Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Nunca é tarde para começar, já diz o ditado. Com os antigos estereótipos e preconceitos sobre o envelhecimento caindo, cada vez mais vemos idosos se reinventando, saindo da zona de conforto e provando para o mundo que a idade é apenas um número. Juntamos algumas histórias inspiradoras de pessoas que tiveram a coragem de dar o primeiro passo e alteraram de forma positiva as suas vidas e as das pessoas que as cercam!

Nair Donadelli e Nelson Miolaro do canal @vovostiktokers

Tudo começou como uma brincadeira entre avós e netos durante a pandemia. Com o primeiro vídeo sendo publicado em junho de 2020, no aniversário de 90 anos do Vô Nelson, eles não poderiam imaginar o sucesso que fariam. Hoje o canal conta com mais de 11 milhões de seguidores no TikTok e mais de 3 milhões no Instagram.

As palavras de Dona Nair dizem tudo:

“Eu não sabia que ia fazer sucesso assim depois de velha. Mas a sensação é muito boa. Todo mundo devia ter um pouco mais de amor, de carinho”.

Maria Pereira da Silva que se formou no ensino médio aos 91 anos.

Moradora do Distrito Federal foi obrigada a abandonar os estudos ainda bem jovem para trabalhar e ajudar a família. Uma história triste, como tantas outras em nosso país, mas que teve um final feliz. Dona Maria se matriculou no ensino médio aos 89 anos e se formou 2 anos depois.

Empenhada, faltou em apenas dois dias durante todo o curso e foi motivo de muito orgulho para os 11 filhos, 28 netos, 48 bisnetos e 3 tataranetos.

Dona Maria disse emocionada:

“Nunca é tarde para realizar seu sonho.”

Greta Pontarelli de 72 anos é 11 vezes campeã mundial de pole dance.

Ela começou a treinar aos 59 anos após ser diagnosticada com osteoporose. A indicação médica, como sempre, foi fazer atividade física que envolvesse levantamento de peso. A norte-americana levou a sério e começou a treinar algumas horas por semana. Se apaixonou pela prática e vencendo tabus e preconceitos, tornou-se 11 vezes campeã da categoria.

Greta, ensina:

“Muitos pensam que mesmo com 40 ou 45 anos, já é tarde demais para começar algo novo, para encontrar um novo sonho. E eu estou feliz por poder mostrar que nunca é tarde demais para realizar seu sonho e ser feliz.”

Mary Lages, adepta da escalada aos 73 anos.

Mary começou a escalar aos 47 anos despretensiosamente. Aos 73 anos, é ícone da vida ativa na terceira idade. Foi inclusive escolhida para se tornar o rosto do lançamento da modalidade de escalada nas Olimpíadas do Japão em 2021.

Exemplo de superação, Mary tinha medo de altura. Começou a escalar por convite do filho mais velho, Yan Ouriques. Nunca mais parou.

“O esporte melhora a autoestima, a autoconfiança e o equilíbrio. Qualquer pessoa pode escalar, é só querer, aprender a usar o corpo. Eu vou aos lugares, escalo pedras, paredes, mas ainda não gosto de olhar para baixo.”

Vovó Izaura Demari. Influencer digital aos 81 anos.

Realmente inspiradora, a Vovó Izaura dá um verdadeiro show acabando com a ideia de juventude eterna no Instagram. Cheia de vida e com uma energia fantástica mostra suas viagens e desfila seus looks para lá de modernos e extravagantes.

Chegou a compartilhar até uma foto quase nua, apenas com uma bolsa como “roupa”. Quebra total de paradigmas e preconceitos. Vovó Izauda disse:

“Que através das minhas postagens, possa Influenciar e inspirar as mulheres a mostrar sua beleza escondida”.

E quem duvida que está inspirando?

Olhar para essas histórias é, também, olharmos para nós mesmos. Em um mundo onde a população fica cada vez mais velha, fica a certeza que nunca é tarde para mudar e a pergunta para os mais novos: Que tipo de pessoa queremos ser quando estivermos mais velhos?

Atualizado em 6 de novembro de 2023.

