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Atualizado em 12 de outubro de 2025.

Com o passar dos anos, o corpo muda e com ele, o metabolismo também.

A redução natural da massa muscular, a menor taxa metabólica e as mudanças no estilo de vida tornam o organismo mais propenso ao ganho de peso. Quando esse ganho ultrapassa o limite saudável, surge a obesidade, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive na terceira idade.

Mais do que uma questão estética, a obesidade é um problema de saúde que influencia diretamente a qualidade e a expectativa de vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de peso é hoje um dos principais fatores de risco evitáveis de mortalidade no mundo.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que o número de pessoas com sobrepeso ou obesidade cresce a cada ano — e entre os idosos, esse aumento merece atenção redobrada.

O que é obesidade e por que ela merece atenção na terceira idade

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, capaz de comprometer a saúde e aumentar o risco de doenças crônicas.

Em idosos, o quadro é ainda mais delicado: o corpo perde massa magra, o que reduz o gasto energético e favorece o acúmulo de gordura mesmo com pequenas variações na dieta ou na rotina.

De acordo com o Ministério da Saúde, quase um em cada quatro idosos brasileiros está acima do peso.

O aumento do peso corporal em idades mais avançadas pode parecer inofensivo, mas seus efeitos sobre o organismo são profundos e progressivos.

Consequências da obesidade para a saúde do idoso

A obesidade está associada a uma série de condições que comprometem a autonomia e a longevidade.

  • Doenças cardiovasculares, como hipertensão e insuficiência cardíaca;
  • Diabetes tipo 2 e alterações metabólicas;
  • Problemas articulares, como artrose e dores crônicas nos joelhos e quadris;
  • Apneia do sono e dificuldade para respirar;
  • Maior risco de quedas e limitações de mobilidade.

Além das questões físicas, o impacto emocional também é significativo.

O ganho de peso pode afetar a autoestima e levar ao isolamento social — o que, por sua vez, aumenta o risco de depressão e declínio cognitivo.

Como prevenir a obesidade na terceira idade

O controle do peso em idosos não deve ser baseado em restrição ou culpa, mas em equilíbrio, prazer e rotina saudável.

Alguns hábitos simples podem fazer toda a diferença:

  • Alimente-se bem e com prazer: priorize frutas, legumes, verduras, proteínas magras e grãos integrais. Evite alimentos ultraprocessados, mas mantenha o prazer à mesa.
  • Mantenha o corpo em movimento: caminhadas, hidroginástica, dança, jardinagem ou exercícios leves ajudam a preservar a massa muscular e aceleram o metabolismo.
  • Durma bem: o sono regula hormônios relacionados à fome e ao peso corporal.
  • Evite o sedentarismo: pequenas atividades diárias, como subir escadas ou cuidar do jardim, já fazem diferença.
  • Acompanhe a saúde regularmente: consultas com médico e nutricionista ajudam a ajustar a alimentação e o peso de forma segura.

Envelhecer bem é cuidar do corpo e da mente

O equilíbrio físico e emocional caminham juntos.

Cuidar do corpo é essencial, mas manter a mente saudável é igualmente importante — afinal, saúde mental e obesidade estão interligadas.

Distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, podem levar à alimentação desregulada ou ao sedentarismo. Por isso, é importante falar sobre o assunto com empatia e buscar ajuda quando necessário.

Leia também: A saúde mental dos idosos.

Cuidar também é ajudar a prevenir

Envelhecer com saúde é uma conquista diária, feita de escolhas, hábitos e afeto.

Na Mão do Amor, acreditamos que o cuidado começa antes da doença — está no olhar atento, na presença e no incentivo para uma vida mais ativa e equilibrada.

Cada gesto de cuidado é uma forma de prevenção.

Atualizado em 6 de outubro de 2025.

O que é senescência

A senescência é o processo natural de envelhecimento. Ela reúne as mudanças fisiológicas que acontecem no organismo ao longo da vida, sem estarem ligadas necessariamente a uma doença.

Entre essas transformações estão:

  • perda progressiva de massa e força muscular,
  • diminuição da capacidade respiratória e cardiovascular,
  • alterações na pele, ossos e articulações,
  • ritmo mais lento em algumas funções cognitivas.

Essas mudanças não são doenças. Fazem parte do ciclo da vida. Isso não significa que doenças não possam surgir na velhice, mas sim que o envelhecimento em si não deve ser confundido com uma condição patológica.

O que é senilidade

A senilidade não é a mesma coisa que a senescência. Enquanto a senescência fala das mudanças naturais do corpo, a senilidade se refere às doenças que podem surgir na velhice.

Alguns exemplos de condições associadas à senilidade:

  • demências – como Alzheimer e outras perdas cognitivas progressivas,
  • fragilidade acentuada – quando a perda de força e autonomia vai além do esperado para a idade,
  • dependência funcional – dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia.

É importante lembrar: a senilidade não é inevitável. Muitas pessoas envelhecem sem desenvolver doenças incapacitantes.

Por outro lado, mesmo quem sempre se cuidou pode enfrentar enfermidades inesperadas. Fatores como genética, ambiente e biologia também influenciam.

Os cuidados com a saúde não eliminam todos os riscos, mas eles aumentam as chances de viver com mais autonomia, qualidade de vida e independência.

Envelhecimento saudável

Mesmo com as mudanças naturais da senescência, é possível viver bem. Um bom envelhecimento não acontece de um dia para o outro: ele é uma construção contínua, feita de hábitos, vínculos e escolhas ao longo da vida.

Alguns pilares importantes para essa construção são:

  • movimento regular – exercícios de força, equilíbrio e caminhadas,
  • alimentação equilibrada – rica em frutas, verduras, proteínas e fibras,
  • relações sociais – manter laços familiares e de amizade,
  • sono adequado – respeitar o descanso e a rotina do corpo,
  • acompanhamento de saúde – consultas preventivas e exames de rotina.

E, assim como acontece com a saúde mental dos idosos, cada passo fortalece a autonomia e o bem-estar.

Mitos e verdades sobre o envelhecimento

Mito 1 – Todo idoso vai desenvolver demência

Verdade: não é bem assim. No Brasil, estima-se que cerca de 8% das pessoas acima de 60 anos tenham algum tipo de demência. Isso significa que mais de 90% dos idosos não têm a condição.

O risco aumenta com a idade, principalmente após os 85 anos, mas ainda assim não é inevitável. Muitos idosos chegam a idades avançadas com cognição preservada.

Mito 2 – Envelhecer significa se tornar frágil

Verdade: o corpo passa por perdas naturais — força, massa muscular e resistência diminuem com o tempo. Isso é senescência, parte do envelhecimento normal.

Mas “fragilidade” no sentido extremo não acontece com todos. Exercícios, boa nutrição e acompanhamento de saúde ajudam a reduzir os impactos e manter autonomia.

