Arquivo para Tag: comportamento

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

É inegável a forte ligação entre humanos e animais de estimação e, para os idosos, há ainda mais benefícios em dividir a vida com um bichinho.

Uma pesquisa publicada pelo National Center for Biotechnology Information, revela que os animais melhoram o bem-estar físico e psicológico do idoso. Foi concluído que 2/3 dos entrevistados consideram os pets como seus “melhores amigos” e são a “razão pela qual se levantam de manhã”.

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Michigan, ouviu 2 mil pessoas com idades entre 50 e 80 anos. No resultado, 55% disseram ter um animal de estimação. Os entrevistados alegaram que os animais os ajudam a aproveitar a vida e a se sentirem mais amados. Surpreendentemente, todos apontaram melhoria na saúde mental e física.

Confira os benefícios que os animais de estimação trazem para o idoso:

  • Companhia e proteção
    Idosos precisam de segurança, afeto e contato sensorial. Dessa maneira, quando se segura, acaricia ou alimenta um animalzinho, há uma troca. Os pets passam sentimento de proteção e conforto.
  • Estimulam a atividade física
    Os passeios diários são ótimos exercícios. Além disso, as brincadeiras com os animais de estimação, aumentam consideravelmente a disposição dos idosos. Os bichinhos são uma fonte de prazer que têm a capacidade de diminuir o sedentarismo.
  • Interação social
    Caminhar pela vizinhança com um pet incentiva a interação visual e verbal entre pessoas, já que sempre temos uma boa história para contar sobre nosso “filho de patas”.
  • Efeito calmante
    Os animais de estimação oferecem conforto e baixam o nível de ansiedade. Brincar com eles aumenta os níveis de serotonina e dopamina, que estimulam o relaxamento. Os pets também causam um efeito calmante em idosos com alguma demência, como o Alzheimer ou que exibem comportamento agressivo ou agitado.

Como escolher o animal de estimação ideal para o idoso?

Ainda de acordo com a pesquisa da Universidade de Michigan, os cachorros foram os pets mais comuns entre os citados. Os gatos aparecerem em segundo. Por último aparecem outros pequenos animais, como aves e hamsters.

Primeiramente é importante levarmos em consideração alguns aspectos importantes na hora de escolher um animal. Dentre eles, o mais relevante é o “encaixe” entre as personalidades do idoso e do pet. Pessoas tranquilas, geralmente preferem animais mais calmos e relaxados. Enquanto personalidades mais agitadas, preferem animais de maior porte e ativos. Toda a atenção na hora de escolher!

Outro ponto é a idade do animal. É melhor adotar um animal já adulto e com treinamento. Isso é bem verdade no caso de pets de grande porte. Por isso, tente buscar por animais de pequeno ou médio porte. No caso dos cães, Pugs e Dachshund (o salsicha) são boas escolhas.

A dica de ouro é colocar o idoso em um papel de protagonismo. Essa dica vale em todas as situações! Por isso, o idoso, sempre que possível, deve estar no centro das decisões. Afinal de contas, ele é o protagonista.

Notas Mão do Amor

  1. Os pets trazem propósito e identidade ao idoso. Porém, antes de adotar ou comprar um animalzinho, certifique-se que ele é tranquilo, e se tem tamanho adequado para não causar quedas, por exemplo. Evite animais que precisam de algum cuidado especial, para que dessa maneira não cause ansiedade no idoso.
  2. Conviver com um animal é recomendado no tratamento Pós-Covid19, pois ajuda na saúde emocional dos idosos!
  3. Cuidar de um bichinho é cuidar de uma vida. Seja responsável, tratando o animal com carinho e respeito que, sem dúvidas, uma linda amizade nascerá. Acima de tudo, jamais abandone um animal! Animais de estimação são puro amor e por isso só trazem benefícios para os idosos.

Leia também:

 

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

É inegável a forte ligação entre humanos e animais de estimação e, para os idosos, há ainda mais benefícios em dividir a vida com um bichinho.

