos os envolvidos.

Confira alguns serviços que podem ser disponibilizados na casa do cliente:

  • Cabeleireiro
  • Manicure e podologia
  • Estética facial e corporal
  • Massagem
  • Fisioterapia
  • Dentistas

Sim, a velhice traz marcas visíveis aos olhos. Mas as mudanças em nossos corpos são inevitáveis e precisamos saber lidar da melhor forma, reduzindo qualquer impacto emocional que ela proporciona.

O importante é darmos incentivo e ferramentas para que o idoso queira se cuidar e para que ele continue se valorizando em qualquer fase da vida, mesmo sem sair de casa.

Atualizado em 23 de junho de 2022.

A cognição é um termo usado para se referir à capacidade de adquirir conhecimento e desenvolver emoções, tendo como base o raciocínio, linguagem e memória.

Nos primeiros anos de nossas vidas, o processo de aprendizado é muito dinâmico e, nesta fase, é comum que pais e professores estimulem a criança com jogos e brincadeiras educativas, com intuito de desenvolver novas habilidades do cérebro.

Quando chega a terceira idade, esta capacidade cognitiva que tanto desenvolvemos ao longo da vida começa a mostrar sinais de declínio. Portanto, é preciso procurar novas maneiras de manter o cérebro ativo e novamente os jogos mostram-se muito eficientes nesse trabalho, sendo recomendados por médicos e terapeutas ocupacionais.

As deficiências cognitivas, principalmente as relacionadas com a perda da memória, estão entre os principais transtornos que acometem as pessoas da terceira idade. Alguns jogos trazem benefícios que ajudam a combater e a prevenir algumas dessas doenças, além de facilitar as atividades cotidianas.

Com o desgaste da memória, é normal o idoso apresentar dificuldades na execução de atividades simples da rotina, como tomar banho, cuidar das finanças, preparar os alimentos, entre outras. Esse é um processo frustrante, que pode desencadear desânimo, tristeza, e em casos mais graves, a depressão.

Os jogos não podem ser considerados apenas como entretenimento, já que exercitam o cérebro, potencializando a aprendizagem, estimulando a produtividade mental, preservando determinadas habilidades e garantindo qualidade de vida para idosos de maneira descontraída e prazerosa.

Os jogos, assim como exercícios físicos e passeios, podem estimular atividades cerebrais essenciais, já que requerem o raciocínio lógico, a memória, a tomada de decisão e outras habilidades. Além dos benefícios cerebrais, alguns jogos precisam ser jogados com mais de uma pessoa, proporcionando também a interação social. Isso também é imprescindível, pois contribui para manter a saúde emocional e os relacionamentos interpessoais.

Na hora de escolher o jogo, leve sempre em consideração o estágio cognitivo do jogador. Há jogos que exigem maior atenção e interatividade e alguns idosos podem ter dificuldades para executá-los, podendo não entender ou simplesmente esquecer das regras, gerando frustrações. Nestes casos, é necessário a presença de uma pessoa orientando cada passo a ser executado, podendo ser um familiar, um cuidador, amigo ou mesmo um profissional da saúde mental. Com paciência, é possível motivar e entreter o idoso durante um longo período através de um instrumento muito divertido: o jogo.

Sendo assim, vamos abordar os diferentes tipos de jogos que são interessantes para pessoas que já apresentam distúrbios cognitivos como também para aqueles que querem preveni-los, ou mesmo retardá-los. São eles:

Jogos individuais

Jogos coletivos

Jogos eletrônicos

Jogos individuais

São os jogos que podem ser executados por um único jogador, com ou sem supervisão de outra pessoa.

Ótimos para serem praticados em casa já que não precisam de um oponente e podem ser executados com calma, sem se preocupar com a duração para execução.

Jogo da Memória

O próprio nome já entrega seu maior benefício: a memória!

Exige que o jogador exercite o raciocínio para identificar as peças iguais. O cérebro trabalha com o intuito de guardar as informações ao longo da atividade, reduzindo a perda das habilidades cerebrais.

