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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Ambas são medidas protetivas extraordinárias previstas na Legislação Brasileira.

Curatela ou Tomada de decisão apoiada?

A curatela visa proteger a pessoa idosa que, em virtude de alguma incapacidade ou circunstância específica (geralmente mental), esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade própria e de gerenciar sua vida pessoal, profissional e patrimonial.

Já a tomada de decisão apoiada é uma solução nova, em que o protagonismo será sempre da pessoa com deficiência. Aqui, prevalece a vontade do assistido, sem a necessidade de que um terceiro decida por ela. Geralmente acontecem em casos de deficiência física provisória ou permanente.

Estas medidas são buscadas através de um processo judicial. Devem ser analisadas com todo o cuidado, já que as consequências impactam fortemente na autonomia do curatelado, que tem o direito de preservar ao máximo sua dignidade humana.

Ambas restringem atos relacionados aos direitos sobre o próprio corpo, sexualidade, matrimônio, privacidade, educação, saúde, trabalho e direito ao voto.

Outro ponto essencial neste processo é a qualificação e atuação do curador. Ele tem a importante missão de atender os anseios e necessidades prioritárias do curatelado, defendendo seu bem-estar e legítimos interesses. O curador, além de exercer a administração dos bens e direitos, precisa se envolver em todos os aspectos da vida da pessoa idosa, que muitas vezes passa a depender integralmente das suas iniciativas. É necessário muito planejamento e dedicação para exercer este cargo de confiança e de extrema responsabilidade.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Ambas são medidas protetivas extraordinárias previstas na Legislação Brasileira.

Curatela ou Tomada de decisão apoiada?

A curatela visa proteger a pessoa idosa que, em virtude de alguma incapacidade ou circunstância específica (geralmente mental), esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade própria e de gerenciar sua vida pessoal, profissional e patrimonial.

Já a tomada de decisão apoiada é uma solução nova, em que o protagonismo será sempre da pessoa com deficiência. Aqui, prevalece a vontade do assistido, sem a necessidade de que um terceiro decida por ela. Geralmente acontecem em casos de deficiência física provisória ou permanente.

Estas medidas são buscadas através de um processo judicial. Devem ser analisadas com todo o cuidado, já que as consequências impactam fortemente na autonomia do curatelado, que tem o direito de preservar ao máximo sua dignidade humana.

Ambas restringem atos relacionados aos direitos sobre o próprio corpo, sexualidade, matrimônio, privacidade, educação, saúde, trabalho e direito ao voto.

Outro ponto essencial neste processo é a qualificação e atuação do curador. Ele tem a importante missão de atender os anseios e necessidades prioritárias do curatelado, defendendo seu bem-estar e legítimos interesses. O curador, além de exercer a administração dos bens e direitos, precisa se envolver em todos os aspectos da vida da pessoa idosa, que muitas vezes passa a depender integralmente das suas iniciativas. É necessário muito planejamento e dedicação para exercer este cargo de confiança e de extrema responsabilidade.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

A aposentadoria é um momento aguardado e, paralelamente, também é uma grande preocupação para aqueles que se aproximam dessa fase.

Se aposentar envolve mais do que apenas descansar e receber o dinheiro da aposentadoria. É um momento que envolve muito planejamento em todas as etapas, pois geralmente causa mudanças na rotina familiar, financeira e psicológica.

Assim como acontece com a nossa saúde, que precisamos cuidar desde jovens para obter um envelhecimento ativo, a aposentadoria também precisa de uma atenção precoce.

E como planejar a aposentadoria?

Para começar, destacamos a importância do aspecto financeiro. Aposentar com tranquilidade é o objetivo de todos, mas, colocar esse plano em prática exige esforços antecipados.

Nem sempre é fácil preservar parte do salário mensal pensando no futuro, embora esta atitude seja fundamental àqueles que pretendem chegar à terceira idade com uma vida financeira estável.

Nada mais complicado que chegar o momento de descansar, mas ter que lidar com preocupações constantes relacionadas ao dinheiro.

Idosos costumam ter gastos relevantes com medicamentos, plano de saúde, consultas médicas, suplementos alimentares, produtos específicos, além de acompanhamento de profissionais especializados, como fisioterapeutas e cuidadores.

Uma aposentadoria desprovida de recursos financeiros causa transtornos e constrangimento na vida do idoso. Muitas vezes, passa a depender da ajuda de familiares, perdendo a própria autonomia.

