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Atualizado em 11 de novembro de 2025.

Novembro Azul é uma campanha mundial que promove conscientização sobre cuidados com a saúde masculina, com foco direto no diagnóstico precoce do câncer de próstata.

Durante todo o mês de novembro, empresas, imprensa e entidades se unem em prol da saúde masculina, com divulgação de mensagens esclarecedoras sobre o tema e um alerta para a alta incidência desta silenciosa doença.

Estatísticas

Na maioria das vezes, o tumor maligno se desenvolve em indivíduos acima dos 50 anos, sendo que mais da metade dos casos diagnosticados ocorre na faixa etária de 65 anos ou mais.

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais incidente entre os homens brasileiros, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Embora seja uma doença comum, por medo ou desconhecimento muitos homens preferem não conversar sobre esse assunto.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o país deve registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025. Desses, os tumores de próstata e mama feminina respondem cada um por cerca de 15% do total de diagnósticos, mostrando a relevância dessa doença no contexto nacional.

Ainda conforme o INCA, são estimados 71.730 novos casos de câncer de próstata por ano, representando aproximadamente 30% de todos os tumores masculinos (excluindo pele não melanoma). As informações estão disponíveis na publicação Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil.

Em escala global, dados do GLOBOCAN 2022 — plataforma da Organização Mundial da Saúde (OMS) — indicam cerca de 1,47 milhão de novos casos de câncer de próstata e quase 400 mil mortes associadas à doença, tornando-o o segundo câncer mais diagnosticado em homens e o quarto mais comum no mundo considerando ambos os sexos.

O levantamento também é reforçado pela World Cancer Research Fund, que confirma o aumento global da incidência e a necessidade de políticas de prevenção e diagnóstico precoce.

O câncer de próstata

A próstata é uma glândula integrante do sistema genital masculino situado na região pélvica, na frente do reto e logo abaixo da bexiga, que envolve a parte superior da uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozoides.

Uma próstata adulta saudável pesa cerca de 20 a 25 gramas e tem aproximadamente 4cm de largura, 3cm de altura e 2cm de espessura. Mas com o avançar da idade, principalmente sobre a influência do hormônio masculino, ela tende a crescer.

Esta glândula dificilmente seria notada se não fosse frequentemente acometida por tumores.

O maior perigo está na forma silenciosa que eles progridem. O desenvolvimento tende a ser lento, ao longo de anos ou até décadas, de modo que boa parte dos pacientes convive com a doença por muito tempo até notar os primeiros sintomas.

Entretanto, uma parcela dos pacientes apresenta doença agressiva com rápida progressão (metástase) e surgimento relativamente precoce. Não é possível predizer quais pacientes apresentarão doença grave através dos métodos e pesquisas disponíveis atualmente.

As células são as menores partes do corpo humano. Durante toda a vida, as células se multiplicam, substituindo as mais antigas por novas. Mas, em alguns casos, pode acontecer um crescimento descontrolado de células, formando tumores que podem ser benignos ou malignos. E a próstata é frequentemente acometida por este acontecimento.

A doença é confirmada após fazer a biópsia, que é indicada ao encontrar alguma alteração no exame de sangue (PSA) ou no toque retal.

Exame de toque retal: o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto. Este exame permite palpar as partes posterior e lateral da próstata.

Exame de PSA: é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

Tais exames podem ser realizados anualmente pelo médico urologista na população com maior risco de desenvolver a doença: homens a partir dos 45 a 50 anos. Diante de uma eventual alteração em um ou ambos os exames, o paciente é submetido à biópsia de próstata por agulha. O médico patologista é o responsável pela confirmação do diagnóstico de câncer através de avaliação microscópica.

Sinais e sintomas

É comum o câncer de próstata não apresentar nenhum sintoma ou sinal por longos anos. Porém, ao apresentar, os mais comuns são:

  • Dificuldade de urinar;
  • Sangue na urina;
  • Diminuição do jato de urina;
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite.

Tratamento

O tratamento é feito por meio de uma ou de várias técnicas de tratamento, que podem ser combinadas ou não. A principal delas é a cirurgia, que pode ser aplicada junto com radioterapia e tratamento hormonal, conforme cada caso.

Quando localizado apenas na próstata, o câncer de próstata pode ser tratado com cirurgia oncológica, radioterapia e até mesmo observação vigilante, em alguns casos especiais. No caso de metástase, ou seja, se o câncer da próstata tiver se espalhado para outros órgãos, a radioterapia é utilizada junto com tratamento hormonal, além de tratamentos paliativos.

A escolha do melhor tratamento é feita individualmente, por médico especializado, caso a caso, após definir quais os riscos, benefícios e melhores resultados para cada paciente, conforme estágio da doença e condições clínicas do paciente. Todas as modalidades de tratamento são oferecidas, de forma integral e gratuita, por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).

A cura

Segundo especialistas, o importante é o diagnóstico precoce da doença, pois quando descoberta na fase inicial, a chance de cura é superior a 90%.

Fatores de risco

Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata. São eles:

  • Idade: o risco aumenta com o avançar da idade. No Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos;
  • Histórico de câncer na família: homens cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos, fazem parte do grupo de risco;
  • Sobrepeso e obesidade: estudos recentes mostram maior risco de câncer de próstata em homens com peso corporal mais elevado.

Como prevenir o câncer de próstata?

Por não estar relacionado a um fator de risco modificável, não há medidas preventivas específicas para o câncer de próstata.

Porém, já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis.

Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar. Entre os fatores que mais ajudam a prevenir o câncer de próstata estão:

  • Ter uma alimentação saudável;
  • Manter o peso corporal adequado;
  • Praticar atividade física;
  • Não fumar;
  • Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Outras enfermidades da próstata

Além do câncer, a próstata também pode ser acometida por doenças benignas com sintomas muito parecidos.

Hiperplasia benigna da próstata é o aumento benigno da próstata. Afeta mais da metade dos homens com idade superior a 50 anos e ocorre naturalmente com o avançar da idade.

Prostatite é uma inflamação na próstata, geralmente causada por bactérias.

Resistência masculina

O maior desafio para o diagnóstico precoce do câncer de próstata é a própria resistência por parte dos pacientes. Estudos apontam que mais de 50% dos homens na faixa dos 60 anos nunca se consultaram com um urologista. E muitos, quando o procuram, é por já estarem com os sintomas avançados.

Os motivos para este comportamento em massa podem ser vários, como desleixo com a própria saúde, procrastinação, ou simples desconhecimento. Porém, temos que ir direto ao ponto. O mais comum é que o paciente esteja desconfortável em realizar o exame de toque, parte essencial da consulta, mas que inevitavelmente causa um sentimento de invasão e constrangimento por parte do paciente.

Numa comparação ao universo feminino, seria o equivalente ao Papanicolau, um exame importante à saúde, mas que deixam as pacientes em situação desconfortável, com uma sensação de vulnerabilidade e alta exposição.

Nestes paradigmas há ainda uma questão cultural, já que crescemos ouvindo piadas e comentários acerca do exame de toque, sempre de forma pejorativa, vexatória. Situações que ajudam a criar ainda mais barreiras.

Outro ponto a ser considerado é que o tratamento do câncer de próstata causa uma temporária perda da função sexual. Mesmo sendo uma condição reversível, muitos homens preferem “ignorar” o problema para não passar por esta situação.

