Atualizado em 6 de outubro de 2025.

O que é senescência

A senescência é o processo natural de envelhecimento. Ela reúne as mudanças fisiológicas que acontecem no organismo ao longo da vida, sem estarem ligadas necessariamente a uma doença.

Entre essas transformações estão:

  • perda progressiva de massa e força muscular,
  • diminuição da capacidade respiratória e cardiovascular,
  • alterações na pele, ossos e articulações,
  • ritmo mais lento em algumas funções cognitivas.

Essas mudanças não são doenças. Fazem parte do ciclo da vida. Isso não significa que doenças não possam surgir na velhice, mas sim que o envelhecimento em si não deve ser confundido com uma condição patológica.

O que é senilidade

A senilidade não é a mesma coisa que a senescência. Enquanto a senescência fala das mudanças naturais do corpo, a senilidade se refere às doenças que podem surgir na velhice.

Alguns exemplos de condições associadas à senilidade:

  • demências – como Alzheimer e outras perdas cognitivas progressivas,
  • fragilidade acentuada – quando a perda de força e autonomia vai além do esperado para a idade,
  • dependência funcional – dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia.

É importante lembrar: a senilidade não é inevitável. Muitas pessoas envelhecem sem desenvolver doenças incapacitantes.

Por outro lado, mesmo quem sempre se cuidou pode enfrentar enfermidades inesperadas. Fatores como genética, ambiente e biologia também influenciam.

Os cuidados com a saúde não eliminam todos os riscos, mas eles aumentam as chances de viver com mais autonomia, qualidade de vida e independência.

Envelhecimento saudável

Mesmo com as mudanças naturais da senescência, é possível viver bem. Um bom envelhecimento não acontece de um dia para o outro: ele é uma construção contínua, feita de hábitos, vínculos e escolhas ao longo da vida.

Alguns pilares importantes para essa construção são:

  • movimento regular – exercícios de força, equilíbrio e caminhadas,
  • alimentação equilibrada – rica em frutas, verduras, proteínas e fibras,
  • relações sociais – manter laços familiares e de amizade,
  • sono adequado – respeitar o descanso e a rotina do corpo,
  • acompanhamento de saúde – consultas preventivas e exames de rotina.

E, assim como acontece com a saúde mental dos idosos, cada passo fortalece a autonomia e o bem-estar.

Mitos e verdades sobre o envelhecimento

Mito 1 – Todo idoso vai desenvolver demência

Verdade: não é bem assim. No Brasil, estima-se que cerca de 8% das pessoas acima de 60 anos tenham algum tipo de demência. Isso significa que mais de 90% dos idosos não têm a condição.

O risco aumenta com a idade, principalmente após os 85 anos, mas ainda assim não é inevitável. Muitos idosos chegam a idades avançadas com cognição preservada.

Mito 2 – Envelhecer significa se tornar frágil

Verdade: o corpo passa por perdas naturais — força, massa muscular e resistência diminuem com o tempo. Isso é senescência, parte do envelhecimento normal.

Mas “fragilidade” no sentido extremo não acontece com todos. Exercícios, boa nutrição e acompanhamento de saúde ajudam a reduzir os impactos e manter autonomia.

Mito 3 – Envelhecer é sinônimo de dependência

Verdade: a dependência pode ocorrer em casos de doenças ou condições específicas, mas não é consequência automática da idade.

Muitos idosos seguem independentes, cuidam de sua própria rotina e até oferecem apoio a outras pessoas.

Como envelhecer bem é uma construção

Enxergar a diferença entre senescência e senilidade ajuda a combater preconceitos e a valorizar o idoso de forma justa. O envelhecer natural não deve ser confundido com doença, mas é preciso reconhecer que, ao longo da vida, podem surgir desafios que exigem atenção.

Um bom envelhecimento não acontece de repente: ele se constrói com escolhas, apoio familiar e acompanhamento de saúde.

Na Mão do Amor, acreditamos que esse caminho pode ser mais leve e seguro quando há quem caminhe junto. Nosso compromisso é apoiar famílias e idosos para que cada etapa da vida seja vivida com autonomia, acolhimento e qualidade.

Atualizado em 30 de setembro de 2025.

O Brasil envelhece rapidamente: segundo o IBGE, até 2030 o número de idosos será maior do que o de crianças. Isso significa que cada vez mais famílias precisam repensar o ambiente doméstico, já que a casa nem sempre está preparada para essa fase da vida.

As quedas estão entre as principais causas de internação de pessoas com mais de 60 anos, e muitas delas acontecem dentro do próprio lar. Por isso, adaptar o espaço em que o idoso vive é uma forma essencial de prevenção, mas também de garantir qualidade de vida e autonomia.

Adaptações práticas por ambiente

Mais do que remover barreiras físicas, tornar a casa acessível significa pensar em como cada espaço pode ser usado com segurança e conforto. Iluminação adequada, ventilação, silêncio e temperatura agradável são fatores que fazem diferença no bem-estar e devem ser considerados junto com as adaptações estruturais.

A seguir, veja como cada ambiente pode ser ajustado para garantir mais autonomia e qualidade de vida aos idosos.

Banheiro

  • Problema: é um dos lugares mais perigosos da casa para idosos. O piso molhado, a falta de apoios e a necessidade de movimentos bruscos (levantar, se abaixar, entrar no box) aumentam o risco de quedas.
  • Solução:
    • Piso: prefira revestimentos antiderrapantes, que não ficam escorregadios quando molhados. Evite tapetes soltos.
    • Apoios: barras fixas ao lado do vaso sanitário e dentro do box dão firmeza ao sentar, levantar e se apoiar durante o banho.
    • Box adaptado: o ideal é sem desníveis, para evitar tropeços. Bancos de banho ou cadeiras próprias também ajudam a manter o equilíbrio.
    • Iluminação: luz clara e bem posicionada reduz riscos durante o banho noturno. Luzes de presença podem ser úteis.
    • Lavatório e torneiras: escolha torneiras de alavanca ou de acionamento fácil, que não exijam força nas mãos. Mantenha saboneteiras, toalhas e objetos de uso frequente ao alcance.
    • Organização: quanto mais livre de obstáculos, melhor. O banheiro deve ter espaço suficiente para circulação segura, mesmo que o idoso use bengala ou andador.