Ajudar o próximo de maneira altruística, dedicando seu talento sem esperar nada em troca, é uma virtude.

Na terceira idade pode inclusive aumentar a longevidade, espantando condições que podem impactar fortemente a qualidade de vida dos idosos. Estamos falando de doenças como a depressão e demências.

Se o trabalho voluntário é benéfico para as pessoas de todas as idades, nos idosos os benefícios são ainda mais evidentes.

É o que o estudo publicado pela revista científica British Medical Journal aponta. Os resultados indicam que acima dos 40 anos, o trabalho voluntário tem um impacto significativo na saúde mental de quem pratica, benefício que continua aumentando até idades avançadas. Em poucas palavras, quanto mais velho se é, mais positivos são os impactos da atividade voluntária.

A importância do sentimento de propósito para o idoso.

Com o avanço da idade e principalmente com a chegada da aposentadoria, é muito comum que o idoso comece a sentir sentimentos contraditórios sobre esta fase da vida.

O merecido descanso é facilmente confundido com ociosidade e muitas vezes a aposentadoria pode trazer grande sofrimento emocional. Nesse sentido, o trabalho voluntário traz de volta a sensação de propósito e utilidade que contribui imensamente para a saúde física e mental.

Os benefícios do trabalho voluntário na terceira idade.

  • A solidariedade é algo que faz bem para quem recebe e para quem pratica. Na terceira idade os benefícios são muitos. Veja abaixo:
  • O trabalho voluntário é um potente agente socializador e age diretamente em um aspecto muito comum entre os idosos: a solidão;
  • Afasta os sentimentos negativos que podem afetar a saúde mental do idoso e trazer a depressão;
  • Melhora a autoestima, trazendo de volta a motivação e o propósito;
  • Mantém a atividade mental ativa, na solução dos variados desafios inerentes ao trabalho voluntário;
  • Evita ou retarda o aparecimento do Alzheimer e outras demências.

Como ser um voluntário?

É muito importante ter afinidade com o trabalho voluntário. Entre os idosos, devido à falta de pressão, é um ótimo momento para realizar uma função que sempre teve interesse.

Abaixo temos alguns exemplos de como encontrar trabalhos voluntários.

  • Organizações religiosas são um bom lugar para se engajar em atividades comunitárias;
  • Visite a prefeitura ou a subprefeitura do seu bairro ou região. As instituições governamentais possuem uma variada gama de projetos sociais em diversas frentes;
  • Procure por ONGs em sua cidade. Com toda a certeza eles precisam de ajuda com suas iniciativas;
  • A internet é uma valiosa aliada. As redes sociais são um bom lugar para se informar. Sites como o www.voluntarios.com.br dão uma boa visão sobre as necessidades em sua região.

O trabalho voluntário e o papel do idoso na visão da OMS e da ONU.

Com a evolução da sociedade e com o aumento da população idosa ao redor do mundo, muitas mudanças estão ocorrendo.

Entre elas nasce uma série de iniciativas públicas que visam a saúde e a inclusão criativa dos idosos, com o seu grande conhecimento e experiência, de maneira produtiva em diversos setores. É o Plano de Ação Internacional para o Envelhecimento, que vê o trabalho voluntário como algo fundamental nesta nova sociedade

O plano, proposto pela ONU, reconhece a contribuição dos idosos de maneira que vai muito além da econômica. Coloca o idoso em uma posição de destaque ao atestar que a contribuição do idoso no cuidado à família e na realização de atividades voluntárias, aumentam significativamente o bem-estar coletivo.

Já a OMS, atesta que o voluntariado é um elemento importante na manutenção da saúde e da qualidade de vida na velhice. É o Envelhecimento Ativo, que deixa para trás estereótipos sobre o que é envelhecer, otimizando as oportunidades na contínua participação dos idosos nas questões sociais, econômicas, culturais, espirituais e civis da sociedade.

É o mundo em movimento, que vê os idosos cada vez mais engajados e ativos. Não é à toa que nos últimos 10 anos os idosos em trabalho voluntário aumentaram de 25% para quase 40%. Ajude a espalhar essa ideia. Só temos a ganhar.