Por isso, um planejamento adequado pode evitar essa triste situação. Algumas atitudes podem ajudar a planejar a aposentadoria de forma mais consistente e garantir maior segurança financeira.

1. Comece o quanto antes

Quanto antes começar a construir seu projeto de aposentadoria, maior a garantia de colher bons frutos quando chegar o momento.

Se o seu tempo de contribuição na previdência for mais longo, maior será o retorno financeiro e menor será a quantia mensal a ser aplicada.

Recentemente se fez necessário uma Reforma da Previdência no Brasil. Com o envelhecimento da população, para sustentar a pirâmide financeira do país, foi preciso aumentar o tempo de contribuição individual.

Mais um bom motivo para começar a contribuição na previdência o quanto antes.

2. Considere a previdência privada

A previdência privada é uma opção interessante para aqueles que não pretendem depender apenas do INSS na hora de planejar a aposentadoria. Ao contrário da contribuição pública obrigatória, existem diferentes planos de previdência privada, o que amplia o leque de escolhas.

3. Faça investimentos

Pulverize seus investimentos. Além da previdência, estude outras opções que possam gerar renda futura, como ações, investimentos, poupança, imóveis.

4. Organize sua vida financeira

Controlar seus gastos, administrar suas rendas e não fazer dívidas são atitudes fundamentais para o início de um bom planejamento. Sempre que possível, faça investimentos focados em retorno futuro.

Continuar trabalhando após a aposentadoria deve ser uma escolha pessoal, e não uma necessidade. Infelizmente, é comum idosos brasileiros com dificuldades financeiras, impossibilitados de se sustentarem, buscarem algum tipo de trabalho para gerar renda ou dependendo de apoio familiar.

Aspectos psicológicos

Muitos aguardam a chegada da aposentadoria com positividade, prontos para aproveitar ao máximo todos os benefícios de não ter mais um vínculo empregatício, e assim, poderem dedicar todo o tempo para atividades prazerosas.

Porém, para outra parte da população, parar de trabalhar traz sentimentos controversos.

A falta de convívio diário com colegas de trabalho, de tomar decisões profissionais, ou de ter as finanças reduzidas, são questões que impactam diretamente a vida de qualquer pessoa.

É comum estas pessoas se sentirem “inutilizadas”, sem propósitos, desvalorizadas. Sentimentos que podem desencadear um estado deprimido.

Além do ócio, existe uma nova realidade também dentro de casa, que é voltar a conviver integralmente na rotina familiar, situação que pode gerar um estresse emocional.

Conheça alguns sintomas e sinais de depressão após aposentadoria:

  • Apatia;
  • Sentimento de solidão
  • Tendência autodepreciativa;
  • Diminuição no apetite;
  • Perda ou ganho de peso significativo sem motivo aparente;
  • Confusão mental;
  • Alteração do sono;
  • Pensamentos recorrentes sobre morte.

Lembre-se que ter apoio emocional é muito importante. É necessário que a família e amigos entendam a situação e mantenham um suporte emocional. Depressão tem tratamento e um profissional deve ser procurado o quanto antes.

Aposentei, e agora?

Nos anos 60, a expectativa média de vida no Brasil era de 52 anos. Porém, com a transição demográfica, hoje este índice chega a 76 anos.

Isso significa que, após a aposentadoria, as pessoas ainda podem ter muita vida ativa pela frente.

Quem acaba de se aposentar deseja aproveitar as horas vagas da melhor forma possível. Ainda há muito o que aprender e viver, e essa é uma oportunidade e tanto.

Vamos apontar algumas possibilidades sobre como se manter ativo e ser produtivo após a aposentadoria:

Continuar trabalhando

Seja por opção ou por necessidade, esta é uma prática cada vez mais frequente, considerando principalmente a questão da maior expectativa de vida.

E são muitas as vantagens. Além da possibilidade de acumular rendimentos (salário e aposentadoria), muitas empresas disponibilizam plano de saúde e odontológico. Uma garantia de economizar com despesas médicas.

Trabalhar estimula as atividades cerebrais e cognitivas, importantíssimas para esta idade. Pessoas que trabalham sentem-se mais úteis, valorizadas, e a convivência com outras pessoas mantêm o círculo social mais ativo.

O ideal é encerrar as atividades profissionais aos poucos, até se ajustar à nova rotina. Nesta fase, prefira se direcionar para uma atividade com menos exigências e que seja prazerosa. Essa é uma boa forma de começar a desacelerar.