Este jogo também influencia na habilidade de executar outras atividades cotidianas. Isso contribui para reduzir a necessidade da ajuda de terceiros e promove autonomia, o que é essencial nessa fase.

O jogo da memória otimiza a capacidade de compreensão, pois são estimuladas as áreas do cérebro que costumam atrofiar com o passar do tempo, proporcionando mais segurança e tranquilidade para executar as atividades do dia a dia.

Palavras Cruzadas

Muito populares mundo afora. Não à toa estampam diariamente as páginas de jornais e há editoras especializadas na publicação de diversas versões e níveis de dificuldade. Seus benefícios são cruciais: manutenção da bagagem de conhecimentos adquiridos ao longo da vida, além da aquisição de novos saberes. É uma atividade muito boa para manter o cérebro atuante e preparado para novas descobertas, aumenta a capacidade de raciocínio lógico, estimula a atenção e trabalha a memória.

Quebra-cabeças

Contribui para estimular o raciocínio lógico, coordenação motora e a tomada de decisões. Para que o idoso vá evoluindo na atividade, é importante começar com jogos de poucas peças, aumentando a dificuldade aos poucos.

À medida que evolui, a pessoa exercita cada vez mais a capacidade de desenvolver habilidades matemáticas e espaciais. Isso acontece porque esse exercício envolve a capacidade de encontrar a melhor solução ao mesmo tempo em que o jogador tem a necessidade de escolher as peças que deverão ser encaixadas. Desse modo, a habilidade de resolver problemas lógicos e emocionais é fortalecida.

Sudoku

De origem japonesa, pode parecer uma opção complicada, mas também traz benefícios interessantes para a fase idosa. Esse é um dos tipos de jogos mais indicados, pois exercita a memória, estimula a busca pelo raciocínio lógico e incentiva a memória visual. Além disso, estimula o convívio com os números, importante para outras tarefas cotidianas.

Jogos de Blocos

Podem ser blocos de montar ou blocos para empilhar. O objetivo desta atividade é desenvolver a coordenação motora, lateralidade, percepções de posição e coordenação espacial através do entretenimento. O raciocínio lógico também é trabalhado, já que o jogador precisa calcular o posicionamento de cada peça.

Jogos coletivos

Os jogos coletivos exigem a presença de dois ou mais jogadores. A maior vantagem desta categoria, além do estímulo cognitivo, é a oportunidade de interação social. Afinal, nada melhor do que juntar a diversão com a companhia de amigos ou familiares.

Aqui, é possível convidar amigos e familiares a jogarem em suas próprias residências, trazendo um movimento para dentro de seu ambiente. E melhor ainda se puder reunir o time em outros lugares, como praças, clubes e casa de amigos, fazendo com que o idoso tenha vida social fora de casa. Como jogos coletivos, indicamos:

Xadrez

Símbolo de inteligência e concentração, o xadrez é ótima opção para desenvolver o raciocínio lógico e estratégico. Ele deve ser jogado entre duas pessoas, proporcionando momentos de descontração e alegria. O jogo contribui para melhorar a desenvoltura no momento das decisões, ajudando o idoso a resolver problemas e a encontrar soluções para as tarefas cotidianas.

Bingo

Muito apreciado pelos idosos, é um ótimo exercício mental. Por mais simples que possa parecer, desenvolve a atenção e a coordenação motora, já que o jogador precisa ouvir o narrador, preencher a cartela rapidamente e ainda ficar atento aos números que restam.

É um momento de convívio social prazeroso, conhecido por causar motivação aos idosos. Durante os jogos, eles podem rever os amigos, colocar a conversa em dia e ainda conhecer novas pessoas, fatores relevantes para a saúde emocional.

Dominó

Conhecido como o “jogo dos aposentados”, é comum ver grupos de idosos jogando dominó nas praças das cidades, de norte ao sul do país.

Além de ser uma atividade lúdica e divertida, o dominó é muito bom para desenvolver o raciocínio lógico e a tomada de decisões. O jogador aprende a sair de situações difíceis, contabilizar as peças, mantém um convívio social e ainda exercita a memória durante as partidas.

