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Atualizado em 18 de janeiro de 2022.

Além da capacitação técnica necessária para o exercício da função, resultado do aprendizado teórico aliado com experiência profissional, a Mão do Amor valoriza conceitos como empatia, cordialidade, paciência, tolerância e respeito.

“Cuidar de alguém é mais do que estar presente, significa atenção e afeto, é uma entrega diária do resultado do nosso talento e preparo”, afirma Antonio Carlos Grecco, diretor da Mão do Amor.

Conceitos baseados na gerontologia

Diferentemente de outras empresas de home care encontradas no mercado, que possuem uma visão voltada para os saberes da enfermagem, a Mão do Amor emprega preceitos da gerontologia. Gerontologia é a ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais e econômicos, de forma a intervir sobre eles e assim proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso.

O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo, podendo maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e da família. Deve ter como princípios a humanização, integralidade, ética, otimização e valorização do potencial de todos os membros envolvidos. Orienta o ciclo completo de atenção ao idoso, incluindo a promoção da saúde, prevenção e ações curativas, reabilitadoras ou paliativas.

Ainda de acordo com Antonio Carlos Grecco, graduado em gerontologia, “O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada, capaz de compreender o envelhecimento humano e seus determinantes biológicos, psicológicos e sociais, pautando-se em preceitos éticos e morais. Ele é formado para compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional”.

Quer saber como a Mão do Amor pode melhorar a qualidade de vida do idoso aplicando os conceitos de gerontologia no atendimento? Entre em contato com nossos consultores.

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Atualizado em 18 de janeiro de 2022.

Além da capacitação técnica necessária para o exercício da função, resultado do aprendizado teórico aliado com experiência profissional, a Mão do Amor valoriza conceitos como empatia, cordialidade, paciência, tolerância e respeito.

“Cuidar de alguém é mais do que estar presente, significa atenção e afeto, é uma entrega diária do resultado do nosso talento e preparo”, afirma Antonio Carlos Grecco, diretor da Mão do Amor.

Conceitos baseados na gerontologia

Diferentemente de outras empresas de home care encontradas no mercado, que possuem uma visão voltada para os saberes da enfermagem, a Mão do Amor emprega preceitos da gerontologia. Gerontologia é a ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais e econômicos, de forma a intervir sobre eles e assim proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso.

O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo, podendo maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e da família. Deve ter como princípios a humanização, integralidade, ética, otimização e valorização do potencial de todos os membros envolvidos. Orienta o ciclo completo de atenção ao idoso, incluindo a promoção da saúde, prevenção e ações curativas, reabilitadoras ou paliativas.

Ainda de acordo com Antonio Carlos Grecco, graduado em gerontologia, “O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada, capaz de compreender o envelhecimento humano e seus determinantes biológicos, psicológicos e sociais, pautando-se em preceitos éticos e morais. Ele é formado para compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional”.

Quer saber como a Mão do Amor pode melhorar a qualidade de vida do idoso aplicando os conceitos de gerontologia no atendimento? Entre em contato com nossos consultores.

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Atualizado em 9 de dezembro de 2021.

Passamos boa parte de nossas vidas sob os cuidados e carinho de nossos pais. Eles são nossas maiores referências quando pensamos em proteção e acolhimento.

Com o passar dos anos, os papéis se invertem e são os filhos que, na maioria das vezes, passam a dar assistência e a encarar as responsabilidades de seus pais.

Esta transição é uma etapa muito delicada, já que envolve diversas questões de saúde relacionadas à velhice, além das questões psicológicas que acometem ambos os lados.

Nesta matéria vamos falar sobre este processo familiar tão comum e tudo o que você deve levar em consideração na busca por soluções que possam melhorar a qualidade de vida do idoso e de todos os seus entes próximos.

A troca de papéis

É claro que todos queremos terminar a vida de forma independente e saudável, mas, infelizmente, nem sempre é possível. É certo que o processo de envelhecimento é a lei natural da vida e não temos como mudar isso.

O corpo humano tem seu ciclo de vida e com o passar dos anos passa a apresentar limitações físicas, fica mais frágil, mais suscetível a infecções e problemas de saúde e de locomoção.

As complicações provenientes da idade geralmente são gradativas (começam em grau leve e vão se agravando com o passar do tempo). Quando surgem sinais que o idoso precisa de uma atenção especial, muitas famílias optam em assumir os primeiros cuidados, seja na casa do idoso ou outro familiar. Este assunto foi abordado com mais detalhes no post Até quando o idoso pode morar sozinho.

Cuidar de uma pessoa é engrandecedor, uma verdadeira troca de amor e afeto. Mas, ao mesmo tempo, exige disposição e muita paciência, além de acarretar várias mudanças na rotina, como assumir cuidados básicos de saúde e higiene, controle de medicamentos, acompanhá-lo em consultas, auxiliá-lo na locomoção e alimentação, entre outras responsabilidades.

Estes são só alguns exemplos comuns entre as inúmeras atividades que envolvem a rotina de um idoso dependente. E, no decorrer do tempo, estas atividades tendem a aumentar e abalar o estado emocional dos envolvidos, principalmente em casos de doenças crônicas e degenerativas.

De um lado, o idoso sente-se incapaz, fragilizado, dependente, envergonhado, além de sentir que está “dando trabalho”. Estas pessoas estão lidando com situações novas que estão acontecendo em seus corpos, como perder movimentos ou funções, a exemplo da incontinência e o uso de fraldas.

Por outro lado, o familiar começa a sentir-se esgotado, sem tempo, impaciente, culpado. Uma série de sentimentos fortes que refletem física e emocionalmente, refletindo de forma negativa na vida pessoal e profissional. Não é à toa que muitos cuidadores de idosos passam por momentos de estresse, como abordado no post Estresse do cuidador.