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Desde que esteja lúcido e capaz, morar sozinho é um direito do idoso garantido por estatuto. Na prática, nem sempre é algo simples assim.

Com o avanço da idade, limitações típicas do envelhecimento preocupam muito as famílias. Questionar se não seria o momento de uma companhia diária qualificada para o idoso, a fim de garantir segurança e conforto, é normal.

Juntamos algumas “pistas” que certamente podem ajudar a identificar sinais de fragilidade. Vale lembrar que os sinais, muitas vezes, vão aparecendo aos poucos. Portanto, ter um olhar atento e cuidadoso é importante.

Sinais que o idoso não pode morar mais sozinho

  • Quedas ou outros acidentes domésticos no último ano;
  • Dificuldades na execução das atividades básicas (higiene pessoal, vestuário ou alimentação);
  • Mudanças físicas perceptíveis de ganho ou perda de peso sem alteração da rotina;
  • Alimentação desbalanceada, não fresca e sem horários definidos;
  • Odores corporais desagradáveis;
  • Negligência com a aparência (como roupas sujas ou cabelos despenteados);
  • Piora na condição clínica de alguma doença crônica;
  • Exclusão social e isolamento pessoal;
  • Descontrole financeiro com atraso de contas a pagar;
  • Objetos perdidos ou guardados em locais não compatíveis.

Admitir a fragilidade de um familiar não é algo fácil, todavia necessária. Quando morar sozinho passa a não ser mais uma opção para a família ou para o idoso, algumas alternativas ficam disponíveis.

5 opções para o idoso não morar sozinho

Vale alertar que não existe caminho único. Seja como for, o importante é entender o protagonismo do idoso lúcido. Suas vontades e opiniões, devem ser sempre consideradas.

  1. Algum parente ir morar com o idoso

    Solução direta e barata que costuma ter boa aceitação, mas requer grande doação pessoal de um ou mais membros da família.

  2. O idoso ir morar com algum parente

    Mostra a atenção e o carinho envolvido, mas exige bastante empenho da família na adaptação da rotina da casa. Tanto na opção anterior como nessa, o estresse do cuidador é um problema real que pode impactar a relação familiar.

  3. Ir para uma casa de repouso

    Resolução prática para a família, mas que envolve uma carga emocional forte para o idoso. A retirada do idoso do lar e a total adaptação a uma nova realidade, deve ser um ponto de atenção.

  4. Contratar cuidadores diretamente

    Solução profissional adequada, mas que necessita muito cuidado na escolha. No entanto, problemas como cobertura no caso de faltas, vínculo empregatício e a falta de supervisão técnica devem ser levados em consideração.

  5. Contratar uma empresa de cuidadores

    Reúne a segurança e o conforto do cuidado profissional. Deixando as responsabilidades nas mãos de profissionais supervisionados por uma empresa séria e preocupada com o bem estar integral do idoso.

Para qualquer pessoa, aceitar auxílio nas tarefas diárias muitas vezes significa assinar um atestado de dependência. Portanto, convencer uma pessoa que amamos muito que o melhor para ela é justamente o contrário do que ela deseja, é uma situação muito delicada.

Dessa maneira, a contratação de empresa especializada, pode ser a forma mais leve de passar por esta fase. Assim sendo, envelhecer em casa, faz todo o sentido e a primeira opção de todos os idosos.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Ambas são medidas protetivas extraordinárias previstas na Legislação Brasileira.

Curatela ou Tomada de decisão apoiada?

A curatela visa proteger a pessoa idosa que, em virtude de alguma incapacidade ou circunstância específica (geralmente mental), esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade própria e de gerenciar sua vida pessoal, profissional e patrimonial.

Já a tomada de decisão apoiada é uma solução nova, em que o protagonismo será sempre da pessoa com deficiência. Aqui, prevalece a vontade do assistido, sem a necessidade de que um terceiro decida por ela. Geralmente acontecem em casos de deficiência física provisória ou permanente.

