Atualizado em 28 de julho de 2022.

Interação medicamentosa é um evento clínico que caracteriza-se pela interferência de um medicamento, alimento ou droga na absorção, ação ou eliminação de outro medicamento. Ou seja, a depender do medicamento, caso seja ingerido junto com um ou mais desses itens, é possível que a sua reação não obtenha os resultados esperados.

Os efeitos adversos são indesejáveis, desconfortáveis e perigosos, já que podem causar um quadro de internação e até mesmo óbito. Os sintomas mais comuns são reações alérgicas, sedação excessiva, confusão, alucinação, queda e sangramento.

Os tipos de interações medicamentosas

Medicamento-Medicamento

Problemas relacionados aos fármacos são comuns e incluem ineficácia, efeitos adversos, superdosagem e subdosagem, quando interagem entre si.

A maioria dos eventos mais graves envolvem 4 fármacos ou classes destes fármacos: varfarina, insulina, antiplaquetários orais e hipoglicemiantes orais. A incidência também é comum em medicamentos de uso psiquiátrico, como antipsicóticos, antidepressivos e sedativos hipnóticos.

Medicamento-Alimento

Até mesmo os alimentos podem interferir na ação de um medicamento. Isso porque os alimentos afetam diretamente no funcionamento do sistema digestório, que levam à alterações na secreção biliar e enzimática. Também interferem no tempo de absorção do medicamento, no esvaziamento gástrico, no ciclo intestinal e no fluxo sanguíneo, levando à falha no tratamento ou a um elevado risco de efeitos colaterais.

Como exemplos, leite e seus derivados, alguns tipos de chás e ervas, sal, cafeína, frutas cítricas, em especial, a toranja, que inibe o metabolismo do CYP3A, uma importante enzima presente no intestino e fígado.

Medicamento-Drogas

Drogas ilícitas, cigarros e bebidas alcoólicas são substâncias que, sozinhas, já trazem malefícios enormes aos sistemas orgânicos. Ao serem associadas com outros medicamentos, os riscos ficam ainda mais potencializados.

Interação medicamentosa em idosos

Os efeitos adversos da interação medicamentosa podem ocorrer em qualquer paciente, mas certas características dos idosos os tornam mais suscetíveis, como o uso regular de muitos fármacos, além da saúde mais frágil e a maior dificuldade em manter a homeostase.

As razões também envolvem a comunicação inadequada do paciente com os profissionais da área de saúde, particularmente nas transições de cuidados à saúde.

Um determinado fármaco administrado para tratar certa doença pode exacerbar outra doença, independentemente da idade do paciente, mas tais interações devem ser especialmente consideradas nos idosos. A distinção, muitas vezes sutil, entre os efeitos adversos dos fármacos e os da doença é difícil de ser identificada e pode levar a uma “cascata de prescrições”.

A cascata de prescrição ocorre quando o efeito adverso de determinado fármaco é interpretado de maneira equivocada como um sintoma ou sinal de um novo distúrbio, e se prescreve um novo fármaco para seu tratamento. O novo (e desnecessário) fármaco pode causar efeitos adversos adicionais, que podem ainda ser novamente interpretados de maneira equivocada como outro distúrbio, sendo tratado desnecessariamente, e assim sucessivamente.

Vários medicamentos têm efeitos adversos que lembram os sintomas de doenças comuns em idosos ou alterações causadas pelo envelhecimento.

Também é comum que idosos façam uso de ervas medicinais, suplementos dietéticos, drogas, mas não relatam o fato aos seus provedores de cuidados de saúde.

As drogas lícitas e ilícitas e algumas ervas medicinais podem interagir com os fármacos prescritos e provocar efeitos adversos. Portanto, os médicos devem questionar os pacientes especificamente sobre os suplementos alimentares, inclusive as ervas medicinais e suplementos vitamínicos.

Monitoramento inadequado

A maioria dos casos de interação medicamentosa ocorrem devido à falta de monitoramento do uso dos fármacos. Muitas vezes, o paciente é assistido por especialidades médicas diferentes, que podem prescrever suas receitas sem ter conhecimento das medicações que o paciente já faz uso.