Alternativas para o cuidado especializado com o idoso

As alternativas mais usuais no cuidado especializado com o idoso são:

  • Algum parente ir morar com o idoso;
  • O idoso ir morar com algum parente;
  • Ir para uma casa de repouso;
  • Contratar cuidadores diretamente;
  • Contratar uma empresa de cuidadores.

Não existe certo ou errado. Existe uma série de fatores que interferem nesta tomada de decisão, como o estado de saúde do paciente, a disponibilidade de um cuidador familiar, a condição financeira da família, a oferta de instituição ou empresa na localidade em que residem. Enfim, cada família deve equilibrar estes aspectos para encontrar a melhor alternativa para cada situação.

A maioria dos idosos querem continuar a morar em casa

Nada como o conforto físico e emocional de permanecer no próprio lar.

Diversos estudos mostram que as pessoas não planejam viver seus últimos momentos em instituições como asilos ou casas de repousos. O usual é que todos queiram um lugar onde se sintam em casa, um lar em que sejam amados e acolhidos por seus familiares.

Aos que desejam optar pelos cuidados em casa, o cuidador de idosos é peça fundamental para agregar na qualidade de vida do paciente e de toda a família.

Benefícios de ter um cuidador de idosos em domicílio:

  • Alguém que auxilie ou execute os cuidados com a higiene, como banhos, levar ao banheiro, hidratar a pele, cuidar das unhas, asseio com os cabelos etc.;
  • Cuidados com a saúde, como horário dos medicamentos, cuidar de pequenas lesões, curativos simples, aferir sinais vitais, como temperatura, pressão arterial, saturação, glicemia etc.;
  • Ajuda na locomoção, reduzindo os riscos de queda;
  • Cuidados com a alimentação, hidratação e dietas especiais;
  • Acompanhar em exames médicos e laboratoriais, em consultas e sessões de tratamento, como fisioterapia;
  • O aumento da autonomia, da autoestima e da qualidade de vida do idoso;
  • Estimular o paciente a fazer atividades físicas e cognitivas;
  • A manutenção da individualidade da pessoa idosa, com mais flexibilidade e respeito às peculiaridades de sua rotina (e não só a rotina familiar);
  • O reforço do vínculo familiar e social. O idoso já não se sente tão dependente do familiar, que por sua vez não está desgastado por realizar todo o cuidado;
  • Diminuição das internações e dos custos hospitalares;
  • Profissionalismo no cuidado ao paciente. O cuidador de idosos deve ser treinado e capacitado para executar suas funções com um padrão de eficiência que garanta suprir todas as necessidades do idoso;
  • Além de ter mais tempo de lazer com o idoso, a família pode voltar a exercer e planejar atividades fora de casa, com a segurança que seu ente querido está muito bem acompanhado.

Atenção ao contratar um cuidador de idosos profissional

São muitos cuidadores de idosos que atuam informalmente no Brasil. As famílias contratam o profissional diretamente, na maioria das vezes sem registro profissional.

Porém, é preciso muita atenção. Primeiro pelo risco de ser um serviço de baixa qualidade, sem garantias, que coloca a segurança e a dignidade do idoso em risco. E, também, pelas complicações referentes à legislação trabalhista.

Portanto, na hora de contratar, o mais importante é a segurança de um atendimento profissional e especializado na saúde integral do idoso.

Busque por uma empresa que faça uma seleção criteriosa dos profissionais, com constante supervisão, monitoramento dos resultados, atenção aos detalhes, apta a substituir rapidamente o cuidador em caso de faltas ou incompatibilidade de personalidade. Tudo isso com um olhar humanizado, priorizando a qualidade de vida de toda a família.

Cuidador de idosos sob medida

Nosso serviço é personalizado, com estratégias para prestar o melhor atendimento para cada situação e trazer benefícios para todos. O que diferencia nosso atendimento são os valores humanos praticados pela equipe de profissionais, além da qualidade técnica rigorosa.

Avaliação técnica gratuita

A supervisora e o gerontólogo realizam uma visita técnica para observar as necessidades do atendimento e entender os objetivos e expectativas da família, as demandas que vão personalizar o serviço.

Plano de cuidados personalizado

É o resultado do estudo das necessidades da família para criar uma rotina bem estruturada para o assistido, com as atividades detalhadas que devem ser realizadas pelo cuidador.

Seleção profissional rigorosa

Profissionais que possuam capacitação técnica e transmitam os valores humanos praticados pela empresa. O cruzamento de perfis entre assistido e cuidador busca o atendimento ideal.

Contrato direto com a Mão do Amor

A Mão do Amor assume a contratação dos profissionais que realizarão o atendimento residencial, deixando a família livre de preocupações com vínculos empregatícios e trabalhistas.

Simulação do atendimento e treinamento

Em nosso Centro de Treinamentos focamos na padronização da qualidade total, na capacitação personalizada dos detalhes através da simulação do atendimento e constante reciclagem.

Supervisão técnica contínua

Acompanhar o fiel comprimento do Plano de Cuidados, orientando profissionais e familiares para garantir o controle de qualidade, sempre atento para evoluir o atendimento juntos às necessidades da pessoa assistida.

Acreditamos que após esta leitura você esteja mais confiante na decisão a ser tomada. E se precisar marcar uma avaliação, é só chamar!

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Idosos com limitações ou problemas de locomoção têm dificuldades na hora do banho. Em alguns casos, idosos precisam da supervisão de alguém dentro do banheiro, ou até mesmo que alguém dê banho na cama ou no leito.

Esta é uma tarefa que exige muita atenção pois, além dos cuidados de higiene, é um momento propício a quedas e escorregões.