Quarto

  • Problema: o quarto é um dos espaços mais usados e também um dos mais vulneráveis. A iluminação fraca, a altura da cama e os móveis mal posicionados podem dificultar a mobilidade. Além disso, muitos idosos levantam-se à noite para ir ao banheiro, aumentando o risco de quedas.
  • Solução:
    • Iluminação: instale luzes de presença ou abajures de fácil acionamento. Assim, ao levantar-se no escuro, o idoso não precisa procurar interruptores. Boa iluminação faz diferença para reduzir riscos, especialmente porque muitas mudanças naturais da visão na terceira idade afetam a percepção do ambiente.
    • Cama: altura confortável, que permita sentar e levantar sem esforço. Se necessário, use apoiadores que se encaixam sob o colchão para ajudar a deitar e levantar com firmeza.
    • Móveis: mantenha a circulação livre. Gavetas e armários usados com frequência devem estar ao alcance, sem necessidade de se abaixar ou subir em bancos.
    • Tapetes: retire-os ou utilize modelos antiderrapantes bem fixados ao chão.
    • Clima e conforto: ambiente bem ventilado e silencioso favorece noites de sono reparador.

Sala e corredores

  • Problema: a sala e os corredores concentram boa parte da circulação da casa. Tapetes soltos, móveis em excesso ou mal posicionados, e a falta de corrimãos podem transformar esses espaços em áreas de risco. À noite, a iluminação insuficiente favorece tropeços e quedas.
  • Solução:
    • Tapetes: retire-os ou opte por modelos antiderrapantes bem fixados ao chão.
    • Móveis: mantenha a circulação livre, evitando objetos que obstruam a passagem.
    • Corrimãos e apoios: em corredores longos e próximos a escadas, instale corrimãos firmes.
    • Iluminação: pontos de luz bem distribuídos, de preferência com sensores de presença nos corredores.
    • Assentos firmes: sofás e cadeiras com altura adequada e braços de apoio facilitam sentar e levantar.

Cozinha

  • Problema: a cozinha pode ser perigosa para idosos, tanto por risco de quedas quanto de acidentes domésticos (cortes, queimaduras). Prateleiras muito altas, utensílios fora de alcance e pisos escorregadios dificultam a autonomia.
  • Solução:
    • Organização de armários: coloque o que é usado com frequência em prateleiras baixas e de fácil alcance.
    • Pisos: prefira revestimentos antiderrapantes; evite cerâmicas muito lisas que escorregam quando molhadas.
    • Iluminação: boa luz sobre pia e fogão ajuda a evitar acidentes no preparo das refeições.
    • Eletrodomésticos: modelos simples e seguros, com desligamento automático.
    • Espaço livre: mantenha os corredores desobstruídos para bengala ou andador.

Áreas externas e escadas

  • Problema: quintais, varandas e escadas costumam ter desníveis, pisos irregulares e falta de apoio, aumentando o risco de quedas. A chuva e a sujeira deixam o piso escorregadio.
  • Solução:
    • Rampas de acesso: sempre que possível, substitua degraus por rampas com piso antiderrapante.
    • Corrimãos: instale corrimãos firmes em ambos os lados das escadas e em rampas longas.
    • Pisos externos: escolha revestimentos próprios para áreas molhadas, que não fiquem escorregadios.
    • Iluminação: mantenha áreas externas bem iluminadas, principalmente caminhos noturnos.
    • Jardins e quintais: evite objetos espalhados, raízes expostas e desníveis que provoquem tropeços.

Tecnologias e soluções de apoio

  • Elevadores residenciais e plataformas de escada: para casas de dois andares ou com muitos desníveis.
  • Maçanetas alavanca: mais fáceis de abrir para quem tem dor ou fraqueza nas mãos.
  • Interruptores, tomadas e torneiras em altura acessível: evitam se abaixar ou esticar demais.
  • Automação de luzes e portas: sensor de presença e comandos por voz aumentam independência.

Segurança no lar

  • Alarmes pessoais e botões de emergência: chamam ajuda rapidamente em caso de queda ou mal-estar.
  • Monitoramento com detecção de quedas: relógios ou dispositivos vestíveis que acionam familiares ou serviços médicos.
  • Detectores de fumaça e monóxido de carbono: proteção contra acidentes domésticos silenciosos.

Planejar acessibilidade desde a construção

A acessibilidade não deve ser pensada apenas quando alguém já tem limitações. Ela precisa fazer parte natural do planejamento de um lar.

Normas como a NBR 9050 orientam que novos empreendimentos considerem medidas mínimas em portas, corredores e banheiros. Isso facilita a circulação de quem usa bengala, andador ou cadeira de rodas.

Mais do que atender a uma exigência legal, incluir a acessibilidade desde o início é uma forma de valorizar o imóvel. Significa garantir que ele esteja preparado para diferentes fases da vida.

Afinal, todos nós vamos envelhecer. Pensar em acessibilidade é pensar também no nosso próprio futuro e no conforto da família inteira.

E quando a casa já está construída? Pequenas reformas podem fazer a diferença. Alargar portas, corrigir desníveis e instalar barras de apoio são medidas simples que trazem mais segurança e autonomia ao idoso no dia a dia.

O papel da família e dos cuidadores

  • Observar riscos no dia a dia, como fios soltos ou móveis mal posicionados.
  • Participar das adaptações, ouvindo as necessidades do idoso.
  • Contar com apoio profissional, que pode orientar sobre medidas adequadas para tornar a casa mais segura.

Na Mão do Amor, acreditamos que cuidar é mais do que oferecer assistência direta: é também criar um ambiente que proporcione segurança, autonomia e bem-estar. Por isso, além de apoiar o idoso nas atividades diárias, orientamos as famílias sobre como tornar o lar mais acessível e seguro.

Ainda assim, mesmo com todas as adaptações, chega um momento em que a segurança deve ser prioridade.

Nessas situações, vale refletir sobre alternativas e avaliar com atenção até quando o idoso pode morar sozinho.

O cuidado com a acessibilidade, aliado ao acompanhamento próximo, garante não apenas a prevenção de acidentes, mas também a valorização da vida e da dignidade em cada etapa do envelhecimento.

Atualizado em 6 de agosto de 2025.

Envelhecer não significa voltar à infância. No entanto, muitos idosos ainda são tratados como se tivessem perdido a capacidade de decidir por si mesmos. A infantilização é um comportamento comum, muitas vezes inconsciente, que retira da pessoa idosa sua autonomia e dignidade. E isso pode afetar profundamente sua autoestima, saúde emocional e até física.