Mito 3 – Envelhecer é sinônimo de dependência

Verdade: a dependência pode ocorrer em casos de doenças ou condições específicas, mas não é consequência automática da idade.

Muitos idosos seguem independentes, cuidam de sua própria rotina e até oferecem apoio a outras pessoas.

Como envelhecer bem é uma construção

Enxergar a diferença entre senescência e senilidade ajuda a combater preconceitos e a valorizar o idoso de forma justa. O envelhecer natural não deve ser confundido com doença, mas é preciso reconhecer que, ao longo da vida, podem surgir desafios que exigem atenção.

Um bom envelhecimento não acontece de repente: ele se constrói com escolhas, apoio familiar e acompanhamento de saúde.

Na Mão do Amor, acreditamos que esse caminho pode ser mais leve e seguro quando há quem caminhe junto. Nosso compromisso é apoiar famílias e idosos para que cada etapa da vida seja vivida com autonomia, acolhimento e qualidade.

Atualizado em 30 de setembro de 2025.

O Brasil envelhece rapidamente: segundo o IBGE, até 2030 o número de idosos será maior do que o de crianças. Isso significa que cada vez mais famílias precisam repensar o ambiente doméstico, já que a casa nem sempre está preparada para essa fase da vida.

As quedas estão entre as principais causas de internação de pessoas com mais de 60 anos, e muitas delas acontecem dentro do próprio lar. Por isso, adaptar o espaço em que o idoso vive é uma forma essencial de prevenção, mas também de garantir qualidade de vida e autonomia.

Adaptações práticas por ambiente

Mais do que remover barreiras físicas, tornar a casa acessível significa pensar em como cada espaço pode ser usado com segurança e conforto. Iluminação adequada, ventilação, silêncio e temperatura agradável são fatores que fazem diferença no bem-estar e devem ser considerados junto com as adaptações estruturais.

A seguir, veja como cada ambiente pode ser ajustado para garantir mais autonomia e qualidade de vida aos idosos.

Banheiro

  • Problema: é um dos lugares mais perigosos da casa para idosos. O piso molhado, a falta de apoios e a necessidade de movimentos bruscos (levantar, se abaixar, entrar no box) aumentam o risco de quedas.
  • Solução:
    • Piso: prefira revestimentos antiderrapantes, que não ficam escorregadios quando molhados. Evite tapetes soltos.
    • Apoios: barras fixas ao lado do vaso sanitário e dentro do box dão firmeza ao sentar, levantar e se apoiar durante o banho.
    • Box adaptado: o ideal é sem desníveis, para evitar tropeços. Bancos de banho ou cadeiras próprias também ajudam a manter o equilíbrio.
    • Iluminação: luz clara e bem posicionada reduz riscos durante o banho noturno. Luzes de presença podem ser úteis.
    • Lavatório e torneiras: escolha torneiras de alavanca ou de acionamento fácil, que não exijam força nas mãos. Mantenha saboneteiras, toalhas e objetos de uso frequente ao alcance.
    • Organização: quanto mais livre de obstáculos, melhor. O banheiro deve ter espaço suficiente para circulação segura, mesmo que o idoso use bengala ou andador.

Quarto

  • Problema: o quarto é um dos espaços mais usados e também um dos mais vulneráveis. A iluminação fraca, a altura da cama e os móveis mal posicionados podem dificultar a mobilidade. Além disso, muitos idosos levantam-se à noite para ir ao banheiro, aumentando o risco de quedas.
  • Solução:
    • Iluminação: instale luzes de presença ou abajures de fácil acionamento. Assim, ao levantar-se no escuro, o idoso não precisa procurar interruptores. Boa iluminação faz diferença para reduzir riscos, especialmente porque muitas mudanças naturais da visão na terceira idade afetam a percepção do ambiente.
    • Cama: altura confortável, que permita sentar e levantar sem esforço. Se necessário, use apoiadores que se encaixam sob o colchão para ajudar a deitar e levantar com firmeza.
    • Móveis: mantenha a circulação livre. Gavetas e armários usados com frequência devem estar ao alcance, sem necessidade de se abaixar ou subir em bancos.
    • Tapetes: retire-os ou utilize modelos antiderrapantes bem fixados ao chão.
    • Clima e conforto: ambiente bem ventilado e silencioso favorece noites de sono reparador.

Sala e corredores

  • Problema: a sala e os corredores concentram boa parte da circulação da casa. Tapetes soltos, móveis em excesso ou mal posicionados, e a falta de corrimãos podem transformar esses espaços em áreas de risco. À noite, a iluminação insuficiente favorece tropeços e quedas.
  • Solução:
    • Tapetes: retire-os ou opte por modelos antiderrapantes bem fixados ao chão.
    • Móveis: mantenha a circulação livre, evitando objetos que obstruam a passagem.
    • Corrimãos e apoios: em corredores longos e próximos a escadas, instale corrimãos firmes.
    • Iluminação: pontos de luz bem distribuídos, de preferência com sensores de presença nos corredores.
    • Assentos firmes: sofás e cadeiras com altura adequada e braços de apoio facilitam sentar e levantar.

Cozinha

  • Problema: a cozinha pode ser perigosa para idosos, tanto por risco de quedas quanto de acidentes domésticos (cortes, queimaduras). Prateleiras muito altas, utensílios fora de alcance e pisos escorregadios dificultam a autonomia.
  • Solução:
    • Organização de armários: coloque o que é usado com frequência em prateleiras baixas e de fácil alcance.
    • Pisos: prefira revestimentos antiderrapantes; evite cerâmicas muito lisas que escorregam quando molhadas.
    • Iluminação: boa luz sobre pia e fogão ajuda a evitar acidentes no preparo das refeições.
    • Eletrodomésticos: modelos simples e seguros, com desligamento automático.
    • Espaço livre: mantenha os corredores desobstruídos para bengala ou andador.

Áreas externas e escadas

  • Problema: quintais, varandas e escadas costumam ter desníveis, pisos irregulares e falta de apoio, aumentando o risco de quedas. A chuva e a sujeira deixam o piso escorregadio.
  • Solução:
    • Rampas de acesso: sempre que possível, substitua degraus por rampas com piso antiderrapante.
    • Corrimãos: instale corrimãos firmes em ambos os lados das escadas e em rampas longas.
    • Pisos externos: escolha revestimentos próprios para áreas molhadas, que não fiquem escorregadios.
    • Iluminação: mantenha áreas externas bem iluminadas, principalmente caminhos noturnos.
    • Jardins e quintais: evite objetos espalhados, raízes expostas e desníveis que provoquem tropeços.

