O verão pede cuidados especiais

O verão pede cuidados especiais

Atualizado em 3 de fevereiro de 2022.

O verão é a época das altas temperaturas e os termômetros chegam, facilmente, a 40°C. Aqui no Brasil, a estação mais quente do ano ocorre entre os meses de janeiro, fevereiro e março.

Todos estamos sujeitos aos efeitos causados pelo calor excessivo, como mal-estar e desidratação. Porém, devido a alguns fatores fisiológicos, os idosos são muito mais sensíveis ao clima quente.

É muito importante ficar atento aos idosos nesta estação, já que algumas situações acontecem com maior incidência.

Neste artigo vamos abordar os problemas mais comuns e as formas para evitá-los, confira os destaques:

  1. Desidratação
  2. Hipertermia
  3. Insolação e Câncer de Pele
  4. Intoxicação Alimentar
  5. Dengue
  6. Olhar Atento na Rotina

Desidratação

A quantidade de água no corpo humano diminui naturalmente com a evolução do processo de envelhecimento, e desta forma, diminuem também a sensação de sede e a capacidade de transpiração.

Como não têm tanta sede, é comum os idosos não ingerirem a quantidade ideal de água, que é de 2 litros por dia.

Sinais da Desidratação

  • Diminuição da quantidade de urina;
  • Urina com coloração escura e odor forte;
  • Alterações de comportamento (apatia, agitação ou confusão mental);
  • Dor de cabeça;
  • Tonturas, fadiga e mal-estar.

O corpo desidratado traz também a perda de sais minerais, essenciais para o equilíbrio do organismo. Por isso, é importante não só beber líquidos, mas também consumir legumes, frutas e verduras para repor os elementos perdidos na transpiração.

E lembre-se: exposição excessiva ao sol também pode levar à desidratação.

Hipertermia

A hipertermia pode ter diferentes causas, sendo a mais comum a exposição ao calor excessivo.

Como o idoso tem menor quantidade de glândulas sudoríparas, é comum que aconteçam alterações na termorregulação corporal.

Sintomas da Hipertermia

  • Contraturas musculares;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor de cabeça;
  • Fraqueza e tonturas;
  • Convulsões.

Contra a hipertermia, é importante tomar muita água e líquidos, ter alimentação leve e ficar em ambientes frescos e arejados. Em dias quentes, evite exposição ao sol das 9h30 às 16h30.

Insolação e Câncer de Pele

São doenças de pele de diferentes gravidades, porém diretamente associadas à exposição excessiva e desprotegida ao sol.

No decorrer da vida, a pele acumula um histórico de exposição aos raios ultravioletas. E sabemos que no verão esta exposição é muito mais intensa.

Embora esses problemas de saúde possam afetar qualquer pessoa, há grupos mais propensos ao surgimento, caso dos idosos, que possuem uma pele mais fina, desidratada e muito delicada.

Especialmente no verão, o uso de protetor solar se faz muito necessário. Prefira FPS (Fator de Proteção Solar) acima de 50 e reaplique diversas vezes durante o dia.

Mantenha a pele do idoso sempre hidratada, já que eles possuem a pele mais seca. De preferência com cosméticos neutros.

Use chapéus e bonés quando houver exposição ao sol.

Intoxicação Alimentar

A principal causa do aumento de intoxicação alimentar no verão são as altas temperaturas da estação que podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde, entre eles bactérias (salmonela e estafilococos) e vírus (rotavírus).

Os sintomas da intoxicação alimentar são vômito, diarreia, náuseas, febre, dor abdominal e coceira na pele. Podem demorar até 72 horas para aparecer e são facilmente confundidos com virose.

Dependendo do motivo que provocou a intoxicação, o mal-estar pode durar de três a quatro dias.

É preciso estar atento na procedência e na conservação dos alimentos e bebidas, além da higiene no preparo.

Dengue

A combinação entre altas temperaturas e chuvas favorece o aumento da população do Aedes Aegypti. Em contato com a água das chuvas, os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos.

O mosquito da dengue pode picar qualquer pessoa, porém, segundo o Ministério da Saúde, aquelas com idade superior a 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as pessoas de idade inferior.

As únicas formas de evitar esta doença são ficarmos atentos à presença de Aedes Aegypti nos ambientes, usar repelentes e eliminar qualquer água empoçada, que é onde os mosquitos se desenvolvem.

Olhar Atento na Rotina

Todas as situações pontuadas aqui são comuns no verão, e todos estamos sujeitos a vivenciá-las, claro. Porém, um olhar mais atento aos cuidados pode evitar estes transtornos aos idosos.

Mantenha atitudes básicas como monitorar a ingestão de água, cuidar da pele com hidratantes e protetor solar, alimentação leve, cuidados no manuseio e armazenagem dos alimentos.

Proporcione banhos mornos e curtos, e ainda, sempre que possível, mantenha seu ente em ambientes frescos e arejados.

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