Mas afinal, como evitar esse erro e oferecer um cuidado que respeite a história, a individualidade e o protagonismo de quem envelhece?

O que é infantilização na terceira idade?

A infantilização ocorre quando tratamos uma pessoa idosa como se ela fosse incapaz, frágil ou dependente em excesso, mesmo quando isso não condiz com sua realidade. Pode aparecer de forma sutil:

  • Falar com voz infantilizada, como se fosse uma criança
  • Tomar decisões por ela sem consultar sua opinião
  • Substituir a autonomia por “ajuda” desnecessária
  • Evitar conversas sérias como se ela “não fosse entender”

Esse tipo de atitude, mesmo que venha com boas intenções, comunica desrespeito. E pode gerar frustração, insegurança, isolamento e até resistência aos cuidados de verdade.

Se, por exemplo, um idoso apresenta limitações físicas, é essencial saber até onde ele pode agir sozinho. Nesse sentido, entender os desafios e os cuidados com problemas comuns como os de coluna pode ajudar a calibrar o apoio sem tirar sua autonomia.

O respeito começa com a escuta

Respeitar a pessoa idosa é, antes de tudo, ouvi-la. É perguntar como ela prefere ser cuidada, com que roupas se sente bem, o que gostaria de comer, que rotina prefere seguir.

A escuta ativa é o ponto de partida para um cuidado ético, humano e centrado na pessoa. Quando incluímos o idoso nas decisões do seu dia a dia, estamos dizendo: “sua opinião importa, sua experiência é valorizada”.

E essa escuta não precisa acontecer só no ambiente familiar. Ela se amplia também no convívio social. Manter o idoso inserido em círculos de afeto e diálogo fortalece sua autonomia e sua autoestima. A vida social ativa na terceira idade é uma grande aliada do respeito.

Incentivar a autonomia faz parte do cuidado

Sempre que possível, o idoso deve ser incentivado a manter sua autonomia. Isso inclui:

  • Participar de tarefas simples do dia a dia
  • Escolher suas roupas, programas e refeições
  • Administrar seus próprios horários
  • Ser envolvido em decisões familiares

Mesmo quando há limitações físicas ou cognitivas, é possível adaptar atividades para que ele siga exercendo algum controle sobre sua rotina, com apoio, não substituição.

Cuidadores e familiares podem contar com ajuda especializada para isso. A fisioterapia, por exemplo, é uma grande aliada na manutenção da autonomia na terceira idade, mesmo em situações de fragilidade.

Linguagem e postura importam

A forma como nos dirigimos à pessoa idosa diz muito. Evite:

  • Diminutivos como “bonitinho”, “fofinha”, “vovozinho”
  • Expressões como “deixa que eu faço pra você” sem necessidade
  • Interromper falas ou desconsiderar opiniões

Prefira uma comunicação clara, direta e gentil, com o mesmo respeito que você gostaria de receber.

O papel do cuidador e da família

Família e cuidadores devem caminhar lado a lado com o idoso, nunca à frente ou por cima. Isso inclui decisões importantes do cotidiano, como o retorno à rotina após as férias e o momento certo de contar com um cuidador, que precisam ser construídas com diálogo e respeito. Até mesmo questões simples, como a rotina do sono na terceira idade, podem e devem ser ajustadas em parceria com ele.

Esse cuidado compartilhado também envolve afeto, convivência e presença. Relações familiares de troca e respeito, como as que envolvem netos e avós, podem ter um papel decisivo na saúde emocional e no fortalecimento da identidade. O vínculo entre netos e idosos é uma dessas pontes intergeracionais que resistem ao tempo.

Respeitar é o primeiro passo do cuidado

Evitar a infantilização é um gesto de amor. É reconhecer que o idoso não perdeu sua identidade com o tempo, ele a fortaleceu. Respeitar sua autonomia é cuidar de forma digna, ética e afetiva.

Na Mão do Amor, esse é um compromisso que levamos a sério todos os dias. Cuidar com empatia, escuta e respeito é o que nos move.

Atualizado em 5 de junho de 2025.

Por que manter uma vida social ativa faz bem na terceira idade?

A socialização na terceira idade é essencial para manter a saúde física, emocional e mental dos idosos. Ter uma vida social ativa contribui para reduzir o risco de depressão, melhora a cognição, aumenta a autoestima e até pode ampliar a longevidade.

Mais do que conviver, o idoso precisa se sentir incluído, valorizado e acompanhado.

Benefícios da socialização na terceira idade

Saúde mental fortalecida

Participar de atividades sociais regularmente ajuda a reduzir os sintomas de depressão. Um estudo realizado em Taiwan, com mais de 18 anos de acompanhamento, mostrou que idosos socialmente ativos apresentaram menos sinais de depressão, mesmo com o avanço da idade ou limitações físicas.

Estímulo cognitivo constante

Conversas, jogos e interações sociais mantêm o cérebro em movimento. A vida social na terceira idade ajuda a preservar a memória e as funções cognitivas, diminuindo o risco de doenças como Alzheimer e outras demências.

Saúde física e mais disposição

Atividades sociais incentivam o idoso a sair de casa, se movimentar e participar do dia a dia. Caminhadas em grupo, festas, reuniões familiares ou encontros com amigos promovem benefícios para o corpo e o coração.

Mais qualidade de vida e longevidade

A sensação de pertencimento e os vínculos afetivos fortalecem o emocional do idoso. Quem se sente útil e amado tende a viver mais e com mais alegria.

Como incentivar a vida social de idosos

  • Atividades em grupo: Grupos de leitura, dança, música ou artesanato são ótimas formas de manter a mente ativa e fazer novas amizades.
  • Tecnologia a favor: Videochamadas, grupos de WhatsApp e redes sociais permitem que o idoso esteja conectado com familiares e amigos, mesmo à distância.
  • Voluntariado e propósito: Ajudar o próximo ou se envolver em causas pode trazer um novo significado para o dia a dia.
  • Convívio familiar e afeto diário: Almoços em família, passeios e tempo de qualidade em casa fortalecem laços e previnem o isolamento.

O papel dos cuidadores na socialização de idosos

Cuidadores de idosos têm um papel essencial nesse processo. Além de oferecerem segurança e suporte nas atividades do dia a dia, eles podem estimular conversas, propor passeios, ajudar o idoso a participar de atividades sociais e, principalmente, manter uma rotina que favoreça o bem-estar emocional.