Estas medidas são buscadas através de um processo judicial. Devem ser analisadas com todo o cuidado, já que as consequências impactam fortemente na autonomia do curatelado, que tem o direito de preservar ao máximo sua dignidade humana.

Ambas restringem atos relacionados aos direitos sobre o próprio corpo, sexualidade, matrimônio, privacidade, educação, saúde, trabalho e direito ao voto.

Outro ponto essencial neste processo é a qualificação e atuação do curador. Ele tem a importante missão de atender os anseios e necessidades prioritárias do curatelado, defendendo seu bem-estar e legítimos interesses. O curador, além de exercer a administração dos bens e direitos, precisa se envolver em todos os aspectos da vida da pessoa idosa, que muitas vezes passa a depender integralmente das suas iniciativas. É necessário muito planejamento e dedicação para exercer este cargo de confiança e de extrema responsabilidade.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

A aposentadoria é um momento aguardado e, paralelamente, também é uma grande preocupação para aqueles que se aproximam dessa fase.

Se aposentar envolve mais do que apenas descansar e receber o dinheiro da aposentadoria. É um momento que envolve muito planejamento em todas as etapas, pois geralmente causa mudanças na rotina familiar, financeira e psicológica.

Assim como acontece com a nossa saúde, que precisamos cuidar desde jovens para obter um envelhecimento ativo, a aposentadoria também precisa de uma atenção precoce.

E como planejar a aposentadoria?

Para começar, destacamos a importância do aspecto financeiro. Aposentar com tranquilidade é o objetivo de todos, mas, colocar esse plano em prática exige esforços antecipados.

Nem sempre é fácil preservar parte do salário mensal pensando no futuro, embora esta atitude seja fundamental àqueles que pretendem chegar à terceira idade com uma vida financeira estável.

Nada mais complicado que chegar o momento de descansar, mas ter que lidar com preocupações constantes relacionadas ao dinheiro.

Idosos costumam ter gastos relevantes com medicamentos, plano de saúde, consultas médicas, suplementos alimentares, produtos específicos, além de acompanhamento de profissionais especializados, como fisioterapeutas e cuidadores.

Uma aposentadoria desprovida de recursos financeiros causa transtornos e constrangimento na vida do idoso. Muitas vezes, passa a depender da ajuda de familiares, perdendo a própria autonomia.

Por isso, um planejamento adequado pode evitar essa triste situação. Algumas atitudes podem ajudar a planejar a aposentadoria de forma mais consistente e garantir maior segurança financeira.

1. Comece o quanto antes

Quanto antes começar a construir seu projeto de aposentadoria, maior a garantia de colher bons frutos quando chegar o momento.

Se o seu tempo de contribuição na previdência for mais longo, maior será o retorno financeiro e menor será a quantia mensal a ser aplicada.

Recentemente se fez necessário uma Reforma da Previdência no Brasil. Com o envelhecimento da população, para sustentar a pirâmide financeira do país, foi preciso aumentar o tempo de contribuição individual.

Mais um bom motivo para começar a contribuição na previdência o quanto antes.

2. Considere a previdência privada

A previdência privada é uma opção interessante para aqueles que não pretendem depender apenas do INSS na hora de planejar a aposentadoria. Ao contrário da contribuição pública obrigatória, existem diferentes planos de previdência privada, o que amplia o leque de escolhas.

3. Faça investimentos

Pulverize seus investimentos. Além da previdência, estude outras opções que possam gerar renda futura, como ações, investimentos, poupança, imóveis.

4. Organize sua vida financeira

Controlar seus gastos, administrar suas rendas e não fazer dívidas são atitudes fundamentais para o início de um bom planejamento. Sempre que possível, faça investimentos focados em retorno futuro.

Continuar trabalhando após a aposentadoria deve ser uma escolha pessoal, e não uma necessidade. Infelizmente, é comum idosos brasileiros com dificuldades financeiras, impossibilitados de se sustentarem, buscarem algum tipo de trabalho para gerar renda ou dependendo de apoio familiar.

