Quedas: o acidente mais comum entre os idosos

Quedas: o acidente mais comum entre os idosos

Atualizado em 4 de novembro de 2021.

As quedas de idosos é um tema muito valorizado pela gerontologia, pois além de ser frequente, é um problema com consequências físicas, psicológicas e sociais.

Pessoas de todas as idades podem sofrer uma queda, claro. Porém, para os idosos as quedas possuem um significado muito relevante, pois podem levá-lo à incapacidade, depressão e até mesmo ao óbito.

Estudos mostram que 1/3 dos atendimentos hospitalares por traumas oriundos de quedas ocorrem com pessoas com mais de 60 anos.

75% dessas lesões acontecem dentro de casa;

46% ocorrem no trajeto entre o banheiro e o quarto;

34% das quedas geram algum tipo de fratura.

Mulheres são a maioria, já que vivem mais que homens e são mais suscetíveis à osteoporose, doença diretamente ligada à saúde dos ossos.

Principais motivos das quedas dos idosos

Quedas, escorregões e tropeções são a maior incidência de acidentes domésticos. Conheça os principais motivos:

  • Pisos molhados, úmidos ou encerados;
  • Andar só de meias ou usar chinelos e sapatos mal ajustados;
  • Móveis ou objetos espalhados pelo caminho;
  • Escadas com degraus de tamanhos diferentes ou altos;
  • Tapetes sem superfície antiderrapantes;
  • Banheira ou chuveiro sem barras de apoio ou tapete antiderrapante;
  • Má iluminação;
  • Soleiras das portas não niveladas com o chão;
  • Subir em banco ou cadeira;
  • Fios elétricos ou de telefone deixados no chão;
  • Tropeçar em animais domésticos;
  • Tontura ao levantar-se;
  • Visão ou audição alterada pela idade;
  • Perda do equilíbrio, muitas vezes causada por remédios;
  • Instabilidade corporal e flexibilidade reduzida.

Evite situações com risco de quedas

O importante é prevenir ao máximo os acidentes domésticos.

Algumas atitudes reduzem os riscos e garantem mais segurança ao idoso:

  • Mantenha os ambientes iluminados e organizados, com espaço amplo para o deslocamento do idoso;
  • Não use produtos deslizantes no chão;
  • Evite tapetes deslizantes pela casa;
  • Usar calçados adequados;
  • Instalar barras de segurança pela casa;
  • Quando necessário, disponibilizar o uso de muletas, andadores e cadeiras de rodas.

Adaptações que fazem a diferença

Com o passar do tempo, algumas adaptações na casa trazem mais segurança e autonomia ao idoso, garantindo mais tranquilidade para toda a família.

Estas mudanças podem ser estruturais, quando há necessidade de modificar a estrutura da residência, ou podem ser mais simples, como o uso certo de carpetes e tapetes.

  • Ajuste a altura de poltronas e sofás. Priorize poltrona individual com apoios laterais, facilitando o levantar;
  • Evite tapetes pela casa, e quando necessário use modelos antiderrapantes;
  • Evite excesso de móveis e prefira os arredondados;
  • Fogão e bancada de pia com altura de 80cm;
  • Utensílios, objetos e medicamentos mais usados devem estar em locais de fácil acesso;
  • Panelas com alças laterais e longas ajudam a dividir o peso, evitando queimaduras;
  • A altura da cama correta é quando o idoso se senta na beirada e consegue colocar facilmente os dois pés no chão;
  • Interruptores sempre perto da cama. Abajur é um aliado;
  • Corrimões e barras de apoio dão mais segurança para o idoso se levantar e andar;
  • Janelas acessíveis, leves e simples de abrir;
  • Trancas que abrem por dentro e por fora ajudam na eventualidade de o idoso passar mal e cair;
  • Vaso sanitário em altura maior facilita no momento de sentar e levantar;
  • Piso antiderrapante e fosco diminui o risco de quedas;
  • O ideal é box com porta de correr no banheiro;
  • Pisos e assoalhos não devem ter desníveis;
  • Pinte as bordas dos degraus de branco para uma melhor visualização, principalmente no escuro;
  • Se necessário, opte por rampas com corrimões em vez de degraus.

Cuidados com idosos após a queda

A queda, quando tem maiores consequências físicas, é só o ponto inicial de uma longa jornada. Dependendo da extensão das lesões, podem ser constatadas fraturas com indicações de procedimentos cirúrgicos para correção.

Depois, um programa de reabilitação deve ser cumprido para fortalecimento da região afetada e recuperação dos movimentos. O processo costuma ser longo e, em casos de lesões graves, pode levar meses, ou até mesmo anos.

As mudanças de decúbito geram uma grande preocupação neste momento, para evitar as úlceras de pressão, também conhecidas como escaras. Estas feridas se formam rapidamente, comprometem demais a qualidade de vida do paciente e requerem cuidados adequados, dispostos ao longo de muito tempo para a cicatrização.

Também é necessária uma atenção especial no aspecto psicológico do paciente. A vida cotidiana é impactada, visto que o idoso passa a restringir suas atividades com medo de uma nova ocorrência, sente-se impotente e triste, aumenta o isolamento social, além de acelerar o declínio na saúde.

O impacto social é ainda maior quando o idoso tem diminuição da autonomia e da independência ou passa a necessitar de cuidados profissionais.

Algumas vezes a família precisa se mobilizar para ajudar e apoiar o idoso, tanto nos cuidados básicos, como emocionalmente, já que é um período de grande propensão à tristeza e depressão.

É papel de todos ficarem atentos ao momento certo de introduzir estas mudanças e de conscientizar o idoso da necessidade de também seguir todos estes cuidados. Afinal, nossa casa tem que ser o nosso porto seguro!

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