Por estes e tantos outros motivos que a MÃO DO AMOR apoia o NOVEMBRO AZUL. Esta campanha não é apenas um alerta para o diagnóstico precoce, mas também uma oportunidade para desmistificar crenças com relação a este tema tão importante para a nossa sociedade.

Assim como em outras pautas de prevenção e envelhecimento saudável, vale conhecer o conteúdo sobre senescência e senilidade, disponível aqui no blog da Mão do Amor.

Atualizado em 30 de outubro de 2025.

Com o passar dos anos, o corpo muda e com ele, o metabolismo também.

A redução natural da massa muscular, a menor taxa metabólica e as mudanças no estilo de vida tornam o organismo mais propenso ao ganho de peso. Quando esse ganho ultrapassa o limite saudável, surge a obesidade, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, inclusive na terceira idade.

Mais do que uma questão estética, a obesidade é um problema de saúde que influencia diretamente a qualidade e a expectativa de vida.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o excesso de peso é hoje um dos principais fatores de risco evitáveis de mortalidade no mundo.

No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que o número de pessoas com sobrepeso ou obesidade cresce a cada ano — e entre os idosos, esse aumento merece atenção redobrada.

O que é obesidade e por que ela merece atenção na terceira idade

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, capaz de comprometer a saúde e aumentar o risco de doenças crônicas.

Em idosos, o quadro é ainda mais delicado: o corpo perde massa magra, o que reduz o gasto energético e favorece o acúmulo de gordura mesmo com pequenas variações na dieta ou na rotina.

De acordo com o Ministério da Saúde, quase um em cada quatro idosos brasileiros está acima do peso.

O aumento do peso corporal em idades mais avançadas pode parecer inofensivo, mas seus efeitos sobre o organismo são profundos e progressivos.

Consequências da obesidade para a saúde do idoso

A obesidade está associada a uma série de condições que comprometem a autonomia e a longevidade.

  • Doenças cardiovasculares, como hipertensão e insuficiência cardíaca;
  • Diabetes tipo 2 e alterações metabólicas;
  • Problemas articulares, como artrose e dores crônicas nos joelhos e quadris;
  • Apneia do sono e dificuldade para respirar;
  • Maior risco de quedas e limitações de mobilidade.

Além das questões físicas, o impacto emocional também é significativo.

O ganho de peso pode afetar a autoestima e levar ao isolamento social — o que, por sua vez, aumenta o risco de depressão e declínio cognitivo.

Como prevenir a obesidade na terceira idade

O controle do peso em idosos não deve ser baseado em restrição ou culpa, mas em equilíbrio, prazer e rotina saudável.

Alguns hábitos simples podem fazer toda a diferença:

  • Alimente-se bem e com prazer: priorize frutas, legumes, verduras, proteínas magras e grãos integrais. Evite alimentos ultraprocessados, mas mantenha o prazer à mesa.
  • Mantenha o corpo em movimento: caminhadas, hidroginástica, dança, jardinagem ou exercícios leves ajudam a preservar a massa muscular e aceleram o metabolismo.
  • Durma bem: o sono regula hormônios relacionados à fome e ao peso corporal.
  • Evite o sedentarismo: pequenas atividades diárias, como subir escadas ou cuidar do jardim, já fazem diferença.
  • Acompanhe a saúde regularmente: consultas com médico e nutricionista ajudam a ajustar a alimentação e o peso de forma segura.

Envelhecer bem é cuidar do corpo e da mente

O equilíbrio físico e emocional caminham juntos.

Cuidar do corpo é essencial, mas manter a mente saudável é igualmente importante — afinal, saúde mental e obesidade estão interligadas.

Distúrbios emocionais, como ansiedade e depressão, podem levar à alimentação desregulada ou ao sedentarismo. Por isso, é importante falar sobre o assunto com empatia e buscar ajuda quando necessário.

Leia também: A saúde mental dos idosos.

Cuidar também é ajudar a prevenir

Envelhecer com saúde é uma conquista diária, feita de escolhas, hábitos e afeto.

Na Mão do Amor, acreditamos que o cuidado começa antes da doença — está no olhar atento, na presença e no incentivo para uma vida mais ativa e equilibrada.

Cada gesto de cuidado é uma forma de prevenção.

Atualizado em 20 de outubro de 2025.

O Outubro Rosa é um movimento popular mundial que simboliza a luta contra o câncer de mama. O objetivo é mobilizar a população, empresas e entidades sobre a importância do diagnóstico precoce.

A campanha, também visa disseminar dados preventivos, ressaltar a importância de olhar com atenção para a saúde, além de lutar por direitos como o atendimento médico e o suporte emocional, garantindo um tratamento de qualidade.

Durante o mês, diversas instituições abordam o tema para encorajar mulheres a realizarem seus exames e muitas até os disponibilizam. Iniciativas como essa são fundamentais para a prevenção, visto que nos estágios iniciais, a doença é assintomática.

O câncer de mama

O câncer de mama é um grupo heterogêneo de doenças, com comportamentos distintos. A heterogeneidade deste câncer pode ser observada pelas variadas manifestações clínicas e morfológicas, diferentes assinaturas genéticas e consequentes diferenças nas respostas terapêuticas.

O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos.

Os principais sintomas do câncer de mama são

  • Aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos;
  • Edema cutâneo semelhante à casca de laranja;
  • Retração cutânea;
  • Dor na região;
  • Inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo;
  • Secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos;
  • Podem surgir linfonodos palpáveis na axila.

Os números no Brasil e no mundo

No mundo, o câncer de mama segue como o tipo mais frequente entre mulheres: em 2022, foram estimados cerca de 2,3 milhões de novos casos e aproximadamente 670 mil óbitos, segundo a OMS.
No Brasil, o INCA estima que, para o triênio 2023-2025, ocorra em média 73.610 novos casos por ano de câncer de mama entre mulheres, o que corresponde a uma taxa ajustada de 41,89 casos por 100.000 mulheres.

Em 2023, o país registrou mais de 20 mil óbitos por essa doença, de acordo com o Ministério da Saúde.
E as projeções globais são de alerta: se mantidas as tendências atuais, os casos podem aumentar até 38% e os óbitos até 68% até 2050. Esta escalada reforça a importância da detecção precoce, do cuidado contínuo e da atenção especial às idosas.

O câncer de mama em mulheres idosas

O risco de câncer de mama é diretamente proporcional à idade — e, com o aumento da expectativa de vida, cresce também a incidência da doença entre pessoas idosas.

Estudos recentes indicam que as mulheres com 70 anos ou mais representam cerca de 20% dos novos casos de câncer de mama no Brasil e respondem por aproximadamente metade dos óbitos relacionados à doença (BMC Cancer, 2024). Essa disparidade reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce também na terceira idade.

O desafio não está apenas no corpo, mas também no acesso à informação e aos serviços de saúde. Mulheres idosas tendem a realizar menos exames de rotina, e muitas vezes não relatam sintomas mamários — como nódulos ou alterações na pele — por acreditarem que já não precisam mais se preocupar. Com isso, boa parte dos tumores nessa faixa etária ainda é detectada em estágios mais avançados (Frontiers in Public Health, 2023).

Manter uma rotina de cuidado físico e emocional é essencial. Cuidar do corpo é também cuidar da mente — e reconhecer os sinais do próprio corpo faz parte desse processo. Saiba mais em nosso post sobre saúde mental na terceira idade.