Uma pesquisa publicada pelo National Center for Biotechnology Information, revela que os animais melhoram o bem-estar físico e psicológico do idoso. Foi concluído que 2/3 dos entrevistados consideram os pets como seus “melhores amigos” e são a “razão pela qual se levantam de manhã”.

Outra pesquisa, realizada pela Universidade de Michigan, ouviu 2 mil pessoas com idades entre 50 e 80 anos. No resultado, 55% disseram ter um animal de estimação. Os entrevistados alegaram que os animais os ajudam a aproveitar a vida e a se sentirem mais amados. Surpreendentemente, todos apontaram melhoria na saúde mental e física.

Confira os benefícios que os animais de estimação trazem para o idoso:

  • Companhia e proteção
    Idosos precisam de segurança, afeto e contato sensorial. Dessa maneira, quando se segura, acaricia ou alimenta um animalzinho, há uma troca. Os pets passam sentimento de proteção e conforto.
  • Estimulam a atividade física
    Os passeios diários são ótimos exercícios. Além disso, as brincadeiras com os animais de estimação, aumentam consideravelmente a disposição dos idosos. Os bichinhos são uma fonte de prazer que têm a capacidade de diminuir o sedentarismo.
  • Interação social
    Caminhar pela vizinhança com um pet incentiva a interação visual e verbal entre pessoas, já que sempre temos uma boa história para contar sobre nosso “filho de patas”.
  • Efeito calmante
    Os animais de estimação oferecem conforto e baixam o nível de ansiedade. Brincar com eles aumenta os níveis de serotonina e dopamina, que estimulam o relaxamento. Os pets também causam um efeito calmante em idosos com alguma demência, como o Alzheimer ou que exibem comportamento agressivo ou agitado.

Como escolher o animal de estimação ideal para o idoso?

Ainda de acordo com a pesquisa da Universidade de Michigan, os cachorros foram os pets mais comuns entre os citados. Os gatos aparecerem em segundo. Por último aparecem outros pequenos animais, como aves e hamsters.

Primeiramente é importante levarmos em consideração alguns aspectos importantes na hora de escolher um animal. Dentre eles, o mais relevante é o “encaixe” entre as personalidades do idoso e do pet. Pessoas tranquilas, geralmente preferem animais mais calmos e relaxados. Enquanto personalidades mais agitadas, preferem animais de maior porte e ativos. Toda a atenção na hora de escolher!

Outro ponto é a idade do animal. É melhor adotar um animal já adulto e com treinamento. Isso é bem verdade no caso de pets de grande porte. Por isso, tente buscar por animais de pequeno ou médio porte. No caso dos cães, Pugs e Dachshund (o salsicha) são boas escolhas.

A dica de ouro é colocar o idoso em um papel de protagonismo. Essa dica vale em todas as situações! Por isso, o idoso, sempre que possível, deve estar no centro das decisões. Afinal de contas, ele é o protagonista.

Notas Mão do Amor

  1. Os pets trazem propósito e identidade ao idoso. Porém, antes de adotar ou comprar um animalzinho, certifique-se que ele é tranquilo, e se tem tamanho adequado para não causar quedas, por exemplo. Evite animais que precisam de algum cuidado especial, para que dessa maneira não cause ansiedade no idoso.
  2. Conviver com um animal é recomendado no tratamento Pós-Covid19, pois ajuda na saúde emocional dos idosos!
  3. Cuidar de um bichinho é cuidar de uma vida. Seja responsável, tratando o animal com carinho e respeito que, sem dúvidas, uma linda amizade nascerá. Acima de tudo, jamais abandone um animal! Animais de estimação são puro amor e por isso só trazem benefícios para os idosos.

Leia também:

 

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

A aposentadoria é um momento aguardado e, paralelamente, também é uma grande preocupação para aqueles que se aproximam dessa fase.

Se aposentar envolve mais do que apenas descansar e receber o dinheiro da aposentadoria. É um momento que envolve muito planejamento em todas as etapas, pois geralmente causa mudanças na rotina familiar, financeira e psicológica.

Assim como acontece com a nossa saúde, que precisamos cuidar desde jovens para obter um envelhecimento ativo, a aposentadoria também precisa de uma atenção precoce.