Aspectos psicológicos

Muitos aguardam a chegada da aposentadoria com positividade, prontos para aproveitar ao máximo todos os benefícios de não ter mais um vínculo empregatício, e assim, poderem dedicar todo o tempo para atividades prazerosas.

Porém, para outra parte da população, parar de trabalhar traz sentimentos controversos.

A falta de convívio diário com colegas de trabalho, de tomar decisões profissionais, ou de ter as finanças reduzidas, são questões que impactam diretamente a vida de qualquer pessoa.

É comum estas pessoas se sentirem “inutilizadas”, sem propósitos, desvalorizadas. Sentimentos que podem desencadear um estado deprimido.

Além do ócio, existe uma nova realidade também dentro de casa, que é voltar a conviver integralmente na rotina familiar, situação que pode gerar um estresse emocional.

Conheça alguns sintomas e sinais de depressão após aposentadoria:

  • Apatia;
  • Sentimento de solidão
  • Tendência autodepreciativa;
  • Diminuição no apetite;
  • Perda ou ganho de peso significativo sem motivo aparente;
  • Confusão mental;
  • Alteração do sono;
  • Pensamentos recorrentes sobre morte.

Lembre-se que ter apoio emocional é muito importante. É necessário que a família e amigos entendam a situação e mantenham um suporte emocional. Depressão tem tratamento e um profissional deve ser procurado o quanto antes.

Aposentei, e agora?

Nos anos 60, a expectativa média de vida no Brasil era de 52 anos. Porém, com a transição demográfica, hoje este índice chega a 76 anos.

Isso significa que, após a aposentadoria, as pessoas ainda podem ter muita vida ativa pela frente.

Quem acaba de se aposentar deseja aproveitar as horas vagas da melhor forma possível. Ainda há muito o que aprender e viver, e essa é uma oportunidade e tanto.

Vamos apontar algumas possibilidades sobre como se manter ativo e ser produtivo após a aposentadoria:

Continuar trabalhando

Seja por opção ou por necessidade, esta é uma prática cada vez mais frequente, considerando principalmente a questão da maior expectativa de vida.

E são muitas as vantagens. Além da possibilidade de acumular rendimentos (salário e aposentadoria), muitas empresas disponibilizam plano de saúde e odontológico. Uma garantia de economizar com despesas médicas.

Trabalhar estimula as atividades cerebrais e cognitivas, importantíssimas para esta idade. Pessoas que trabalham sentem-se mais úteis, valorizadas, e a convivência com outras pessoas mantêm o círculo social mais ativo.

O ideal é encerrar as atividades profissionais aos poucos, até se ajustar à nova rotina. Nesta fase, prefira se direcionar para uma atividade com menos exigências e que seja prazerosa. Essa é uma boa forma de começar a desacelerar.

Uma opção para quem está encerrando suas atividades é o trabalho de consultoria. Afinal, estamos falando de uma vida inteira de habilidades e qualificações. Transmitir seus conhecimentos é uma prática livre, que pode ser exercida em diferentes contextos.

Voltar a estudar

Nada impede que você dê continuidade ou até mesmo otimize suas habilidades e suas qualificações, profissionais ou não, durante essa fase da vida.

Ótima oportunidade para fazer aquele curso que sempre quis, mas nunca sobrou tempo. Pode ser um curso técnico, superior, ou aquelas aulas de artes ou informática que nunca saíram do papel. Sempre é hora de aprender!

Adquirir novas habilidades

Ocupe sua mente com atividades prazerosas como leitura, jardinagem, culinária, música, artes, esportes, entre outras. Pense em algo que te dê prazer e que possa fazer parte do seu dia a dia. Ao transferir o foco do trabalho para um hobby, é possível se sentir útil, conhecer novas pessoas e, também, novos talentos.

Aprender um novo idioma

Esse tipo de aprendizado requer tempo e dedicação, mas é muito enriquecedor.

Falar uma língua nova também pode ser muito útil, já que sempre existe a chance de usar os conhecimentos em um grupo de estudo ou em uma viagem internacional.

