Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Queremos falar de um assunto super sério e atual: a recuperação total de idosos pós-Covid, em especial para aqueles que tiveram sintomas graves e/ou passaram por internação.

Algumas pessoas que contraíram o Coronavírus podem continuar a apresentar os sintomas mesmo após o fim da infecção. Esses casos são conhecidos como “síndrome da pós-Covid” e, em algumas circunstâncias, os pacientes precisam de ajuda profissional especializada para retomar as atividades instrumentais como trabalhar e fazer compras, ou mesmo as mais básicas como se alimentar ou cuidar da higiene.

Esta condição é mais comum em idosos, maior grupo de risco da doença

Após o fim da infecção, os pacientes estão fracos, cansados, ofegantes, e importantes partes do corpo podem estar comprometidas, como pulmões, coração, rins, intestino, sistema vascular, sistema muscular e até mesmo o cérebro.

Neste período, o paciente pode passar por diversos tipos de tratamentos, que incluem fisioterapia muscular e pulmonar, exercícios físicos específicos, dieta balanceada, muita hidratação, além de acompanhamento médico frequente.

Este acompanhamento médico pode ser online, porém, dependendo das condições do paciente, pode ser necessário o agendamento de consultas à cardiologistas, pneumologistas, clínicos gerais, além de sessões de fisioterapia eficazes na recuperação dos músculos e principalmente dos pulmões.

Sequelas pós-Covid

O Coronavírus pode deixar sequelas e os afetados podem até serem jovens e saudáveis. Porém, a proporção de pessoas com sequelas pós-Covid é muito mais expressiva em idosos.

A maior preocupação, porém, é a incerteza sobre a reversibilidade dos danos.

As principais sequelas são: cansaço, falta de ar, danos em órgãos vitais, fraqueza e atrofia muscular, distúrbios psicológicos, neurológicos ou cognitivos.

Cartilha de orientações pós-Covid

O Hospital A.C. Camargo divulgou uma cartilha com orientações básicas para aqueles que se recuperaram do Covid-19, em especial aos que necessitaram de internação hospitalar.

A cartilha não substitui uma avaliação por uma equipe profissional de reabilitação, porém, orienta de maneira correta sobre alguns protocolos importantes a serem tomados.

Conheça os principais pontos abordados:

Saúde Mental

Uma internação hospitalar por Covid-19 causa um grande impacto emocional, gerando reações como tristeza, raiva, angústia, ansiedade e medo. Estes sentimentos podem gerar Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), depressão e transtorno de ansiedade.

Em muitos casos, os sintomas aparecem após a alta hospitalar e podem permanecer por um certo tempo. O idoso com qualquer sintoma de transtorno psicológico precisa ter acompanhamento com profissionais da saúde mental como psicólogos, terapeutas ocupacionais e psiquiatras.

Nutrição

Além de uma alimentação balanceada com todos os grupos alimentares, pode haver a necessidade de suplementos nutricionais indicados por um nutricionista, de acordo com a necessidade individual de cada paciente.

A dificuldade de engolir é frequente em quem teve que ser intubado. Conhecida como DISFAGIA, os músculos usados para mastigar e/ou engolir – lábios, língua, céu da boca e garganta – tornam-se fracos ou descoordenados.

Perder o prazer ou a segurança de alimentar-se implica em perda de qualidade de vida, além do aumento do risco de infecções. É preciso ficarmos atentos!

Importante: A hidratação é tão importante como a alimentação balanceada.

Exercícios Físicos

Os exercícios ajudam a melhorar a disposição física e mental, da força muscular e flexibilidade, e mantém o indivíduo mais ativo para poder retornar mais rápido às suas atividades cotidianas.

A Covid-19 afeta diretamente os pulmões e o vigor físico dos infectados. Voltar a se exercitar pode ser um grande desafio.

No caso de idosos, os exercícios devem ser em intensidade baixa ou moderada, sempre respeitando suas limitações. Caminhadas e exercícios com pesos leves são os mais indicados.

Na cartilha também é possível encontrar mais detalhes e orientações sobre alimentação, saúde mental, além de um passo a passo dos exercícios físicos ideais para esta etapa (com ilustrações).

A recuperação da Covid-19

Uma pessoa só é considerada 100% recuperada quando não apresentar mais nenhum sintoma e quando voltar a executar todas as tarefas de forma segura e independente. Isso inclui desde as atividades mais básicas, como a higiene pessoal e a alimentação, até a reintegração social e profissional.