Tecnologias e soluções de apoio

  • Elevadores residenciais e plataformas de escada: para casas de dois andares ou com muitos desníveis.
  • Maçanetas alavanca: mais fáceis de abrir para quem tem dor ou fraqueza nas mãos.
  • Interruptores, tomadas e torneiras em altura acessível: evitam se abaixar ou esticar demais.
  • Automação de luzes e portas: sensor de presença e comandos por voz aumentam independência.

Segurança no lar

  • Alarmes pessoais e botões de emergência: chamam ajuda rapidamente em caso de queda ou mal-estar.
  • Monitoramento com detecção de quedas: relógios ou dispositivos vestíveis que acionam familiares ou serviços médicos.
  • Detectores de fumaça e monóxido de carbono: proteção contra acidentes domésticos silenciosos.

Planejar acessibilidade desde a construção

A acessibilidade não deve ser pensada apenas quando alguém já tem limitações. Ela precisa fazer parte natural do planejamento de um lar.

Normas como a NBR 9050 orientam que novos empreendimentos considerem medidas mínimas em portas, corredores e banheiros. Isso facilita a circulação de quem usa bengala, andador ou cadeira de rodas.

Mais do que atender a uma exigência legal, incluir a acessibilidade desde o início é uma forma de valorizar o imóvel. Significa garantir que ele esteja preparado para diferentes fases da vida.

Afinal, todos nós vamos envelhecer. Pensar em acessibilidade é pensar também no nosso próprio futuro e no conforto da família inteira.

E quando a casa já está construída? Pequenas reformas podem fazer a diferença. Alargar portas, corrigir desníveis e instalar barras de apoio são medidas simples que trazem mais segurança e autonomia ao idoso no dia a dia.

O papel da família e dos cuidadores

  • Observar riscos no dia a dia, como fios soltos ou móveis mal posicionados.
  • Participar das adaptações, ouvindo as necessidades do idoso.
  • Contar com apoio profissional, que pode orientar sobre medidas adequadas para tornar a casa mais segura.

Na Mão do Amor, acreditamos que cuidar é mais do que oferecer assistência direta: é também criar um ambiente que proporcione segurança, autonomia e bem-estar. Por isso, além de apoiar o idoso nas atividades diárias, orientamos as famílias sobre como tornar o lar mais acessível e seguro.

Ainda assim, mesmo com todas as adaptações, chega um momento em que a segurança deve ser prioridade.

Nessas situações, vale refletir sobre alternativas e avaliar com atenção até quando o idoso pode morar sozinho.

O cuidado com a acessibilidade, aliado ao acompanhamento próximo, garante não apenas a prevenção de acidentes, mas também a valorização da vida e da dignidade em cada etapa do envelhecimento.

Atualizado em 18 de setembro de 2025.



Um tema delicado, mas necessário

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, de origem autoimune, que afeta o sistema nervoso central. Estima-se que mais de 40 mil brasileiros convivam com a condição, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), e a cada ano novos diagnósticos são feitos em pessoas entre 20 e 50 anos.

Embora os avanços da medicina tenham possibilitado tratamentos mais eficazes para retardar a progressão da doença, os sintomas ainda representam grandes desafios para o paciente e para a família. Alterações na visão, fadiga intensa, dificuldades motoras e cognitivas exigem adaptações no dia a dia que vão além da parte médica.

Nesse cenário, a pergunta que surge é inevitável: como oferecer o melhor cuidado a quem vive com esclerose múltipla e, ao mesmo tempo, apoiar a família nessa jornada?

Causas e fatores de risco da esclerose múltipla

A esclerose múltipla ainda não tem uma causa única definida. O que se sabe é que ela resulta de uma combinação de fatores que levam o sistema imunológico a atacar a bainha de mielina, a camada protetora dos neurônios. Esse processo gera inflamações e compromete a comunicação entre cérebro, medula espinhal e o resto do corpo.

Entre os fatores que podem estar associados ao desenvolvimento da doença estão:

  • Predisposição genética: pessoas com histórico familiar de esclerose múltipla têm maior risco.
  • Sexo: a doença é mais comum em mulheres.
  • Fatores ambientais: locais com menos exposição ao sol e, consequentemente, menor produção de vitamina D, apresentam maior incidência da doença.
  • Infecções virais: estudos sugerem que algumas infecções anteriores, como pelo vírus Epstein-Barr, podem desencadear respostas autoimunes relacionadas à esclerose múltipla.
  • Estilo de vida: tabagismo e obesidade na juventude também têm sido relacionados a um risco aumentado.

Sintomas mais comuns da esclerose múltipla

A esclerose múltipla pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, mas alguns sinais são mais frequentes. Entre eles estão:

  • Alterações na visão: visão borrada, dupla ou perda parcial da visão.
  • Fraqueza muscular: dificuldade para levantar objetos ou caminhar.
  • Fadiga intensa: cansaço desproporcional às atividades realizadas.
  • Problemas de equilíbrio e coordenação: tropeços frequentes, instabilidade ao andar.
  • Dormência ou formigamento: principalmente em braços, pernas e face.
  • Alterações cognitivas: dificuldade de concentração, lapsos de memória.
  • Mudanças emocionais: maior predisposição à depressão e ansiedade — tema que já tratamos em detalhes no post sobre saúde mental e prevenção do suicídio em idosos.
  • Alterações na deglutição (disfagia): em alguns casos, a esclerose múltipla pode causar dificuldade para engolir, trazendo riscos de engasgos e desnutrição. Esse é um tema delicado que já abordamos em detalhes no artigo sobre disfagia em idosos.
  • Sinal de Lhermitte: sensação de choque elétrico que percorre a coluna e os membros ao inclinar o pescoço, típico em alguns casos de esclerose múltipla.

Esses sintomas podem surgir em surtos, intercalados por períodos de remissão parcial ou total. Com o tempo, alguns sinais podem se tornar permanentes, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento contínuo.

Avanços da medicina no tratamento da esclerose múltipla

Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, os avanços da medicina nos últimos anos trouxeram novas perspectivas para quem convive com a doença.

  • Terapias modificadoras da doença (DMTs): medicamentos que reduzem a atividade inflamatória, diminuem a frequência dos surtos e retardam a progressão da esclerose múltipla. Hoje já existem diferentes classes disponíveis no Brasil, indicadas conforme o perfil do paciente.
  • Reabilitação multidisciplinar: fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicoterapia ajudam a preservar a mobilidade, a autonomia e o bem-estar emocional.
  • Novas pesquisas: estudos recentes investigam o uso de células-tronco e terapias biológicas mais específicas, com resultados promissores em fases iniciais.
  • Atenção ao estilo de vida: hábitos como prática de atividade física, alimentação equilibrada e controle do estresse são cada vez mais reconhecidos como aliados no tratamento — assunto que já abordamos em outros conteúdos sobre prevenção e cuidados na terceira idade.

E o futuro?