Fazer trabalhos voluntários

Existem diversas entidades e ONG’s de proteção dos animais, meio ambiente, com idosos e/ou crianças em condições vulneráveis, enfim, são muitas possibilidades de ser útil a uma causa que julgar importante. E o melhor do voluntariado é poder se entregar de coração e engrandecer nossa alma.

Ter uma vida saudável

A rotina de quem trabalha pode comprometer boa parte do dia. Aproveite sua agenda livre para cuidar de você.

Praticar exercícios físicos regularmente provoca a liberação de endorfina, que promove a sensação de bem-estar e contribui para diminuir o risco de depressão. Além disso, melhora a qualidade do sono, promove a autoestima e contribui para o bom funcionamento de todos os sistemas fisiológicos do organismo.

Uma alimentação saudável mantém nosso corpo mais disposto e regulado.

Mantenha um círculo social

A solidão é um dos principais fatores de risco para a depressão. Portanto, é muito importante você se cercar de amigos e familiares. Procure pelas pessoas, faça um curso, participe de grupos de apoio, viaje e promova encontros com a família e amigos.

Descansar é tão importante quanto trabalhar

Nem todo mundo dá a devida importância para o real sentido da palavra “descanso”. É claro que há quem sinta falta da rotina corrida, contudo, isso não significa que você não precise (ou mereça) descansar.

Permita-se! Se você chegou à aposentadoria, é porque superou os desafios de toda uma carreira profissional.

Durma até mais tarde, planeje uma viagem, faça as coisas com calma. Nada mais justo do que relaxar e aproveitar sua vida.

Aceitar a idade é essencial para você se sentir bem consigo mesmo e para aproveitar a vida após a aposentadoria. Admita que o corpo pede descanso e cuidados, e valorize todo o seu conhecimento e experiência.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

As quedas são a principal causa de lesões, hospitalização e perda de independência funcional entre os idosos acima de 65 anos. Este alto número alerta para a importância do uso adequado dos dispositivos auxiliares de marcha (DAM), que são as bengalas, andadores e muletas.

Desde a antiguidade há registros do uso de bastão para a locomoção de deficientes físicos, como o patriarca bíblico Isaac e Tirésias, o profeta. Com o passar dos anos, estes dispositivos receberam ajustes e adaptações para que ofereçam mais conforto e segurança aos usuários.

De uma forma geral os auxiliares de marcha são indicados para:

  • Reduzir a carga nas estruturas da parte inferior do corpo inflamadas ou traumatizadas;
  • Melhorar o equilíbrio;
  • Dar mais firmeza à passada;
  • Reduzir as dores.

Os dispositivos auxiliares de marcha são usados com frequência por idosos ou pessoas afetadas por problemas nos ossos e articulações, como fraturas e artrose.

Eles são usados para fornecer maior liberdade de movimento e independência enquanto ajudam no equilíbrio. Além disso, a carga nas articulações dos membros inferiores pode ser reduzida, aliviando as dores articulares e compensando fraquezas ou lesões.

Apesar dos DAM’s visarem a melhoria da independência funcional, o equilíbrio e a redução dos efeitos de deficiências, a maioria dos portadores não é instruída sobre seu uso correto e muitas vezes utilizam modelos inadequados, danificados ou com altura inapropriada.

Conheça melhor cada um dos dispositivos auxiliares de marcha

BENGALAS

A principal função das bengalas é aumentar a base de apoio, melhorando assim o equilíbrio. Sua utilização se dá na mão oposta ao membro afetado, a fim de diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril. As bengalas podem “absorver” cerca de 20% a 25% do peso do corpo, diminuindo a compressão das articulações e favorecendo o paciente em situações como subir e descer escadas.

Bengalas ajudam a redistribuir o peso de um membro inferior fraco ou doloroso. Além disso, aumentam a base de suporte e fornecem informação tátil ao usuário a respeito do piso para que este aumente o equilíbrio. Confira os detalhes de cada tipo de bengala:

BENGALA TRADICIONAL OU STANDARD

A bengala tradicional ou bengala reta é geralmente feita de madeira ou alumínio, sendo de custo menor e leve. As bengalas de madeira devem ser feitas conforme o tamanho do paciente, já as de alumínio são em geral ajustáveis.