O tratamento deve seguir os mesmos princípios aplicados a mulheres mais jovens, mas levando em conta as condições gerais de saúde, a presença de outras doenças e a autonomia funcional. A avaliação geriátrica deve ser ampla, considerando aspectos físicos, cognitivos, emocionais e sociais antes da definição da melhor conduta.

As cirurgias conservadoras da mama continuam sendo preferenciais sempre que possível. A radioterapia tem bons resultados e poucos efeitos adversos, podendo ser dispensada apenas em casos de limitação física importante.

Os tratamentos medicamentosos exigem maior cautela, já que pessoas idosas apresentam risco aumentado de efeitos colaterais cardíacos e hematológicos. Por isso, a quimioterapia deve ser avaliada individualmente, enquanto o bloqueio hormonal e as terapias-alvo costumam ser bem tolerados e frequentemente utilizados com sucesso.

Em resumo, o tratamento do câncer de mama em mulheres idosas deve seguir as mesmas diretrizes da população geral, com adaptações cuidadosas e personalizadas que respeitem a condição clínica e a qualidade de vida de cada paciente. Para entender mais sobre os processos naturais do envelhecimento, veja também nosso conteúdo sobre senescência e senilidade.

Informações gerais sobre o câncer de mama

O câncer de mama pode ser encontrado através do autoexame (apalpar os seios e mamilos), mamografia e ultrassom de mamas.

Os sinais e sintomas estão diretamente relacionados a doenças benignas da mama, então é necessário procurar auxílio médico para melhor identificar.

O Ministério da Saúde recomenda que, entre os 50 e 69 anos de idade a mamografia seja feita a cada dois anos. No entanto, para mulheres que apresentam alto risco de desenvolver câncer de mama, como histórico familiar e alterações de genes, é aconselhável acompanhamento médico e recomendações individuais.

O INCA afirma que a prevenção total não é possível em função da multiplicidade dos fatores da doença e o fato de alguns não serem modificáveis.

A prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e na estimulação de fatores preventivos – alimentação, nutrição e atividade física – que são responsáveis por reduzir em até 28% o risco de desenvolver a doença.

O controle de peso e prevenção de obesidade, além da redução no consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenir o câncer de mama.

A terapia de reposição hormonal (TRH), quando estritamente necessária, deve ser feita sob rigoroso controle médico e pelo mínimo de tempo necessário.

Câncer de mama em homens idosos

É raro, mas os homens também podem ser acometidos pelo câncer de mama.

Apesar de representar menos de 1% dos casos de câncer no sexo masculino, o surgimento da doença geralmente ocorre em homens entre 60-70 anos.

Por não ser uma situação usual, geralmente é identificado quando os sintomas já estão evoluídos.

O principal sintoma observado em homens é a presença de nódulo duro e indolor atrás da aréola em uma das mamas.

A campanha Outubro Rosa deste ano (2021) está intensificando o alerta para a prevenção do câncer de mama também em homens.

Deixamos aqui o alerta, independentemente de serem homens ou mulheres, toda a população acima dos 40 anos deve fazer o autoexame constantemente e ficar atentos aos sintomas e sinais.

Na presença de qualquer dúvida ou irregularidade, não hesite em procurar um médico.

Atualizado em 6 de outubro de 2025.

O que é senescência

A senescência é o processo natural de envelhecimento. Ela reúne as mudanças fisiológicas que acontecem no organismo ao longo da vida, sem estarem ligadas necessariamente a uma doença.

Entre essas transformações estão:

  • perda progressiva de massa e força muscular,
  • diminuição da capacidade respiratória e cardiovascular,
  • alterações na pele, ossos e articulações,
  • ritmo mais lento em algumas funções cognitivas.

Essas mudanças não são doenças. Fazem parte do ciclo da vida. Isso não significa que doenças não possam surgir na velhice, mas sim que o envelhecimento em si não deve ser confundido com uma condição patológica.

O que é senilidade

A senilidade não é a mesma coisa que a senescência. Enquanto a senescência fala das mudanças naturais do corpo, a senilidade se refere às doenças que podem surgir na velhice.

Alguns exemplos de condições associadas à senilidade:

  • demências – como Alzheimer e outras perdas cognitivas progressivas,
  • fragilidade acentuada – quando a perda de força e autonomia vai além do esperado para a idade,
  • dependência funcional – dificuldade para realizar atividades básicas do dia a dia.

É importante lembrar: a senilidade não é inevitável. Muitas pessoas envelhecem sem desenvolver doenças incapacitantes.

Por outro lado, mesmo quem sempre se cuidou pode enfrentar enfermidades inesperadas. Fatores como genética, ambiente e biologia também influenciam.

Os cuidados com a saúde não eliminam todos os riscos, mas eles aumentam as chances de viver com mais autonomia, qualidade de vida e independência.

Envelhecimento saudável

Mesmo com as mudanças naturais da senescência, é possível viver bem. Um bom envelhecimento não acontece de um dia para o outro: ele é uma construção contínua, feita de hábitos, vínculos e escolhas ao longo da vida.

Alguns pilares importantes para essa construção são:

  • movimento regular – exercícios de força, equilíbrio e caminhadas,
  • alimentação equilibrada – rica em frutas, verduras, proteínas e fibras,
  • relações sociais – manter laços familiares e de amizade,
  • sono adequado – respeitar o descanso e a rotina do corpo,
  • acompanhamento de saúde – consultas preventivas e exames de rotina.

E, assim como acontece com a saúde mental dos idosos, cada passo fortalece a autonomia e o bem-estar.

Mitos e verdades sobre o envelhecimento

Mito 1 – Todo idoso vai desenvolver demência

Verdade: não é bem assim. No Brasil, estima-se que cerca de 8% das pessoas acima de 60 anos tenham algum tipo de demência. Isso significa que mais de 90% dos idosos não têm a condição.

O risco aumenta com a idade, principalmente após os 85 anos, mas ainda assim não é inevitável. Muitos idosos chegam a idades avançadas com cognição preservada.

Mito 2 – Envelhecer significa se tornar frágil

Verdade: o corpo passa por perdas naturais — força, massa muscular e resistência diminuem com o tempo. Isso é senescência, parte do envelhecimento normal.

Mas “fragilidade” no sentido extremo não acontece com todos. Exercícios, boa nutrição e acompanhamento de saúde ajudam a reduzir os impactos e manter autonomia.

Mito 3 – Envelhecer é sinônimo de dependência

Verdade: a dependência pode ocorrer em casos de doenças ou condições específicas, mas não é consequência automática da idade.

Muitos idosos seguem independentes, cuidam de sua própria rotina e até oferecem apoio a outras pessoas.

Como envelhecer bem é uma construção

Enxergar a diferença entre senescência e senilidade ajuda a combater preconceitos e a valorizar o idoso de forma justa. O envelhecer natural não deve ser confundido com doença, mas é preciso reconhecer que, ao longo da vida, podem surgir desafios que exigem atenção.

Um bom envelhecimento não acontece de repente: ele se constrói com escolhas, apoio familiar e acompanhamento de saúde.

Na Mão do Amor, acreditamos que esse caminho pode ser mais leve e seguro quando há quem caminhe junto. Nosso compromisso é apoiar famílias e idosos para que cada etapa da vida seja vivida com autonomia, acolhimento e qualidade.