Para garantir que o banho do idoso não seja uma atividade estressante, listamos algumas dicas para tornar este momento prazeroso.

Confira as 9 dicas para o banho do idoso

  1. Crie uma rotina de horário: mantenha uma hora certa para o banho, assim há maior organização por parte do idoso e do responsável pelo banho;
  2. Separe as roupas limpas que serão usadas: não deixe o idoso esperando molhado e desacompanhado;
  3. Portas e janelas fechadas: evite friagem e circulação de pessoas que possam intimidar o ato;
  4. Prefira sabonetes e xampus do tipo neutro: a pele e cabelos dos idosos são finos e delicados;
  5. Temperatura da água: assim como os bebês, a água morna é a ideal, entre 36° e 38°;
  6. Use luvas e duas esponjas: A luvas, além evitar contato direto entre as partes, evitam que o idoso seja arranhado. As esponjas devem ser uma para o corpo, outra para as partes íntimas. Esta região é muito sensível e deve ter uma atenção redobrada;
  7. Tenha barras de segurança no banheiro, além de piso ou tapete antiderrapante: adapte o banheiro para manter o idoso mais seguro;
  8. Cuidado com quedas e escorregões durante o trajeto: caso preciso, auxilie a locomoção do idoso até o banheiro;
  9. Mantenha a autonomia do idoso: deixe-o fazer atividades que queiram, como lavar as regiões íntimas.

Muitos idosos resistem à hora do banho, seja por receio ou por simples teimosia. Neste momento é preciso conversar pacientemente para explicar a importância de mantê-los limpinhos e asseados.

Importante lembrar que o idoso deve se sentir seguro e confortável com a pessoa que irá dar o banho. Caso perceba que esta é uma tarefa muito difícil de ser executada, confie em um profissional que esteja apto a realizá-la. Uma ajuda especializada nesta hora é fundamental para diminuir a carga física e emocional da família, e garantir que a limpeza corporal está sendo feita adequadamente.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Hoje queremos falar de um assunto delicado, porém necessário: a delicada convivência com um familiar doente de Alzheimer e todo o suporte que podemos dar para melhorar sua qualidade de vida.

Mas antes, vamos entender melhor o que é Alzheimer (ou mal de Alzheimer) e o que esperar de um paciente com demência decorrente da doença.

O Alzheimer é uma doença com incidência em idosos. Ela pode apresentar sintomas em pessoas acima de 65 anos, mas muito mais comum após os 85 anos de idade.

Principais sintomas do Alzheimer ou mal de Alzheimer

  • Perda de memória – por exemplo, esquecer qual é o caminho para casa, nomes e lugares, ou até mesmo acontecimentos do dia anterior;
  • Mudanças de humor – a doença pode danificar partes do cérebro que controlam as emoções, fazendo com que os pacientes possam ficar com medo, raiva ou tristes de uma maneira muito rápida e imprevisível;
  • Problemas de comunicação – diminuição da capacidade de falar, ler e escrever.

A perda de memória, as mudanças de humor e as dificuldades na comunicação verbal são alguns dos sintomas que impactam diretamente nas relações sociais e familiares. Portanto, vamos dar algumas dicas simples para melhorar a convivência com uma pessoa com Alzheimer.

6 dicas para conviver melhor com uma pessoa com Alzheimer

  1. Respeitar a dignidade da pessoa, focando no que ela consegue fazer, ao invés do que não consegue mais fazer;
  2. Ser amável e bom ouvinte, apoiando e aceitando a pessoa doente com paciência e carinho;
  3. Ajudá-la em tarefas simples, como cozinhar e se vestir;
  4. Investigar e entender mais sobre a doença pode tornar a convivência mais harmoniosa;
  5. Traga estímulos e entretenimento através de exercícios cognitivos;
  6. E lembre-se também, de reservar tempo para outras pessoas ligadas à pessoa, como o parceiro(a) de vida, filhos e netos, entre outros.

Dicas práticas para ajudar a pessoa com Alzheimer

Especialmente nos primeiros estágios da doença, existem várias coisas simples que podem ser feitas para que o idoso consiga manter sua independência:

  • Encorajar o paciente a manter uma agenda para anotar consultas, lista de coisas para fazer, pensamentos e ideias;
  • Manter objetos sempre no mesmo lugar, como chaves, óculos e dinheiro;
  • Colocar etiquetas e avisos em armários e portas;
  • Escrever números de telefones importantes onde possam ser facilmente vistos;
  • Incluir rótulos em fotos da família;
  • Marcar a data em um calendário colado na parede;
  • Sempre que possível, usar lembretes para a realização de afazeres, como fechar a porta com chave durante a noite, desligar o gás ou descartar o lixo.

Demonstre que você entende e se importa!

Um diagnóstico de Alzheimer pode causar emoções difíceis de lidar, tanto para o idoso que sofre a doença como para as pessoas que o rodeiam. Nos estágios iniciais, os pacientes procuraram falar sobre suas ansiedades e problemas que estão experimentando. Tente entender como eles estão se sentindo. Escute, deixe eles falarem, mostre que você está junto e que se importa. Não perca a oportunidade de dizer o quanto você a ama e respeita.

Quando alguém está com Alzheimer, vai necessitar:

  • Reafirmar que ainda tem valor para as outras pessoas, e que seus sentimentos são importantes;
  • Evitar ao máximo estresses externos;
  • Fazer atividades e ter estímulos apropriados, para manter-se ativo e motivado por um período maior de tempo.

Muitas pessoas com Alzheimer podem desenvolver comportamentos inusitados ou que pareçam inapropriados. Lembre-se que essas atitudes podem parecer perfeitamente racionais para elas.