E como planejar a aposentadoria?

Para começar, destacamos a importância do aspecto financeiro. Aposentar com tranquilidade é o objetivo de todos, mas, colocar esse plano em prática exige esforços antecipados.

Nem sempre é fácil preservar parte do salário mensal pensando no futuro, embora esta atitude seja fundamental àqueles que pretendem chegar à terceira idade com uma vida financeira estável.

Nada mais complicado que chegar o momento de descansar, mas ter que lidar com preocupações constantes relacionadas ao dinheiro.

Idosos costumam ter gastos relevantes com medicamentos, plano de saúde, consultas médicas, suplementos alimentares, produtos específicos, além de acompanhamento de profissionais especializados, como fisioterapeutas e cuidadores.

Uma aposentadoria desprovida de recursos financeiros causa transtornos e constrangimento na vida do idoso. Muitas vezes, passa a depender da ajuda de familiares, perdendo a própria autonomia.

Por isso, um planejamento adequado pode evitar essa triste situação. Algumas atitudes podem ajudar a planejar a aposentadoria de forma mais consistente e garantir maior segurança financeira.

1. Comece o quanto antes

Quanto antes começar a construir seu projeto de aposentadoria, maior a garantia de colher bons frutos quando chegar o momento.

Se o seu tempo de contribuição na previdência for mais longo, maior será o retorno financeiro e menor será a quantia mensal a ser aplicada.

Recentemente se fez necessário uma Reforma da Previdência no Brasil. Com o envelhecimento da população, para sustentar a pirâmide financeira do país, foi preciso aumentar o tempo de contribuição individual.

Mais um bom motivo para começar a contribuição na previdência o quanto antes.

2. Considere a previdência privada

A previdência privada é uma opção interessante para aqueles que não pretendem depender apenas do INSS na hora de planejar a aposentadoria. Ao contrário da contribuição pública obrigatória, existem diferentes planos de previdência privada, o que amplia o leque de escolhas.

3. Faça investimentos

Pulverize seus investimentos. Além da previdência, estude outras opções que possam gerar renda futura, como ações, investimentos, poupança, imóveis.

4. Organize sua vida financeira

Controlar seus gastos, administrar suas rendas e não fazer dívidas são atitudes fundamentais para o início de um bom planejamento. Sempre que possível, faça investimentos focados em retorno futuro.

Continuar trabalhando após a aposentadoria deve ser uma escolha pessoal, e não uma necessidade. Infelizmente, é comum idosos brasileiros com dificuldades financeiras, impossibilitados de se sustentarem, buscarem algum tipo de trabalho para gerar renda ou dependendo de apoio familiar.

Aspectos psicológicos

Muitos aguardam a chegada da aposentadoria com positividade, prontos para aproveitar ao máximo todos os benefícios de não ter mais um vínculo empregatício, e assim, poderem dedicar todo o tempo para atividades prazerosas.

Porém, para outra parte da população, parar de trabalhar traz sentimentos controversos.

A falta de convívio diário com colegas de trabalho, de tomar decisões profissionais, ou de ter as finanças reduzidas, são questões que impactam diretamente a vida de qualquer pessoa.

É comum estas pessoas se sentirem “inutilizadas”, sem propósitos, desvalorizadas. Sentimentos que podem desencadear um estado deprimido.

Além do ócio, existe uma nova realidade também dentro de casa, que é voltar a conviver integralmente na rotina familiar, situação que pode gerar um estresse emocional.

Conheça alguns sintomas e sinais de depressão após aposentadoria:

  • Apatia;
  • Sentimento de solidão
  • Tendência autodepreciativa;
  • Diminuição no apetite;
  • Perda ou ganho de peso significativo sem motivo aparente;
  • Confusão mental;
  • Alteração do sono;
  • Pensamentos recorrentes sobre morte.

Lembre-se que ter apoio emocional é muito importante. É necessário que a família e amigos entendam a situação e mantenham um suporte emocional. Depressão tem tratamento e um profissional deve ser procurado o quanto antes.

Aposentei, e agora?