A busca por uma cura definitiva ainda é um desafio, mas a ciência avança. Pesquisas com células-tronco, novas drogas imunológicas e abordagens personalizadas trazem esperança de tratamentos mais eficazes.
Embora a cura esteja distante, o caminho aponta para um controle cada vez melhor da doença, com mais qualidade de vida e autonomia para os pacientes.

Os desafios para a família no cuidado com a esclerose múltipla

Conviver com a esclerose múltipla vai além da rotina médica. A doença impacta diretamente a vida familiar, exigindo adaptações físicas, emocionais e financeiras.

Entre os principais desafios estão:

  • Sobrecarga emocional: ver um ente querido enfrentar sintomas progressivos pode gerar ansiedade, tristeza e sensação de impotência.
  • Demandas práticas: conforme a doença avança, a pessoa pode precisar de ajuda para atividades simples, como se alimentar, se locomover ou manter a higiene pessoal.
  • Mudanças na rotina: familiares muitas vezes precisam reorganizar agendas de trabalho, compromissos e lazer para dar suporte contínuo.
  • Cuidado prolongado: por ser uma condição crônica, a EM exige atenção de longo prazo, o que pode gerar desgaste físico e mental em quem cuida.

É nesse ponto que a rede de apoio se torna fundamental. O envolvimento de outros familiares, amigos e profissionais de saúde ajuda a dividir responsabilidades e garante que o paciente receba atenção sem que apenas uma pessoa da família fique sobrecarregada.

Cuidar de alguém com esclerose múltipla não é apenas oferecer apoio físico — é também acolher emoções, estimular a autonomia sempre que possível e manter o vínculo afetivo vivo em meio às limitações impostas pela doença.

Apoio profissional para famílias que convivem com a esclerose múltipla

Na Mão do Amor, sabemos que cuidar de alguém com esclerose múltipla é uma tarefa complexa que exige conhecimento, paciência e dedicação.

Nossos cuidadores são preparados para lidar com as limitações físicas e cognitivas da doença, oferecendo:

  • Apoio nas atividades do dia a dia (higiene, alimentação, locomoção).
  • Atenção à segurança, prevenindo quedas e complicações.
  • Companheirismo e estímulo à autonomia dentro do possível.
  • Tranquilidade para a família, que pode se dedicar aos bons momentos sem sobrecarga.

Se você busca ajuda nos cuidados com esclerose múltipla, entre em contato conosco. Estamos prontos para caminhar ao seu lado e tornar essa jornada mais leve, humana e segura.

Atualizado em 15 de agosto de 2025.


As doenças cardiovasculares em idosos representam um dos maiores desafios de saúde pública. Em 2022, elas foram responsáveis por cerca de 400 mil mortes no Brasil, o equivalente a aproximadamente 30 % de todos os óbitos no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Embora esse número considere todas as faixas etárias, ele é especialmente preocupante com o avanço da idade, já que essa fase concentra a maior parte dessas mortes devido às mudanças naturais no coração e nos vasos sanguíneos. Cuidar da saúde do coração na terceira idade exige atenção integral, combinando acompanhamento médico especializado e hábitos de vida saudáveis.

O que muda no coração com o envelhecimento

Com o passar dos anos, o coração e os vasos sanguíneos passam por transformações naturais que afetam diretamente a forma como o corpo funciona. Entre as principais mudanças estão:

  • Maior rigidez das paredes do coração: dificulta o enchimento e o bombeamento de sangue, podendo causar falta de ar, fadiga e menor resistência para atividades simples, como subir escadas ou caminhar distâncias curtas.
  • Menor eficiência das válvulas cardíacas: pode levar ao acúmulo de líquido nos pulmões ou nas pernas, causando inchaço e sensação de peso nos membros inferiores.
  • Redução da elasticidade dos vasos sanguíneos: dificulta o fluxo sanguíneo e sobrecarrega o coração, aumentando o risco de pressão alta e tonturas ao mudar de posição rapidamente.
  • Aumento da pressão arterial em repouso: força o coração a trabalhar mais, elevando o risco de hipertrofia cardíaca, dores no peito e até acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Essas alterações impactam nossa autonomia e qualidade de vida ao longo da vida, tornando essencial a avaliação periódica e o ajuste de hábitos para minimizar sintomas e prevenir complicações graves.

Doenças mais comuns na terceira idade

Além das alterações naturais do envelhecimento, algumas doenças do coração mais comuns em idosos merecem atenção especial:

  • Hipertensão arterial
    Mais de 60% dos brasileiros com 65 anos ou mais apresentam diagnóstico de hipertensão, de acordo com o Ministério da Saúde. É um dos principais fatores de risco para infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
  • Acidente vascular cerebral (AVC)
    A maioria dos casos de AVC ocorre em pessoas acima de 65 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. O problema está frequentemente relacionado ao controle inadequado da pressão arterial e a outras condições cardíacas.
  • Doença cardíaca isquêmica
    É a principal causa de morte por doenças cardiovasculares no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Seu risco aumenta significativamente com a idade, especialmente em pessoas com hipertensão, colesterol alto ou diabetes.

Hábitos que fortalecem o coração

A saúde do coração não é resultado de um único cuidado. Ela é uma construção, feita ao longo do tempo, com escolhas que envolvem o corpo, a mente e as relações. Quanto antes essa construção começa, melhor, mas nunca é tarde para iniciar esse processo.

Pensando na saúde como uma construção, alguns pilares merecem atenção especial para que nosso coração se mantenha forte e saudável ao longo da vida. Eles não precisam ser aplicados todos de uma vez, pequenas mudanças já fazem diferença. Essas dicas são essenciais para quem quer saber como prevenir doenças do coração na velhice.

Movimento no dia a dia
Não precisa ser academia ou treino pesado. Caminhar até a padaria, cuidar do jardim, dançar ao som de uma música antiga, varrer a varanda ou subir alguns degraus já ajudam a manter nosso coração ativo e a circulação em dia. E para quem busca formas seguras e eficazes de se movimentar, a fisioterapia para idosos pode ser uma grande aliada na preservação da mobilidade e da independência.

Alimentação que nutre
Frutas, verduras, legumes, grãos integrais e menos sal e gorduras saturadas. Comer bem não é só questão de saúde física, mas também de prazer: cozinhar, experimentar novos sabores, compartilhar uma refeição com alguém querido.

Afeto como remédio invisível
Abraços, conversas, risadas… O contato humano reduz o estresse, libera hormônios do bem-estar e fortalece nosso coração de dentro para fora. O carinho recebido e dado é um dos melhores “tratamentos” para viver mais e melhor.