Uma pessoa com demência pode ficar nervosa numa tentativa fracassada de se comunicar com as pessoas ao redor. Tente se colocar no lugar dela e procure interpretar o que estão querendo expressar ou como estão se sentindo. Empatia é fundamental.

Para finalizar e se você se sentir à vontade, compartilhe aqui com a gente sua experiência. Sugira outras dicas ou se tiver outra opinião ficaremos muito felizes em saber.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Classificado como o maior órgão do corpo humano, a pele se transforma no decorrer dos anos. E estas mudanças da pele dos idosos vão além da aparência estética.

Nesta fase da vida a pele se torna mais fina e muito friável, com perda de até 20% de sua espessura na derme e epiderme. Entre as alterações fisiológicas do tecido celular destacam-se:

  • Maior fragilidade cutânea e menor capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos, como infecções;
  • Termorregulação deficiente, decorrente da diminuição do número de glândulas sudoríparas;
  • Pele mais seca e rugosa, pois com a redução do número de glândulas sebáceas, há menor produção de óleo, e consequentemente, mais ressecamento e maior flacidez (diminuição da elasticidade).

Estes processos são muito naturais, afinal, o envelhecimento traz a perda da hidratação, da elasticidade e oleosidade da pele. Os cuidados são necessários, pois devido ao fato de estar tão exposta, a pele torna-se frágil e vulnerável ao aparecimento de infecções ou machucados.

Felizmente, é possível criar alguns hábitos que ajudam a preservar a pele do idoso.

Hidratação da pele

Use produtos específicos em todo o corpo. Passar hidratante após o banho é o ideal, já que os poros estão mais abertos e o vapor da água ajuda o creme ou óleo a penetrar na pele.

Os hidratantes mais indicados para os idosos são aqueles com substâncias que são umectantes e ajudam a restaurar a barreira de proteção natural da pele, como glicerina, ceramidas, pantenol, ureia, lactato de amônio e manteiga de karité.

Não se esqueça de também hidratar também os pés, orelhas e lábios.

Tome banhos mornos

Banhos demorados e muito quentes causam ressecamento da nossa pele. O ideal é tomar banhos de até 10 minutos e com água morna, em torno de 37ºC (que se assemelha a nossa temperatura corporal).

Não esfregue a bucha com força, esta ação pode ferir a pele.

Escolha sabonetes e shampoos neutros, à base de óleos vegetais.

Beba muita água

Beber água é um hábito fundamental para o corpo todo. A tendência é que o idoso sinta menos sede. Por isso, mantenha uma rotina diária para beber pelo menos 2 litros de água, mesmo sem vontade.

Proteja-se do Sol

O grande vilão da pele. Os raios solares causam aumento da velocidade do envelhecimento, então nunca deixe de passar protetor solar no corpo diariamente. Ao se expor ao sol, use óculos de sol, bonés, chapéus, e claro, procure estar na sombra.

Cuidados em todas as idades

O importante é cuidar da pele no decorrer de toda a nossa vida. Todas as ações que mostramos aqui são válidas para todas as idades. Quanto mais jovem começarmos os cuidados, maior a garantia que a pessoa envelheça com a cútis muito mais forte e bem cuidada.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

O AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame, é uma das principais causas de morte no mundo. Todo ano, cerca de 16 milhões de pessoas enfrentam esse problema e, deste total, 6 milhões vêm a óbito.

A manifestação de um AVC pode ocorrer por meio de uma sensação súbita de dormência, dificuldade para movimentar a face, fraqueza, braços e pernas com redução nos movimentos de um lado do corpo, alterações visuais, cefaléia, dificuldade na fala e até mesmo oscilação no nível de consciência.

Este mal acontece inesperadamente, sendo causado pela interrupção ou diminuição abrupta do fluxo sanguíneo no cérebro, gerando um déficit na alimentação de oxigênio ao tecido cerebral. Como consequência, há perda de algumas funções das regiões que não recebem o oxigênio na quantidade ideal, resultando em algumas graves sequelas.

Veja quais são as sequelas mais comuns

Dificuldade em se mexer

Devido à perda de força, de músculo e de equilíbrio de um dos lados do corpo, ocorre a dificuldade nos movimentos do corpo, como andar, sentar-se ou deitar-se. A hemiplegia paralisa um lado do corpo, afetando membros superiores, inferiores e face. Além disso, a sensibilidade do braço e/ou da perna afetados também pode ficar diminuída, aumentando o risco de quedas.

Confusão e perda de memória

A confusão mental após um AVC é uma das consequências mais frequentes. Há a dificuldade em compreender ordens simples, reconhecer objetos familiares e até esquecer a utilidade das coisas. E, dependendo da região do cérebro afetada, algumas pessoas também podem sofrer perda de memória, o que acaba dificultando a capacidade para a pessoa se orientar no tempo e no espaço.

Alterações na face

A face pode ficar assimétrica, metade paralisada, podendo apresentar a boca torta, testa sem rugas e olho caído de apenas um dos lados da face. Algumas pessoas também podem apresentar disfagia, ou seja, dificuldade em engolir alimentos e líquidos, aumentando o risco de engasgamento. É necessário adequar os alimentos à capacidade de cada pessoa, com pequenas quantidades de alimentos moles ou líquidos.

Dificuldades na fala

Muitos pacientes apresentam dificuldade em falar, tendo o tom de voz muito baixo, não conseguindo articular bem as palavras ou mesmo perdendo totalmente a capacidade de falar. Além da fala, há riscos de alterações auditivas do lado afetado.

Alterações visuais

É comum a visão embaçada, visão dupla e diminuição do campo visual, o que gera dificuldades em reconhecer objetos e pessoas. As alterações visuais também restringem o paciente a se locomover livremente. Em alguns casos, pode haver até a perda total da visão.