Alguns cuidados podem evitar este tipo de ocorrência:

  • Documentar a receita médica para cada fármaco receitado;
  • Manter uma lista atualizada de fármacos usados para cada paciente;
  • Monitorar o resultado dos objetivos terapêuticos e outras respostas aos novos fármacos;
  • Monitorar as necessidades de exames laboratoriais para a eficácia ou efeitos adversos;
  • Revisar periodicamente as necessidades de uso contínuo.

Tais medidas são especialmente importantes para os pacientes idosos. A falta de monitoramento eficaz, especialmente após a prescrição de novos fármacos aumenta o risco de efeitos adversos e a ineficácia do fármaco.

Se possível, centralize as informações em um médico de confiança que possa compartilhar as informações e fazer a ponte com os outros profissionais envolvidos.

O Brasil é conhecidamente um dos países mais adeptos da automedicação no mundo

Uma pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF), por meio do Instituto Datafolha, constatou que a automedicação é um hábito comum a 77% dos brasileiros que fizeram uso de medicamentos nos últimos seis meses.

O ato de se automedicar pode provocar consequências graves, como causar interações medicamentosas, reações alérgicas, dependência e até mesmo o óbito. Muitas vezes, a automedicação camufla o estado do paciente e cria uma falsa ideia de alívio do sintoma, o que dificulta o diagnóstico correto de alguma outra patologia.

No caso dos idosos, a atenção deve ser redobrada, já que suas funções vitais costumam ser mais frágeis com relação a uma pessoa jovem. Entre os principais riscos da automedicação em idosos, estão:

  • Diminuição da função do fígado e dos rins, que são órgãos fundamentais no metabolismo e na eliminação das substâncias;
  • Interferência no tratamento de doenças crônicas, anulando ou até aumentando o efeito dos medicamentos utilizados;
  • Aumento de problemas mais sérios e recorrentes, como arritmia cardíaca, provocando as famosas quedas;
  • Redução do fluxo de sangue e aumento da pressão;
  • Redução da absorção de substâncias como cálcio e ferro essenciais nesta fase;
  • Dependência química do fármaco.

Também é importante ficar atento se o idoso está se automedicando de forma consciente ou não. Muitas vezes, eles podem confundir a dosagem e até mesmo a finalidade de cada fármaco. Caso esta situação seja confirmada, é importante ter uma pessoa responsável para administrar a rotina medicamentosa.

Dicas para evitar a interação medicamentosa

O uso de medicamentos associados merece atenção. Fique atento a estas dicas:

  • Um fármaco é considerado inadequado quando o potencial de dano é maior que o de benefício;
  • Muitos fármacos são mantidos erroneamente em uso contínuo, mesmo depois da resolução da condição aguda. Após o período de tratamento, suspenda o uso;
  • Algumas classes de fármacos são de especial preocupação em idosos. Alguns são tão problemáticos que devem ser evitados em qualquer circunstância;
  • O caso realmente exige tratamento medicamentoso? Alguns fármacos frequentemente prescritos para sintomas leves (como analgésicos, hipnóticos ou laxantes) podem ser resolvidos com tratamentos não farmacológicos, como alimentos e tratamentos terapêuticos;
  • Diga não à automedicação. O uso de remédios de maneira incorreta ou irracional pode trazer consequências como intoxicação, reações alérgicas, dependência e até óbito.

Soluções

A solução para o uso inadequado de medicamentos requer mais do que só fazer uso de poucos remédios e ter atenção às categorias de fármacos preocupantes.

É preciso avaliar regularmente o tratamento farmacológico como um todo para determinar a necessidade de se continuar um determinado fármaco, bem como o potencial benéfico em relação aos danos.

A eficácia também é comprometida pela adesão do paciente idoso ao tratamento. Muitos não fazem uso dos fármacos indicados, seja por negligência ou inacessibilidade aos medicamentos, podendo interferir na ação do medicamento que está em uso regular.

Eles também podem se confundir com as dosagens, frequências, ou não saber diferenciar os medicamentos que tenham em posse.

É sempre importante manter uma comunicação honesta com toda a equipe médica e multidisciplinar, informando sua rotina alimentar, se faz uso de alguma droga, incluindo o consumo, a quantidade e a frequência do uso de remédios.E, no caso de idosos, é sempre importante o acompanhamento de um cuidador, seja familiar ou profissional, para ministrar adequadamente o uso dos medicamentos.

Atualizado em 23 de junho de 2022.