Autonomia que dá força
Poder fazer escolhas e participar das decisões da própria vida mantém a autoestima e dá mais sentido ao dia a dia. Pequenas ações, como organizar a casa ou planejar uma saída, são exercícios para o corpo e para a alma. Se a rotina estiver mais difícil de administrar, vale considerar apoio profissional, como abordado no post “A volta à rotina dos idosos com o fim das férias: chegou a hora de considerar um cuidador?”.

Vida social ativa
Sair de casa, conhecer pessoas, participar de grupos ou eventos na comunidade são formas de manter nossa mente ativa e nosso coração protegido. As trocas e experiências vividas em cada encontro são estímulos preciosos para a saúde emocional e física, como mostramos no artigo “Por que manter uma vida social ativa faz bem na terceira idade?”.

Alegria e propósito
Ter algo para esperar e viver, como um reencontro, um passeio ou um hobby, ajuda a manter nosso coração mais estável e protegido contra o estresse. Propósito é combustível para o corpo e para a alma.

Manutenção de um peso saudável
Cuidar do peso na terceira idade não é buscar um corpo perfeito. Mudanças físicas são naturais, mas o excesso, especialmente na região abdominal, pode sobrecarregar nosso coração e aumentar o risco de pressão alta, diabetes e colesterol elevado. O objetivo é manter um peso que favoreça a disposição e a saúde cardiovascular, com alimentação equilibrada, atividade física regular e acompanhamento profissional.

Construção diária

A prevenção de problemas cardíacos na fase mais avançada da vida não se mantém sozinha. Ela precisa ser cuidada todos os dias, com atenção às pequenas escolhas que, somadas, fazem grande diferença.

Não importa a idade, sempre é possível começar, e cada passo dado na direção certa traz mais fôlego, energia e autonomia para viver bem.

Cuidar com atenção e carinho

Na Mão do Amor, entendemos que a saúde vai muito além do físico. O cuidado com nosso coração envolve corpo, mente e relações sociais. Nosso compromisso é oferecer apoio integral, estimulando hábitos saudáveis e fortalecendo vínculos que fazem bem para a saúde emocional e física.

E sim: procurar um cardiologista e um geriatra para acompanhamento regular é parte importante desse cuidado, mas eles são apenas alguns dos pilares de uma vida com mais saúde e autonomia.

Manter o coração saudável é resultado de atenção, constância e bons hábitos ao longo do tempo.

Atualizado em 16 de julho de 2025.

A longevidade é uma conquista da sociedade moderna, mas traz desafios que ainda estamos aprendendo a enfrentar, como indicam dados do IBGE. Vivemos mais, sim, e é fundamental entender a importância do vínculo intergeracional, especialmente entre netos e idosos. Manter uma relação próxima com os netos pode transformar profundamente a experiência do envelhecimento, fortalecendo a saúde emocional e cognitiva na terceira idade. Mas, afinal, como estamos vivendo essa relação? E, sobretudo, com quem?

A solidão na velhice é silenciosa. Muitas vezes começa com a perda da rotina de trabalho, depois vem o afastamento social, a viuvez, os amigos que adoecem, os filhos ocupados, o corpo que já não acompanha o ritmo de antes.
Como já discutimos a importância da vida social na terceira idade, manter vínculos afetivos é essencial para preservar a saúde emocional nessa fase da vida.

E então, em meio a esse processo inevitável de recolhimento, existe um laço que, quando cultivado, pode transformar profundamente a experiência do envelhecimento: o vínculo entre avós e netos.

Em tempos de famílias cada vez mais fragmentadas, relações intergeracionais são preciosas e frágeis. O neto pode ser presença, memória, estímulo. Mas também pode ser ausência, distância e silêncio. O que define essa relação é o espaço que a família, e a sociedade, constrói para que ela aconteça de forma viva e significativa.

Afeto e memória: o papel do neto na construção de dias com sentido

Para muitos idosos, o neto é o respiro da semana. É o motivo para levantar da cama no domingo, para preparar um prato especial, para contar mais uma vez aquela história que nunca perde a graça. Há idosos que não lembram o que comeram no almoço, mas se recordam com exatidão da primeira vez que seguraram o neto no colo.

O afeto vivido na relação entre avós e netos tem uma potência que vai além do emocional. Ele ativa memórias, estimula funções cognitivas e, acima de tudo, dá sentido à passagem do tempo.

Outros fatores também colaboram para o bom funcionamento mental, como a qualidade do sono na terceira idade.

É comum observar idosos mudarem de expressão ao ouvirem a voz de um neto ao telefone. Mesmo quando há sinais de confusão ou perda de memória, a conexão afetiva continua presente, e basta um “oi, vó” para reacender um brilho no olhar.

O cuidado que se inverte, mas não se quebra

É comum dizer que os avós ajudaram a criar os netos. Mas e quando o tempo passa, e são os netos que precisam aprender a cuidar?

Esse processo de inversão de papéis é delicado. Exige tempo, empatia e disponibilidade emocional. Não se trata apenas de trocar uma fralda geriátrica ou buscar uma receita. É sobre escutar, acolher e respeitar os limites do outro.

Pequenos gestos comunicam cuidado e fortalecem os laços familiares. Entre eles, destacam-se:

  • fazer uma ligação ou enviar uma mensagem para saber como o avô está
  • visitar para compartilhar momentos juntos
  • ajudar em tarefas simples, como manusear o celular ou resolver dúvidas
  • escutar com atenção, mostrando interesse e paciência

E no envelhecimento, o que mais faz falta não é a assistência técnica, mas o reconhecimento afetivo.

Ensinamento mútuo: o tempo vai e volta

A troca entre netos e avós é uma estrada de mão dupla. O idoso transmite valores que não estão nos livros nem nas redes sociais, como paciência, escuta, resistência e gentileza. Já o neto traz a vitalidade do presente, os códigos do agora e o frescor de quem ainda está descobrindo o mundo.

Em famílias em que essa escuta acontece com abertura, a conexão floresce. Em outras, os conflitos geracionais se impõem: o avô que não entende a linguagem do neto, o neto que não tem paciência para o ritmo do avô. São barreiras reais que afastam, mas que também podem ser repensadas com tempo, escuta e intenção.

Vínculo como proteção à saúde mental

Estudos, como os publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mostram que idosos que mantêm vínculos afetivos ativos com netos têm menor risco de desenvolver quadros de depressão, ansiedade e isolamento social.

Em épocas mais críticas, como no frio, esse apoio afetivo se torna ainda mais importante — como mostramos neste conteúdo sobre atenção redobrada com os idosos.

A presença dos netos não é apenas um alívio emocional. Ela funciona como estímulo cognitivo, social e até motor.

No caso de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer ou Parkinson, os momentos de convívio entre gerações podem ser profundamente significativos, conforme orientações da Alzheimer’s Association. Um jogo de memória, uma música cantada juntos, uma visita inesperada — essas interações mantêm o idoso emocionalmente engajado e conectado à realidade.