Incontinência

A incontinência urinária e fecal é frequente. A pessoa pode perder a sensibilidade para identificar os sinais do organismo, como a vontade de ir no banheiro, sendo recomendado usar fralda para ficar mais confortável.

Depressão e revolta

Pessoas que tiveram um AVC têm um maior risco de desenvolver uma depressão grave, que pode ser causada por alguma alteração hormonal influenciada pelas lesões no cérebro e, principalmente, pela dificuldade em conviver com as limitações impostas pelo AVC. A melhor forma de evitar quadros muito graves e sequelas significativas após a instalação da doença é reconhecer de maneira imediata os sinais do aparecimento do AVC e encaminhar o paciente imediatamente ao tratamento adequado.

Como é a recuperação depois do AVC

Felizmente, o AVC é uma doença cujos danos e sequelas podem ser parcialmente ou totalmente reversíveis, dependendo da intensidade e região afetada.

De modo emergencial é preciso manter a estabilidade da respiração e vias aéreas, fazer manutenção da pressão arterial controlada, e identificar o tipo de acidente vascular cerebral para que o tratamento seja mais eficaz.

Em seguida a fase aguda, o tratamento tem como objetivo atuar sobre as causas que motivaram a ocorrência do problema como forma de prevenção para que não ocorra um novo episódio.

O tratamento multidisciplinar é fundamental para o processo de recuperação:

  • Fisioterapia ajuda o paciente a recuperar o equilíbrio, a forma e o tônus muscular, podendo voltar a andar, sentar-se ou deitar-se sozinho;
  • Estimulação cognitiva com terapeutas ocupacionais e enfermeiros que realizam jogos e atividades para diminuir a confusão e os comportamentos desadequados;
  • Fonoaudiologia para recuperar a capacidade de se expressar e diminuir quadros de engasgamento;
  • Nutricionista adequa às necessidades nutricionais na dieta do paciente;
  • Tratamento psicológico para apoiar e motivar o paciente a atravessar este momento difícil. Também indicado aos familiares mais próximos.

O tratamento deve ser iniciado assim que possível, de preferência ainda no hospital, devendo ser realizado diariamente para que a pessoa possa recuperar sua independência e ganhar mais qualidade de vida.

Fatores de risco para o surgimento de um AVC

Os fatores de risco mais importantes para o surgimento de um AVC estão ligados à hábitos de vida:

  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Diabetes mellitus;
  • Tabagismo;
  • Alteração nos níveis de triglicérides e colesterol;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação desbalanceada;
  • Obesidade e sobrepeso;
  • Problemas cardíacos, como arritmias e doença arterial carotídea.

AVC em idosos

Após os 55 anos, o risco do AVC aumenta consideravelmente, fazendo muitas vítimas na população idosa.

Por ser um mal súbito, esta doença atinge a toda a família de surpresa. Em poucas horas é preciso assimilar o acontecimento e já iniciar a busca rápida pelos tratamentos necessários.

Há também todo o trauma psicológico em ver seu ente querido numa situação que evolve tantas sequelas físicas e que tiram sua independência em executar tarefas simples.

Neste momento é necessária muita força emocional para enfrentar a situação e para motivar o paciente a cumprir as etapas do tratamento.

Se tiver possibilidade, aceite ajuda de amigos e familiares ou contrate um cuidador de idosos para auxiliar nas tarefas desta nova rotina.

A Mão do Amor tem profissionais capacitados e experientes para fornecer o auxílio necessário neste momento familiar difícil.

Considerações finais

Para ter certeza se uma pessoa está tendo um AVC, faça o teste do SAMU. A sigla significa:

S de sorriso

Peça para a pessoa tentar sorrir, em casos de AVC não existe simetria entre os lados da boca, fica um sorriso torto facilitando a identificação de que há algo errado.

A de abraço

Quem sofre um AVC costuma ter fraqueza em um dos lados do corpo e não consegue levantar ambos os braços do mesmo modo, para abraçar outra pessoa.

M de música

Como a fala e coerência ficam comprometidas, o paciente não consegue cantar com a destreza habitual.

U de urgência

Se todos os testes foram positivos, chame ajuda imediatamente.

Sempre vale lembrar que, quanto antes for o atendimento médico, maiores as chances de recuperação. Fique atento!

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Envelhecer é um processo natural da vida e não temos como escapar desta realidade, mas podemos direcionar nosso envelhecimento através de nossos hábitos e comportamentos.

Anos atrás, esta fase era vista como o “fim da vida”. Hoje, graças a evolução da tecnologia, da medicina e da sociedade como um todo, temos uma expectativa de vida muito mais longa, saudável e ativa. Isso se dá, principalmente, devido a substituição de velhos paradigmas e comportamentos nocivos.

Com o aumento da população idosa, ocasionado pela transição demográfica, uma série de profissionais e serviços específicos para esta faixa etária foram desenvolvidos. Entre eles estão a Geriatria e a Gerontologia.

Qual a diferença entre geriatria e gerontologia?

A Geriatria é uma especialidade médica cujo objetivo é prevenir e tratar doenças relacionadas ao envelhecimento, através da reabilitação física dessa população. Ela trata de condições que tradicionalmente assolam os idosos. Entre elas, as quedas, a falta de equilíbrio, as dificuldades na hora de realizar movimentos, os problemas de memória, os diferentes tipos de demência, a incontinência urinária e a osteoporose. Cuida, também, de condições que podem ser encontradas em todas as idades, como a pressão alta, a diabetes, o colesterol alto e até mesmo a depressão.

A Gerontologia é uma ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos e espirituais. São profissionais que agem de forma integrada sobre esses aspectos, afim de proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso, visando sua independência funcional.