Baralho

Jogos de cartas costumam estimular nossas memórias afetivas. Quem não tem uma boa história que envolva jogatina com amigos ou familiares?

Um instrumento super versátil pois são muitas as possibilidades de jogar. Há jogos mais complexos, como pôquer e tranca, outros mais fáceis de executar, como rouba monte e burro. Todos mostram-se eficazes para trabalhar a concentração, foco, lógica e raciocínio.

A diversão está garantida em qualquer nível de dificuldade. Um ótimo instrumento para estímulos cognitivos e socialização.

Jogos eletrônicos

Estamos em 2022 e esta categoria não poderia ficar de fora.

Tanto que todos os jogos individuais e coletivos citados neste artigo estão disponíveis para serem jogados online, nas suas mais diferentes versões e níveis de dificuldade.

Hoje há empresas especializadas no desenvolvimento de aplicativos de jogos direcionados a este público. Como exemplo, o app Cérebro Ativo, desenvolvido pelo brasileiro Fabio Ota através de um estudo científico realizado com voluntários idosos. Sua tese comprovou que os games são capazes de estimular a cognição e retardar a evolução do declínio cognitivo, em especial o Alzheimer.

Estamos só no início desta nova jornada no mercado de games. É necessário levar em consideração que a próxima geração de idosos já estará acostumada ao uso de aparelhos eletrônicos, especialmente o celular. É natural que este desenvolvimento mais acelerado aconteça.

Dica Mão do Amor: A maioria dos idosos não possuem habilidades ou coordenação para acessar um celular ou computador. Nestes casos a presença de um cuidador se faz necessária, seja um familiar ou um profissional. É preciso que alguém abra o aplicativo, explique cada passo, podendo até mesmo segurar o aparelho para o jogador.

Atualizado em 22 de fevereiro de 2022.

Já sabemos que atividades físicas para idosos (e jovens também!) são um dos pilares para uma vida melhor e fundamental para o bom funcionamento do corpo. Exercícios físicos regulares melhoram a qualidade de vida, favorecem o bem-estar, a disposição, o sono, e ainda colaboram na prevenção de várias doenças.

Melhor ainda se puderem ser praticadas ao ar livre, pois além dos benefícios citados acima, agregam ainda mais vantagens, como respirar ar puro, entrar em contato com a natureza e estimular a produção da vitamina D por meio da exposição à luz solar.

Neste artigo queremos apresentar algumas opções de atividades físicas ao ar livre que são muito recomendáveis aos idosos:

  1. Academias ao Ar Livre
  2. Caminhadas
  3. Alongamento
  4. Tai Chi Chuan

Academias ao Ar Livre

Academia ao ar livre

No Brasil, a primeira Academia ao Ar Livre foi criada em 2008 pela Secretaria de Esportes da cidade de Maringá, com intuito de incentivar os idosos a praticarem exercícios físicos e saírem do sedentarismo. A ideia foi um sucesso e, rapidamente, se popularizou por todo o país.

Também conhecida como ATI (Academia da Terceira Idade) ou Playground da Longevidade, o espaço é formado por um conjunto de aparelhos apropriados para a prática de exercícios físicos de baixo impacto, especialmente adaptados para quem já entrou na terceira idade.Além de cumprir muito bem seu papel principal (exercitar idosos), as academias trouxeram benefícios à toda população:

  • Aumenta a disposição física e autoestima dos praticantes;
  • Gratuidade, garantindo a inclusão social;
  • Durabilidade dos aparelhos;
  • Baixo custo para a construção e para a manutenção dos aparelhos;
  • Pode ser construída em espaços reduzidos;
  • Embelezam as cidades, já que transformam espaços públicos esquecidos em áreas bonitas e bem aproveitadas;
  • Apesar de ser adaptado para idosos, todas as idades podem usufruir, gerando interação e opção de lazer entre gerações.