E para o neto, conviver com o envelhecimento também é uma forma de aprender sobre o tempo, com tudo o que ele traz e retira.

Desafios modernos

A vida contemporânea impõe obstáculos reais à convivência entre avós e netos. Distância geográfica, rotina acelerada, conflitos familiares ou mesmo desinteresse por parte dos mais jovens.

Além disso, condições como problemas de coluna na velhice podem dificultar ainda mais os encontros presenciais.

Mas também é preciso lembrar que o vínculo não precisa ser ideal para ser valioso. Uma chamada de vídeo, um áudio com voz carinhosa, uma foto enviada por mensagem — quando feitas com presença e intenção — essas pequenas atitudes mantêm a chama do vínculo acesa.

Tempo de qualidade com quem se ama

Na Mão do Amor, acreditamos que cuidar de um idoso vai muito além da técnica — é também preservar laços, afetos e histórias. Quando a família conta com um cuidado profissional, atencioso e humanizado, ganha espaço para viver a parte mais bonita dessa relação: o carinho, as conversas, os gestos de ternura que fazem a vida valer a pena.

Nossos cuidadores atuam com presença, empatia e responsabilidade, garantindo segurança e bem-estar para o idoso e tranquilidade para quem ama. Assim, filhos e netos podem se dedicar ao que realmente importa: estar juntos com qualidade, construindo memórias que atravessam gerações.

Atualizado em 24 de junho de 2025.

Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde dos idosos precisam ser redobrados. A terceira idade é especialmente sensível às quedas de temperatura — o corpo responde de forma diferente, e certos riscos se tornam mais frequentes.

Neste artigo, reunimos orientações importantes para ajudar familiares, cuidadores e os próprios idosos a atravessarem o inverno com segurança e bem-estar.

Por que os idosos sofrem mais no frio?

Com o passar dos anos, o organismo perde parte da capacidade de regular a temperatura corporal, um processo chamado termorregulação. O especialista explica que, enquanto nos mais jovens a temperatura corporal costuma ficar em torno dos 36,5ºC, nos idosos a temperatura em torno de 35,5ºC passa a ser considerada normal. Isso significa que muitos idosos já têm uma temperatura corporal basal naturalmente mais baixa, o que os deixa mais vulneráveis a sensações de frio e à hipotermia.

Outros fatores que influenciam nessa maior sensibilidade são:

  • redução da camada de gordura subcutânea: a gordura atua como isolante térmico, e a perda dessa camada com a idade facilita a perda de calor;
  • diminuição da massa muscular: o músculo produz calor ao se contrair, ajudando a manter a temperatura corporal;
  • alterações no sistema circulatório: o envelhecimento provoca vasoconstrição menos eficiente, dificultando o aquecimento das extremidades;
  • comprometimento do sistema nervoso central: que regula a percepção do frio e o mecanismo de resposta ao frio.

Com o envelhecimento, há também uma diminuição na capacidade do corpo de produzir calor e regular a temperatura corporal, o que aumenta a vulnerabilidade ao frio.

Além desses fatores, condições clínicas comuns na terceira idade, como doenças cardiovasculares, diabetes e problemas respiratórios, podem aumentar ainda mais essa vulnerabilidade.

Doenças reumáticas também podem piorar no frio

Muitos idosos convivem com doenças reumáticas que costumam piorar nos dias frios, como:

  • artrite reumatoide
  • osteoartrite (artrose)
  • fibromialgia
  • lúpus
  • espondilite anquilosante

Isso acontece por vários motivos:

  • O frio leva à contração involuntária dos músculos, o que aumenta a rigidez articular;
  • diminuição da circulação sanguínea nas extremidades, o que acentua a dor;
  • A redução da atividade física durante o inverno também contribui para piorar a mobilidade.

É importante observar sinais como dores mais frequentes, articulações mais “travadas” e dificuldade para iniciar os movimentos ao acordar. Nesses casos, manter o corpo aquecido e com leves movimentos ao longo do dia pode fazer toda a diferença.

Principais riscos do frio para a saúde do idoso

Durante o inverno, alguns cuidados não podem ser deixados de lado. O frio intenso pode desencadear:

  • hipotermia silenciosa – que pode ocorrer mesmo dentro de casa;
  • agravamento de doenças respiratórias, como asma, bronquite e DPOC;
  • aumento do risco de pressão alta, AVC e infartos;
  • quedas, causadas por pisos escorregadios, roupas grossas ou uso incorreto de aquecedores;
  • isolamento social e sintomas depressivos, pois o frio e os dias mais curtos dificultam o contato social e afetam o humor.

Como proteger os idosos no inverno

Algumas medidas simples fazem muita diferença no conforto e na saúde dos idosos durante o frio:

  • aqueça os ambientes, mantendo sempre uma leve circulação de ar;
  • estimule o uso de roupas em camadas, que aquecem melhor que peças únicas e pesadas;
  • incentive o consumo de alimentos e bebidas quentes;
  • observe mãos, pés e nariz gelados, confusão mental ou desânimo — podem ser sinais de alerta;
  • evite banhos muito quentes e longos, que podem causar queda de pressão e tontura.

O papel do cuidador nos dias frios

Durante o inverno, o apoio de um cuidador capacitado faz toda a diferença. Ele não apenas auxilia nas tarefas diárias, como também observa sinais sutis de desconforto, ajusta roupas e cobertores, monitora a temperatura dos ambientes e garante que a alimentação e a hidratação estejam adequadas.

Na Mão do Amor, nossos cuidadores são treinados para lidar com as particularidades de cada idoso, promovendo segurança, acolhimento e bem-estar durante todas as estações do ano.

Conclusão

O frio pode trazer riscos, mas com os cuidados certos, é possível atravessar essa estação com tranquilidade. Atenção, carinho e apoio profissional são fundamentais para proteger quem tanto já cuidou da gente.

Se você precisa de apoio para cuidar de alguém especial, a Mão do Amor está aqui para ajudar.

Atualizado em 22 de abril de 2025.

Dormir bem é essencial em todas as fases da vida — mas, na terceira idade, o sono passa por mudanças naturais que podem causar estranhamento ou até preocupações. Se você ou alguém que você cuida está dormindo menos ou acordando mais vezes à noite, saiba que isso é comum e, muitas vezes, faz parte do processo natural de envelhecimento.

Neste post, vamos entender o que muda no sono com o passar dos anos, quais sinais merecem atenção e, principalmente, como melhorar a qualidade do descanso na terceira idade.

O que muda no sono com o envelhecimento?

Com o avanço da idade, o organismo sofre diversas transformações que afetam diretamente o sono. As principais mudanças são:

  • Diminuição da produção de melatonina, o hormônio do sono, que faz com que o corpo demore mais a “pegar no sono”.
  • Sono mais leve e fragmentado, com maior número de despertares durante a noite.
  • Maior sonolência durante o dia, o que pode levar a cochilos mais frequentes.