Enquanto a Geriatria atua especificamente sobre os aspectos físicos, na promoção e cuidado de saúde ao indivíduo idoso, a Gerontologia foca na promoção de bem estar, com intervenções multidisciplinares que permitem maior qualidade de vida às pessoas idosas, de modo individual ou coletivo.

O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada. Sua formação o habilita a compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional. O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo. Ação essas que podem maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e seus familiares.

Sendo assim, cabe ao gerontólogo articular saberes de diversas ordens. O objetivo é uma maior amplitude e integralidade de conhecimentos que possam beneficiar o planejamento, a avaliação e o monitoramento do plano de ações voltadas para a população idosa e suas redes de apoio.

Nota Mão do Amor

Por toda nossa vida, planejamos nossa vida financeira para chegarmos “tranquilos” na velhice. Mas nada adianta tantos esforços se não houver a preocupação de chegarmos saudáveis para viver este momento em sua plenitude.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

As quedas são a principal causa de lesões, hospitalização e perda de independência funcional entre os idosos acima de 65 anos. Este alto número alerta para a importância do uso adequado dos dispositivos auxiliares de marcha (DAM), que são as bengalas, andadores e muletas.

Desde a antiguidade há registros do uso de bastão para a locomoção de deficientes físicos, como o patriarca bíblico Isaac e Tirésias, o profeta. Com o passar dos anos, estes dispositivos receberam ajustes e adaptações para que ofereçam mais conforto e segurança aos usuários.

De uma forma geral os auxiliares de marcha são indicados para:

  • Reduzir a carga nas estruturas da parte inferior do corpo inflamadas ou traumatizadas;
  • Melhorar o equilíbrio;
  • Dar mais firmeza à passada;
  • Reduzir as dores.

Os dispositivos auxiliares de marcha são usados com frequência por idosos ou pessoas afetadas por problemas nos ossos e articulações, como fraturas e artrose.

Eles são usados para fornecer maior liberdade de movimento e independência enquanto ajudam no equilíbrio. Além disso, a carga nas articulações dos membros inferiores pode ser reduzida, aliviando as dores articulares e compensando fraquezas ou lesões.

Apesar dos DAM’s visarem a melhoria da independência funcional, o equilíbrio e a redução dos efeitos de deficiências, a maioria dos portadores não é instruída sobre seu uso correto e muitas vezes utilizam modelos inadequados, danificados ou com altura inapropriada.

Conheça melhor cada um dos dispositivos auxiliares de marcha

BENGALAS

A principal função das bengalas é aumentar a base de apoio, melhorando assim o equilíbrio. Sua utilização se dá na mão oposta ao membro afetado, a fim de diminuir a sobrecarga na musculatura do quadril. As bengalas podem “absorver” cerca de 20% a 25% do peso do corpo, diminuindo a compressão das articulações e favorecendo o paciente em situações como subir e descer escadas.

Bengalas ajudam a redistribuir o peso de um membro inferior fraco ou doloroso. Além disso, aumentam a base de suporte e fornecem informação tátil ao usuário a respeito do piso para que este aumente o equilíbrio. Confira os detalhes de cada tipo de bengala:

BENGALA TRADICIONAL OU STANDARD

A bengala tradicional ou bengala reta é geralmente feita de madeira ou alumínio, sendo de custo menor e leve. As bengalas de madeira devem ser feitas conforme o tamanho do paciente, já as de alumínio são em geral ajustáveis.

BENGALA COM DOBRA OU OFFSET

Estas bengalas são feitas de alumínio e com comprimento ajustável. Em geral, são melhores do que as bengalas tradicionais para pacientes que precisam apoiar o peso do corpo na bengala, por exemplo em pacientes com artrose do quadril e joelho.

BENGALA MÚLTIPLOS APOIOS

Bengalas com múltiplos apoios (três ou quatro) aumentam a base de suporte e permitem uma descarga de peso maior. Outra vantagem é que estas bengalas ficam em pé sozinhas quando não utilizadas, o que libera as mãos para outras funções. A principal desvantagem é a necessidade de todos os apoios tocarem o chão simultaneamente, e isto pode ser difícil ou impossível para algumas pessoas, especialmente aquelas que caminham mais rápido.

TIPOS DE CABOS DE BENGALA

A bengala tradicional tem um cabo em formato de cabo de guarda-chuva, o que pode aumentar o risco ou os sintomas de síndrome do túnel do carpo. Um cabo mais plano distribui melhor a pressão nos músculos da mão. Sulcos para o polegar e outros dedos podem ser úteis. Cabos com pegas de metal devem ser usados com precaução pelo risco de escorregar no caso de transpiração excessiva.

ANDADORES

Os andadores são indicados e prescritos para qualquer pessoa com dificuldades de locomoção, seja temporária ou permanente. O andador funciona como um apoio para aqueles que perderam força e equilíbrio, permitindo um andar de forma mais firme.

Feitos em alumínio tubular, os andadores de idosos precisam ser leves e estáveis o bastante para dar a segurança que o usuário precisa. Costumam ter de 80 a 90 cm de altura, sendo indicados para pessoas de 1,50m até 1,90m. Existem três tipos de andadores de idosos, que diferem principalmente na questão dos apoios:

ANDADOR FIXO

Modelo com quatro apoios de borracha, indicado para pessoas com fraqueza nas pernas, mas que mantém a força nos membros superiores, já que o equipamento precisa ser levantado e colocado à frente a cada passo.

Exige um maior gasto de energia e permite uma marcha mais lenta, porém, seu preço é mais acessível.

ANDADOR DUAS RODAS DIANTEIRAS

Modelo híbrido, conta com duas rodas na frente e duas ponteiras de borracha fixas nos apoios de trás. Mais prático pois não é necessário erguer o equipamento para caminhar, permitindo acelerar mais os passos.

ANDADOR QUATRO RODAS

Apresenta rodas em todos os apoios, que podem ser fixas ou giratórias. Permite uma marcha mais rápida, mas não é indicado para pacientes que precisam de segurança, já que existe o risco de perder o controle sobre o equipamento.

Apesar de ser uma importante ferramenta de autonomia, os andadores para idosos requerem atenção quando falamos de segurança.

COMO ESCOLHER O ANDADOR IDEAL?

Apesar de terem estruturas bem semelhantes, inclusive no tipo de material, os andadores podem ter algumas diferenças importantes.

Conheça os principais pontos que devem ser levados em consideração na escolha de um modelo:

  • É o estado físico do paciente que define o melhor andador. Leve este ponto em consideração antes da compra;
  • Prefira modelos com regulagem ergonômica de altura, que garantem mais estabilidade de acordo com o terreno e a altura do paciente;
  • Observe o peso suportado pelo andador, que normalmente é de até 130 kg;
  • Atente se o andador é dobrável, o que facilita o deslocamento em porta-malas de carros e viagens de ônibus, por exemplo;
  • Siga sempre as orientações médicas e de profissionais de lojas especializadas;
  • Se necessário, procure um fisioterapeuta que possa auxiliar nos primeiros passos com o este aparelho.

MULETAS

Menos comuns de serem usadas por idosos, as muletas são úteis para indivíduos que necessitam usar seus membros superiores para sustentação de peso e propulsão. Essa transferência de peso para os membros superiores permite a deambulação funcional e, ao mesmo tempo, mantém uma situação de sustentação de peso restrita. Em geral, são utilizadas bilateralmente.

Muletas são úteis para os pacientes que necessitam usar seus braços para apoio e propulsão, e não somente para equilíbrio. Dependendo da maneira usada, as muletas podem retirar a carga de ambos os membros inferiores ou de um, em variadas quantidades. Entretanto, muletas requerem um substancial gasto de energia e força no braço e no ombro, sendo geralmente difíceis de serem usadas por idosos mais fracos. As muletas são classificadas em axilares e de antebraço (ou muletas canadenses).

MULETAS AUXILIARES

Muletas axilares são geralmente baratas e propiciam andar sem apoio nos membros inferiores, porém são geralmente incômodas e difíceis de usar. O apoio incorreto destas muletas na axila pode causar compressões nervosas ou de vasos.

MULETAS CANADENSES OU “DE ANTEBRAÇO”

Este modelo proporciona a retirada do apoio do membro inferior afetado. As muletas canadenses possuem uma espécie de “algema” que permite que a mão fique livre sem retirar a muleta do antebraço. Estas muletas são geralmente menos incômodas que as axilares.

Os riscos das bengalas, andadores e muletas

Nenhum dispositivo será o ideal para todas as situações. A seleção do dispositivo mais adequado depende da força do paciente, resistência, equilíbrio, função mental e questões do local onde o indivíduo se movimenta. As características das doenças afetando os membros inferiores ou superiores frequentemente determinam qual o melhor dispositivo.

A decisão de utilizar um dispositivo auxiliar de marcha deve ser pautada juntamente com um parecer profissional, como ortopedistas, neurologistas, osteopatas e fisioterapeutas.

Somente um profissional pode fazer um acompanhamento para avaliar o uso adequado e as condições do aparelho. O uso inadequado destes dispositivos pode ser prejudicial. Muitos pacientes param de usar seus dispositivos precocemente devido à falta de orientação e acompanhamento.

Ao mesmo tempo em que auxiliam a locomoção, os DAM’s podem aumentar o risco de quedas e lesões em idosos, especialmente se o modelo usado não estiver de acordo com as reais necessidades.

Outro risco refere-se ao estresse repetitivo nas articulações dos membros superiores, podendo causar lesões nos tendões, osteoartrose e síndromes de compressão nervosa e vascular.

Cuidados com o uso e locomoção

Os DAM’s são uma importante ferramenta de autonomia, mas requer atenção durante o uso. O ideal é que os ambientes da casa sejam pensados levando em conta o uso do aparelho.

Atenção a estes detalhes, que por descuido, podem causar acidentes:

  • Evite tapetes no chão;
  • As portas e corredores devem ser largos;
  • Mantenha móveis e objetos encostados na parede;
  • Cuide para que os pisos não sejam escorregadios;
  • Preste atenção caso existam crianças pequenas ou pets em casa;
  • Libere o caminho onde o usuário vai passar com o andador;
  • Remova obstáculos como fios e cabos;
  • O cuidado deve ser redobrado quando usado em rampas e terrenos inclinados;
  • Não use andador para subir ou descer escadas.

Caso você conviva com um idoso que faz uso de um DAM, seja paciente e acompanhe a velocidade dele. É ele que dita o ritmo da caminhada. Procure se posicionar sempre atrás do paciente, pois assim você deixa o caminho livre e ainda pode segurá-lo em caso de quedas.

Aspectos Psicológicos

Para muitos idosos, iniciar o uso de um DAM também significa um divisor de águas. É neste momento que a pessoa define que passará a depender de um dispositivo para suprir uma deficiência física, muitas vezes irreversível e progressiva.

Muitos expressam dificuldade de aparecer em público ou encontrar conhecidos, envergonhados que possam vê-los numa situação que demonstra fragilidade e debilitação.

É comum notarmos uma maior reclusão somados a momentos de depressão e agressividade, principalmente nos estágios iniciais, onde há necessidade de adaptação física e psicológica para o uso do dispositivo.