Uma opção para quem está encerrando suas atividades é o trabalho de consultoria. Afinal, estamos falando de uma vida inteira de habilidades e qualificações. Transmitir seus conhecimentos é uma prática livre, que pode ser exercida em diferentes contextos.

Voltar a estudar

Nada impede que você dê continuidade ou até mesmo otimize suas habilidades e suas qualificações, profissionais ou não, durante essa fase da vida.

Ótima oportunidade para fazer aquele curso que sempre quis, mas nunca sobrou tempo. Pode ser um curso técnico, superior, ou aquelas aulas de artes ou informática que nunca saíram do papel. Sempre é hora de aprender!

Adquirir novas habilidades

Ocupe sua mente com atividades prazerosas como leitura, jardinagem, culinária, música, artes, esportes, entre outras. Pense em algo que te dê prazer e que possa fazer parte do seu dia a dia. Ao transferir o foco do trabalho para um hobby, é possível se sentir útil, conhecer novas pessoas e, também, novos talentos.

Aprender um novo idioma

Esse tipo de aprendizado requer tempo e dedicação, mas é muito enriquecedor.

Falar uma língua nova também pode ser muito útil, já que sempre existe a chance de usar os conhecimentos em um grupo de estudo ou em uma viagem internacional.

Fazer trabalhos voluntários

Existem diversas entidades e ONG’s de proteção dos animais, meio ambiente, com idosos e/ou crianças em condições vulneráveis, enfim, são muitas possibilidades de ser útil a uma causa que julgar importante. E o melhor do voluntariado é poder se entregar de coração e engrandecer nossa alma.

Ter uma vida saudável

A rotina de quem trabalha pode comprometer boa parte do dia. Aproveite sua agenda livre para cuidar de você.

Praticar exercícios físicos regularmente provoca a liberação de endorfina, que promove a sensação de bem-estar e contribui para diminuir o risco de depressão. Além disso, melhora a qualidade do sono, promove a autoestima e contribui para o bom funcionamento de todos os sistemas fisiológicos do organismo.

Uma alimentação saudável mantém nosso corpo mais disposto e regulado.

Mantenha um círculo social

A solidão é um dos principais fatores de risco para a depressão. Portanto, é muito importante você se cercar de amigos e familiares. Procure pelas pessoas, faça um curso, participe de grupos de apoio, viaje e promova encontros com a família e amigos.

Descansar é tão importante quanto trabalhar

Nem todo mundo dá a devida importância para o real sentido da palavra “descanso”. É claro que há quem sinta falta da rotina corrida, contudo, isso não significa que você não precise (ou mereça) descansar.

Permita-se! Se você chegou à aposentadoria, é porque superou os desafios de toda uma carreira profissional.

Durma até mais tarde, planeje uma viagem, faça as coisas com calma. Nada mais justo do que relaxar e aproveitar sua vida.

Aceitar a idade é essencial para você se sentir bem consigo mesmo e para aproveitar a vida após a aposentadoria. Admita que o corpo pede descanso e cuidados, e valorize todo o seu conhecimento e experiência.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

As quedas são a principal causa de lesões, hospitalização e perda de independência funcional entre os idosos acima de 65 anos. Este alto número alerta para a importância do uso adequado dos dispositivos auxiliares de marcha (DAM), que são as bengalas, andadores e muletas.

Desde a antiguidade há registros do uso de bastão para a locomoção de deficientes físicos, como o patriarca bíblico Isaac e Tirésias, o profeta. Com o passar dos anos, estes dispositivos receberam ajustes e adaptações para que ofereçam mais conforto e segurança aos usuários.

De uma forma geral os auxiliares de marcha são indicados para:

  • Reduzir a carga nas estruturas da parte inferior do corpo inflamadas ou traumatizadas;
  • Melhorar o equilíbrio;
  • Dar mais firmeza à passada;
  • Reduzir as dores.

Os dispositivos auxiliares de marcha são usados com frequência por idosos ou pessoas afetadas por problemas nos ossos e articulações, como fraturas e artrose.

Eles são usados para fornecer maior liberdade de movimento e independência enquanto ajudam no equilíbrio. Além disso, a carga nas articulações dos membros inferiores pode ser reduzida, aliviando as dores articulares e compensando fraquezas ou lesões.

Apesar dos DAM’s visarem a melhoria da independência funcional, o equilíbrio e a redução dos efeitos de deficiências, a maioria dos portadores não é instruída sobre seu uso correto e muitas vezes utilizam modelos inadequados, danificados ou com altura inapropriada.