Na Mão do Amor, nossos cuidadores são treinados para incentivar esses momentos de convivência com carinho, atenção e empatia. Sabemos que socializar é também cuidar da saúde.

A socialização de idosos é uma estratégia poderosa para garantir mais saúde, autonomia e alegria na terceira idade. Estar em contato com outras pessoas melhora o humor, ativa o corpo e a mente e dá ao idoso motivos para seguir com mais vontade de viver.

Atualizado em 1 de março de 2025.

Nunca é tarde para cair na folia! Essa festa tão brasileira é uma oportunidade única para viver momentos de alegria, renovar o espírito e fortalecer os laços com amigos e familiares.

Para os idosos, o Carnaval pode ser muito mais do que uma simples celebração – é um convite para reviver histórias, movimentar o corpo e, acima de tudo, sentir-se vivo e pertencente a essa grande festa popular.

O Carnaval e seus benefícios para a terceira idade

O Carnaval traz inúmeros benefícios para os idosos, tanto físicos quanto emocionais. Participar da folia pode ajudar a reduzir o estresse, aliviar a solidão e estimular o cérebro com sons, cores e interações sociais. Confira como cair na folia pode ser benéfico:

Bem-estar emocional: O ambiente festivo eleva o humor, reduz sintomas de depressão e promove a liberação de endorfina, proporcionando uma sensação de felicidade e prazer.

Estímulo à memória e cognição: A música e a dança ativam áreas cerebrais relacionadas à memória, ajudando a manter a mente ativa e criativa.

Atividade física prazerosa: Movimentar-se ao som de uma marchinha ou de um samba suave melhora a circulação sanguínea, fortalece músculos e articulações e aumenta a disposição.

Socialização e fortalecimento de vínculos: O Carnaval é uma excelente oportunidade para reencontrar amigos, conhecer novas pessoas e fortalecer laços afetivos.

Dicas para um Carnaval seguro e confortável para os idosos

A diversão deve sempre vir acompanhada de segurança, especialmente para quem já tem limitações físicas ou de mobilidade. Para garantir uma folia tranquila e prazerosa, siga estas recomendações:

Hidrate-se bem: Com o calor e a agitação, o corpo perde líquidos rapidamente. Leve sempre uma garrafinha de água e evite bebidas alcoólicas em excesso.

Vista-se de forma confortável: Escolha roupas leves, frescas e fantasias que permitam liberdade de movimento. Prefira sapatos fechados e antiderrapantes para evitar quedas.

Evite locais muito cheios: Ambientes lotados podem gerar desconforto e riscos de acidentes. Dê preferência a bailes organizados para a terceira idade, com espaços amplos e bem estruturados.

Alimente-se bem: Antes de sair, faça uma refeição leve e equilibrada, garantindo energia para curtir a folia sem desconfortos.

Respeite seu ritmo: O importante é aproveitar sem exageros! Se sentir cansaço, faça pausas e priorize o seu bem-estar.

Cuidados especiais para quem tem mobilidade reduzida

Para muitos idosos, problemas de mobilidade podem ser uma preocupação durante o Carnaval. Mas isso não significa que seja preciso abrir mão da festa! Algumas dicas para maior conforto e segurança incluem:

Escolha locais acessíveis: Procure eventos com rampas, corrimãos, assentos disponíveis e boa estrutura para idosos.

Utilize apoios, se necessário: Bengalas e andadores podem ser grandes aliados para evitar quedas e dar mais autonomia.

Evite longos períodos em pé: Busque lugares onde seja possível sentar e descansar entre uma dança e outra.

Dê preferência a transportes seguros: carros, seja um táxis ou de aplicativos são opções mais seguras do que longas caminhadas.

Esteja sempre acompanhado: A presença de amigos ou familiares aumenta a segurança e torna a experiência mais divertida. O

Carnaval é para todos! Com planejamento e alguns cuidados, é possível aproveitar essa festa maravilhosa com energia e entusiasmo. Nunca é tarde para cair na folia e celebrar a vida com alegria! Que tal reunir amigos, preparar uma fantasia especial e entrar no clima carnavalesco? Compartilhe suas experiências e inspire mais idosos a curtirem essa época do ano com todo o brilho que ela merece!

Atualizado em 12 de fevereiro de 2025.

As férias são um momento especial para reunir a família, viajar e viver momentos de alegria ao lado de quem amamos.

No entanto, com o fim desse período, a rotina volta ao normal, e muitas famílias percebem, após as tradicionais festas e férias de final de ano, que os idosos podem precisar de mais suporte no dia a dia.

Esse é o momento ideal para avaliar se a presença de um cuidador pode trazer mais segurança e qualidade de vida ao idoso.

O impacto do fim das férias na vida dos idosos

Durante as férias, os idosos costumam contar com mais companhia, seja de familiares ou amigos. A presença dos netos é muito comum. A ausência dos familiares, que voltam às suas atividades diárias, pode evidenciar desafios como:

  • Sentimento de solidão ao se deparar com a volta à rotina
  • Aumento da insegurança;
  • Dificuldade em manter hábitos saudáveis;
  • Dificuldade maior em realizar tarefas diárias, como higiene pessoal e alimentação;
  • Falta de companhia e incentivo para atividades de lazer e exercícios físicos;
  • Esquecimento de compromissos importantes, como consultas médicas e administração de medicamentos;
  • ​​Redução da socialização e do estímulo mental;
  • Maior risco de quedas e acidentes domésticos.

Sinais de que um cuidador pode ser necessário

Se o idoso encontra dificuldades para manter sua independência com segurança, um cuidador pode ser uma excelente alternativa.

Um profissional capacitado pode auxiliar de diversas formas, promovendo o bem-estar e a tranquilidade da família, garantindo que o idoso receba todos os cuidados necessários. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Dificuldade em gerenciar a própria rotina e organização doméstica;
  • Alterações no comportamento, como apatia, desorientação ou isolamento social;
  • Perda de mobilidade, necessitando de auxílio para locomoção;
  • Descuido com a alimentação e hidratação;
  • Necessidade de acompanhamento em atividades externas, como idas ao médico ou passeios;
  • Os Benefícios de um cuidador para o Idoso e a família.