Atualizado em 18 de setembro de 2025.



Um tema delicado, mas necessário

A esclerose múltipla (EM) é uma doença neurológica crônica, de origem autoimune, que afeta o sistema nervoso central. Estima-se que mais de 40 mil brasileiros convivam com a condição, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), e a cada ano novos diagnósticos são feitos em pessoas entre 20 e 50 anos.

Embora os avanços da medicina tenham possibilitado tratamentos mais eficazes para retardar a progressão da doença, os sintomas ainda representam grandes desafios para o paciente e para a família. Alterações na visão, fadiga intensa, dificuldades motoras e cognitivas exigem adaptações no dia a dia que vão além da parte médica.

Nesse cenário, a pergunta que surge é inevitável: como oferecer o melhor cuidado a quem vive com esclerose múltipla e, ao mesmo tempo, apoiar a família nessa jornada?

Causas e fatores de risco da esclerose múltipla

A esclerose múltipla ainda não tem uma causa única definida. O que se sabe é que ela resulta de uma combinação de fatores que levam o sistema imunológico a atacar a bainha de mielina, a camada protetora dos neurônios. Esse processo gera inflamações e compromete a comunicação entre cérebro, medula espinhal e o resto do corpo.

Entre os fatores que podem estar associados ao desenvolvimento da doença estão:

  • Predisposição genética: pessoas com histórico familiar de esclerose múltipla têm maior risco.
  • Sexo: a doença é mais comum em mulheres.
  • Fatores ambientais: locais com menos exposição ao sol e, consequentemente, menor produção de vitamina D, apresentam maior incidência da doença.
  • Infecções virais: estudos sugerem que algumas infecções anteriores, como pelo vírus Epstein-Barr, podem desencadear respostas autoimunes relacionadas à esclerose múltipla.
  • Estilo de vida: tabagismo e obesidade na juventude também têm sido relacionados a um risco aumentado.

Sintomas mais comuns da esclerose múltipla

A esclerose múltipla pode se manifestar de formas diferentes em cada pessoa, mas alguns sinais são mais frequentes. Entre eles estão:

  • Alterações na visão: visão borrada, dupla ou perda parcial da visão.
  • Fraqueza muscular: dificuldade para levantar objetos ou caminhar.
  • Fadiga intensa: cansaço desproporcional às atividades realizadas.
  • Problemas de equilíbrio e coordenação: tropeços frequentes, instabilidade ao andar.
  • Dormência ou formigamento: principalmente em braços, pernas e face.
  • Alterações cognitivas: dificuldade de concentração, lapsos de memória.
  • Mudanças emocionais: maior predisposição à depressão e ansiedade — tema que já tratamos em detalhes no post sobre saúde mental e prevenção do suicídio em idosos.
  • Alterações na deglutição (disfagia): em alguns casos, a esclerose múltipla pode causar dificuldade para engolir, trazendo riscos de engasgos e desnutrição. Esse é um tema delicado que já abordamos em detalhes no artigo sobre disfagia em idosos.
  • Sinal de Lhermitte: sensação de choque elétrico que percorre a coluna e os membros ao inclinar o pescoço, típico em alguns casos de esclerose múltipla.

Esses sintomas podem surgir em surtos, intercalados por períodos de remissão parcial ou total. Com o tempo, alguns sinais podem se tornar permanentes, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento contínuo.

Avanços da medicina no tratamento da esclerose múltipla

Embora a esclerose múltipla ainda não tenha cura, os avanços da medicina nos últimos anos trouxeram novas perspectivas para quem convive com a doença.

  • Terapias modificadoras da doença (DMTs): medicamentos que reduzem a atividade inflamatória, diminuem a frequência dos surtos e retardam a progressão da esclerose múltipla. Hoje já existem diferentes classes disponíveis no Brasil, indicadas conforme o perfil do paciente.
  • Reabilitação multidisciplinar: fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia e psicoterapia ajudam a preservar a mobilidade, a autonomia e o bem-estar emocional.
  • Novas pesquisas: estudos recentes investigam o uso de células-tronco e terapias biológicas mais específicas, com resultados promissores em fases iniciais.
  • Atenção ao estilo de vida: hábitos como prática de atividade física, alimentação equilibrada e controle do estresse são cada vez mais reconhecidos como aliados no tratamento — assunto que já abordamos em outros conteúdos sobre prevenção e cuidados na terceira idade.

E o futuro?

A busca por uma cura definitiva ainda é um desafio, mas a ciência avança. Pesquisas com células-tronco, novas drogas imunológicas e abordagens personalizadas trazem esperança de tratamentos mais eficazes.
Embora a cura esteja distante, o caminho aponta para um controle cada vez melhor da doença, com mais qualidade de vida e autonomia para os pacientes.

Os desafios para a família no cuidado com a esclerose múltipla

Conviver com a esclerose múltipla vai além da rotina médica. A doença impacta diretamente a vida familiar, exigindo adaptações físicas, emocionais e financeiras.

Entre os principais desafios estão:

  • Sobrecarga emocional: ver um ente querido enfrentar sintomas progressivos pode gerar ansiedade, tristeza e sensação de impotência.
  • Demandas práticas: conforme a doença avança, a pessoa pode precisar de ajuda para atividades simples, como se alimentar, se locomover ou manter a higiene pessoal.
  • Mudanças na rotina: familiares muitas vezes precisam reorganizar agendas de trabalho, compromissos e lazer para dar suporte contínuo.
  • Cuidado prolongado: por ser uma condição crônica, a EM exige atenção de longo prazo, o que pode gerar desgaste físico e mental em quem cuida.

É nesse ponto que a rede de apoio se torna fundamental. O envolvimento de outros familiares, amigos e profissionais de saúde ajuda a dividir responsabilidades e garante que o paciente receba atenção sem que apenas uma pessoa da família fique sobrecarregada.

Cuidar de alguém com esclerose múltipla não é apenas oferecer apoio físico — é também acolher emoções, estimular a autonomia sempre que possível e manter o vínculo afetivo vivo em meio às limitações impostas pela doença.

Apoio profissional para famílias que convivem com a esclerose múltipla

Na Mão do Amor, sabemos que cuidar de alguém com esclerose múltipla é uma tarefa complexa que exige conhecimento, paciência e dedicação.

Nossos cuidadores são preparados para lidar com as limitações físicas e cognitivas da doença, oferecendo:

  • Apoio nas atividades do dia a dia (higiene, alimentação, locomoção).
  • Atenção à segurança, prevenindo quedas e complicações.
  • Companheirismo e estímulo à autonomia dentro do possível.
  • Tranquilidade para a família, que pode se dedicar aos bons momentos sem sobrecarga.

Se você busca ajuda nos cuidados com esclerose múltipla, entre em contato conosco. Estamos prontos para caminhar ao seu lado e tornar essa jornada mais leve, humana e segura.

Atualizado em 8 de setembro de 2025.

À medida que a sociedade evolui e a expectativa de vida aumenta, as questões relacionadas à saúde mental dos idosos tornam-se cada vez mais importantes. Um dos problemas alarmantes que afetam essa população é o suicídio entre idosos. Um tema tabu que é negligenciado, mas que merece nossa atenção, não só durante o Setembro Amarelo, mês dedicado à conscientização sobre a prevenção do suicídio.