Infelizmente, este caminho para a recuperação total pode ser longo e trabalhoso. Além do empenho do paciente, há muitos fatores que influenciam na recuperação.

Pacientes que passaram por internação precisam de acompanhamento profissional durante todo o processo de recuperação pós-Covid. Este profissional (ou responsável) deve garantir que todas as etapas do tratamento estão sendo cumpridas e auxiliá-lo em todas as atividades que forem necessárias.

– Antônio Carlos Grecco, diretor da Mão do Amor

A Mão do Amor conta com uma equipe treinada para melhor assistir um idoso em processo de recuperação do Covid-19. Temos planos que disponibilizam um cuidador qualificado para acompanhar o paciente em consultas, auxiliar nos exercícios, controlar dieta e medicamentos, além de ajudar nas atividades rotineiras, como banho e locomoção.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Boa parte dos idosos do país já estão vacinados contra a Covid-19. Consequentemente, o índice de mortalidade desta população já começa a cair consideravelmente.

O clima agora começa a ser de otimismo, esperança e motivação. Mas será que já podemos tirar as máscaras e começar a planejar aquele churrasco em família ou aquela viagem que ficou pendente?

Infelizmente, ainda não!

Vale ressaltar que ainda é preciso ser consciente mesmo depois de vacinado. Ainda não é momento para relaxar nos protocolos de prevenção.

Por que preciso continuar me protegendo?

Mesmo tendo recebido as duas doses da vacina contra a COVID-19, ainda é possível se infectar e transmitir o vírus. Isso porque as vacinas possuem seus percentuais de eficácia, ou seja, elas reduzem o risco de contágio, a mortalidade, e amenizam os sintomas.

O indivíduo vacinado não deve abandonar as medidas protetivas pois ele ainda pode se infectar e transmitir para outras pessoas.

Na prática, quem tomar a vacina ainda poderá desenvolver a Covid-19, mas com maior probabilidade de contrair a forma leve da doença, sem a necessidade de hospitalização. Por outro lado, os não vacinados tem cinco vezes mais chances de precisar de atendimento médico.

Dessa maneira, as medidas de higiene e distanciamento são ainda necessárias. Isso até que a maior parte da população tenha recebido as duas doses da vacina,

As pessoas vacinadas devem continuar a:

  • Usar máscaras
  • Lavar as mãos com frequência
  • Evitar aglomerações e praticar o distanciamento social

Lembre-se: A pessoa vacinada é considerada imune 2 semanas após ter tomado a segunda dose.

O intervalo entre uma dose e outra é de 21 a 28 dias para a Coronavac e de 12 semanas ou 84 dias para a vacina da Oxford/AstraZeneca/FioCruz.

Nota Mão do Amor

Ainda é importante estar atento para a aparição de sintomas da COVID-19, especialmente se houve contato com algum infectado. Se apresentar sintomas, é necessário fazer o teste, consultar seu médico e ficar em casa em isolamento.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

O Ministério da Saúde iniciou uma nova fase na Campanha de Vacinação contra a Covid-19: a DOSE DE REFORÇO.

O conceito de reforço vacinal ou dose de reforço está relacionado à manutenção do nível de anticorpos que foram obtidos dentro do previsto nos estudos. O reforço funciona como uma manutenção, potencializando sua ação principalmente contra novas variantes.

É o mesmo conceito que acontece com a Influenza, por exemplo. Todos os anos é necessária uma nova vacinação para que o corpo desenvolva anticorpos contra as cepas novas e antigas.

Por que mais uma dose?

A rigor, a necessidade de mais uma dose contra o Coronavírus se baseia em três fatores:

Disseminação da variante Delta

A Delta, variante mais transmissível, já é predominante em estados populosos como São Paulo e Rio de Janeiro e tem se mostrado mais resistente aos anticorpos desenvolvidos em contatos anteriores com o Sars-CoV-2, elevando o risco de infecções sintomáticas em vacinados.

Queda de anticorpos neutralizantes após alguns meses

A queda de anticorpos acontece naturalmente depois de um tempo, e é normal para todas as idades.

Fragilidade do sistema imunológico de grupos específicos

Um problema característico da população idosa é a imunossenescência, ou seja, envelhecimento do sistema imunológico, que resulta em uma resposta menor às vacinas. Com o avanço da idade, o organismo tende a perder a capacidade de produção de anticorpos e de células de defesa, responsáveis pelo combate a microrganismos nocivos como vírus, bactérias e parasitas.