A presença de um cuidador proporciona um suporte completo ao idoso, promovendo mais conforto e segurança. Entre os benefícios, podemos destacar:

  • Redução de riscos domésticos e garantia de uma rotina mais organizada;
  • Estímulo para manter hábitos saudáveis e realizar atividades físicas;
  • Companhia e apoio emocional, prevenindo o isolamento e a depressão;
  • Assistência no cumprimento de horários de medicação e compromissos;
  • Mais tranquilidade para a família, que pode confiar no bem-estar do ente querido.

O fim das férias é um momento oportuno para reavaliar as necessidades dos idosos e considerar soluções que garantam sua qualidade de vida. Se você percebe que seu familiar precisa de mais suporte, um cuidador pode ser a resposta para assegurar sua segurança e conforto.

Para mais informações sobre cuidados para idosos ou para encontrar um profissional qualificado, entre em contato conosco!

Atualizado em 16 de outubro de 2024.

O envelhecimento traz consigo uma série de mudanças no corpo, e a coluna vertebral é uma das áreas mais afetadas. Com o passar dos anos, ossos, músculos e articulações sofrem um desgaste natural que pode resultar em dores e limitações de movimento. Esses problemas podem impactar profundamente a qualidade de vida à medida em que envelhecemos, afetando a mobilidade, a independência e a saúde geral.

Neste artigo, vamos detalhar os principais problemas de coluna enfrentados pelos idosos, as causas, os sintomas, as opções de tratamento e, principalmente, como prevenir essas condições para garantir um envelhecimento mais saudável e ativo.

1. Osteoartrite (Artrose)

A osteoartrite, também conhecida como artrose, é uma das condições mais comuns que afetam a coluna vertebral. Com o envelhecimento, a cartilagem que recobre as articulações vertebrais se desgasta, resultando em inflamação, dor e rigidez. Esse desgaste pode ocorrer em qualquer região da coluna, mas é mais frequente na coluna cervical (pescoço) e na lombar (parte inferior das costas).

Causas: O principal fator de risco para a osteoartrite é o envelhecimento, mas o histórico familiar, lesões anteriores na coluna e o excesso de peso também contribuem.

Sintomas: Dor crônica nas costas, rigidez, sensação de “rangido” nas articulações e perda de flexibilidade são os sintomas mais comuns. Nos casos avançados, pode ocorrer dificuldade para se levantar ou se movimentar.

Tratamentos: O tratamento envolve fisioterapia para fortalecer os músculos ao redor da coluna, medicamentos anti-inflamatórios, técnicas de manejo da dor, como calor e frio, e, em casos graves, a cirurgia pode ser recomendada.

2. Hérnia de disco

A hérnia de disco ocorre quando o disco intervertebral, que age como um amortecedor entre as vértebras, sofre um desgaste ou lesão e seu núcleo gelatinoso se desloca, pressionando os nervos da coluna. Essa pressão pode causar dores intensas e, dependendo da localização da hérnia, pode irradiar para outras partes do corpo, como pernas e braços.

Causas: A degeneração natural dos discos devido ao envelhecimento é a principal causa. No entanto, fatores como má postura, esforço excessivo e lesões também podem contribuir.

Sintomas: A dor pode ser localizada nas costas ou irradiar para outras áreas. Nos casos de hérnia lombar, por exemplo, a dor pode se estender para as pernas (ciática). Fraqueza, formigamento e perda de sensibilidade nas extremidades também são sintomas comuns.

Tratamentos: Os tratamentos podem incluir repouso, fisioterapia, medicamentos para dor e anti-inflamatórios. Injeções de corticoide podem ser recomendadas para reduzir a inflamação em casos severos. Quando os tratamentos conservadores falham, a cirurgia para remover o disco afetado pode ser necessária.

3. Estenose espinhal

A estenose espinhal é o estreitamento do canal vertebral, que resulta na compressão da medula espinhal e dos nervos. Essa condição é comum em idosos devido à degeneração óssea e cartilaginosa. Ocorre principalmente na coluna lombar e cervical e pode afetar significativamente a capacidade de andar e realizar atividades diárias.

Causas: O envelhecimento é a principal causa da estenose espinhal. Fatores como osteoartrite, hipertrofia dos ligamentos da coluna e formação de osteófitos (esporões ósseos) também contribuem.

Sintomas: Dor nas costas, fraqueza nas pernas, dormência e dificuldade para caminhar por longos períodos. Muitos idosos relatam que precisam parar frequentemente para descansar durante caminhadas.

Tratamentos: Inicialmente, o tratamento é conservador, incluindo fisioterapia e medicamentos para aliviar a dor. Nos casos em que há grande limitação de movimento, cirurgias para descompressão da coluna podem ser indicadas.

4. Osteoporose e fraturas vertebrais

A osteoporose é uma condição caracterizada pela diminuição da densidade óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Na coluna, isso pode resultar em fraturas vertebrais, que muitas vezes ocorrem de forma espontânea, sem uma queda ou trauma significativo. Essas fraturas podem causar dores intensas e até deformidades, como a cifose (corcunda).

Causas: A osteoporose é mais comum em mulheres após a menopausa, devido à queda dos níveis de estrogênio, que desempenha um papel fundamental na manutenção da densidade óssea. Outros fatores incluem deficiência de cálcio e vitamina D, sedentarismo e tabagismo.

Sintomas: Dor nas costas intensa, perda de altura ao longo do tempo e postura curvada. Em alguns casos, as fraturas vertebrais podem ser assintomáticas.

Tratamentos: A prevenção da osteoporose é crucial e envolve a ingestão adequada de cálcio e vitamina D, exercícios físicos de fortalecimento, e, em alguns casos, medicamentos que ajudam a aumentar a densidade óssea. Para fraturas, o tratamento pode incluir o uso de coletes para estabilizar a coluna, além de fisioterapia.

5. Escoliose degenerativa

A escoliose é uma curvatura lateral anormal da coluna. Na terceira idade, essa condição pode surgir devido à degeneração dos discos intervertebrais e das articulações, resultando na escoliose degenerativa. Embora seja mais leve do que a escoliose juvenil, pode causar dor e dificuldades de movimento.

Causas: O desgaste natural das articulações e dos discos intervertebrais ao longo do tempo pode levar a essa condição.

Sintomas: Desalinhamento da coluna, dor nas costas e dificuldade para se manter ereto ou caminhar. Em casos mais graves, pode haver compressão de nervos, levando a sintomas neurológicos.