Nos anos 60, a expectativa média de vida no Brasil era de 52 anos. Porém, com a transição demográfica, hoje este índice chega a 76 anos.

Isso significa que, após a aposentadoria, as pessoas ainda podem ter muita vida ativa pela frente.

Quem acaba de se aposentar deseja aproveitar as horas vagas da melhor forma possível. Ainda há muito o que aprender e viver, e essa é uma oportunidade e tanto.

Vamos apontar algumas possibilidades sobre como se manter ativo e ser produtivo após a aposentadoria:

Continuar trabalhando

Seja por opção ou por necessidade, esta é uma prática cada vez mais frequente, considerando principalmente a questão da maior expectativa de vida.

E são muitas as vantagens. Além da possibilidade de acumular rendimentos (salário e aposentadoria), muitas empresas disponibilizam plano de saúde e odontológico. Uma garantia de economizar com despesas médicas.

Trabalhar estimula as atividades cerebrais e cognitivas, importantíssimas para esta idade. Pessoas que trabalham sentem-se mais úteis, valorizadas, e a convivência com outras pessoas mantêm o círculo social mais ativo.

O ideal é encerrar as atividades profissionais aos poucos, até se ajustar à nova rotina. Nesta fase, prefira se direcionar para uma atividade com menos exigências e que seja prazerosa. Essa é uma boa forma de começar a desacelerar.

Uma opção para quem está encerrando suas atividades é o trabalho de consultoria. Afinal, estamos falando de uma vida inteira de habilidades e qualificações. Transmitir seus conhecimentos é uma prática livre, que pode ser exercida em diferentes contextos.

Voltar a estudar

Nada impede que você dê continuidade ou até mesmo otimize suas habilidades e suas qualificações, profissionais ou não, durante essa fase da vida.

Ótima oportunidade para fazer aquele curso que sempre quis, mas nunca sobrou tempo. Pode ser um curso técnico, superior, ou aquelas aulas de artes ou informática que nunca saíram do papel. Sempre é hora de aprender!

Adquirir novas habilidades

Ocupe sua mente com atividades prazerosas como leitura, jardinagem, culinária, música, artes, esportes, entre outras. Pense em algo que te dê prazer e que possa fazer parte do seu dia a dia. Ao transferir o foco do trabalho para um hobby, é possível se sentir útil, conhecer novas pessoas e, também, novos talentos.

Aprender um novo idioma

Esse tipo de aprendizado requer tempo e dedicação, mas é muito enriquecedor.

Falar uma língua nova também pode ser muito útil, já que sempre existe a chance de usar os conhecimentos em um grupo de estudo ou em uma viagem internacional.

Fazer trabalhos voluntários

Existem diversas entidades e ONG’s de proteção dos animais, meio ambiente, com idosos e/ou crianças em condições vulneráveis, enfim, são muitas possibilidades de ser útil a uma causa que julgar importante. E o melhor do voluntariado é poder se entregar de coração e engrandecer nossa alma.

Ter uma vida saudável

A rotina de quem trabalha pode comprometer boa parte do dia. Aproveite sua agenda livre para cuidar de você.

Praticar exercícios físicos regularmente provoca a liberação de endorfina, que promove a sensação de bem-estar e contribui para diminuir o risco de depressão. Além disso, melhora a qualidade do sono, promove a autoestima e contribui para o bom funcionamento de todos os sistemas fisiológicos do organismo.

Uma alimentação saudável mantém nosso corpo mais disposto e regulado.

Mantenha um círculo social

A solidão é um dos principais fatores de risco para a depressão. Portanto, é muito importante você se cercar de amigos e familiares. Procure pelas pessoas, faça um curso, participe de grupos de apoio, viaje e promova encontros com a família e amigos.

Descansar é tão importante quanto trabalhar

Nem todo mundo dá a devida importância para o real sentido da palavra “descanso”. É claro que há quem sinta falta da rotina corrida, contudo, isso não significa que você não precise (ou mereça) descansar.

Permita-se! Se você chegou à aposentadoria, é porque superou os desafios de toda uma carreira profissional.