É necessário que cada praticante utilize os aparelhos corretos para sua condição física e siga corretamente as instruções de uso. Como geralmente não há preparadores físicos nestas academias, é importante que cada um entenda seus próprios limites.

Felizmente, as academias ao ar livre estão cada vez mais populares, tanto em iniciativas públicas, como privadas. Algumas prefeituras colocam instrutores físicos à disposição para a população, para orientá-los sobre o uso correto dos equipamentos e adequar o programa de exercícios de acordo com cada pessoa.

A Academia ao Ar Livre é uma alternativa econômica e muito eficaz, que envolve desde o bem-estar físico do idoso, até suas relações pessoais e sociais.

Vale lembrar que em tempos de pandemia, o uso das academias deve acontecer sem aglomerações e com uso de máscara. Higienize os aparelhos com álcool em gel antes e após o uso.

Caminhadas

Caminhada ao ar livre

A prática de caminhadas melhora o condicionamento físico, mantém a estabilidade do peso, ajuda a regular a pressão arterial e colesterol, além de reduzir o risco de doenças cardíacas, pulmonares, osteoporose, diabetes, demências e câncer.

Caminhar não exige habilidade, não tem custos, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia e não tem restrição de idade.

O hábito de caminhar, mesmo que apenas 15 minutos por dia, também é eficaz para a saúde mental, pois aumenta a sensação de bem estar, o bom humor, a disposição, e é considerado um ótimo aliado no tratamento da depressão.

Praticar a caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, colocam o idoso em contato direto com a natureza. Um estímulo e tanto!

Alongamento

O alongamento é uma forma leve, simples e eficaz de estar ativo. Idosos com boa flexibilidade são mais dispostos, independentes e, geralmente, têm a autoestima aumentada, refletindo em seu bem-estar e qualidade de vida.

A partir dos 50 anos percebe-se que os músculos já não são mais tão vigorosos, pois com o passar do tempo, há uma propensão ao encurtamento muscular e diminuição da flexibilidade. Esta limitação articular gera a perda de equilíbrio, da coordenação motora e tônus muscular, podendo comprometer a independência dos movimentos.

Exercícios de alongamento devem ser inseridos na rotina para uma vida mais equilibrada. Eles estimulam os músculos e articulações, aumentando o bombeamento do sangue para o corpo e diminuindo a perda de massa muscular.

O alongamento estimula o bem-estar físico e emocional do idoso, mas devem ser realizados com cuidado para evitar lesões.

Por isso, se possível, recomenda-se a consulta a um profissional antes da realização das atividades. Só ele pode checar se essas atividades devem ser feitas de forma independente ou supervisionada e se há alguma condição crônica que impeça o paciente de realizá-las.

Tai Chi Chuan

Tai Chi Chuan ao ar livre

O Tai Chi Chuan é uma prática milenar que nasceu na China como arte marcial, mas atualmente é mais conhecida como forma de meditação e de atividade física. Por ser muito suave, o Tai Chi Chuan pode ser praticado por pessoas com restrições para atividades físicas mais vigorosas.

De acordo com os ensinamentos chineses, os exercícios permitem trabalhar uma força energética interna, fazendo-a fluir por todo o corpo, proporcionando bem-estar físico e psíquico. Entre os benefícios, destacam-se:

  • Redução da pressão arterial;
  • Maior controle da respiração;
  • Revigora o corpo e a mente;
  • Fortalecimento muscular e equilíbrio físico;
  • Traz a serenidade através dos movimentos e da filosofia difundida;
  • Incentiva o senso de comunidade, já que geralmente é praticado no coletivo.

O Tai Chi Chuan está muito associado às praças e parques, especialmente pela manhã, já que a prática é ainda mais efetiva se praticada em ambiente silencioso e cercado de natureza. Para começar, é recomendável procurar um mestre ou instrutor.