Alterações no ritmo circadiano

Um dos fatores mais impactados é o ritmo circadiano, também conhecido como o “relógio biológico” do corpo. Esse ritmo é responsável por regular nossos ciclos de sono e vigília, além de outras funções como a liberação de hormônios, temperatura corporal e metabolismo.

Na terceira idade, o ritmo circadiano tende a adiantar-se — ou seja, o corpo começa a liberar sinais de sono mais cedo, fazendo com que o idoso:

  • Comece a sentir sono no fim da tarde ou no início da noite;
  • Durma mais cedo do que costumava;
  • Acorde nas primeiras horas da manhã, muitas vezes por volta das 4h ou 5h, mesmo sem dormir o suficiente.

Esse fenômeno é chamado de adiantamento de fase do sono e pode afetar a qualidade de vida, especialmente se o idoso deseja participar de jantares ou eventos à noite. Além disso, como o sono fica mais superficial, qualquer barulho, luz ou desconforto pode causar despertares frequentes durante a madrugada.

Problemas de sono comuns na terceira idade

Alguns distúrbios do sono são mais frequentes na terceira idade e podem comprometer a qualidade de vida e o bem-estar. Conhecer esses problemas é o primeiro passo para buscar soluções adequadas. Abaixo, listamos os mais comuns:

Insônia na terceira idade

A insônia é a dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou ainda o despertar precoce — quando a pessoa acorda muito antes do horário desejado e não consegue voltar a dormir. Na terceira idade, isso pode estar relacionado à ansiedade, à solidão, a preocupações com a saúde ou mesmo à falta de rotina.

Sinais de alerta:

  • Leva mais de 30 minutos para adormecer
  • Acorda várias vezes durante a noite
  • Sente-se cansado mesmo após dormir

Sonolência excessiva durante o dia

É comum o idoso sentir mais sono ao longo do dia, especialmente após noites mal dormidas. Embora um cochilo breve possa ser benéfico, sonolência constante e excessiva pode indicar que o sono noturno não está sendo restaurador ou pode haver algum distúrbio não diagnosticado.

Consequências:

  • Quedas
  • Redução da atenção e memória
  • Irritabilidade

Apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções repetidas da respiração durante o sono, geralmente acompanhadas por roncos altos, engasgos ou pausas silenciosas. A falta de oxigenação adequada pode provocar cansaço, dores de cabeça pela manhã e até problemas cardiovasculares.

Fique atento a:

  • Roncos intensos
  • Pausas na respiração observadas por outra pessoa
  • Cansaço mesmo após muitas horas de sono

Síndrome das Pernas Inquietas

Esse distúrbio neurológico causa uma vontade incontrolável de mover as pernas, geralmente à noite, acompanhada de sensação de formigamento ou desconforto. Isso atrapalha o início do sono e prejudica a qualidade do descanso.

Sintomas comuns:

  • Sensação de “comichão”, queimação ou desconforto nas pernas
  • Alívio temporário ao mover as pernas
  • Dificuldade para permanecer deitado

Ansiedade e depressão

Essas condições emocionais são comuns na terceira idade e frequentemente afetam o sono. A pessoa pode ter pensamentos repetitivos, preocupações excessivas, tristeza profunda ou falta de vontade de se levantar. Muitas vezes, o sono é interrompido ou irregular.

Sinais importantes:

  • Dificuldade para adormecer ou dormir direto
  • Mudanças de humor frequentes
  • Apatia ou irritação durante o dia

Uso de medicamentos

Vários medicamentos usados com frequência na terceira idade podem interferir no sono — seja causando insônia, sonolência diurna, ou sonhos vívidos e agitados. Isso inclui remédios para pressão alta, doenças cardíacas, depressão, dor e até alguns suplementos.

Dica importante: Sempre converse com o médico sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e nunca suspenda o uso por conta própria.

O papel do cuidador na manutenção do sono do idoso

O cuidador de idosos tem um papel essencial na promoção do sono saudável, tanto para idosos independentes quanto para aqueles com maior grau de dependência. Veja como o cuidador pode ajudar:

  • Estabelecendo rotinas regulares de sono e atividades diurnas, o que ajuda a manter o ritmo do corpo.
  • Observando comportamentos durante a noite, como agitação, roncos, episódios de confusão ou sono fragmentado — e comunicando à família ou equipe médica.
  • Criando um ambiente tranquilo e acolhedor no quarto, com temperatura agradável, pouca luz e ausência de ruídos.
  • Evitando estímulos antes de dormir, como televisão ligada, conversas agitadas ou uso de telas.
  • Apoiando na higiene do sono, lembrando de tomar os remédios no horário correto e promovendo atividades relaxantes no fim da tarde.
  • Incentivando a exposição ao sol e a prática de atividades leves durante o dia, fundamentais para regular o ritmo circadiano.

Um cuidador atento pode identificar precocemente alterações no padrão de sono que indicam algo mais sério, além de ser uma presença tranquilizadora que transmite segurança ao idoso.

Como melhorar o sono na terceira idade?

Além da ajuda do cuidador, algumas mudanças de rotina e hábitos saudáveis podem melhorar bastante a qualidade do sono. Veja dicas práticas:

Mantenha uma rotina regular
Procure dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos finais de semana.

Exponha-se à luz natural pela manhã
Tomar sol ajuda a regular o ritmo circadiano e favorece a produção de melatonina à noite.

Pratique atividades relaxantes no fim da tarde
Alongamentos leves, leitura, música suave ou meditação ajudam o corpo a se preparar para o sono.

Evite estimulantes no fim do dia
Reduza o consumo de café, refrigerantes, chás escuros e chocolate no período da noite.

Reduza a exposição às telas à noite
A luz azul dos aparelhos eletrônicos interfere na produção de melatonina.

Cuide do ambiente do quarto
Silêncio, escuridão, boa ventilação e cama confortável são fundamentais para o descanso.

Quando procurar ajuda?

Se mesmo com cuidados e mudanças de rotina o sono continua ruim, é importante conversar com um profissional de saúde. O acompanhamento com um geriatra ou especialista em sono pode identificar distúrbios e indicar tratamentos adequados.

Cuidadores e familiares devem estar atentos a sinais como:

  • Sonolência excessiva durante o dia
  • Irritabilidade ou confusão ao acordar
  • Roncos altos ou pausas na respiração
  • Mudanças bruscas de comportamento

Dormir bem é viver melhor!

Dormir bem é um dos pilares do envelhecimento saudável. E nesse processo, o cuidador é um grande aliado, promovendo rotinas, observando sinais e oferecendo conforto físico e emocional ao idoso.