A cognição é um termo usado para se referir à capacidade de adquirir conhecimento e desenvolver emoções, tendo como base o raciocínio, linguagem e memória.

Nos primeiros anos de nossas vidas, o processo de aprendizado é muito dinâmico e, nesta fase, é comum que pais e professores estimulem a criança com jogos e brincadeiras educativas, com intuito de desenvolver novas habilidades do cérebro.

Quando chega a terceira idade, esta capacidade cognitiva que tanto desenvolvemos ao longo da vida começa a mostrar sinais de declínio. Portanto, é preciso procurar novas maneiras de manter o cérebro ativo e novamente os jogos mostram-se muito eficientes nesse trabalho, sendo recomendados por médicos e terapeutas ocupacionais.

As deficiências cognitivas, principalmente as relacionadas com a perda da memória, estão entre os principais transtornos que acometem as pessoas da terceira idade. Alguns jogos trazem benefícios que ajudam a combater e a prevenir algumas dessas doenças, além de facilitar as atividades cotidianas.

Com o desgaste da memória, é normal o idoso apresentar dificuldades na execução de atividades simples da rotina, como tomar banho, cuidar das finanças, preparar os alimentos, entre outras. Esse é um processo frustrante, que pode desencadear desânimo, tristeza, e em casos mais graves, a depressão.

Os jogos não podem ser considerados apenas como entretenimento, já que exercitam o cérebro, potencializando a aprendizagem, estimulando a produtividade mental, preservando determinadas habilidades e garantindo qualidade de vida para idosos de maneira descontraída e prazerosa.

Os jogos, assim como exercícios físicos e passeios, podem estimular atividades cerebrais essenciais, já que requerem o raciocínio lógico, a memória, a tomada de decisão e outras habilidades. Além dos benefícios cerebrais, alguns jogos precisam ser jogados com mais de uma pessoa, proporcionando também a interação social. Isso também é imprescindível, pois contribui para manter a saúde emocional e os relacionamentos interpessoais.

Na hora de escolher o jogo, leve sempre em consideração o estágio cognitivo do jogador. Há jogos que exigem maior atenção e interatividade e alguns idosos podem ter dificuldades para executá-los, podendo não entender ou simplesmente esquecer das regras, gerando frustrações. Nestes casos, é necessário a presença de uma pessoa orientando cada passo a ser executado, podendo ser um familiar, um cuidador, amigo ou mesmo um profissional da saúde mental. Com paciência, é possível motivar e entreter o idoso durante um longo período através de um instrumento muito divertido: o jogo.

Sendo assim, vamos abordar os diferentes tipos de jogos que são interessantes para pessoas que já apresentam distúrbios cognitivos como também para aqueles que querem preveni-los, ou mesmo retardá-los. São eles:

Jogos individuais

Jogos coletivos

Jogos eletrônicos

Jogos individuais

São os jogos que podem ser executados por um único jogador, com ou sem supervisão de outra pessoa.

Ótimos para serem praticados em casa já que não precisam de um oponente e podem ser executados com calma, sem se preocupar com a duração para execução.

Jogo da Memória

O próprio nome já entrega seu maior benefício: a memória!

Exige que o jogador exercite o raciocínio para identificar as peças iguais. O cérebro trabalha com o intuito de guardar as informações ao longo da atividade, reduzindo a perda das habilidades cerebrais.

Este jogo também influencia na habilidade de executar outras atividades cotidianas. Isso contribui para reduzir a necessidade da ajuda de terceiros e promove autonomia, o que é essencial nessa fase.

O jogo da memória otimiza a capacidade de compreensão, pois são estimuladas as áreas do cérebro que costumam atrofiar com o passar do tempo, proporcionando mais segurança e tranquilidade para executar as atividades do dia a dia.

Palavras Cruzadas

Muito populares mundo afora. Não à toa estampam diariamente as páginas de jornais e há editoras especializadas na publicação de diversas versões e níveis de dificuldade. Seus benefícios são cruciais: manutenção da bagagem de conhecimentos adquiridos ao longo da vida, além da aquisição de novos saberes. É uma atividade muito boa para manter o cérebro atuante e preparado para novas descobertas, aumenta a capacidade de raciocínio lógico, estimula a atenção e trabalha a memória.