A realidade alarmante do suicídio entre idosos no mundo e no Brasil

Dados globais apontam que, em muitos países, as taxas de suicídio são mais altas entre idosos do que em qualquer outra faixa etária.

Nos EUA, por exemplo, os idosos têm a taxa de suicídio mais alta de qualquer grupo demográfico, com cerca de 19,2 por 100.000 pessoas.

No Brasil, embora subnotificado, o problema apresenta-se um pouco menos grave.

Os números no Brasil e a subnotificação

No Brasil, as taxas de suicídio entre idosos têm aumentado nos últimos anos.  Segundo o Ministério da Saúde, a taxa geral de suicídio passou de 5,2 em 2010 para 7,5 em 2021 — um aumento de 42%. O maior salto aconteceu entre 2020 e 2021, quando o crescimento foi de 11,4% em apenas um ano.

Entre os idosos, o risco é ainda mais alto: Homens com 70 anos ou mais: 18,1 por 100 mil. Mulheres idosas: 2,9 por 100 mil. Pesquisas recentes apontam que, enquanto os índices femininos se mantêm estáveis, entre os homens idosos a taxa cresce cerca de 1,8% ao ano.

O suicídio entre idosos ainda é subnotificado no Brasil devido a estigma, falta de conscientização e dificuldades em identificar corretamente as causas de morte, o que sugere que os números reais podem ser ainda mais altos do que os relatados.

Homens idosos têm taxas de suicídio mais altas do que mulheres idosas no Brasil. A faixa etária de maior risco varia, mas há um aumento notável nas taxas a partir dos 70 anos, com 14,8/100.000 homens nessa faixa.

As mulheres, conhecidamente mais cuidadosas com a saúde física e mental, apresentam números muito mais baixos não chegando a 2,6 casos por 100.000 brasileiros.

Fatores de risco

É um equívoco comum pensar que os idosos vivem em tranquilidade. A realidade é que muitos deles enfrentam desafios emocionais imensos, como a solidão após a perda de entes queridos, problemas de saúde debilitantes, falta de perspectiva e solidão.

Depressão e ansiedade: Estudos indicam que a depressão é uma das principais condições associadas ao suicídio entre idosos brasileiros, sendo importante a identificação precoce e o tratamento adequado.

Isolamento social: A solidão e a falta de conexões sociais são preocupantes no Brasil, especialmente para idosos em áreas rurais ou em situações de vulnerabilidade social.

Doenças crônicas: A alta prevalência de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, entre idosos brasileiros pode impactar negativamente a saúde mental.

Acesso a meios letais: O acesso a meios letais, como armas de fogo, pode aumentar a probabilidade de suicídio no Brasil, onde a posse de armas é relativamente comum. Isso é especialmente verdade entre os homens.

Consumo de drogas e álcool: Outro tabu, o abuso de drogas e álcool favorece os números altos, mais uma vez entre os homens.

Sentimentos de falta de propósito: A aposentadoria é um fato que mexe muito com a autoestima de todos nós. Sentimentos errôneos de “falta de utilidade” impactam muito, por isso é muito importante continuar ativo, sendo participando ativamente da vida familiar, praticando um novo hobbie ou melhor ainda, trabalhar voluntariamente em uma atividade que sempre desejou.

Prevenção e conscientização

É essencial abordar o suicídio entre idosos no Brasil de maneira eficaz, levando em consideração esses dados:

Conscientização: Muitas pessoas têm medo de discutir o suicídio devido a estigmas associados à saúde mental. A conscientização envolve desafiar esses estigmas e promover a empatia e a compreensão em relação às pessoas que sofrem.

Educação: Informar as pessoas sobre os fatores de risco, sinais de alerta e como buscar ajuda é crucial. Isso pode ser feito por meio de campanhas educacionais, recursos online, palestras e treinamento de profissionais de saúde.

Identificação precoce: Profissionais de saúde e familiares devem estar atentos a sinais de depressão e outros problemas de saúde mental.

Apoio emocional: Oferecer apoio emocional e social aos idosos no Brasil pode ajudar a reduzir o isolamento e a solidão.

Acesso a cuidados de saúde mental: Garantir que os idosos tenham acesso a tratamento adequado para problemas de saúde mental é fundamental.

Controle de acesso a meios letais: Discussões sobre o controle de armas e medidas de segurança podem ser particularmente relevantes no contexto brasileiro. Pesticidas e controle rígido de medicações são essenciais.

A construção da saúde mental e o suicídio

O suicídio entre idosos no Brasil é uma questão séria e preocupante, como evidenciado pelos números alarmantes de casos e pelo aumento das taxas.

A conscientização contínua sobre o suicídio é fundamental para criar uma sociedade mais compassiva e solidária, onde as pessoas em risco se sintam à vontade para procurar ajuda e onde os estigmas relacionados à saúde mental sejam combatidos. Ao promover um diálogo aberto e fornecer recursos, podemos contribuir para a prevenção do suicídio e o bem-estar emocional de nossa comunidade.

Na Mão do Amor sempre batemos na tecla de que a saúde, seja ela mental ou física, é uma construção que começa na infância. Claro que nunca é tarde para realizarmos mudanças positivas em nossas vidas, por isso expor os sentimentos de angústia e desesperança é algo que deve ser feito sempre, sem tabus e preconceitos.

Por isso, ao perceber ideações suicidas, mesmo que passageiras, leve a sério, converse e se precisar não deixe de ligar para o Centro de Valorização da Vida no telefone 188, disponível 24h. Veja mais informações no site deles. Nenhum problema é tão grande que não possa ser resolvido. Não estamos sozinhos.

Atualizado em 15 de agosto de 2025.


As doenças cardiovasculares em idosos representam um dos maiores desafios de saúde pública. Em 2022, elas foram responsáveis por cerca de 400 mil mortes no Brasil, o equivalente a aproximadamente 30 % de todos os óbitos no país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Embora esse número considere todas as faixas etárias, ele é especialmente preocupante com o avanço da idade, já que essa fase concentra a maior parte dessas mortes devido às mudanças naturais no coração e nos vasos sanguíneos. Cuidar da saúde do coração na terceira idade exige atenção integral, combinando acompanhamento médico especializado e hábitos de vida saudáveis.

O que muda no coração com o envelhecimento

Com o passar dos anos, o coração e os vasos sanguíneos passam por transformações naturais que afetam diretamente a forma como o corpo funciona. Entre as principais mudanças estão:

  • Maior rigidez das paredes do coração: dificulta o enchimento e o bombeamento de sangue, podendo causar falta de ar, fadiga e menor resistência para atividades simples, como subir escadas ou caminhar distâncias curtas.
  • Menor eficiência das válvulas cardíacas: pode levar ao acúmulo de líquido nos pulmões ou nas pernas, causando inchaço e sensação de peso nos membros inferiores.
  • Redução da elasticidade dos vasos sanguíneos: dificulta o fluxo sanguíneo e sobrecarrega o coração, aumentando o risco de pressão alta e tonturas ao mudar de posição rapidamente.
  • Aumento da pressão arterial em repouso: força o coração a trabalhar mais, elevando o risco de hipertrofia cardíaca, dores no peito e até acidentes vasculares cerebrais (AVC).

Essas alterações impactam nossa autonomia e qualidade de vida ao longo da vida, tornando essencial a avaliação periódica e o ajuste de hábitos para minimizar sintomas e prevenir complicações graves.