Durma até mais tarde, planeje uma viagem, faça as coisas com calma. Nada mais justo do que relaxar e aproveitar sua vida.

Aceitar a idade é essencial para você se sentir bem consigo mesmo e para aproveitar a vida após a aposentadoria. Admita que o corpo pede descanso e cuidados, e valorize todo o seu conhecimento e experiência.

Leia também:

 

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

A perda de um cônjuge é um processo doloroso em qualquer idade. O impacto da morte pode tomar grandes dimensões e ser devastador. Não raro, leva a uma depressão fatal. Por isso, entender o luto na viuvez é um passo importante para conseguir ajudar.

A população viúva é predominantemente idosa e feminina. Isso ocorre devido a maior expectativa de vida da mulher e que, no geral, casais são formados por esposas mais jovens que os maridos.

Entendendo o luto

A morte do companheiro traz um sentimento de vazio profundo e desorientação. É como se uma parte de si também deixasse de existir. Diversos fatores como os pessoais, circunstanciais e culturais podem estar relacionados com a contribuição ou dificuldade em elaborar e expressar a dor referente à perda do cônjuge.

Há fatores que podem aumentar ou minimizar as dores da perda. Tempo de convivência, o grau de cumplicidade, se era um bom relacionamento, se havia harmonia, se havia mais pessoas morando com o casal, e até mesmo a personalidade da pessoa viúva.

Quanto maior a trajetória lado a lado, mais momentos a lembrar e maior a cumplicidade, conquistas e derrotas, ou seja, toda uma história conjunta. Os papéis e costumes desenvolvidos por um casal no decorrer de um longo matrimônio se desfazem com a morte do parceiro. E esta nova realidade exige uma “reconfiguração da vida” de quem fica, seja afetiva, social, familiar ou de rotina.

O processo de luto afeta não só o emocional. A pessoa viúva também fica suscetível ao surgimento de doenças físicas, já que todo o emocional está desorganizado, abrindo as portas para a somatização dos sentimentos em consequências no corpo humano.

Quanto tempo dura o luto na viuvez?

O tempo torna-se um aliado no alívio da dor e sofrimento, gerado pela falta do convívio decorrente da morte.

A pessoa enlutada entra em um estado de recolhimento, onde passa por uma trajetória emocional complexa, logo após a perda.

Durante esse tempo, é comum que a pessoa sinta-se muito triste, tenha crises de choro, se recuse a sair de casa e perca o interesse em atividades que antes davam prazer.

No período de luto, manifestações decorrentes do processo de perda podem ser representadas por raiva, culpa, protesto, amargura e auto-acusação que podem ser mantidas até a recuperação do processo de luto, de encontro com a aquisição de uma nova identidade do enlutado.

Segundo a psiquiatria, o luto costuma durar de 1 a 2 anos e passar por 5 estágios:

  1. Negação

    Normalmente, a reação imediata ao ouvir a notícia da morte de alguém amado é rejeitá-la. A pessoa enlutada não acredita nem quer tentar acreditar na possibilidade de ter perdido um ente querido, então, rejeita a própria realidade.

    A negação, neste caso, tem como objetivo protegê-la de uma verdade inconveniente, a qual pode desestruturá-la psicologicamente.É comum que a pessoa enlutada busque o isolamento social e o distanciamento de tudo que lembre o indivíduo que partiu, neste período.

  2. Raiva

    Sentimentos de raiva, angústia, desespero, medo, culpa e frustração se manifestam constantemente. Este turbilhão domina a mente da pessoa enlutada, fazendo-a ter condutas ríspidas e desagradáveis. Quando alguém tenta trazê-la para realidade, ela reage com agressividade, ainda incapaz de aceitar a perda. É possível que a pessoa em luto expresse a sua raiva por meio de atitudes autodestrutivas, como beber exageradamente, brigar com desconhecidos e destruir propriedade alheia. Como está transtornada, ela não compreende a gravidade de suas ações. Neste estágio também é comum a pessoa se vitimizar.