Conheça melhor cada um dos dispositivos auxiliares de marcha

BENGALAS

A principal função das bengalas é aumentar a base de apoio, melhorando assim o equilíbrio. Sua utilização se dá na mão oposta ao membro afetado, a fim de diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril. As bengalas podem “absorver” cerca de 20% a 25% do peso do corpo, diminuindo a compressão das articulações e favorecendo o paciente em situações como subir e descer escadas.

Bengalas ajudam a redistribuir o peso de um membro inferior fraco ou doloroso. Além disso, aumentam a base de suporte e fornecem informação tátil ao usuário a respeito do piso para que este aumente o equilíbrio. Confira os detalhes de cada tipo de bengala:

BENGALA TRADICIONAL OU STANDARD

A bengala tradicional ou bengala reta é geralmente feita de madeira ou alumínio, sendo de custo menor e leve. As bengalas de madeira devem ser feitas conforme o tamanho do paciente, já as de alumínio são em geral ajustáveis.

BENGALA COM DOBRA OU OFFSET

Estas bengalas são feitas de alumínio e com comprimento ajustável. Em geral, são melhores do que as bengalas tradicionais para pacientes que precisam apoiar o peso do corpo na bengala, por exemplo em pacientes com artrose do quadril e joelho.

BENGALA MÚLTIPLOS APOIOS

Bengalas com múltiplos apoios (três ou quatro) aumentam a base de suporte e permitem uma descarga de peso maior. Outra vantagem é que estas bengalas ficam em pé sozinhas quando não utilizadas, o que libera as mãos para outras funções. A principal desvantagem é a necessidade de todos os apoios tocarem o chão simultaneamente, e isto pode ser difícil ou impossível para algumas pessoas, especialmente aquelas que caminham mais rápido.

TIPOS DE CABOS DE BENGALA

A bengala tradicional tem um cabo em formato de cabo de guarda-chuva, o que pode aumentar o risco ou os sintomas de síndrome do túnel do carpo. Um cabo mais plano distribui melhor a pressão nos músculos da mão. Sulcos para o polegar e outros dedos podem ser úteis. Cabos com pegas de metal devem ser usados com precaução pelo risco de escorregar no caso de transpiração excessiva.

ANDADORES

Os andadores são indicados e prescritos para qualquer pessoa com dificuldades de locomoção, seja temporária ou permanente. O andador funciona como um apoio para aqueles que perderam força e equilíbrio, permitindo um andar de forma mais firme.

Feitos em alumínio tubular, os andadores de idosos precisam ser leves e estáveis o bastante para dar a segurança que o usuário precisa. Costumam ter de 80 a 90 cm de altura, sendo indicados para pessoas de 1,50m até 1,90m. Existem três tipos de andadores de idosos, que diferem principalmente na questão dos apoios:

ANDADOR FIXO

Modelo com quatro apoios de borracha, indicado para pessoas com fraqueza nas pernas, mas que mantém a força nos membros superiores, já que o equipamento precisa ser levantado e colocado à frente a cada passo.

Exige um maior gasto de energia e permite uma marcha mais lenta, porém, seu preço é mais acessível.

ANDADOR DUAS RODAS DIANTEIRAS

Modelo híbrido, conta com duas rodas na frente e duas ponteiras de borracha fixas nos apoios de trás. Mais prático pois não é necessário erguer o equipamento para caminhar, permitindo acelerar mais os passos.

ANDADOR QUATRO RODAS

Apresenta rodas em todos os apoios, que podem ser fixas ou giratórias. Permite uma marcha mais rápida, mas não é indicado para pacientes que precisam de segurança, já que existe o risco de perder o controle sobre o equipamento.

Apesar de ser uma importante ferramenta de autonomia, os andadores para idosos requerem atenção quando falamos de segurança.

COMO ESCOLHER O ANDADOR IDEAL?

Apesar de terem estruturas bem semelhantes, inclusive no tipo de material, os andadores podem ter algumas diferenças importantes.

Conheça os principais pontos que devem ser levados em consideração na escolha de um modelo:

  • É o estado físico do paciente que define o melhor andador. Leve este ponto em consideração antes da compra;
  • Prefira modelos com regulagem ergonômica de altura, que garantem mais estabilidade de acordo com o terreno e a altura do paciente;
  • Observe o peso suportado pelo andador, que normalmente é de até 130 kg;
  • Atente se o andador é dobrável, o que facilita o deslocamento em porta-malas de carros e viagens de ônibus, por exemplo;
  • Siga sempre as orientações médicas e de profissionais de lojas especializadas;
  • Se necessário, procure um fisioterapeuta que possa auxiliar nos primeiros passos com o este aparelho.