Neste momento, é crucial o apoio de familiares e amigos, mostrando que os DAM’s são ótimos auxiliares de locomoção e um importante instrumento para maior autonomia do idoso.

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Atualizado em 4 de novembro de 2021.

As quedas de idosos é um tema muito valorizado pela gerontologia, pois além de ser frequente, é um problema com consequências físicas, psicológicas e sociais.

Pessoas de todas as idades podem sofrer uma queda, claro. Porém, para os idosos as quedas possuem um significado muito relevante, pois podem levá-lo à incapacidade, depressão e até mesmo ao óbito.

Estudos mostram que 1/3 dos atendimentos hospitalares por traumas oriundos de quedas ocorrem com pessoas com mais de 60 anos.

75% dessas lesões acontecem dentro de casa;

46% ocorrem no trajeto entre o banheiro e o quarto;

34% das quedas geram algum tipo de fratura.

Mulheres são a maioria, já que vivem mais que homens e são mais suscetíveis à osteoporose, doença diretamente ligada à saúde dos ossos.

Principais motivos das quedas dos idosos

Quedas, escorregões e tropeções são a maior incidência de acidentes domésticos. Conheça os principais motivos:

  • Pisos molhados, úmidos ou encerados;
  • Andar só de meias ou usar chinelos e sapatos mal ajustados;
  • Móveis ou objetos espalhados pelo caminho;
  • Escadas com degraus de tamanhos diferentes ou altos;
  • Tapetes sem superfície antiderrapantes;
  • Banheira ou chuveiro sem barras de apoio ou tapete antiderrapante;
  • Má iluminação;
  • Soleiras das portas não niveladas com o chão;
  • Subir em banco ou cadeira;
  • Fios elétricos ou de telefone deixados no chão;
  • Tropeçar em animais domésticos;
  • Tontura ao levantar-se;
  • Visão ou audição alterada pela idade;
  • Perda do equilíbrio, muitas vezes causada por remédios;
  • Instabilidade corporal e flexibilidade reduzida.

Evite situações com risco de quedas

O importante é prevenir ao máximo os acidentes domésticos.

Algumas atitudes reduzem os riscos e garantem mais segurança ao idoso:

  • Mantenha os ambientes iluminados e organizados, com espaço amplo para o deslocamento do idoso;
  • Não use produtos deslizantes no chão;
  • Evite tapetes deslizantes pela casa;
  • Usar calçados adequados;
  • Instalar barras de segurança pela casa;
  • Quando necessário, disponibilizar o uso de muletas, andadores e cadeiras de rodas.

Adaptações que fazem a diferença

Com o passar do tempo, algumas adaptações na casa trazem mais segurança e autonomia ao idoso, garantindo mais tranquilidade para toda a família.

Estas mudanças podem ser estruturais, quando há necessidade de modificar a estrutura da residência, ou podem ser mais simples, como o uso certo de carpetes e tapetes.

  • Ajuste a altura de poltronas e sofás. Priorize poltrona individual com apoios laterais, facilitando o levantar;
  • Evite tapetes pela casa, e quando necessário use modelos antiderrapantes;
  • Evite excesso de móveis e prefira os arredondados;
  • Fogão e bancada de pia com altura de 80cm;
  • Utensílios, objetos e medicamentos mais usados devem estar em locais de fácil acesso;
  • Panelas com alças laterais e longas ajudam a dividir o peso, evitando queimaduras;
  • A altura da cama correta é quando o idoso se senta na beirada e consegue colocar facilmente os dois pés no chão;
  • Interruptores sempre perto da cama. Abajur é um aliado;
  • Corrimões e barras de apoio dão mais segurança para o idoso se levantar e andar;
  • Janelas acessíveis, leves e simples de abrir;
  • Trancas que abrem por dentro e por fora ajudam na eventualidade de o idoso passar mal e cair;
  • Vaso sanitário em altura maior facilita no momento de sentar e levantar;
  • Piso antiderrapante e fosco diminui o risco de quedas;
  • O ideal é box com porta de correr no banheiro;
  • Pisos e assoalhos não devem ter desníveis;
  • Pinte as bordas dos degraus de branco para uma melhor visualização, principalmente no escuro;
  • Se necessário, opte por rampas com corrimões em vez de degraus.

Cuidados com idosos após a queda

A queda, quando tem maiores consequências físicas, é só o ponto inicial de uma longa jornada. Dependendo da extensão das lesões, podem ser constatadas fraturas com indicações de procedimentos cirúrgicos para correção.

Depois, um programa de reabilitação deve ser cumprido para fortalecimento da região afetada e recuperação dos movimentos. O processo costuma ser longo e, em casos de lesões graves, pode levar meses, ou até mesmo anos.

As mudanças de decúbito geram uma grande preocupação neste momento, para evitar as úlceras de pressão, também conhecidas como escaras. Estas feridas se formam rapidamente, comprometem demais a qualidade de vida do paciente e requerem cuidados adequados, dispostos ao longo de muito tempo para a cicatrização.

Também é necessária uma atenção especial no aspecto psicológico do paciente. A vida cotidiana é impactada, visto que o idoso passa a restringir suas atividades com medo de uma nova ocorrência, sente-se impotente e triste, aumenta o isolamento social, além de acelerar o declínio na saúde.

O impacto social é ainda maior quando o idoso tem diminuição da autonomia e da independência ou passa a necessitar de cuidados profissionais.

Algumas vezes a família precisa se mobilizar para ajudar e apoiar o idoso, tanto nos cuidados básicos, como emocionalmente, já que é um período de grande propensão à tristeza e depressão.

É papel de todos ficarem atentos ao momento certo de introduzir estas mudanças e de conscientizar o idoso da necessidade de também seguir todos estes cuidados. Afinal, nossa casa tem que ser o nosso porto seguro!

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