BENGALA COM DOBRA OU OFFSET

Estas bengalas são feitas de alumínio e com comprimento ajustável. Em geral, são melhores do que as bengalas tradicionais para pacientes que precisam apoiar o peso do corpo na bengala, por exemplo em pacientes com artrose do quadril e joelho.

BENGALA MÚLTIPLOS APOIOS

Bengalas com múltiplos apoios (três ou quatro) aumentam a base de suporte e permitem uma descarga de peso maior. Outra vantagem é que estas bengalas ficam em pé sozinhas quando não utilizadas, o que libera as mãos para outras funções. A principal desvantagem é a necessidade de todos os apoios tocarem o chão simultaneamente, e isto pode ser difícil ou impossível para algumas pessoas, especialmente aquelas que caminham mais rápido.

TIPOS DE CABOS DE BENGALA

A bengala tradicional tem um cabo em formato de cabo de guarda-chuva, o que pode aumentar o risco ou os sintomas de síndrome do túnel do carpo. Um cabo mais plano distribui melhor a pressão nos músculos da mão. Sulcos para o polegar e outros dedos podem ser úteis. Cabos com pegas de metal devem ser usados com precaução pelo risco de escorregar no caso de transpiração excessiva.

ANDADORES

Os andadores são indicados e prescritos para qualquer pessoa com dificuldades de locomoção, seja temporária ou permanente. O andador funciona como um apoio para aqueles que perderam força e equilíbrio, permitindo um andar de forma mais firme.

Feitos em alumínio tubular, os andadores de idosos precisam ser leves e estáveis o bastante para dar a segurança que o usuário precisa. Costumam ter de 80 a 90 cm de altura, sendo indicados para pessoas de 1,50m até 1,90m. Existem três tipos de andadores de idosos, que diferem principalmente na questão dos apoios:

ANDADOR FIXO

Modelo com quatro apoios de borracha, indicado para pessoas com fraqueza nas pernas, mas que mantém a força nos membros superiores, já que o equipamento precisa ser levantado e colocado à frente a cada passo.

Exige um maior gasto de energia e permite uma marcha mais lenta, porém, seu preço é mais acessível.

ANDADOR DUAS RODAS DIANTEIRAS

Modelo híbrido, conta com duas rodas na frente e duas ponteiras de borracha fixas nos apoios de trás. Mais prático pois não é necessário erguer o equipamento para caminhar, permitindo acelerar mais os passos.

ANDADOR QUATRO RODAS

Apresenta rodas em todos os apoios, que podem ser fixas ou giratórias. Permite uma marcha mais rápida, mas não é indicado para pacientes que precisam de segurança, já que existe o risco de perder o controle sobre o equipamento.

Apesar de ser uma importante ferramenta de autonomia, os andadores para idosos requerem atenção quando falamos de segurança.

COMO ESCOLHER O ANDADOR IDEAL?

Apesar de terem estruturas bem semelhantes, inclusive no tipo de material, os andadores podem ter algumas diferenças importantes.

Conheça os principais pontos que devem ser levados em consideração na escolha de um modelo:

  • É o estado físico do paciente que define o melhor andador. Leve este ponto em consideração antes da compra;
  • Prefira modelos com regulagem ergonômica de altura, que garantem mais estabilidade de acordo com o terreno e a altura do paciente;
  • Observe o peso suportado pelo andador, que normalmente é de até 130 kg;
  • Atente se o andador é dobrável, o que facilita o deslocamento em porta-malas de carros e viagens de ônibus, por exemplo;
  • Siga sempre as orientações médicas e de profissionais de lojas especializadas;
  • Se necessário, procure um fisioterapeuta que possa auxiliar nos primeiros passos com o este aparelho.

MULETAS

Menos comuns de serem usadas por idosos, as muletas são úteis para indivíduos que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão. Essa transferência de peso para os membros superiores permite a deambulação funcional e, ao mesmo tempo, mantém uma situação de sustentação de peso restrita. Em geral, são utilizadas bilateralmente.