Tratamentos: Fisioterapia e exercícios posturais são fundamentais para reduzir a progressão da curvatura. Em casos mais graves, pode ser considerada a cirurgia para corrigir a deformidade e aliviar a pressão nos nervos.

Prevenção de problemas de coluna entre os idosos

Apesar de muitos dos problemas de coluna serem decorrentes do processo natural de envelhecimento, algumas práticas podem ajudar a prevenir ou minimizar esses efeitos:

  • Atividade física regular: Exercícios que fortalecem os músculos que sustentam a coluna, como caminhadas, alongamentos, yoga e pilates, são fundamentais. O exercício regular mantém a flexibilidade e melhora a postura.
  • Manutenção de um peso saudável: O excesso de peso aumenta a pressão sobre a coluna, especialmente na região lombar. Manter um peso saudável é crucial para prevenir problemas de coluna e melhorar a mobilidade.
  • Postura correta: Tanto em pé quanto sentado, é importante manter a coluna em posição neutra, evitando a sobrecarga em regiões específicas.
  • Cuidados ao levantar peso: Levantar objetos pesados de maneira inadequada pode lesionar a coluna. Sempre dobre os joelhos e mantenha o objeto próximo ao corpo ao levantar algo.
  • Ingestão de nutrientes essenciais: Uma dieta rica em cálcio e vitamina D é essencial para a saúde óssea. Além disso, a ingestão adequada de proteínas ajuda na manutenção dos músculos que dão suporte à coluna.
  • Visitas regulares ao médico: Fazer check-ups regulares permite a detecção precoce de problemas na coluna e facilita o tratamento preventivo ou corretivo.

Os problemas de coluna são uma realidade para muitos idosos, mas com cuidados adequados, é possível minimizar os impactos e manter uma boa qualidade de vida. O segredo está na prevenção, com hábitos saudáveis, postura adequada e atividade física regular. E, claro, procurar orientação médica ao primeiro sinal de dor ou desconforto é essencial para evitar complicações futuras. Lembre-se de que cada caso é único, e o acompanhamento com um profissional de saúde é crucial para um diagnóstico correto e tratamento eficaz.

Atualizado em 16 de julho de 2024.

A cultura desempenha um papel fundamental em todas as fases da vida, e isso não é diferente para os idosos. Com o envelhecimento da população mundial, é crucial entender como a cultura pode influenciar positivamente a vida das pessoas na terceira idade.

A participação em atividades culturais pode proporcionar inúmeros benefícios, desde a melhora da saúde mental até o fortalecimento de laços sociais. Neste post, vamos explorar a importância da cultura para os idosos e como ela pode contribuir para um envelhecimento saudável e ativo.

Benefícios da participação cultural

A participação cultural oferece uma ampla gama de benefícios para os idosos, promovendo a saúde mental, a socialização, o estímulo cognitivo, o bem-estar físico, a autoestima e a preservação da identidade.

Saúde mental e bem-estar emocional

A participação em atividades culturais, como assistir a filmes, ir ao teatro, visitar museus ou participar de grupos de leitura, tem um impacto significativo na saúde mental dos idosos.

Essas atividades estimulam o cérebro, ajudando a prevenir doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Além disso, elas promovem o bem-estar emocional, reduzindo sentimentos de depressão e ansiedade.

Socialização e combate à solidão

A solidão é um problema comum entre os idosos, especialmente aqueles que vivem sozinhos ou longe de suas famílias. Atividades culturais oferecem oportunidades para socialização, permitindo que os idosos façam novas amizades e fortaleçam seus laços sociais.

Participar de eventos culturais, como festivais e exposições, pode ser uma excelente maneira de se manter conectado com a comunidade.

Estímulo cognitivo

Envolver-se em atividades culturais estimula a mente e promove a aprendizagem contínua. Aprender um novo instrumento musical, estudar uma nova língua ou até mesmo participar de aulas de arte são maneiras eficazes de manter o cérebro ativo e saudável.

Essas atividades não só melhoram a memória e a função cognitiva, mas também proporcionam um senso de realização e propósito.

Preservação da identidade e da história

A cultura é uma parte essencial da identidade de uma pessoa. Para os idosos, engajar-se em atividades culturais pode ajudar a preservar e transmitir tradições, histórias e valores para as gerações mais jovens. Isso não só fortalece a sensação de pertencimento, mas também contribui para a valorização e o respeito pela diversidade cultural dentro da comunidade.

Exemplos de atividades culturais perfeitas para a terceira idade

Clubes de leitura: Participar de clubes de leitura pode ser uma maneira agradável de discutir livros e compartilhar opiniões com outras pessoas.

Aulas de arte: Pintura, escultura ou cerâmica são atividades que estimulam a criatividade e oferecem uma maneira de expressar emoções.

Concertos e espetáculos: Assistir a apresentações musicais ou teatrais é uma forma de entretenimento que também promove a interação social.

Voluntariado em museus: Trabalhar como voluntário em museus ou centros culturais pode proporcionar um senso de propósito e a oportunidade de aprender mais sobre a história e a arte.

Festivais culturais: Participar de festivais é uma excelente maneira de celebrar a diversidade cultural e conhecer novas tradições.

O teatro e a magia dos palcos se dissemina entre os idosos

Participar de atividades teatrais, seja como espectador ou como ator, estimula o cérebro de várias maneiras. Memorizar falas, interpretar personagens e entender enredos complexos são atividades que mantêm a mente ativa e engajada.

Essas experiências podem ajudar a melhorar a memória, a concentração e as habilidades de resolução de problemas. Entre em contato com o Teatro Municipal de sua cidade, ou procure grupos de teatros regionais. É muito comum terem aulas e grupos voltados especialmente para idosos.

O FIT – Festival Internacional de Teatro em São José do Rio Preto

O FIT completa, em 2024, 55 anos de história. Durante os 9 dias de duração o festival que em 2021 tornou-se internacional, apresenta um teatros, ruas e em outros espaços públicos 70 espetáculos.

Os espetáculos, que são quase em toda a sua maioria gratuitos, tem apresentações voltadas para os públicos de todas as idades. A programação completa pode ser conferida no site oficial do evento.

A cultura é um elemento vital para o bem-estar de nossa sociedade. Ela oferece uma variedade de benefícios que vão desde a melhoria da saúde mental até o fortalecimento dos laços sociais. Promover e facilitar o acesso às atividades culturais para os idosos deve ser uma prioridade nas políticas de saúde e bem-estar. Encorajar a participação cultural é investir em um envelhecimento mais saudável, feliz e significativo.