  3. Barganha ou Negociação

    Esta fase do luto se constitui por negociações. A pessoa enlutada negocia consigo mesma ou com a entidade superior em que acredita na tentativa desesperada de aliviar a sua dor. Pensamentos como “se eu tivesse feito isso” ou de “se eu fizer alguma coisa, posso reverter a situação” rondam a mente da pessoa em luto.

    Mesmo que ela tenha consciência da impossibilidade desses feitos, ela inconscientemente os alimenta para consolar a si mesma.

  4. Depressão

    Uma das fases do luto mais intensas é a depressão. A pessoa é acometida por um grande sofrimento, o qual pode se prolongar por semanas ou meses. Ela se apega à dor causada pela partida do ente querido, usando-a como combustível para permanecer em estado depressivo.Assim, a pessoa enlutada chora copiosamente, repensa as suas decisões e experiências de vida, se isola de familiares e amigos, tem crises de saudade e não consegue retomar à vida normal da mesma maneira que antes.Este estágio do luto requer muita conversa e apoio de pessoas próximas, além de acompanhamento psicológico. A pessoa em luto pode acabar desenvolvendo um transtorno de depressão profundo e não conseguir chegar ao estágio de aceitação da morte.

    Além da perda, a pessoa idosa também passa a ter confrontos com a morte e a finitude da própria vida. Alguns querem apressar este momento, na esperança de encontrar com seu amor que partiu. Outros passam a entender que seu fim de vida também está próximo, causando angústias e aumentando o estado depressivo.

  5. Aceitação

    A aceitação é a última etapa do luto, mesmo quando os estágios anteriores não foram lineares.

    É neste momento que a pessoa enlutada compreende a sua nova realidade, constituída pela ausência de quem partiu. Os sentimentos e angústias já foram externalizados, resultando em uma sensação de paz interior. 

    Aceitar a perda não significa seguir a vida como se a pessoa amada nunca tivesse existido. Não é esquecer os momentos bons partilhados com ela nem enterrar lembranças calorosas em um canto da mente. A saudade ainda vai mexer com as emoções e a pessoa amada ainda vai visitar os pensamentos, mesmo anos após a sua partida. 

Entenda como ajudar uma pessoa em luto

O luto é um processo compreensível para o enfrentamento de situações dramáticas como a perda de um ente querido. Apesar de dolorido, é primordial para a reorganização da vida de quem fica.

Para que a viuvez não represente o fim de uma vida feliz, torna-se essencial o apoio familiar.

Logo após a morte, é comum a família dobrar a atenção e cuidados com a pessoa viúva, mas, com o passar dos dias, os familiares vão retomando sua rotina e compromissos pessoais. Vimos que o processo de luto é lento, ainda mais se o cônjuge passa a morar sozinho(a). É necessário apoio familiar integral durante todas as etapas, não apenas após o falecimento. 

Familiares e amigos próximos são peças fundamentais para motivar a reconstruir a vida. Isso pode ser entendido através do contato com outras pessoas, uma atividade física, uma ocupação que leve ao sentimento de utilidade perante a sociedade.

Estudos mostram que tarefas psicossociais também são primordiais para o ajustamento à viuvez. No caso de mulheres viúvas, caracteriza-se comumente por três fases:

  1. Como tarefa inicial, é importante buscar desatar os laços com o companheiro, admitir a sua morte e transformar as experiências compartilhadas em lembranças;
  2. Após aproximadamente um ano, a atenção costuma se voltar ao funcionamento do cotidiano e aos afazeres domésticos;
  3. Passados um ou dois anos da perda do cônjuge, são realinhados os relacionamentos no sistema familiar e a viúva costuma buscar novas atividades, bem como retoma o interesse por outras pessoas.

O luto é um processo complexo e cada um sabe entender seu tempo de dor e reclusão. O mais importante é entender os sentimentos da pessoa que ficou e dar espaço para que ela “vivencie o luto”. Porém, é necessário estar apoiando e incentivando durante todo este processo. 

Lembre-se: A saudades será eterna, mas o luto deve ser um estágio provisório. A pessoa viúva está emocionalmente fragilizada. Ofereça acolhimento e proteção, mas também o incentive a voltar para os prazeres da vida e às pessoas que aqui ainda estão.

Leia também: