Atualizado em 28 de julho de 2022.

Interação medicamentosa é um evento clínico que caracteriza-se pela interferência de um medicamento, alimento ou droga na absorção, ação ou eliminação de outro medicamento. Ou seja, a depender do medicamento, caso seja ingerido junto com um ou mais desses itens, é possível que a sua reação não obtenha os resultados esperados.

Os efeitos adversos são indesejáveis, desconfortáveis e perigosos, já que podem causar um quadro de internação e até mesmo óbito. Os sintomas mais comuns são reações alérgicas, sedação excessiva, confusão, alucinação, queda e sangramento.

Os tipos de interações medicamentosas

Medicamento-Medicamento

Problemas relacionados aos fármacos são comuns e incluem ineficácia, efeitos adversos, superdosagem e subdosagem, quando interagem entre si.

A maioria dos eventos mais graves envolvem 4 fármacos ou classes destes fármacos: varfarina, insulina, antiplaquetários orais e hipoglicemiantes orais. A incidência também é comum em medicamentos de uso psiquiátrico, como antipsicóticos, antidepressivos e sedativos hipnóticos.

Medicamento-Alimento

Até mesmo os alimentos podem interferir na ação de um medicamento. Isso porque os alimentos afetam diretamente no funcionamento do sistema digestório, que levam à alterações na secreção biliar e enzimática. Também interferem no tempo de absorção do medicamento, no esvaziamento gástrico, no ciclo intestinal e no fluxo sanguíneo, levando à falha no tratamento ou a um elevado risco de efeitos colaterais.

Como exemplos, leite e seus derivados, alguns tipos de chás e ervas, sal, cafeína, frutas cítricas, em especial, a toranja, que inibe o metabolismo do CYP3A, uma importante enzima presente no intestino e fígado.

Medicamento-Drogas

Drogas ilícitas, cigarros e bebidas alcoólicas são substâncias que, sozinhas, já trazem malefícios enormes aos sistemas orgânicos. Ao serem associadas com outros medicamentos, os riscos ficam ainda mais potencializados.

Interação medicamentosa em idosos

Os efeitos adversos da interação medicamentosa podem ocorrer em qualquer paciente, mas certas características dos idosos os tornam mais suscetíveis, como o uso regular de muitos fármacos, além da saúde mais frágil e a maior dificuldade em manter a homeostase.

As razões também envolvem a comunicação inadequada do paciente com os profissionais da área de saúde, particularmente nas transições de cuidados à saúde.

Um determinado fármaco administrado para tratar certa doença pode exacerbar outra doença, independentemente da idade do paciente, mas tais interações devem ser especialmente consideradas nos idosos. A distinção, muitas vezes sutil, entre os efeitos adversos dos fármacos e os da doença é difícil de ser identificada e pode levar a uma “cascata de prescrições”.

A cascata de prescrição ocorre quando o efeito adverso de determinado fármaco é interpretado de maneira equivocada como um sintoma ou sinal de um novo distúrbio, e se prescreve um novo fármaco para seu tratamento. O novo (e desnecessário) fármaco pode causar efeitos adversos adicionais, que podem ainda ser novamente interpretados de maneira equivocada como outro distúrbio, sendo tratado desnecessariamente, e assim sucessivamente.

Vários medicamentos têm efeitos adversos que lembram os sintomas de doenças comuns em idosos ou alterações causadas pelo envelhecimento.

Também é comum que idosos façam uso de ervas medicinais, suplementos dietéticos, drogas, mas não relatam o fato aos seus provedores de cuidados de saúde.

As drogas lícitas e ilícitas e algumas ervas medicinais podem interagir com os fármacos prescritos e provocar efeitos adversos. Portanto, os médicos devem questionar os pacientes especificamente sobre os suplementos alimentares, inclusive as ervas medicinais e suplementos vitamínicos.

Monitoramento inadequado

A maioria dos casos de interação medicamentosa ocorrem devido à falta de monitoramento do uso dos fármacos. Muitas vezes, o paciente é assistido por especialidades médicas diferentes, que podem prescrever suas receitas sem ter conhecimento das medicações que o paciente já faz uso.

Alguns cuidados podem evitar este tipo de ocorrência:

  • Documentar a receita médica para cada fármaco receitado;
  • Manter uma lista atualizada de fármacos usados para cada paciente;
  • Monitorar o resultado dos objetivos terapêuticos e outras respostas aos novos fármacos;
  • Monitorar as necessidades de exames laboratoriais para a eficácia ou efeitos adversos;
  • Revisar periodicamente as necessidades de uso contínuo.

Tais medidas são especialmente importantes para os pacientes idosos. A falta de monitoramento eficaz, especialmente após a prescrição de novos fármacos aumenta o risco de efeitos adversos e a ineficácia do fármaco.

Se possível, centralize as informações em um médico de confiança que possa compartilhar as informações e fazer a ponte com os outros profissionais envolvidos.

O Brasil é conhecidamente um dos países mais adeptos da automedicação no mundo

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses.

O ato de se automedicar pode provocar consequências graves, como causar interações medicamentosas, reações alérgicas, dependência e até mesmo o óbito. Muitas vezes, a automedicação camufla o estado do paciente e cria uma falsa ideia de alívio do sintoma, o que dificulta o diagnóstico correto de alguma outra patologia.

No caso dos idosos, a atenção deve ser redobrada, já que suas funções vitais costumam ser mais frágeis com relação a uma pessoa jovem. Entre os principais riscos da automedicação em idosos, estão:

  • Diminuição da função do fígado e dos rins, que são órgãos fundamentais no metabolismo e na eliminação das substâncias;
  • Interferência no tratamento de doenças crônicas, anulando ou até aumentando o efeito dos medicamentos utilizados;
  • Aumento de problemas mais sérios e recorrentes, como arritmia cardíaca, provocando as famosas quedas;
  • Redução do fluxo de sangue e aumento da pressão;
  • Redução da absorção de substâncias como cálcio e ferro essenciais nesta fase;
  • Dependência química do fármaco.

Também é importante ficar atento se o idoso está se automedicando de forma consciente ou não. Muitas vezes, eles podem confundir a dosagem e até mesmo a finalidade de cada fármaco. Caso esta situação seja confirmada, é importante ter uma pessoa responsável para administrar a rotina medicamentosa.

Dicas para evitar a interação medicamentosa

O uso de medicamentos associados merece atenção. Fique atento a estas dicas:

  • Um fármaco é considerado inadequado quando o potencial de dano é maior que o de benefício;
  • Muitos fármacos são mantidos erroneamente em uso contínuo, mesmo depois da resolução da condição aguda. Após o período de tratamento, suspenda o uso;
  • Algumas classes de fármacos são de especial preocupação em idosos. Alguns são tão problemáticos que devem ser evitados em qualquer circunstância;
  • O caso realmente exige tratamento medicamentoso? Alguns fármacos frequentemente prescritos para sintomas leves (como analgésicos, hipnóticos ou laxantes) podem ser resolvidos com tratamentos não farmacológicos, como alimentos e tratamentos terapêuticos;
  • Diga não à automedicação. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como intoxicação, reações alérgicas, dependência e até óbito.

Soluções

A solução para o uso inadequado de medicamentos requer mais do que só fazer uso de poucos remédios e ter atenção às categorias de fármacos preocupantes.

É preciso avaliar regularmente o tratamento farmacológico como um todo para determinar a necessidade de se continuar um determinado fármaco, bem como o potencial benéfico em relação aos danos.

A eficácia também é comprometida pela adesão do paciente idoso ao tratamento. Muitos não fazem uso dos fármacos indicados, seja por negligência ou inacessibilidade aos medicamentos, podendo interferir na ação do medicamento que está em uso regular.

Eles também podem se confundir com as dosagens, frequências, ou não saber diferenciar os medicamentos que tenham em posse.

É sempre importante manter uma comunicação honesta com toda a equipe médica e multidisciplinar, informando sua rotina alimentar, se faz uso de alguma droga, incluindo o consumo, a quantidade e a frequência do uso de remédios.E, no caso de idosos, é sempre importante o acompanhamento de um cuidador, seja familiar ou profissional, para ministrar adequadamente o uso dos medicamentos.

Atualizado em 23 de junho de 2022.

A vaidade é um autocuidado em qualquer fase da vida. Afinal, quem não gosta de se sentir bem com a própria aparência?

Significa estar bem consigo, com o corpo e a aparência. É valorizar as qualidades físicas que o indivíduo tem e ainda ter alguns cuidados que não são visíveis aos olhos, mas que causam bem-estar físico e emocional.

Muitas vezes a palavra vaidade tem uma conotação negativa, podendo até estar associada à futilidade. Porém, neste artigo vamos mostrar a importância de valorizar e incentivar a vaidade no público idoso, como um aspecto positivo.

Ao mesmo tempo que a terceira idade está mais vaidosa, acompanhando o aumento da expectativa de vida, a preocupação com ela também tende a cair, o que ocorre devido às mudanças sociais e fisiológicas pelas quais os idosos passam durante o processo de envelhecimento.

Dessa forma é importante ficar atento a essa queda, pois a vaidade e autoestima baixas podem provocar problemas como isolamento, depressão e ansiedade, comprometendo a vida social e a saúde dos idosos.

Impactos emocionais

Impacto emocional nos idosos

Encontrar satisfação ao encarar o espelho pode ser um desafio em qualquer idade, mas com o passar do tempo, os pequenos cuidados com a aparência ganham outros significados.

Mulheres estão mais associadas às questões relacionadas à aparência, mas os homens também podem ser igualmente impactados.

Envelhecer traz notáveis alterações físicas. Este processo vai muito além de ganhar rugas e cabelos brancos, que podem facilmente ser “disfarçados”. Inclui também ter queda de cabelos, mudanças na estrutura da pele e unhas, dentição, e até mesmo o cheiro da pessoa passa por alterações.

Estes são só alguns exemplos de situações que trazem impactos emocionais gradativos, já que entender que o corpo passa por mudanças irreversíveis pode abalar seriamente o psicológico de uma pessoa.

Começam apenas com um incômodo visual, depois passam a se sentir menos atrativos aos olhos dos outros. Em consequência, passam a ter vergonha de sua aparência e começam a evitar exposições. Assim, passam a se isolar em casa, com vergonha de todos e com a autoconfiança totalmente abalada.

Trabalhar a vaidade, a estética e a higiene é fundamental para a saúde dos idosos porque têm ligação direta com a saúde do corpo e da mente. Ao cuidar-se, a pessoa sente que faz parte do mundo e fica de bem com ela mesma.

Quando a pessoa não quer se cuidar ligue um alerta, pois pode ser indício de um sintoma de depressão.

Além de elevar a autoestima, os cuidados pessoais trazem outros benefícios, como a socialização. Quando vai a um salão de beleza, a pessoa idosa tem contato com outras pessoas e se sente bem para interagir com elas, nem que seja para trocar dicas de beleza. Ela também terá mais disposição para sair de casa, dar uma caminhada e “desfilar” com o visual.

A vaidade é bem-estar. Incentive!

Vaidade não está só associada à saúde mental, mas também à saúde física, já que muitas alterações trazem desconforto ao corpo.

Especialistas afirmam que a vaidade é tão importante para a saúde na terceira idade quanto exames periódicos e exercícios físicos. Cuidar-se significa resguardar a própria dignidade, uma forma de manter a qualidade de vida.

A vaidade em idosos deve ser incentivada, principalmente naqueles estágios em que a pessoa já não está se importando com alguns tipos de cuidados.

Seguem algumas dicas importantes que trazem conforto, e devem ser vistas com atenção por pessoas que assistem idosos, já que são eles que muitas vezes precisam executar ou contratar um serviço especializado.

Dentição

É comum que pessoas acima dos 35 anos de idade já comecem a apresentar perda de dentição. Tanto que raramente chega-se até a fase idosa com todos os dentes naturais.

São muitos os fatores que levam à perda dentária nessa fase da vida, sendo cárie e problemas da gengiva as principais razões. E, na terceira idade, a capacidade de higienização diminui por falta de destreza manual, de estímulo e até mesmo por preguiça.

Problemas bucais causam dor, desconforto e mau hálito. Além de trazer mudanças comportamentais, pois muitas vezes a pessoa deixa de sorrir ou falar com vergonha da aparência ou do odor.

É necessário cuidados diários, com uma correta escovação e uso de fio dental. Atenção especial com próteses, que devem ser bem higienizadas e possuírem bom encaixe, pois próteses desajustadas trazem desconforto e podem causar lesões graves na boca.

Consultas anuais ao dentista também se fazem necessárias.

Em algumas cidades, como São José do Rio Preto, é possível encontrar dentistas que atendam em domicílio, facilitando o tratamento para idosos.

Como dizem, o sorriso é nosso cartão de visitas e é fator essencial para a autoestima.

Cabelos

O cabelo é um dos principais símbolos da vaidade, especialmente em mulheres.

Cabelos brancos talvez seja o menor dos impactos. Culturalmente, homens costumam se orgulhar de seus fios grisalhos. Já as mulheres, podem disfarçá-los com tintura ou mesmo assumi-los, como tem sido cada vez mais comum.

Mais do que a cor dos cabelos, as alterações acontecem também no couro cabeludo, resultando na perda do volume e da espessura dos cabelos. Isso não se restringe apenas aos homens que possuem a genética da calvície. Naturalmente, os cabelos ficam mais ralos e facilmente enxergamos o couro cabeludo. Felizmente, existem tratamentos eficientes contra alguns tipos de calvície hoje em dia.

O importante é estar com os cabelos sempre limpos, perfumados, bem aparados, com um corte que agrade a pessoa, para que ela se sinta bem confiante com seu visual.

Pele

As alterações na pele vão além das rugas, como a desidratação natural e a perda na produção de oleosidade e colágeno, que restaura e renova a pele. (leia matéria completa no artigo Cuidados diários para a hidratação da pele dos idosos)

Cuidados básicos de hidratação da pele e lábios, através da ingestão de água e uso de cosméticos hidratantes são importantes para evitar ressecamentos e o aspecto áspero. Certifique-se que a pele do idoso esteja limpa e perfumada, pois trazem conforto e bem-estar.

No caso das mulheres, a grande maioria fez uso de maquiagens no decorrer da vida. Incentive para que esta prática seja mantida, já que valorizam os traços da pessoa, fazendo com que se sintam mais bonitas, atraentes e confiantes.

Fique atento à necessidade de remoção de nevos (pintas), que podem crescer de forma desordenada, trazendo incômodo físico e visual, principalmente se elas estiverem em áreas expostas, como o rosto e colo.

Lembre-se: As pintas devem sempre ser acompanhadas, já que podem ser sinal de problemas maiores, como câncer de pele.

Unhas

Vaidade dos idosos

Unhas bem-feitas, devidamente pintadas com esmalte, sempre foram um símbolo da vaidade. Mulheres tendem a se orgulhar de suas mãos e pés bonitos, cheios de feminilidade. Tanto que muitas associam a ida à manicure como uma terapia, já que é um momento que ela tira para si, para cuidar e valorizar a sua aparência.

Além do visual, existe a ótima sensação de retirar a pele morta, que se instala nas cutículas e constantemente gera desconforto. Um sentimento de leveza e limpeza.

Com o passar dos anos, a estrutura química que as compõem sofre uma série de modificações decorrentes da perda de gordura, água e nutrientes, deixando as unhas desidratadas, quebradiças e mais finas.

Também é comum as unhas ficarem mais grossas e espessas, com um aspecto semelhante a uma garra, devido a um crescimento desordenado da unha e, no caso dos pés, devido ao trauma decorrente de muitos anos usando calçados.

Portanto, os cuidados com as unhas das mãos e dos pés dos idosos merecem atenção especial. Isso vale tanto para os homens como para as mulheres.

Unhas grandes e sujas podem causar vários transtornos aos idosos, como ferir a frágil pele por meio de cortes ou transmitir-lhes doenças via bactérias acumuladas sob as unhas.

Mantê-las sempre aparadas e limpas evitam possíveis aborrecimentos e valorizam a autoimagem.

Roupas

As vestimentas são uma extensão de nossos corpos. E, os idosos, são pessoas ativas que querem ser vistas, notadas e ter seu lugar na vivência social. Isso inclui se vestir bem, continuar tendo um estilo próprio e ter sua identidade.

Importante que as roupas sempre estejam limpas e passadas, para causar a sensação de asseio e cuidados com a aparência.

É importante que eles se sintam bem com o que estão vestindo, incentive-os a usar suas peças favoritas e oriente em relação ao clima, para evitar que passem frio ou calor.

Se possível, compre roupas novas. Afinal, quem não gosta de estrear uma peça nova?

Estética em domícilio

Alguns cuidados com a vaidade são simples e podem ser executados pelos próprios idosos ou pelas pessoas que os assistem, como um cabelo bem penteado, unhas cortadas e limpas, ou até uma maquiagem.

Porém, alguns serviços podem, ou devem, ser executados por profissionais, como é o caso de dentistas.

É comum que idosos deixem de cuidar da aparência por motivos maiores, como a mobilidade reduzida, depressão, até mesmo desconforto de sair em público. São diversos motivos impeditivos que podem dificultar a ida aos estabelecimentos físicos.

Hoje em dia, é comum encontrar empresas e profissionais que atendem em domicílio. Esta modalidade traz conforto e praticidade para todos os envolvidos.

Confira alguns serviços que podem ser disponibilizados na casa do cliente:

  • Cabeleireiro
  • Manicure e podologia
  • Estética facial e corporal
  • Massagem
  • Fisioterapia
  • Dentistas

Sim, a velhice traz marcas visíveis aos olhos. Mas as mudanças em nossos corpos são inevitáveis e precisamos saber lidar da melhor forma, reduzindo qualquer impacto emocional que ela proporciona.

O importante é darmos incentivo e ferramentas para que o idoso queira se cuidar e para que ele continue se valorizando em qualquer fase da vida, mesmo sem sair de casa.

Atualizado em 3 de fevereiro de 2022.

O verão é a época das altas temperaturas e os termômetros chegam, facilmente, a 40°C. Aqui no Brasil, a estação mais quente do ano ocorre entre os meses de janeiro, fevereiro e março.

Todos estamos sujeitos aos efeitos causados pelo calor excessivo, como mal-estar e desidratação. Porém, devido a alguns fatores fisiológicos, os idosos são muito mais sensíveis ao clima quente.

É muito importante ficar atento aos idosos nesta estação, já que algumas situações acontecem com maior incidência.

Neste artigo vamos abordar os problemas mais comuns e as formas para evitá-los, confira os destaques:

  1. Desidratação
  2. Hipertermia
  3. Insolação e Câncer de Pele
  4. Intoxicação Alimentar
  5. Dengue
  6. Olhar Atento na Rotina

Desidratação

A quantidade de água no corpo humano diminui naturalmente com a evolução do processo de envelhecimento, e desta forma, diminuem também a sensação de sede e a capacidade de transpiração.

Como não têm tanta sede, é comum os idosos não ingerirem a quantidade ideal de água, que é de 2 litros por dia.

Sinais da Desidratação

  • Diminuição da quantidade de urina;
  • Urina com coloração escura e odor forte;
  • Alterações de comportamento (apatia, agitação ou confusão mental);
  • Dor de cabeça;
  • Tonturas, fadiga e mal-estar.

O corpo desidratado traz também a perda de sais minerais, essenciais para o equilíbrio do organismo. Por isso, é importante não só beber líquidos, mas também consumir legumes, frutas e verduras para repor os elementos perdidos na transpiração.

E lembre-se: exposição excessiva ao sol também pode levar à desidratação.

Hipertermia

A hipertermia pode ter diferentes causas, sendo a mais comum a exposição ao calor excessivo.

Como o idoso tem menor quantidade de glândulas sudoríparas, é comum que aconteçam alterações na termorregulação corporal.

Sintomas da Hipertermia

  • Contraturas musculares;
  • Náuseas e vômitos;
  • Dor de cabeça;
  • Fraqueza e tonturas;
  • Convulsões.

Contra a hipertermia, é importante tomar muita água e líquidos, ter alimentação leve e ficar em ambientes frescos e arejados. Em dias quentes, evite exposição ao sol das 9h30 às 16h30.

Insolação e Câncer de Pele

São doenças de pele de diferentes gravidades, porém diretamente associadas à exposição excessiva e desprotegida ao sol.

No decorrer da vida, a pele acumula um histórico de exposição aos raios ultravioletas. E sabemos que no verão esta exposição é muito mais intensa.

Embora esses problemas de saúde possam afetar qualquer pessoa, há grupos mais propensos ao surgimento, caso dos idosos, que possuem uma pele mais fina, desidratada e muito delicada.

Especialmente no verão, o uso de protetor solar se faz muito necessário. Prefira FPS (Fator de Proteção Solar) acima de 50 e reaplique diversas vezes durante o dia.

Mantenha a pele do idoso sempre hidratada, já que eles possuem a pele mais seca. De preferência com cosméticos neutros.

Use chapéus e bonés quando houver exposição ao sol.

Intoxicação Alimentar

A principal causa do aumento de intoxicação alimentar no verão são as altas temperaturas da estação que podem comprometer a conservação de alimentos e favorecer a proliferação dos micro-organismos nocivos à saúde, entre eles bactérias (salmonela e estafilococos) e vírus (rotavírus).

Os sintomas da intoxicação alimentar são vômito, diarreia, náuseas, febre, dor abdominal e coceira na pele. Podem demorar até 72 horas para aparecer e são facilmente confundidos com virose.

Dependendo do motivo que provocou a intoxicação, o mal-estar pode durar de três a quatro dias.

É preciso estar atento na procedência e na conservação dos alimentos e bebidas, além da higiene no preparo.

Dengue

A combinação entre altas temperaturas e chuvas favorece o aumento da população do Aedes Aegypti. Em contato com a água das chuvas, os ovos colocados há semanas ou meses podem eclodir e dar origem a milhares de novos mosquitos.

O mosquito da dengue pode picar qualquer pessoa, porém, segundo o Ministério da Saúde, aquelas com idade superior a 60 anos têm 12 vezes mais risco de morrer por dengue do que as pessoas de idade inferior.

As únicas formas de evitar esta doença são ficarmos atentos à presença de Aedes Aegypti nos ambientes, usar repelentes e eliminar qualquer água empoçada, que é onde os mosquitos se desenvolvem.

Olhar Atento na Rotina

Todas as situações pontuadas aqui são comuns no verão, e todos estamos sujeitos a vivenciá-las, claro. Porém, um olhar mais atento aos cuidados pode evitar estes transtornos aos idosos.

Mantenha atitudes básicas como monitorar a ingestão de água, cuidar da pele com hidratantes e protetor solar, alimentação leve, cuidados no manuseio e armazenagem dos alimentos.

Proporcione banhos mornos e curtos, e ainda, sempre que possível, mantenha seu ente em ambientes frescos e arejados.

Atualizado em 18 de janeiro de 2022.

Além da capacitação técnica necessária para o exercício da função, resultado do aprendizado teórico aliado com experiência profissional, a Mão do Amor valoriza conceitos como empatia, cordialidade, paciência, tolerância e respeito.

“Cuidar de alguém é mais do que estar presente, significa atenção e afeto, é uma entrega diária do resultado do nosso talento e preparo”, afirma Antonio Carlos Grecco, diretor da Mão do Amor.

Conceitos baseados na gerontologia

Diferentemente de outras empresas de home care encontradas no mercado, que possuem uma visão voltada para os saberes da enfermagem, a Mão do Amor emprega preceitos da gerontologia. Gerontologia é a ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais e econômicos, de forma a intervir sobre eles e assim proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso.

O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo, podendo maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e da família. Deve ter como princípios a humanização, integralidade, ética, otimização e valorização do potencial de todos os membros envolvidos. Orienta o ciclo completo de atenção ao idoso, incluindo a promoção da saúde, prevenção e ações curativas, reabilitadoras ou paliativas.

Ainda de acordo com Antonio Carlos Grecco, graduado em gerontologia, “O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada, capaz de compreender o envelhecimento humano e seus determinantes biológicos, psicológicos e sociais, pautando-se em preceitos éticos e morais. Ele é formado para compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional”.

Quer saber como a Mão do Amor pode melhorar a qualidade de vida do idoso aplicando os conceitos de gerontologia no atendimento? Entre em contato com nossos consultores.

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Atualizado em 9 de dezembro de 2021.

Passamos boa parte de nossas vidas sob os cuidados e carinho de nossos pais. Eles são nossas maiores referências quando pensamos em proteção e acolhimento.

Com o passar dos anos, os papéis se invertem e são os filhos que, na maioria das vezes, passam a dar assistência e a encarar as responsabilidades de seus pais.

Esta transição é uma etapa muito delicada, já que envolve diversas questões de saúde relacionadas à velhice, além das questões psicológicas que acometem ambos os lados.

Nesta matéria vamos falar sobre este processo familiar tão comum e tudo o que você deve levar em consideração na busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida do idoso e de todos os seus entes próximos.

A troca de papéis

É claro que todos queremos terminar a vida de forma independente e saudável, mas, infelizmente, nem sempre é possível. É certo que o processo de envelhecimento é a lei natural da vida e não temos como mudar isso.

O corpo humano tem seu ciclo de vida e com o passar dos anos passa a apresentar limitações físicas, fica mais frágil, mais suscetível a infecções e problemas de saúde e de locomoção.

As complicações provenientes da idade geralmente são gradativas (começam em grau leve e vão se agravando com o passar do tempo). Quando surgem sinais que o idoso precisa de uma atenção especial, muitas famílias optam em assumir os primeiros cuidados, seja na casa do idoso ou outro familiar. Este assunto foi abordado com mais detalhes no post Até quando o idoso pode morar sozinho.

Cuidar de uma pessoa é engrandecedor, uma verdadeira troca de amor e afeto. Mas, ao mesmo tempo, exige disposição e muita paciência, além de acarretar várias mudanças na rotina, como assumir cuidados básicos de saúde e higiene, controle de medicamentos, acompanhá-lo em consultas, auxiliá-lo na locomoção e alimentação, entre outras responsabilidades.

Estes são só alguns exemplos comuns entre as inúmeras atividades que envolvem a rotina de um idoso dependente. E, no decorrer do tempo, estas atividades tendem a aumentar e abalar o estado emocional dos envolvidos, principalmente em casos de doenças crônicas e degenerativas.

De um lado, o idoso sente-se incapaz, fragilizado, dependente, envergonhado, além de sentir que está “dando trabalho”. Estas pessoas estão lidando com situações novas que estão acontecendo em seus corpos, como perder movimentos ou funções, a exemplo da incontinência e o uso de fraldas.

Por outro lado, o familiar começa a sentir-se esgotado, sem tempo, impaciente, culpado. Uma série de sentimentos fortes que refletem física e emocionalmente, refletindo de forma negativa na vida pessoal e profissional. Não é à toa que muitos cuidadores de idosos passam por momentos de estresse, como abordado no post Estresse do cuidador.

Alternativas para o cuidado especializado com o idoso

As alternativas mais usuais no cuidado especializado com o idoso são:

  • Algum parente ir morar com o idoso;
  • O idoso ir morar com algum parente;
  • Ir para uma casa de repouso;
  • Contratar cuidadores diretamente;
  • Contratar uma empresa de cuidadores.

Não existe certo ou errado. Existe uma série de fatores que interferem nesta tomada de decisão, como o estado de saúde do paciente, a disponibilidade de um cuidador familiar, a condição financeira da família, a oferta de instituição ou empresa na localidade em que residem. Enfim, cada família deve equilibrar estes aspectos para encontrar a melhor alternativa para cada situação.

A maioria dos idosos querem continuar a morar em casa

Nada como o conforto físico e emocional de permanecer no próprio lar.

Diversos estudos mostram que as pessoas não planejam viver seus últimos momentos em instituições como asilos ou casas de repousos. O usual é que todos queiram um lugar onde se sintam em casa, um lar em que sejam amados e acolhidos por seus familiares.

Aos que desejam optar pelos cuidados em casa, o cuidador de idosos é peça fundamental para agregar na qualidade de vida do paciente e de toda a família.

Benefícios de ter um cuidador de idosos em domicílio:

  • Alguém que auxilie ou execute os cuidados com a higiene, como banhos, levar ao banheiro, hidratar a pele, cuidar das unhas, asseio com os cabelos etc.;
  • Cuidados com a saúde, como horário dos medicamentos, cuidar de pequenas lesões, curativos simples, aferir sinais vitais, como temperatura, pressão arterial, saturação, glicemia etc.;
  • Ajuda na locomoção, reduzindo os riscos de queda;
  • Cuidados com a alimentação, hidratação e dietas especiais;
  • Acompanhar em exames médicos e laboratoriais, em consultas e sessões de tratamento, como fisioterapia;
  • O aumento da autonomia, da autoestima e da qualidade de vida do idoso;
  • Estimular o paciente a fazer atividades físicas e cognitivas;
  • A manutenção da individualidade da pessoa idosa, com mais flexibilidade e respeito às peculiaridades de sua rotina (e não só a rotina familiar);
  • O reforço do vínculo familiar e social. O idoso já não se sente tão dependente do familiar, que por sua vez não está desgastado por realizar todo o cuidado;
  • Diminuição das internações e dos custos hospitalares;
  • Profissionalismo no cuidado ao paciente. O cuidador de idosos deve ser treinado e capacitado para executar suas funções com um padrão de eficiência que garanta suprir todas as necessidades do idoso;
  • Além de ter mais tempo de lazer com o idoso, a família pode voltar a exercer e planejar atividades fora de casa, com a segurança que seu ente querido está muito bem acompanhado.

Atenção ao contratar um cuidador de idosos profissional

São muitos cuidadores de idosos que atuam informalmente no Brasil. As famílias contratam o profissional diretamente, na maioria das vezes sem registro profissional.

Porém, é preciso muita atenção. Primeiro pelo risco de ser um serviço de baixa qualidade, sem garantias, que coloca a segurança e a dignidade do idoso em risco. E, também, pelas complicações referentes à legislação trabalhista.

Portanto, na hora de contratar, o mais importante é a segurança de um atendimento profissional e especializado na saúde integral do idoso.

Busque por uma empresa que faça uma seleção criteriosa dos profissionais, com constante supervisão, monitoramento dos resultados, atenção aos detalhes, apta a substituir rapidamente o cuidador em caso de faltas ou incompatibilidade de personalidade. Tudo isso com um olhar humanizado, priorizando a qualidade de vida de toda a família.

Cuidador de idosos sob medida

Nosso serviço é personalizado, com estratégias para prestar o melhor atendimento para cada situação e trazer benefícios para todos. O que diferencia nosso atendimento são os valores humanos praticados pela equipe de profissionais, além da qualidade técnica rigorosa.

Avaliação técnica gratuita

A supervisora e o gerontólogo realizam uma visita técnica para observar as necessidades do atendimento e entender os objetivos e expectativas da família, as demandas que vão personalizar o serviço.

Plano de cuidados personalizado

É o resultado do estudo das necessidades da família para criar uma rotina bem estruturada para o assistido, com as atividades detalhadas que devem ser realizadas pelo cuidador.

Seleção profissional rigorosa

Profissionais que possuam capacitação técnica e transmitam os valores humanos praticados pela empresa. O cruzamento de perfis entre assistido e cuidador busca o atendimento ideal.

Contrato direto com a Mão do Amor

A Mão do Amor assume a contratação dos profissionais que realizarão o atendimento residencial, deixando a família livre de preocupações com vínculos empregatícios e trabalhistas.

Simulação do atendimento e treinamento

Em nosso Centro de Treinamentos focamos na padronização da qualidade total, na capacitação personalizada dos detalhes através da simulação do atendimento e constante reciclagem.

Supervisão técnica contínua

Acompanhar o fiel comprimento do Plano de Cuidados, orientando profissionais e familiares para garantir o controle de qualidade, sempre atento para evoluir o atendimento juntos às necessidades da pessoa assistida.

Acreditamos que após esta leitura você esteja mais confiante na decisão a ser tomada. E se precisar marcar uma avaliação, é só chamar!

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Idosos com limitações ou problemas de locomoção têm dificuldades na hora do banho. Em alguns casos, idosos precisam da supervisão de alguém dentro do banheiro, ou até mesmo que alguém dê banho na cama ou no leito.

Esta é uma tarefa que exige muita atenção pois, além dos cuidados de higiene, é um momento propício a quedas e escorregões.

Para garantir que o banho do idoso não seja uma atividade estressante, listamos algumas dicas para tornar este momento prazeroso.

Confira as 9 dicas para o banho do idoso

  1. Crie uma rotina de horário: mantenha uma hora certa para o banho, assim há maior organização por parte do idoso e do responsável pelo banho;
  2. Separe as roupas limpas que serão usadas: não deixe o idoso esperando molhado e desacompanhado;
  3. Portas e janelas fechadas: evite friagem e circulação de pessoas que possam intimidar o ato;
  4. Prefira sabonetes e xampus do tipo neutro: a pele e cabelos dos idosos são finos e delicados;
  5. Temperatura da água: assim como os bebês, a água morna é a ideal, entre 36° e 38°;
  6. Use luvas e duas esponjas: A luvas, além evitar contato direto entre as partes, evitam que o idoso seja arranhado. As esponjas devem ser uma para o corpo, outra para as partes íntimas. Esta região é muito sensível e deve ter uma atenção redobrada;
  7. Tenha barras de segurança no banheiro, além de piso ou tapete antiderrapante: adapte o banheiro para manter o idoso mais seguro;
  8. Cuidado com quedas e escorregões durante o trajeto: caso preciso, auxilie a locomoção do idoso até o banheiro;
  9. Mantenha a autonomia do idoso: deixe-o fazer atividades que queiram, como lavar as regiões íntimas.

Muitos idosos resistem à hora do banho, seja por receio ou por simples teimosia. Neste momento é preciso conversar pacientemente para explicar a importância de mantê-los limpinhos e asseados.

Importante lembrar que o idoso deve se sentir seguro e confortável com a pessoa que irá dar o banho. Caso perceba que esta é uma tarefa muito difícil de ser executada, confie em um profissional que esteja apto a realizá-la. Uma ajuda especializada nesta hora é fundamental para diminuir a carga física e emocional da família, e garantir que a limpeza corporal está sendo feita adequadamente.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Hoje queremos falar de um assunto delicado, porém necessário: a delicada convivência com um familiar doente de Alzheimer e todo o suporte que podemos dar para melhorar sua qualidade de vida.

Mas antes, vamos entender melhor o que é Alzheimer (ou mal de Alzheimer) e o que esperar de um paciente com demência decorrente da doença.

O Alzheimer é uma doença com incidência em idosos. Ela pode apresentar sintomas em pessoas acima de 65 anos, mas muito mais comum após os 85 anos de idade.

Principais sintomas do Alzheimer ou mal de Alzheimer

  • Perda de memória – por exemplo, esquecer qual é o caminho para casa, nomes e lugares, ou até mesmo acontecimentos do dia anterior;
  • Mudanças de humor – a doença pode danificar partes do cérebro que controlam as emoções, fazendo com que os pacientes possam ficar com medo, raiva ou tristes de uma maneira muito rápida e imprevisível;
  • Problemas de comunicação – diminuição da capacidade de falar, ler e escrever.

A perda de memória, as mudanças de humor e as dificuldades na comunicação verbal são alguns dos sintomas que impactam diretamente nas relações sociais e familiares. Portanto, vamos dar algumas dicas simples para melhorar a convivência com uma pessoa com Alzheimer.

6 dicas para conviver melhor com uma pessoa com Alzheimer

  1. Respeitar a dignidade da pessoa, focando no que ela consegue fazer, ao invés do que não consegue mais fazer;
  2. Ser amável e bom ouvinte, apoiando e aceitando a pessoa doente com paciência e carinho;
  3. Ajudá-la em tarefas simples, como cozinhar e se vestir;
  4. Investigar e entender mais sobre a doença pode tornar a convivência mais harmoniosa;
  5. Traga estímulos e entretenimento através de exercícios cognitivos;
  6. E lembre-se também, de reservar tempo para outras pessoas ligadas à pessoa, como o parceiro(a) de vida, filhos e netos, entre outros.

Dicas práticas para ajudar a pessoa com Alzheimer

Especialmente nos primeiros estágios da doença, existem várias coisas simples que podem ser feitas para que o idoso consiga manter sua independência:

  • Encorajar o paciente a manter uma agenda para anotar consultas, lista de coisas para fazer, pensamentos e ideias;
  • Manter objetos sempre no mesmo lugar, como chaves, óculos e dinheiro;
  • Colocar etiquetas e avisos em armários e portas;
  • Escrever números de telefones importantes onde possam ser facilmente vistos;
  • Incluir rótulos em fotos da família;
  • Marcar a data em um calendário colado na parede;
  • Sempre que possível, usar lembretes para a realização de afazeres, como fechar a porta com chave durante a noite, desligar o gás ou descartar o lixo.

Demonstre que você entende e se importa!

Um diagnóstico de Alzheimer pode causar emoções difíceis de lidar, tanto para o idoso que sofre a doença como para as pessoas que o rodeiam. Nos estágios iniciais, os pacientes procuraram falar sobre suas ansiedades e problemas que estão experimentando. Tente entender como eles estão se sentindo. Escute, deixe eles falarem, mostre que você está junto e que se importa. Não perca a oportunidade de dizer o quanto você a ama e respeita.

Quando alguém está com Alzheimer, vai necessitar:

  • Reafirmar que ainda tem valor para as outras pessoas, e que seus sentimentos são importantes;
  • Evitar ao máximo estresses externos;
  • Fazer atividades e ter estímulos apropriados, para manter-se ativo e motivado por um período maior de tempo.

Muitas pessoas com Alzheimer podem desenvolver comportamentos inusitados ou que pareçam inapropriados. Lembre-se que essas atitudes podem parecer perfeitamente racionais para elas.

Uma pessoa com demência pode ficar nervosa numa tentativa fracassada de se comunicar com as pessoas ao redor. Tente se colocar no lugar dela e procure interpretar o que estão querendo expressar ou como estão se sentindo. Empatia é fundamental.

Para finalizar e se você se sentir à vontade, compartilhe aqui com a gente sua experiência. Sugira outras dicas ou se tiver outra opinião ficaremos muito felizes em saber.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Classificado como o maior órgão do corpo humano, a pele se transforma no decorrer dos anos. E estas mudanças da pele dos idosos vão além da aparência estética.

Nesta fase da vida a pele se torna mais fina e muito friável, com perda de até 20% de sua espessura na derme e epiderme. Entre as alterações fisiológicas do tecido celular destacam-se:

  • Maior fragilidade cutânea e menor capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos, como infecções;
  • Termorregulação deficiente, decorrente da diminuição do número de glândulas sudoríparas;
  • Pele mais seca e rugosa, pois com a redução do número de glândulas sebáceas, há menor produção de óleo, e consequentemente, mais ressecamento e maior flacidez (diminuição da elasticidade).

Estes processos são muito naturais, afinal, o envelhecimento traz a perda da hidratação, da elasticidade e oleosidade da pele. Os cuidados são necessários, pois devido ao fato de estar tão exposta, a pele torna-se frágil e vulnerável ao aparecimento de infecções ou machucados.

Felizmente, é possível criar alguns hábitos que ajudam a preservar a pele do idoso.

Hidratação da pele

Use produtos específicos em todo o corpo. Passar hidratante após o banho é o ideal, já que os poros estão mais abertos e o vapor da água ajuda o creme ou óleo a penetrar na pele.

Os hidratantes mais indicados para os idosos são aqueles com substâncias que são umectantes e ajudam a restaurar a barreira de proteção natural da pele, como glicerina, ceramidas, pantenol, ureia, lactato de amônio e manteiga de karité.

Não se esqueça de também hidratar também os pés, orelhas e lábios.

Tome banhos mornos

Banhos demorados e muito quentes causam ressecamento da nossa pele. O ideal é tomar banhos de até 10 minutos e com água morna, em torno de 37ºC (que se assemelha a nossa temperatura corporal).

Não esfregue a bucha com força, esta ação pode ferir a pele.

Escolha sabonetes e shampoos neutros, à base de óleos vegetais.

Beba muita água

Beber água é um hábito fundamental para o corpo todo. A tendência é que o idoso sinta menos sede. Por isso, mantenha uma rotina diária para beber pelo menos 2 litros de água, mesmo sem vontade.

Proteja-se do Sol

O grande vilão da pele. Os raios solares causam aumento da velocidade do envelhecimento, então nunca deixe de passar protetor solar no corpo diariamente. Ao se expor ao sol, use óculos de sol, bonés, chapéus, e claro, procure estar na sombra.

Cuidados em todas as idades

O importante é cuidar da pele no decorrer de toda a nossa vida. Todas as ações que mostramos aqui são válidas para todas as idades. Quanto mais jovem começarmos os cuidados, maior a garantia que a pessoa envelheça com a cútis muito mais forte e bem cuidada.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

O AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame, é uma das principais causas de morte no mundo. Todo ano, cerca de 16 milhões de pessoas enfrentam esse problema e, deste total, 6 milhões vêm a óbito.

A manifestação de um AVC pode ocorrer por meio de uma sensação súbita de dormência, dificuldade para movimentar a face, fraqueza, braços e pernas com redução nos movimentos de um lado do corpo, alterações visuais, cefaléia, dificuldade na fala e até mesmo oscilação no nível de consciência.

Este mal acontece inesperadamente, sendo causado pela interrupção ou diminuição abrupta do fluxo sanguíneo no cérebro, gerando um déficit na alimentação de oxigênio ao tecido cerebral. Como consequência, há perda de algumas funções das regiões que não recebem o oxigênio na quantidade ideal, resultando em algumas graves sequelas.

Veja quais são as sequelas mais comuns

Dificuldade em se mexer

Devido à perda de força, de músculo e de equilíbrio de um dos lados do corpo, ocorre a dificuldade nos movimentos do corpo, como andar, sentar-se ou deitar-se. A hemiplegia paralisa um lado do corpo, afetando membros superiores, inferiores e face. Além disso, a sensibilidade do braço e/ou da perna afetados também pode ficar diminuída, aumentando o risco de quedas.

Confusão e perda de memória

A confusão mental após um AVC é uma das consequências mais frequentes. Há a dificuldade em compreender ordens simples, reconhecer objetos familiares e até esquecer a utilidade das coisas. E, dependendo da região do cérebro afetada, algumas pessoas também podem sofrer perda de memória, o que acaba dificultando a capacidade para a pessoa se orientar no tempo e no espaço.

Alterações na face

A face pode ficar assimétrica, metade paralisada, podendo apresentar a boca torta, testa sem rugas e olho caído de apenas um dos lados da face. Algumas pessoas também podem apresentar disfagia, ou seja, dificuldade em engolir alimentos e líquidos, aumentando o risco de engasgamento. É necessário adequar os alimentos à capacidade de cada pessoa, com pequenas quantidades de alimentos moles ou líquidos.

Dificuldades na fala

Muitos pacientes apresentam dificuldade em falar, tendo o tom de voz muito baixo, não conseguindo articular bem as palavras ou mesmo perdendo totalmente a capacidade de falar. Além da fala, há riscos de alterações auditivas do lado afetado.

Alterações visuais

É comum a visão embaçada, visão dupla e diminuição do campo visual, o que gera dificuldades em reconhecer objetos e pessoas. As alterações visuais também restringem o paciente a se locomover livremente. Em alguns casos, pode haver até a perda total da visão.

Incontinência

A incontinência urinária e fecal é frequente. A pessoa pode perder a sensibilidade para identificar os sinais do organismo, como a vontade de ir no banheiro, sendo recomendado usar fralda para ficar mais confortável.

Depressão e revolta

Pessoas que tiveram um AVC têm um maior risco de desenvolver uma depressão grave, que pode ser causada por alguma alteração hormonal influenciada pelas lesões no cérebro e, principalmente, pela dificuldade em conviver com as limitações impostas pelo AVC. A melhor forma de evitar quadros muito graves e sequelas significativas após a instalação da doença é reconhecer de maneira imediata os sinais do aparecimento do AVC e encaminhar o paciente imediatamente ao tratamento adequado.

Como é a recuperação depois do AVC

Felizmente, o AVC é uma doença cujos danos e sequelas podem ser parcialmente ou totalmente reversíveis, dependendo da intensidade e região afetada.

De modo emergencial é preciso manter a estabilidade da respiração e vias aéreas, fazer manutenção da pressão arterial controlada, e identificar o tipo de acidente vascular cerebral para que o tratamento seja mais eficaz.

Em seguida a fase aguda, o tratamento tem como objetivo atuar sobre as causas que motivaram a ocorrência do problema como forma de prevenção para que não ocorra um novo episódio.

O tratamento multidisciplinar é fundamental para o processo de recuperação:

  • Fisioterapia ajuda o paciente a recuperar o equilíbrio, a forma e o tônus muscular, podendo voltar a andar, sentar-se ou deitar-se sozinho;
  • Estimulação cognitiva com terapeutas ocupacionais e enfermeiros que realizam jogos e atividades para diminuir a confusão e os comportamentos desadequados;
  • Fonoaudiologia para recuperar a capacidade de se expressar e diminuir quadros de engasgamento;
  • Nutricionista adequa às necessidades nutricionais na dieta do paciente;
  • Tratamento psicológico para apoiar e motivar o paciente a atravessar este momento difícil. Também indicado aos familiares mais próximos.

O tratamento deve ser iniciado assim que possível, de preferência ainda no hospital, devendo ser realizado diariamente para que a pessoa possa recuperar sua independência e ganhar mais qualidade de vida.

Fatores de risco para o surgimento de um AVC

Os fatores de risco mais importantes para o surgimento de um AVC estão ligados à hábitos de vida:

  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Diabetes mellitus;
  • Tabagismo;
  • Alteração nos níveis de triglicérides e colesterol;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação desbalanceada;
  • Obesidade e sobrepeso;
  • Problemas cardíacos, como arritmias e doença arterial carotídea.

AVC em idosos

Após os 55 anos, o risco do AVC aumenta consideravelmente, fazendo muitas vítimas na população idosa.

Por ser um mal súbito, esta doença atinge a toda a família de surpresa. Em poucas horas é preciso assimilar o acontecimento e já iniciar a busca rápida pelos tratamentos necessários.

Há também todo o trauma psicológico em ver seu ente querido numa situação que evolve tantas sequelas físicas e que tiram sua independência em executar tarefas simples.

Neste momento é necessária muita força emocional para enfrentar a situação e para motivar o paciente a cumprir as etapas do tratamento.

Se tiver possibilidade, aceite ajuda de amigos e familiares ou contrate um cuidador de idosos para auxiliar nas tarefas desta nova rotina.

A Mão do Amor tem profissionais capacitados e experientes para fornecer o auxílio necessário neste momento familiar difícil.

Considerações finais

Para ter certeza se uma pessoa está tendo um AVC, faça o teste do SAMU. A sigla significa:

S de sorriso

Peça para a pessoa tentar sorrir, em casos de AVC não existe simetria entre os lados da boca, fica um sorriso torto facilitando a identificação de que há algo errado.

A de abraço

Quem sofre um AVC costuma ter fraqueza em um dos lados do corpo e não consegue levantar ambos os braços do mesmo modo, para abraçar outra pessoa.

M de música

Como a fala e coerência ficam comprometidas, o paciente não consegue cantar com a destreza habitual.

U de urgência

Se todos os testes foram positivos, chame ajuda imediatamente.

Sempre vale lembrar que, quanto antes for o atendimento médico, maiores as chances de recuperação. Fique atento!

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Envelhecer é um processo natural da vida e não temos como escapar desta realidade, mas podemos direcionar nosso envelhecimento através de nossos hábitos e comportamentos.

Anos atrás, esta fase era vista como o “fim da vida”. Hoje, graças a evolução da tecnologia, da medicina e da sociedade como um todo, temos uma expectativa de vida muito mais longa, saudável e ativa. Isso se dá, principalmente, devido a substituição de velhos paradigmas e comportamentos nocivos.

Com o aumento da população idosa, ocasionado pela transição demográfica, uma série de profissionais e serviços específicos para esta faixa etária foram desenvolvidos. Entre eles estão a Geriatria e a Gerontologia.

Qual a diferença entre geriatria e gerontologia?

A Geriatria é uma especialidade médica cujo objetivo é prevenir e tratar doenças relacionadas ao envelhecimento, através da reabilitação física dessa população. Ela trata de condições que tradicionalmente assolam os idosos. Entre elas, as quedas, a falta de equilíbrio, as dificuldades na hora de realizar movimentos, os problemas de memória, os diferentes tipos de demência, a incontinência urinária e a osteoporose. Cuida, também, de condições que podem ser encontradas em todas as idades, como a pressão alta, a diabetes, o colesterol alto e até mesmo a depressão.

A Gerontologia é uma ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos e espirituais. São profissionais que agem de forma integrada sobre esses aspectos, afim de proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso, visando sua independência funcional.

Enquanto a Geriatria atua especificamente sobre os aspectos físicos, na promoção e cuidado de saúde ao indivíduo idoso, a Gerontologia foca na promoção de bem estar, com intervenções multidisciplinares que permitem maior qualidade de vida às pessoas idosas, de modo individual ou coletivo.

O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada. Sua formação o habilita a compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional. O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo. Ação essas que podem maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e seus familiares.

Sendo assim, cabe ao gerontólogo articular saberes de diversas ordens. O objetivo é uma maior amplitude e integralidade de conhecimentos que possam beneficiar o planejamento, a avaliação e o monitoramento do plano de ações voltadas para a população idosa e suas redes de apoio.

Nota Mão do Amor

Por toda nossa vida, planejamos nossa vida financeira para chegarmos “tranquilos” na velhice. Mas nada adianta tantos esforços se não houver a preocupação de chegarmos saudáveis para viver este momento em sua plenitude.

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