Mais do que a quantidade de horas, o que realmente importa é a qualidade do sono — e ela pode ser conquistada com atenção, carinho e os cuidados certos.

Sua família precisa de apoio profissional? Nossa equipe de cuidadores está preparada para oferecer atenção integral, inclusive durante a noite, garantindo o descanso seguro e tranquilo.

Atualizado em 21 de março de 2025.

A disfagia é uma condição que afeta a capacidade de engolir alimentos e líquidos, sendo especialmente comum entre os idosos. No Dia de Atenção à Disfagia, é fundamental discutir os desafios que essa condição impõe e como garantir qualidade de vida para quem convive com ela.

O que é a Disfagia?

A disfagia pode ser definida como a dificuldade em engolir, podendo estar associada a diversas condições, como doenças neurológicas (AVC, Parkinson, Alzheimer), envelhecimento natural e até mesmo câncer de cabeça e pescoço. Essa condição pode levar a complicações graves, como desnutrição, desidratação e pneumonia aspirativa.

Principais desafios da disfagia na terceira idade

  1. Diagnóstico tardio: Muitos idosos não relatam dificuldades ao engolir, e os familiares podem não perceber os sinais iniciais, como engasgos frequentes ou tosse durante as refeições.
  2. Desnutrição e desidratação: A dificuldade em engolir pode levar à redução da ingestão alimentar, resultando em perda de peso e deficiências nutricionais.
  3. Risco de aspiração pulmonar: O alimento pode ser aspirado para os pulmões, causando infecções como a pneumonia aspirativa, uma das principais causas de hospitalização em idosos.
  4. Adaptação da alimentação: É necessário modificar a textura dos alimentos e líquidos, o que pode afetar o prazer de se alimentar e a socialização durante as refeições.
  5. Falta de informação: Muitos cuidadores e familiares não sabem como lidar com a disfagia, o que pode comprometer o cuidado adequado ao idoso. ​

Impacto psicológico no idoso e na família

A disfagia não afeta apenas a saúde física do idoso, mas também seu bem-estar emocional. A dificuldade em se alimentar pode gerar frustração, ansiedade e até depressão, pois o ato de comer está diretamente ligado ao prazer e à socialização. Muitos idosos se sentem isolados e envergonhados ao precisarem de ajuda para se alimentar ou ao perceberem que não podem consumir certos alimentos.

Para a família e os cuidadores, o impacto também é significativo. A preocupação constante com a alimentação e o medo de engasgos ou complicações podem gerar estresse e sobrecarga emocional. Por isso, o suporte psicológico tanto para o idoso quanto para seus cuidadores é essencial para lidar com os desafios da disfagia de forma mais tranquila e acolhedora.

Como cuidar do idoso com disfagia?

Consulta com especialistas: Médicos, fonoaudiólogos e nutricionistas devem ser envolvidos no diagnóstico e no planejamento alimentar.

Adaptação da dieta: O idoso pode precisar de alimentos pastosos ou espessados para facilitar a deglutição.

Postura correta nas refeições: Manter o idoso sentado corretamente e evitar falar ou se distrair enquanto come pode reduzir o risco de engasgos.

Monitoramento contínuo: Observar sinais de engasgo, perda de peso ou infecções respiratórias ajuda a evitar complicações graves.

Treinamento de cuidadores: Profissionais e familiares devem ser orientados sobre os cuidados específicos para garantir uma alimentação segura e eficaz.

Conscientização e qualidade de vida

O Dia de Atenção à Disfagia é um momento importante para conscientizar a sociedade sobre essa condição e incentivar ações que promovam a saúde e a segurança alimentar dos idosos. Com o devido acompanhamento e cuidados adequados, é possível proporcionar mais conforto e bem-estar para aqueles que enfrentam essa dificuldade.

Se você cuida de um idoso com disfagia ou conhece alguém que enfrenta essa condição, compartilhe essa informação! Juntos, podemos garantir mais qualidade de vida e segurança para os idosos.

Atualizado em 12 de fevereiro de 2025.

As férias são um momento especial para reunir a família, viajar e viver momentos de alegria ao lado de quem amamos.

No entanto, com o fim desse período, a rotina volta ao normal, e muitas famílias percebem, após as tradicionais festas e férias de final de ano, que os idosos podem precisar de mais suporte no dia a dia.

Esse é o momento ideal para avaliar se a presença de um cuidador pode trazer mais segurança e qualidade de vida ao idoso.

O impacto do fim das férias na vida dos idosos

Durante as férias, os idosos costumam contar com mais companhia, seja de familiares ou amigos. A presença dos netos é muito comum. A ausência dos familiares, que voltam às suas atividades diárias, pode evidenciar desafios como:

  • Sentimento de solidão ao se deparar com a volta à rotina
  • Aumento da insegurança;
  • Dificuldade em manter hábitos saudáveis;
  • Dificuldade maior em realizar tarefas diárias, como higiene pessoal e alimentação;
  • Falta de companhia e incentivo para atividades de lazer e exercícios físicos;
  • Esquecimento de compromissos importantes, como consultas médicas e administração de medicamentos;
  • ​​Redução da socialização e do estímulo mental;
  • Maior risco de quedas e acidentes domésticos.

Sinais de que um cuidador pode ser necessário

Se o idoso encontra dificuldades para manter sua independência com segurança, um cuidador pode ser uma excelente alternativa.

Um profissional capacitado pode auxiliar de diversas formas, promovendo o bem-estar e a tranquilidade da família, garantindo que o idoso receba todos os cuidados necessários. Alguns sinais de alerta incluem:

  • Dificuldade em gerenciar a própria rotina e organização doméstica;
  • Alterações no comportamento, como apatia, desorientação ou isolamento social;
  • Perda de mobilidade, necessitando de auxílio para locomoção;
  • Descuido com a alimentação e hidratação;
  • Necessidade de acompanhamento em atividades externas, como idas ao médico ou passeios;
  • Os Benefícios de um cuidador para o Idoso e a família.

A presença de um cuidador proporciona um suporte completo ao idoso, promovendo mais conforto e segurança. Entre os benefícios, podemos destacar:

  • Redução de riscos domésticos e garantia de uma rotina mais organizada;
  • Estímulo para manter hábitos saudáveis e realizar atividades físicas;
  • Companhia e apoio emocional, prevenindo o isolamento e a depressão;
  • Assistência no cumprimento de horários de medicação e compromissos;
  • Mais tranquilidade para a família, que pode confiar no bem-estar do ente querido.

O fim das férias é um momento oportuno para reavaliar as necessidades dos idosos e considerar soluções que garantam sua qualidade de vida. Se você percebe que seu familiar precisa de mais suporte, um cuidador pode ser a resposta para assegurar sua segurança e conforto.

Para mais informações sobre cuidados para idosos ou para encontrar um profissional qualificado, entre em contato conosco!