MULETAS

Menos comuns de serem usadas por idosos, as muletas são úteis para indivíduos que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão. Essa transferência de peso para os membros superiores permite a deambulação funcional e, ao mesmo tempo, mantém uma situação de sustentação de peso restrita. Em geral, são utilizadas bilateralmente.

Muletas são úteis para os pacientes que necessitam usar seus braços para apoio e propulsão, e não somente para equilíbrio. Dependendo da maneira usada, as muletas podem retirar a carga de ambos os membros inferiores ou de um, em variadas quantidades. Entretanto, muletas requerem um substancial gasto de energia e força no braço e no ombro, sendo geralmente difíceis de serem usadas por idosos mais fracos. As muletas são classificadas em axilares e de antebraço (ou muletas canadenses).

MULETAS AUXILIARES

Muletas axilares são geralmente baratas e propiciam andar sem apoio nos membros inferiores, porém são geralmente incômodas e difíceis de usar. O apoio incorreto destas muletas na axila pode causar compressões nervosas ou de vasos.

MULETAS CANADENSES OU “DE ANTEBRAÇO”

Este modelo proporciona a retirada do apoio do membro inferior afetado. As muletas canadenses possuem uma espécie de “algema” que permite que a mão fique livre sem retirar a muleta do antebraço. Estas muletas são geralmente menos incômodas que as axilares.

Os riscos das bengalas, andadores e muletas

Nenhum dispositivo será o ideal para todas as situações. A seleção do dispositivo mais adequado depende da força do paciente, resistência, equilíbrio, função mental e questões do local onde o indivíduo se movimenta. As características das doenças afetando os membros inferiores ou superiores frequentemente determinam qual o melhor dispositivo.

A decisão de utilizar um dispositivo auxiliar de marcha deve ser pautada juntamente com um parecer profissional, como ortopedistas, neurologistas, osteopatas e fisioterapeutas.

Somente um profissional pode fazer um acompanhamento para avaliar o uso adequado e as condições do aparelho. O uso inadequado destes dispositivos pode ser prejudicial. Muitos pacientes param de usar seus dispositivos precocemente devido à falta de orientação e acompanhamento.

Ao mesmo tempo em que auxiliam a locomoção, os DAM’s podem aumentar o risco de quedas e lesões em idosos, especialmente se o modelo usado não estiver de acordo com as reais necessidades.

Outro risco refere-se ao estresse repetitivo nas articulações dos membros superiores, podendo causar lesões nos tendões, osteoartrose e síndromes de compressão nervosa e vascular.

Cuidados com o uso e locomoção

Os DAM’s são uma importante ferramenta de autonomia, mas requer atenção durante o uso. O ideal é que os ambientes da casa sejam pensados levando em conta o uso do aparelho.

Atenção a estes detalhes, que por descuido, podem causar acidentes:

  • Evite tapetes no chão;
  • As portas e corredores devem ser largos;
  • Mantenha móveis e objetos encostados na parede;
  • Cuide para que os pisos não sejam escorregadios;
  • Preste atenção caso existam crianças pequenas ou pets em casa;
  • Libere o caminho onde o usuário vai passar com o andador;
  • Remova obstáculos como fios e cabos;
  • O cuidado deve ser redobrado quando usado em rampas e terrenos inclinados;
  • Não use andador para subir ou descer escadas.

Caso você conviva com um idoso que faz uso de um DAM, seja paciente e acompanhe a velocidade dele. É ele que dita o ritmo da caminhada. Procure se posicionar sempre atrás do paciente, pois assim você deixa o caminho livre e ainda pode segurá-lo em caso de quedas.

Aspectos Psicológicos

Para muitos idosos, iniciar o uso de um DAM também significa um divisor de águas. É neste momento que a pessoa define que passará a depender de um dispositivo para suprir uma deficiência física, muitas vezes irreversível e progressiva.

Muitos expressam dificuldade de aparecer em público ou encontrar conhecidos, envergonhados que possam vê-los numa situação que demonstra fragilidade e debilitação.

É comum notarmos uma maior reclusão somados a momentos de depressão e agressividade, principalmente nos estágios iniciais, onde há necessidade de adaptação física e psicológica para o uso do dispositivo.

Neste momento, é crucial o apoio de familiares e amigos, mostrando que os DAM’s são ótimos auxiliares de locomoção e um importante instrumento para maior autonomia do idoso.

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