Doenças mais comuns na terceira idade

Além das alterações naturais do envelhecimento, algumas doenças do coração mais comuns em idosos merecem atenção especial:

  • Hipertensão arterial
    Mais de 60% dos brasileiros com 65 anos ou mais apresentam diagnóstico de hipertensão, de acordo com o Ministério da Saúde. É um dos principais fatores de risco para infarto, AVC e insuficiência cardíaca.
  • Acidente vascular cerebral (AVC)
    A maioria dos casos de AVC ocorre em pessoas acima de 65 anos, segundo dados do Ministério da Saúde. O problema está frequentemente relacionado ao controle inadequado da pressão arterial e a outras condições cardíacas.
  • Doença cardíaca isquêmica
    É a principal causa de morte por doenças cardiovasculares no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Seu risco aumenta significativamente com a idade, especialmente em pessoas com hipertensão, colesterol alto ou diabetes.

Hábitos que fortalecem o coração

A saúde do coração não é resultado de um único cuidado. Ela é uma construção, feita ao longo do tempo, com escolhas que envolvem o corpo, a mente e as relações. Quanto antes essa construção começa, melhor, mas nunca é tarde para iniciar esse processo.

Pensando na saúde como uma construção, alguns pilares merecem atenção especial para que nosso coração se mantenha forte e saudável ao longo da vida. Eles não precisam ser aplicados todos de uma vez, pequenas mudanças já fazem diferença. Essas dicas são essenciais para quem quer saber como prevenir doenças do coração na velhice.

Movimento no dia a dia
Não precisa ser academia ou treino pesado. Caminhar até a padaria, cuidar do jardim, dançar ao som de uma música antiga, varrer a varanda ou subir alguns degraus já ajudam a manter nosso coração ativo e a circulação em dia. E para quem busca formas seguras e eficazes de se movimentar, a fisioterapia para idosos pode ser uma grande aliada na preservação da mobilidade e da independência.

Alimentação que nutre
Frutas, verduras, legumes, grãos integrais e menos sal e gorduras saturadas. Comer bem não é só questão de saúde física, mas também de prazer: cozinhar, experimentar novos sabores, compartilhar uma refeição com alguém querido.

Afeto como remédio invisível
Abraços, conversas, risadas… O contato humano reduz o estresse, libera hormônios do bem-estar e fortalece nosso coração de dentro para fora. O carinho recebido e dado é um dos melhores “tratamentos” para viver mais e melhor.

Autonomia que dá força
Poder fazer escolhas e participar das decisões da própria vida mantém a autoestima e dá mais sentido ao dia a dia. Pequenas ações, como organizar a casa ou planejar uma saída, são exercícios para o corpo e para a alma. Se a rotina estiver mais difícil de administrar, vale considerar apoio profissional, como abordado no post “A volta à rotina dos idosos com o fim das férias: chegou a hora de considerar um cuidador?”.

Vida social ativa
Sair de casa, conhecer pessoas, participar de grupos ou eventos na comunidade são formas de manter nossa mente ativa e nosso coração protegido. As trocas e experiências vividas em cada encontro são estímulos preciosos para a saúde emocional e física, como mostramos no artigo “Por que manter uma vida social ativa faz bem na terceira idade?”.

Alegria e propósito
Ter algo para esperar e viver, como um reencontro, um passeio ou um hobby, ajuda a manter nosso coração mais estável e protegido contra o estresse. Propósito é combustível para o corpo e para a alma.

Manutenção de um peso saudável
Cuidar do peso na terceira idade não é buscar um corpo perfeito. Mudanças físicas são naturais, mas o excesso, especialmente na região abdominal, pode sobrecarregar nosso coração e aumentar o risco de pressão alta, diabetes e colesterol elevado. O objetivo é manter um peso que favoreça a disposição e a saúde cardiovascular, com alimentação equilibrada, atividade física regular e acompanhamento profissional.

Construção diária

A prevenção de problemas cardíacos na fase mais avançada da vida não se mantém sozinha. Ela precisa ser cuidada todos os dias, com atenção às pequenas escolhas que, somadas, fazem grande diferença.

Não importa a idade, sempre é possível começar, e cada passo dado na direção certa traz mais fôlego, energia e autonomia para viver bem.

Cuidar com atenção e carinho

Na Mão do Amor, entendemos que a saúde vai muito além do físico. O cuidado com nosso coração envolve corpo, mente e relações sociais. Nosso compromisso é oferecer apoio integral, estimulando hábitos saudáveis e fortalecendo vínculos que fazem bem para a saúde emocional e física.

E sim: procurar um cardiologista e um geriatra para acompanhamento regular é parte importante desse cuidado, mas eles são apenas alguns dos pilares de uma vida com mais saúde e autonomia.

Manter o coração saudável é resultado de atenção, constância e bons hábitos ao longo do tempo.

Atualizado em 24 de junho de 2025.

Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde dos idosos precisam ser redobrados. A terceira idade é especialmente sensível às quedas de temperatura — o corpo responde de forma diferente, e certos riscos se tornam mais frequentes.

Neste artigo, reunimos orientações importantes para ajudar familiares, cuidadores e os próprios idosos a atravessarem o inverno com segurança e bem-estar.

Por que os idosos sofrem mais no frio?

Com o passar dos anos, o organismo perde parte da capacidade de regular a temperatura corporal, um processo chamado termorregulação. O especialista explica que, enquanto nos mais jovens a temperatura corporal costuma ficar em torno dos 36,5ºC, nos idosos a temperatura em torno de 35,5ºC passa a ser considerada normal. Isso significa que muitos idosos já têm uma temperatura corporal basal naturalmente mais baixa, o que os deixa mais vulneráveis a sensações de frio e à hipotermia.

Outros fatores que influenciam nessa maior sensibilidade são:

  • redução da camada de gordura subcutânea: a gordura atua como isolante térmico, e a perda dessa camada com a idade facilita a perda de calor;
  • diminuição da massa muscular: o músculo produz calor ao se contrair, ajudando a manter a temperatura corporal;
  • alterações no sistema circulatório: o envelhecimento provoca vasoconstrição menos eficiente, dificultando o aquecimento das extremidades;
  • comprometimento do sistema nervoso central: que regula a percepção do frio e o mecanismo de resposta ao frio.

Com o envelhecimento, há também uma diminuição na capacidade do corpo de produzir calor e regular a temperatura corporal, o que aumenta a vulnerabilidade ao frio.

Além desses fatores, condições clínicas comuns na terceira idade, como doenças cardiovasculares, diabetes e problemas respiratórios, podem aumentar ainda mais essa vulnerabilidade.

Doenças reumáticas também podem piorar no frio

Muitos idosos convivem com doenças reumáticas que costumam piorar nos dias frios, como:

  • artrite reumatoide
  • osteoartrite (artrose)
  • fibromialgia
  • lúpus
  • espondilite anquilosante

Isso acontece por vários motivos:

  • O frio leva à contração involuntária dos músculos, o que aumenta a rigidez articular;
  • diminuição da circulação sanguínea nas extremidades, o que acentua a dor;
  • A redução da atividade física durante o inverno também contribui para piorar a mobilidade.

É importante observar sinais como dores mais frequentes, articulações mais “travadas” e dificuldade para iniciar os movimentos ao acordar. Nesses casos, manter o corpo aquecido e com leves movimentos ao longo do dia pode fazer toda a diferença.