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

As redes sociais já fazem parte do dia a dia dos idosos no Brasil. É o que aponta a Federação Brasileira de Bancos, FEBRABAN, em sua 12ª Edição do Observatório – A inclusão Digital dos Idosos, lançada em setembro de 2022.

Esse acesso não se restringe apenas às redes sociais. As pessoas com mais de 60 anos usam em seu cotidiano a internet para, videochamadas, pesquisar preços e fazer compras, ver filmes e séries em plataformas de streaming e utilizar bancos por meio dos aplicativos de celular.

O acesso dos idosos à Internet em números.

De acordo com a mesma edição, 74% das pessoas com mais de 60 anos têm acesso à internet e 85% desses idosos o fazem diariamente.

Após as redes sociais e as videochamadas, o acesso aos serviços bancários digitais são os mais utilizados pelos idosos, com 72% fazendo uso rotineiro.

Esse grande acesso não se traduz em uma relação sadia. Quase 45% dos idosos brasileiros relatam sentimentos como medo e insegurança ao acessarem qualquer ferramenta digital. Sentimentos que resultam em perdas reais, já que os idosos são alvos de cerca de 70% de todos os golpes praticados pela internet.

Porque os idosos são alvos da maioria dos golpes?

Existem alguns motivos que fazem os idosos serem alvos preferenciais dos golpistas.

O primeiro deles é o fato dos idosos terem maior dificuldade com aparelhos tecnológicos. Essa dificuldade ocorre por motivos físicos e, também, pelo rápido avanço das tecnologias digitais, que muitas vezes não conseguem ser acompanhadas pelos mais velhos.

Outro ponto, é a percepção por parte dos criminosos de que os mais idosos têm mais dinheiro disponível ou guardado. Isso pode ser verdade em alguns casos, já que uma parcela da população idosa possui mais de uma aposentadoria, herdada de cônjuges, ou conseguiram guardar somas consideráveis de bens durante a vida.

Conheça os 3 tipos de golpes mais comuns contra os idosos.

Com a referida inclusão digital dos idosos os tipos de golpe também aumentaram. Veja abaixo os mais comuns.

O temido phishing

Esse ainda é o método mais comum utilizado contra os idosos. São sites falsos, idênticos aos reais, feitos com o objetivo de roubar os dados bancários das vítimas.

Os golpistas fazem versões falsas de lojas virtuais, bancos e até mesmo de serviços de streaming. Utilizando de base de e-mails vazadas, fingem ser as instituições e enviam mensagens com promoções muito atrativas, que acabam fazendo com que os idosos coloquem seus dados bancários que ficam disponíveis para os criminosos.

Outra modalidade é o phishing envolvendo sites falsos do convênio de saúde e principalmente do INSS. De grande interesse pela população idosa, a modalidade de phishing envolvendo esses assuntos é muito utilizada.

Contas falsas no WhatsApp

Muito comum esse tipo de golpe pode parecer simples, mas é muito eficaz contra os idosos. O golpe começa com a lista de contatos sendo hackeada em aplicativos ou retirados de dados públicos em redes sociais.

Com os dados em mãos os criminosos fazem contas falsas, se utilizando das fotos e nomes dos contatos. Depois iniciam conversas, falando que mudaram de número e começam a pedir dinheiro se passando pelos amigos e muitas vezes pelos filhos.

Clonagem de WhatsApp

Mais complexo do que as contas falsas, os golpistas conseguem acesso aos dados de segurança do aplicativo. Esses dados são conseguidos através de links de phishing ou até mesmo ligações, onde o estelionatário envia um código de confirmação via SMS para o celular da vítima.

Com isso, o estelionatário consegue sequestrar a conta, deixando a vítima sem acesso ao aplicativo. Então começa a pedir quantias em dinheiro para os contatos. Vale ressaltar que nessa modalidade o criminoso tem acesso a todas as conversas, podendo roubar dados sensíveis presentes nelas.

Como o idoso pode se proteger dos golpes?

A primeira coisa e talvez a mais importante, é a chamada técnica do 3P: Pare, Pense e Pesquise. A técnica é útil em todos os cenários de golpes digitais. Nunca ceda à urgência de uma promoção, solicitação ou pedidos de dinheiro, mesmo que de conhecidos ou parentes.

Ao se deparar com uma super promoção ou solicitação urgente, faça a pesquisa por contra própria, sem clicar em nenhum link na mensagem. Se é uma loja conhecida, entre usando o navegador e veja se a promoção está realmente lá. Se for uma instituição governamental ou banco, entre em contato com eles.

A mesma coisa vale para pedidos de dinheiro pela internet, seja qual for o motivo e de quem for que seja. Mesmo dos filhos. Entre sempre em contato pelos telefones usuais.

Cuidado com as senhas

Nunca reutilize senhas, mesmo em aplicativos. Crie sempre uma nova e ative a autenticação em dois fatores, sempre que possível.

Peça sempre ajuda

Na dúvida sobre qualquer assunto envolvendo o mundo digital é importante pedir ajuda para familiares e amigos com maior conhecimento.

O simples ato de não agir por impulso e ponderar sobre o que está acontecendo, fazendo uma pesquisa pessoal, fará com que as chances do golpista diminua muito. Por isso, olho vivo!

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Nada melhor do que viajar em família! Um momento especial que é capaz de gerar memórias de afeto e carinho para uma vida inteira. Estes momentos podem ser ainda mais especiais quando participam delas os familiares mais idosos, cada vez mais ativos e independentes. 

Com a queda de muitos estereótipos sobre como é viver na terceira idade, as viagens são momentos ideais para gerar novas experiências para os idosos. A menor responsabilidades com os filhos, já adultos, ou com os netos, que estarão sob cuidados mais direto dos pais, podem fazer com que viagens sejam desfrutadas por um prisma completamente novo.

Mas para que isso aconteça, o evento que é capaz de afastar até a depressão nos idosos, deve ser planejado com alguns cuidados que visam o bem estar destes companheiros de viagem tão especiais.

Os benefícios de viajar na terceira idade

O hábito de viajar proporciona benefícios para todas as idades e para os idosos isso é ainda mais verdade. Seja acompanhado pela família ou em companhia do cônjuge ou amigos, o hábito traz muito mais do que uma mudança de ares.