Quebra-cabeças

Contribui para estimular o raciocínio lógico, coordenação motora e a tomada de decisões. Para que o idoso vá evoluindo na atividade, é importante começar com jogos de poucas peças, aumentando a dificuldade aos poucos.

À medida que evolui, a pessoa exercita cada vez mais a capacidade de desenvolver habilidades matemáticas e espaciais. Isso acontece porque esse exercício envolve a capacidade de encontrar a melhor solução ao mesmo tempo em que o jogador tem a necessidade de escolher as peças que deverão ser encaixadas. Desse modo, a habilidade de resolver problemas lógicos e emocionais é fortalecida.

Sudoku

De origem japonesa, pode parecer uma opção complicada, mas também traz benefícios interessantes para a fase idosa. Esse é um dos tipos de jogos mais indicados, pois exercita a memória, estimula a busca pelo raciocínio lógico e incentiva a memória visual. Além disso, estimula o convívio com os números, importante para outras tarefas cotidianas.

Jogos de Blocos

Podem ser blocos de montar ou blocos para empilhar. O objetivo desta atividade é desenvolver a coordenação motora, lateralidade, percepções de posição e coordenação espacial através do entretenimento. O raciocínio lógico também é trabalhado, já que o jogador precisa calcular o posicionamento de cada peça.

Jogos coletivos

Os jogos coletivos exigem a presença de dois ou mais jogadores. A maior vantagem desta categoria, além do estímulo cognitivo, é a oportunidade de interação social. Afinal, nada melhor do que juntar a diversão com a companhia de amigos ou familiares.

Aqui, é possível convidar amigos e familiares a jogarem em suas próprias residências, trazendo um movimento para dentro de seu ambiente. E melhor ainda se puder reunir o time em outros lugares, como praças, clubes e casa de amigos, fazendo com que o idoso tenha vida social fora de casa. Como jogos coletivos, indicamos:

Xadrez

Símbolo de inteligência e concentração, o xadrez é ótima opção para desenvolver o raciocínio lógico e estratégico. Ele deve ser jogado entre duas pessoas, proporcionando momentos de descontração e alegria. O jogo contribui para melhorar a desenvoltura no momento das decisões, ajudando o idoso a resolver problemas e a encontrar soluções para as tarefas cotidianas.

Bingo

Muito apreciado pelos idosos, é um ótimo exercício mental. Por mais simples que possa parecer, desenvolve a atenção e a coordenação motora, já que o jogador precisa ouvir o narrador, preencher a cartela rapidamente e ainda ficar atento aos números que restam.

É um momento de convívio social prazeroso, conhecido por causar motivação aos idosos. Durante os jogos, eles podem rever os amigos, colocar a conversa em dia e ainda conhecer novas pessoas, fatores relevantes para a saúde emocional.

Dominó

Conhecido como o “jogo dos aposentados”, é comum ver grupos de idosos jogando dominó nas praças das cidades, de norte ao sul do país.

Além de ser uma atividade lúdica e divertida, o dominó é muito bom para desenvolver o raciocínio lógico e a tomada de decisões. O jogador aprende a sair de situações difíceis, contabilizar as peças, mantém um convívio social e ainda exercita a memória durante as partidas.

Baralho

Jogos de cartas costumam estimular nossas memórias afetivas. Quem não tem uma boa história que envolva jogatina com amigos ou familiares?

Um instrumento super versátil pois são muitas as possibilidades de jogar. Há jogos mais complexos, como pôquer e tranca, outros mais fáceis de executar, como rouba monte e burro. Todos mostram-se eficazes para trabalhar a concentração, foco, lógica e raciocínio.

A diversão está garantida em qualquer nível de dificuldade. Um ótimo instrumento para estímulos cognitivos e socialização.

Jogos eletrônicos

Estamos em 2022 e esta categoria não poderia ficar de fora.

Tanto que todos os jogos individuais e coletivos citados neste artigo estão disponíveis para serem jogados online, nas suas mais diferentes versões e níveis de dificuldade.

Hoje há empresas especializadas no desenvolvimento de aplicativos de jogos direcionados a este público. Como exemplo, o app Cérebro Ativo, desenvolvido pelo brasileiro Fabio Ota através de um estudo científico realizado com voluntários idosos. Sua tese comprovou que os games são capazes de estimular a cognição e retardar a evolução do declínio cognitivo, em especial o Alzheimer.