Muletas são úteis para os pacientes que necessitam usar seus braços para apoio e propulsão, e não somente para equilíbrio. Dependendo da maneira usada, as muletas podem retirar a carga de ambos os membros inferiores ou de um, em variadas quantidades. Entretanto, muletas requerem um substancial gasto de energia e força no braço e no ombro, sendo geralmente difíceis de serem usadas por idosos mais fracos. As muletas são classificadas em axilares e de antebraço (ou muletas canadenses).

MULETAS AUXILIARES

Muletas axilares são geralmente baratas e propiciam andar sem apoio nos membros inferiores, porém são geralmente incômodas e difíceis de usar. O apoio incorreto destas muletas na axila pode causar compressões nervosas ou de vasos.

MULETAS CANADENSES OU “DE ANTEBRAÇO”

Este modelo proporciona a retirada do apoio do membro inferior afetado. As muletas canadenses possuem uma espécie de “algema” que permite que a mão fique livre sem retirar a muleta do antebraço. Estas muletas são geralmente menos incômodas que as axilares.

Os riscos das bengalas, andadores e muletas

Nenhum dispositivo será o ideal para todas as situações. A seleção do dispositivo mais adequado depende da força do paciente, resistência, equilíbrio, função mental e questões do local onde o indivíduo se movimenta. As características das doenças afetando os membros inferiores ou superiores frequentemente determinam qual o melhor dispositivo.

A decisão de utilizar um dispositivo auxiliar de marcha deve ser pautada juntamente com um parecer profissional, como ortopedistas, neurologistas, osteopatas e fisioterapeutas.

Somente um profissional pode fazer um acompanhamento para avaliar o uso adequado e as condições do aparelho. O uso inadequado destes dispositivos pode ser prejudicial. Muitos pacientes param de usar seus dispositivos precocemente devido à falta de orientação e acompanhamento.

Ao mesmo tempo em que auxiliam a locomoção, os DAM’s podem aumentar o risco de quedas e lesões em idosos, especialmente se o modelo usado não estiver de acordo com as reais necessidades.

Outro risco refere-se ao estresse repetitivo nas articulações dos membros superiores, podendo causar lesões nos tendões, osteoartrose e síndromes de compressão nervosa e vascular.

Cuidados com o uso e locomoção

Os DAM’s são uma importante ferramenta de autonomia, mas requer atenção durante o uso. O ideal é que os ambientes da casa sejam pensados levando em conta o uso do aparelho.

Atenção a estes detalhes, que por descuido, podem causar acidentes:

  • Evite tapetes no chão;
  • As portas e corredores devem ser largos;
  • Mantenha móveis e objetos encostados na parede;
  • Cuide para que os pisos não sejam escorregadios;
  • Preste atenção caso existam crianças pequenas ou pets em casa;
  • Libere o caminho onde o usuário vai passar com o andador;
  • Remova obstáculos como fios e cabos;
  • O cuidado deve ser redobrado quando usado em rampas e terrenos inclinados;
  • Não use andador para subir ou descer escadas.

Caso você conviva com um idoso que faz uso de um DAM, seja paciente e acompanhe a velocidade dele. É ele que dita o ritmo da caminhada. Procure se posicionar sempre atrás do paciente, pois assim você deixa o caminho livre e ainda pode segurá-lo em caso de quedas.

Aspectos Psicológicos

Para muitos idosos, iniciar o uso de um DAM também significa um divisor de águas. É neste momento que a pessoa define que passará a depender de um dispositivo para suprir uma deficiência física, muitas vezes irreversível e progressiva.

Muitos expressam dificuldade de aparecer em público ou encontrar conhecidos, envergonhados que possam vê-los numa situação que demonstra fragilidade e debilitação.

É comum notarmos uma maior reclusão somados a momentos de depressão e agressividade, principalmente nos estágios iniciais, onde há necessidade de adaptação física e psicológica para o uso do dispositivo.

Neste momento, é crucial o apoio de familiares e amigos, mostrando que os DAM’s são ótimos auxiliares de locomoção e um importante instrumento para maior autonomia do idoso.

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