Dicas para atividades físicas ao ar livre

Siga essas dicas para praticar atividades ao ar livre com segurança e evitar possíveis problemas:

  • Oriente-se com seu médico antes de começar a realizar as atividades físicas;
  • Realize os exercícios com calma, com movimentos lentos e constantes;
  • Respeite os limites do seu corpo e interrompa o movimento ao primeiro sinal de dor;
  • Escolha um local bem arejado e que não tenha um piso escorregadio ou desnivelado;
  • Use roupas leves e confortáveis;
  • Use calçados adequados, de preferência com solados antiderrapantes;
  • Não se exercitar em jejum;
  • Mantenha-se hidratado;
  • Atividades físicas feitas durante o dia pedem o uso de protetor solar.

A prática de atividades físicas é um dos pilares da vida saudável e independente. Adote esta ideia e aproveite cada benefício.

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Desde que esteja lúcido e capaz, morar sozinho é um direito do idoso garantido por estatuto. Na prática, nem sempre é algo simples assim.

Com o avanço da idade, limitações típicas do envelhecimento preocupam muito as famílias. Questionar se não seria o momento de uma companhia diária qualificada para o idoso, a fim de garantir segurança e conforto, é normal.

Juntamos algumas “pistas” que certamente podem ajudar a identificar sinais de fragilidade. Vale lembrar que os sinais, muitas vezes, vão aparecendo aos poucos. Portanto, ter um olhar atento e cuidadoso é importante.

Sinais que o idoso não pode morar mais sozinho

  • Quedas ou outros acidentes domésticos no último ano;
  • Dificuldades na execução das atividades básicas (higiene pessoal, vestuário ou alimentação);
  • Mudanças físicas perceptíveis de ganho ou perda de peso sem alteração da rotina;
  • Alimentação desbalanceada, não fresca e sem horários definidos;
  • Odores corporais desagradáveis;
  • Negligência com a aparência (como roupas sujas ou cabelos despenteados);
  • Piora na condição clínica de alguma doença crônica;
  • Exclusão social e isolamento pessoal;
  • Descontrole financeiro com atraso de contas a pagar;
  • Objetos perdidos ou guardados em locais não compatíveis.

Admitir a fragilidade de um familiar não é algo fácil, todavia necessária. Quando morar sozinho passa a não ser mais uma opção para a família ou para o idoso, algumas alternativas ficam disponíveis.

5 opções para o idoso não morar sozinho

Vale alertar que não existe caminho único. Seja como for, o importante é entender o protagonismo do idoso lúcido. Suas vontades e opiniões, devem ser sempre consideradas.

  1. Algum parente ir morar com o idoso

    Solução direta e barata que costuma ter boa aceitação, mas requer grande doação pessoal de um ou mais membros da família.

  2. O idoso ir morar com algum parente

    Mostra a atenção e o carinho envolvido, mas exige bastante empenho da família na adaptação da rotina da casa. Tanto na opção anterior como nessa, o estresse do cuidador é um problema real que pode impactar a relação familiar.

  3. Ir para uma casa de repouso

    Resolução prática para a família, mas que envolve uma carga emocional forte para o idoso. A retirada do idoso do lar e a total adaptação a uma nova realidade, deve ser um ponto de atenção.

  4. Contratar cuidadores diretamente

    Solução profissional adequada, mas que necessita muito cuidado na escolha. No entanto, problemas como cobertura no caso de faltas, vínculo empregatício e a falta de supervisão técnica devem ser levados em consideração.

  5. Contratar uma empresa de cuidadores

    Reúne a segurança e o conforto do cuidado profissional. Deixando as responsabilidades nas mãos de profissionais supervisionados por uma empresa séria e preocupada com o bem estar integral do idoso.

Para qualquer pessoa, aceitar auxílio nas tarefas diárias muitas vezes significa assinar um atestado de dependência. Portanto, convencer uma pessoa que amamos muito que o melhor para ela é justamente o contrário do que ela deseja, é uma situação muito delicada.

Dessa maneira, a contratação de empresa especializada, pode ser a forma mais leve de passar por esta fase. Assim sendo, envelhecer em casa, faz todo o sentido e a primeira opção de todos os idosos.

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