Principais riscos do frio para a saúde do idoso

Durante o inverno, alguns cuidados não podem ser deixados de lado. O frio intenso pode desencadear:

  • hipotermia silenciosa – que pode ocorrer mesmo dentro de casa;
  • agravamento de doenças respiratórias, como asma, bronquite e DPOC;
  • aumento do risco de pressão alta, AVC e infartos;
  • quedas, causadas por pisos escorregadios, roupas grossas ou uso incorreto de aquecedores;
  • isolamento social e sintomas depressivos, pois o frio e os dias mais curtos dificultam o contato social e afetam o humor.

Como proteger os idosos no inverno

Algumas medidas simples fazem muita diferença no conforto e na saúde dos idosos durante o frio:

  • aqueça os ambientes, mantendo sempre uma leve circulação de ar;
  • estimule o uso de roupas em camadas, que aquecem melhor que peças únicas e pesadas;
  • incentive o consumo de alimentos e bebidas quentes;
  • observe mãos, pés e nariz gelados, confusão mental ou desânimo — podem ser sinais de alerta;
  • evite banhos muito quentes e longos, que podem causar queda de pressão e tontura.

O papel do cuidador nos dias frios

Durante o inverno, o apoio de um cuidador capacitado faz toda a diferença. Ele não apenas auxilia nas tarefas diárias, como também observa sinais sutis de desconforto, ajusta roupas e cobertores, monitora a temperatura dos ambientes e garante que a alimentação e a hidratação estejam adequadas.

Na Mão do Amor, nossos cuidadores são treinados para lidar com as particularidades de cada idoso, promovendo segurança, acolhimento e bem-estar durante todas as estações do ano.

Conclusão

O frio pode trazer riscos, mas com os cuidados certos, é possível atravessar essa estação com tranquilidade. Atenção, carinho e apoio profissional são fundamentais para proteger quem tanto já cuidou da gente.

Se você precisa de apoio para cuidar de alguém especial, a Mão do Amor está aqui para ajudar.

Atualizado em 17 de maio de 2025.

A visão sofre mudanças naturais com o passar dos anos. A partir dos 60 anos, o cristalino dos olhos fica mais rígido e opaco, a pupila diminui e a retina recebe menos luz, o que reduz a nitidez, o contraste e aumenta a sensibilidade ao brilho. Essas alterações afetam a todos nós, impactando a autonomia e a segurança no dia a dia.

Mais de 70% das pessoas acima dos 60 anos apresentam algum tipo de alteração visual, desde a dificuldade para enxergar de perto até doenças comuns como catarata, degeneração macular e glaucoma. Essas condições podem prejudicar significativamente a qualidade de vida se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo.

Mudanças comuns na visão após os 60 anos

Mesmo em pessoas saudáveis, algumas alterações são esperadas com o envelhecimento. Entre as mais frequentes, estão:

  • Dificuldade para enxergar de perto (presbiopia);
  • Maior sensibilidade à luz;
  • Visão mais embaçada, especialmente à noite;
  • Olhos mais secos; Diminuição da nitidez e do contraste das cores.

Essas mudanças podem parecer pequenas no início, mas merecem atenção. Quando o idoso passa a forçar a vista, tropeçar com frequência ou evitar atividades como leitura e TV, é hora de investigar.

As doenças oculares mais comuns na terceira idade

Presbiopia

É a dificuldade para enxergar de perto, causada pela perda de flexibilidade do cristalino, algo que acontece com o envelhecimento. Costuma aparecer a partir dos 40 anos, mas se acentua após os 60. Tratamento: uso de óculos com lentes específicas para leitura ou multifocais. Não é uma doença grave, mas interfere bastante na rotina.

Catarata

A lente natural do olho se torna opaca, deixando a visão turva. É a principal causa de cegueira reversível no mundo. Tratamento: cirurgia segura e eficaz, especialmente quando realizada precocemente.

Glaucoma

Doença silenciosa que aumenta a pressão intraocular e pode levar à perda irreversível da visão periférica. Tratamento: controle com colírios, laser ou cirurgia. A prevenção depende de exames oftalmológicos regulares.

Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)

Afeta a parte central da retina, prejudicando leitura, escrita e reconhecimento de rostos. Tratamento: pode incluir medicamentos, suplementação e acompanhamento contínuo.

Retinopatia Diabética

Ocorre em pessoas com diabetes e afeta os vasos sanguíneos da retina. Tratamento: exige controle glicêmico rigoroso, laser e, em alguns casos, cirurgia.

Atenção aos sinais: quando a visão pode estar comprometida

A equipe da Mão do Amor é treinada para observar sinais comportamentais que podem indicar comprometimento visual, como:

  • Queixas de visão turva, dupla ou distorcida;
  • Dificuldade para se orientar em ambientes com pouca luz;
  • Tropeços ou quedas frequentes;
  • Menor interesse por leitura, artesanato ou TV.

Mesmo sinais sutis podem indicar que algo não vai bem. Identificá-los cedo é essencial para evitar complicações e preservar a independência.

Quedas na terceira idade: o elo entre visão e segurança

As alterações visuais são um dos fatores que aumentam o risco de quedas em pessoas idosas. Com o avanço da idade, é comum haver perda de acuidade visual, percepção de profundidade e adaptação à luz — elementos que comprometem a mobilidade e a segurança.

Quedas podem causar fraturas, internações prolongadas e perda de autonomia. Por isso, é fundamental adotar medidas simples e eficazes de prevenção no dia a dia, como:

  • Manter os ambientes bem iluminados, especialmente à noite;
  • Retirar obstáculos do caminho, como tapetes soltos e móveis mal posicionados;
  • Observar sinais de dificuldade ao caminhar ou se levantar;
  • Oferecer apoio em escadas, calçadas irregulares ou locais com risco de escorregões;
  • Comunicar profissionais de saúde diante de qualquer alteração na mobilidade ou no equilíbrio.

A atenção constante ao ambiente e ao comportamento do idoso faz toda a diferença na prevenção de acidentes.

Dicas para preservar a saúde dos olhos

  • Faça consultas oftalmológicas anuais;
  • Use óculos com grau atualizado e proteção UV;
  • Prefira ambientes bem iluminados; Mantenha uma alimentação rica em vitaminas A, C e E;
  • Controle doenças como diabetes e hipertensão;
  • Evite exposição prolongada à luz solar intensa.

Cuidar da visão é cuidar da vida

A boa visão é um dos pilares da qualidade de vida na terceira idade. Ela permite autonomia, favorece a socialização e previne acidentes. Na Mão do Amor, acompanhamos essas transformações com responsabilidade, acolhimento e atenção ao que cada idoso precisa. Se você percebeu mudanças na visão de quem você ama, fale com a gente. Estamos aqui para ajudar.

Atualizado em 22 de abril de 2025.

Dormir bem é essencial em todas as fases da vida — mas, na terceira idade, o sono passa por mudanças naturais que podem causar estranhamento ou até preocupações. Se você ou alguém que você cuida está dormindo menos ou acordando mais vezes à noite, saiba que isso é comum e, muitas vezes, faz parte do processo natural de envelhecimento.

Neste post, vamos entender o que muda no sono com o passar dos anos, quais sinais merecem atenção e, principalmente, como melhorar a qualidade do descanso na terceira idade.

O que muda no sono com o envelhecimento?

Com o avanço da idade, o organismo sofre diversas transformações que afetam diretamente o sono. As principais mudanças são:

  • Diminuição da produção de melatonina, o hormônio do sono, que faz com que o corpo demore mais a “pegar no sono”.
  • Sono mais leve e fragmentado, com maior número de despertares durante a noite.
  • Maior sonolência durante o dia, o que pode levar a cochilos mais frequentes.

Alterações no ritmo circadiano

Um dos fatores mais impactados é o ritmo circadiano, também conhecido como o “relógio biológico” do corpo. Esse ritmo é responsável por regular nossos ciclos de sono e vigília, além de outras funções como a liberação de hormônios, temperatura corporal e metabolismo.

Na terceira idade, o ritmo circadiano tende a adiantar-se — ou seja, o corpo começa a liberar sinais de sono mais cedo, fazendo com que o idoso:

  • Comece a sentir sono no fim da tarde ou no início da noite;
  • Durma mais cedo do que costumava;
  • Acorde nas primeiras horas da manhã, muitas vezes por volta das 4h ou 5h, mesmo sem dormir o suficiente.

Esse fenômeno é chamado de adiantamento de fase do sono e pode afetar a qualidade de vida, especialmente se o idoso deseja participar de jantares ou eventos à noite. Além disso, como o sono fica mais superficial, qualquer barulho, luz ou desconforto pode causar despertares frequentes durante a madrugada.

Problemas de sono comuns na terceira idade

Alguns distúrbios do sono são mais frequentes na terceira idade e podem comprometer a qualidade de vida e o bem-estar. Conhecer esses problemas é o primeiro passo para buscar soluções adequadas. Abaixo, listamos os mais comuns:

Insônia na terceira idade

A insônia é a dificuldade para iniciar ou manter o sono, ou ainda o despertar precoce — quando a pessoa acorda muito antes do horário desejado e não consegue voltar a dormir. Na terceira idade, isso pode estar relacionado à ansiedade, à solidão, a preocupações com a saúde ou mesmo à falta de rotina.

Sinais de alerta:

  • Leva mais de 30 minutos para adormecer
  • Acorda várias vezes durante a noite
  • Sente-se cansado mesmo após dormir

Sonolência excessiva durante o dia

É comum o idoso sentir mais sono ao longo do dia, especialmente após noites mal dormidas. Embora um cochilo breve possa ser benéfico, sonolência constante e excessiva pode indicar que o sono noturno não está sendo restaurador ou pode haver algum distúrbio não diagnosticado.

Consequências:

  • Quedas
  • Redução da atenção e memória
  • Irritabilidade

Apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio caracterizado por interrupções repetidas da respiração durante o sono, geralmente acompanhadas por roncos altos, engasgos ou pausas silenciosas. A falta de oxigenação adequada pode provocar cansaço, dores de cabeça pela manhã e até problemas cardiovasculares.

Fique atento a:

  • Roncos intensos
  • Pausas na respiração observadas por outra pessoa
  • Cansaço mesmo após muitas horas de sono

Síndrome das Pernas Inquietas

Esse distúrbio neurológico causa uma vontade incontrolável de mover as pernas, geralmente à noite, acompanhada de sensação de formigamento ou desconforto. Isso atrapalha o início do sono e prejudica a qualidade do descanso.

Sintomas comuns:

  • Sensação de “comichão”, queimação ou desconforto nas pernas
  • Alívio temporário ao mover as pernas
  • Dificuldade para permanecer deitado

Ansiedade e depressão

Essas condições emocionais são comuns na terceira idade e frequentemente afetam o sono. A pessoa pode ter pensamentos repetitivos, preocupações excessivas, tristeza profunda ou falta de vontade de se levantar. Muitas vezes, o sono é interrompido ou irregular.

Sinais importantes:

  • Dificuldade para adormecer ou dormir direto
  • Mudanças de humor frequentes
  • Apatia ou irritação durante o dia

Uso de medicamentos

Vários medicamentos usados com frequência na terceira idade podem interferir no sono — seja causando insônia, sonolência diurna, ou sonhos vívidos e agitados. Isso inclui remédios para pressão alta, doenças cardíacas, depressão, dor e até alguns suplementos.

Dica importante: Sempre converse com o médico sobre os efeitos colaterais dos medicamentos e nunca suspenda o uso por conta própria.

O papel do cuidador na manutenção do sono do idoso

O cuidador de idosos tem um papel essencial na promoção do sono saudável, tanto para idosos independentes quanto para aqueles com maior grau de dependência. Veja como o cuidador pode ajudar:

  • Estabelecendo rotinas regulares de sono e atividades diurnas, o que ajuda a manter o ritmo do corpo.
  • Observando comportamentos durante a noite, como agitação, roncos, episódios de confusão ou sono fragmentado — e comunicando à família ou equipe médica.
  • Criando um ambiente tranquilo e acolhedor no quarto, com temperatura agradável, pouca luz e ausência de ruídos.
  • Evitando estímulos antes de dormir, como televisão ligada, conversas agitadas ou uso de telas.
  • Apoiando na higiene do sono, lembrando de tomar os remédios no horário correto e promovendo atividades relaxantes no fim da tarde.
  • Incentivando a exposição ao sol e a prática de atividades leves durante o dia, fundamentais para regular o ritmo circadiano.

Um cuidador atento pode identificar precocemente alterações no padrão de sono que indicam algo mais sério, além de ser uma presença tranquilizadora que transmite segurança ao idoso.

Como melhorar o sono na terceira idade?

Além da ajuda do cuidador, algumas mudanças de rotina e hábitos saudáveis podem melhorar bastante a qualidade do sono. Veja dicas práticas:

Mantenha uma rotina regular
Procure dormir e acordar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos finais de semana.

Exponha-se à luz natural pela manhã
Tomar sol ajuda a regular o ritmo circadiano e favorece a produção de melatonina à noite.

Pratique atividades relaxantes no fim da tarde
Alongamentos leves, leitura, música suave ou meditação ajudam o corpo a se preparar para o sono.

Evite estimulantes no fim do dia
Reduza o consumo de café, refrigerantes, chás escuros e chocolate no período da noite.

Reduza a exposição às telas à noite
A luz azul dos aparelhos eletrônicos interfere na produção de melatonina.

Cuide do ambiente do quarto
Silêncio, escuridão, boa ventilação e cama confortável são fundamentais para o descanso.

Quando procurar ajuda?

Se mesmo com cuidados e mudanças de rotina o sono continua ruim, é importante conversar com um profissional de saúde. O acompanhamento com um geriatra ou especialista em sono pode identificar distúrbios e indicar tratamentos adequados.

Cuidadores e familiares devem estar atentos a sinais como:

  • Sonolência excessiva durante o dia
  • Irritabilidade ou confusão ao acordar
  • Roncos altos ou pausas na respiração
  • Mudanças bruscas de comportamento

Dormir bem é viver melhor!

Dormir bem é um dos pilares do envelhecimento saudável. E nesse processo, o cuidador é um grande aliado, promovendo rotinas, observando sinais e oferecendo conforto físico e emocional ao idoso.

Mais do que a quantidade de horas, o que realmente importa é a qualidade do sono — e ela pode ser conquistada com atenção, carinho e os cuidados certos.

Sua família precisa de apoio profissional? Nossa equipe de cuidadores está preparada para oferecer atenção integral, inclusive durante a noite, garantindo o descanso seguro e tranquilo.