Promove a saúde emocional e mental

A rotina, na forma de bons hábitos diários, promove a saúde geral dos idosos e sair da rotina de tempos em tempos é tão importante quanto. A experiência positiva de uma viagem libera hormônios ligados à felicidade como a endorfina e a dopamina, regulando essas substâncias no cérebro, evitando e combatendo a depressão, o estresse e as preocupações típicas da idade.

Muitos idosos sofrem com o isolamento social, por isso, as viagens são momentos únicos para os idosos conseguirem uma maior socialização, outro aspecto fundamental para a saúde mental. Outro ponto é a autoestima, sentir-se parte e capaz de enfrentar novas experiências pode fazer maravilhas para o ego.

Ajuda a memória

Com o avanço da idade é comum que todos tenham uma dificuldade maior em lembrar-se de fatos passados, sejam eles recentes ou mais antigos. Todo o processo que uma viagem requer, faz com que os idosos utilizem muito a memória, seja no planejamento, nos desafios que se apresentam durante ou até mesmo na volta, ao contar como foram os detalhes da viagem. Além disso, a criação de novas memórias é considerada um dos melhores exercícios para a mente, mantendo o cérebro ativo.

Promove a saúde física

A condição física, respeitando os limites de cada um, deve ser sempre estimulada em todas as idades. Claro que com os idosos não é diferente. Por isso, planejar atividades físicas, de preferência em contato com a natureza, só trazem benefícios para a mobilidade, força, circulação e capacidade respiratória do idoso.

Os benefícios são evidentes! Agora, antes de fazer as malas, temos que estar atentos a alguns detalhes!

Os cuidados extras que devemos tomar em viagens na terceira idade

Começando pelo destino, transporte, passando por detalhes do que levar e como conseguir ajuda. Tudo deve ser levado em consideração, sempre pensando no bem estar do idoso.

O primeiro ponto é o mais importante.

O idoso é o protagonista

Ao planejar uma viagem em família ou em grupo, a regra de ouro é todos se adaptarem ao ritmo dos mais velhos. Isso não quer dizer que os mais jovens não terão chance de fazer aquele passeio radical. Planejamento é tudo e o idoso deve estar confortável com a viagem e nunca deve ser incluído de última hora. Deve, sempre que possível, participar ativamente das decisões a viagem, isso evita descontentamento e já faz parte dos benefícios citados acima.

Para onde viajar?

Atenção com o destino pode tirar os idosos de situações potencialmente perigosas. Tudo depende do estado de saúde geral do idoso, vamos aos pontos!

Estrutura geral da região

Muito cuidado neste ponto. Os imprevistos de saúde acontecem, por isso o destino deve contar com estrutura médica especializada de fácil acesso. 

Acessibilidade da hospedagem e arredores

Seja um hotel ou uma casa alugada, a hospedagem deve estar adaptada às necessidades do idoso. Dê preferência a andares térreos e informe-se com o proprietário ou gerência como é a acessibilidade para idosos. No caso de hotéis, peça um quarto mais perto da recepção e restaurantes. Nos banheiros, as barras de apoio e os tapetes antiderrapantes são importantes.

Fique atento e conheça a infraestrutura das instalações e arredores. De nada adianta alugar uma casa ou hotel acessíveis internamente, mas construída em um local que impeça ou dificulte a mobilidade.

Tempo da viagem

Todas as viagens com mais de 4 horas requerem maior atenção. Se estiver de carro, faça paradas de 2 em 2 horas para movimentar as pernas. Trombose e embolia pulmonar podem acontecer. No avião, a mesma coisa, caminhe pelo corredor se possível, ou movimente os braços e pernas. Meias de compressão são indicadas.

Clima e altitude

Opte por destinos sem condições climáticas extremas, procure por climas mais amenos, entre 15º e 30º. Evite altitudes acima de 2.000m, idosos são mais suscetíveis ao mal da altitude.

Faça um check-up médico

Antes de marcar a data, marque uma consulta com o geriatra. Informe a localização e a duração da viagem. Peça receitas extras de remédios no caso de perda de algum medicamento. Veja se as vacinas estão em dia e só viaje com o médico de acordo.

Hora de fazer a mala

Nada de correria. Idosos geralmente levam mais bagagem que os mais novos e a lista de itens é geralmente maior.

Medicações e itens de higiene

Cuidados com a lista de medicações é essencial. Faça mais de uma lista e confira tudo antes de sair. Não esqueça dos hidratantes de pele e lenços umedecidos. A recomendação é fazer um cartão de saúde com todas as informações importantes sobre doenças, tratamentos e contatos.

Atenção com as roupas

As roupas devem ser adequadas às condições climáticas. Lembre-se da escolha do destino, se feita corretamente, o clima será ameno e as roupas devem ser leves e que facilitem a mobilidade.

Documentos carteiras de saúde e convênio

Não esqueça de toda a documentação. Incluindo a carteira de vacinação, atualizada 30 dias antes. Leva a carteirinha do convênio e do SUS para viagens nacionais. Em viagens internacionais ou para locais sem cobertura do convênio, a contratação de um seguro de viagem é fundamental. 

Dicas finais para uma boa viagem

Novas experiências são ótimas, mas cuidado com os exageros.

Cuidados com a dieta e a alimentação

Se estiver viajando para locais com hábitos alimentares muito diferentes, o cuidado deve ser redobrado. Adeque a alimentação aos poucos. Fique muito atento às restrições alimentares, não se arrisque se houver alguma. Uma alimentação leve e balanceada deve estar disponível em qualquer destino escolhido.

Outra coisa é a hidratação. Idosos são mais propensos a ficarem desidratados, mantenha uma garrafa de água à mão e ofereça constantemente. 

Olho vivo com os horários

Uma certa rotina ainda é muito importante. As pessoas mais velhas necessitam de mais tempo de repouso. Evite correria e mudança de planos na última hora.

Não hesite em pedir ajuda

Dependendo da situação de saúde do idoso, a contratação de um cuidador para acompanhar a viagem pode ser uma boa pedida. Isso pode deixar a viagem mais segura e prazerosa para todos. Dependendo da localidade, a opção de contar com alguém no destino é uma possibilidade.

Para finalizar, outra dica é muito importante. Mantenha o bom humor sempre. Viajar com idosos exige muitas vezes mais calma e paciência. Com certeza um bom planejamento vai ajudar muito a transformar essa experiência em um momento que ficará na memória de todos por toda a vida.