Outro grupo fragilizado são pessoas com imunossupressão, que é o enfraquecimento do sistema imunológico, responsável por proteger o corpo contra infecções. Ela pode ser causada pelo envelhecimento, por hábitos prejudiciais à saúde, como alimentação desequilibrada, consumo de álcool ou tabagismo, por doenças adquiridas ou congênitas, e ainda, pela ação de alguns medicamentos.

Até agora, o reforço mostrou-se eficiente para grupos de idosos e pessoas imunossuprimidas.

Considera-se alto grau de imunossupressão pessoas com:

  • Imunodeficiência primária grave;
  • Quimioterapia para câncer;
  • Transplantados de órgão sólido ou de células tronco hematopoiéticas (TCTH) em uso de drogas imunossupressoras;
  • HIV/Aids com CD4 menor que 200 cel/mm3;
  • Uso de corticoides em doses maior que 20 mg/dia de prednisona, ou equivalente, por mais de 14 dias;
  • Pacientes em terapia renal substitutiva (hemodiálise);
  • Pacientes com doenças imunomediadas inflamatórias crônicas (reumatológicas, autoinflamatórias, doenças intestinais inflamatórias);
  • Uso de drogas modificadoras da resposta imune. São elas: Metotrexato; Leflunomida; Micofenolato de mofetila; Azatioprina; Ciclofosfamida; Ciclosporina; Tacrolimus; 6-mercaptopurina; Biológicos em geral (infliximabe, etanercept, humira, adalimumabe, tocilizumabe, Canakinumab, golimumabe, certolizumabe, abatacepte, Secukinumab, ustekinumab); Inibidores da JAK (Tofacitinibe, baricitinib e Upadacitinibe).

Como funciona a dose de reforço?

A dose de reforço seguirá um calendário similar ao do início da campanha de vacinação, priorizando idosos acima de 70 anos e pessoas imunossuprimidas, populações mais vulneráveis aos sintomas mais graves da doença.

Conforme o avanço da imunização desses dois grupos, a necessidade da dose de reforço também será analisada para outras faixas-etárias e públicos prioritários.

Segundo o diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, a necessidade de uma terceira dose não significa necessariamente que as pessoas aptas para receber a aplicação estão completamente desprotegidas contra a Covid-19. “Os dados mostram que a proteção não é adequada ou ótima, por isso, vamos melhorar o esquema primário de duas para três doses”, afirma.

Quais as vacinas indicadas para o reforço?

De acordo com a recomendação do Ministério da Saúde, o reforço vale para quem tomou qualquer vacina e será realizado, preferencialmente, com uma dose da Pfizer/BioNTech. Na falta desse imunizante, a alternativa deverá ser feita com as vacinas de vetor viral, Janssen ou AstraZeneca.

Além do reforço na imunização, o Ministério da Saúde anunciou ainda a redução do intervalo entre as doses da Pfizer e AstraZeneca de 12 para 8 semanas. A diminuição do intervalo está prevista para todos que já iniciaram o ciclo vacinal com os imunizantes.

A intercambialidade entre as vacinas contra a Covid-19 é alvo de diversas pesquisas científicas no Brasil e no mundo. Os resultados dos estudos apontam que, em geral, a aplicação de vacinas diferentes, chamada tecnicamente de esquema heterólogo, apresenta segurança e pode levar ao aumento da resposta imunológica contra a doença.

Não confunda dose de reforço com terceira dose

A terceira dose é quando uma pessoa toma três doses de um mesmo tipo de vacina, já que duas doses não foram suficientes para completar o ciclo vacinal. Trata-se de uma mudança de esquema para algumas populações fragilizadas, que sabidamente respondem mal à vacinação no seu esquema tradicional.

A dose de reforço é oferecida para pessoas que já completaram o esquema vacinal com duas doses, desenvolveram uma boa resposta inicialmente, mas que diminuiu com o tempo. No reforço, a composição do imunizante contra a Covid-19 não deve ser a mesma, mas uma atualização feita a partir das novas variantes em circulação do SARS-CoV-2, como acontece todo ano com a vacina da gripe, atualizada com as novas mutações do vírus.

Vacinação em Rio Preto

Hoje, final de setembro de 2021, a Campanha de Reforço da Vacinação contra a Covid na cidade de São José do Rio Preto já começou para estes dois públicos:

  • Idosos com 80 anos ou mais que tenham recebido a segunda dose há pelo menos seis meses;
  • Adultos com 18 ou mais com alto grau de imunossupressão que tenham recebido a dose única ou segunda dose há pelo menos 28 dias.

Acompanhe o calendário de São José do Rio Preto aqui

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