Estamos só no início desta nova jornada no mercado de games. É necessário levar em consideração que a próxima geração de idosos já estará acostumada ao uso de aparelhos eletrônicos, especialmente o celular. É natural que este desenvolvimento mais acelerado aconteça.

Dica Mão do Amor: A maioria dos idosos não possuem habilidades ou coordenação para acessar um celular ou computador. Nestes casos a presença de um cuidador se faz necessária, seja um familiar ou um profissional. É preciso que alguém abra o aplicativo, explique cada passo, podendo até mesmo segurar o aparelho para o jogador.

Atualizado em 22 de fevereiro de 2022.

Já sabemos que atividades físicas para idosos (e jovens também!) são um dos pilares para uma vida melhor e fundamental para o bom funcionamento do corpo. Exercícios físicos regulares melhoram a qualidade de vida, favorecem o bem-estar, a disposição, o sono, e ainda colaboram na prevenção de várias doenças.

Melhor ainda se puderem ser praticadas ao ar livre, pois além dos benefícios citados acima, agregam ainda mais vantagens, como respirar ar puro, entrar em contato com a natureza e estimular a produção da vitamina D por meio da exposição à luz solar.

Neste artigo queremos apresentar algumas opções de atividades físicas ao ar livre que são muito recomendáveis aos idosos:

  1. Academias ao Ar Livre
  2. Caminhadas
  3. Alongamento
  4. Tai Chi Chuan

Academias ao Ar Livre

Academia ao ar livre

No Brasil, a primeira Academia ao Ar Livre foi criada em 2008 pela Secretaria de Esportes da cidade de Maringá, com intuito de incentivar os idosos a praticarem exercícios físicos e saírem do sedentarismo. A ideia foi um sucesso e, rapidamente, se popularizou por todo o país.

Também conhecida como ATI (Academia da Terceira Idade) ou Playground da Longevidade, o espaço é formado por um conjunto de aparelhos apropriados para a prática de exercícios físicos de baixo impacto, especialmente adaptados para quem já entrou na terceira idade.Além de cumprir muito bem seu papel principal (exercitar idosos), as academias trouxeram benefícios à toda população:

  • Aumenta a disposição física e autoestima dos praticantes;
  • Gratuidade, garantindo a inclusão social;
  • Durabilidade dos aparelhos;
  • Baixo custo para a construção e para a manutenção dos aparelhos;
  • Pode ser construída em espaços reduzidos;
  • Embelezam as cidades, já que transformam espaços públicos esquecidos em áreas bonitas e bem aproveitadas;
  • Apesar de ser adaptado para idosos, todas as idades podem usufruir, gerando interação e opção de lazer entre gerações.

É necessário que cada praticante utilize os aparelhos corretos para sua condição física e siga corretamente as instruções de uso. Como geralmente não há preparadores físicos nestas academias, é importante que cada um entenda seus próprios limites.

Felizmente, as academias ao ar livre estão cada vez mais populares, tanto em iniciativas públicas, como privadas. Algumas prefeituras colocam instrutores físicos à disposição para a população, para orientá-los sobre o uso correto dos equipamentos e adequar o programa de exercícios de acordo com cada pessoa.

A Academia ao Ar Livre é uma alternativa econômica e muito eficaz, que envolve desde o bem-estar físico do idoso, até suas relações pessoais e sociais.

Vale lembrar que em tempos de pandemia, o uso das academias deve acontecer sem aglomerações e com uso de máscara. Higienize os aparelhos com álcool em gel antes e após o uso.

Caminhadas

Caminhada ao ar livre

A prática de caminhadas melhora o condicionamento físico, mantém a estabilidade do peso, ajuda a regular a pressão arterial e colesterol, além de reduzir o risco de doenças cardíacas, pulmonares, osteoporose, diabetes, demências e câncer.

Caminhar não exige habilidade, não tem custos, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia e não tem restrição de idade.

O hábito de caminhar, mesmo que apenas 15 minutos por dia, também é eficaz para a saúde mental, pois aumenta a sensação de bem estar, o bom humor, a disposição, e é considerado um ótimo aliado no tratamento da depressão.

Praticar a caminhada em áreas verdes, como parques e jardins, colocam o idoso em contato direto com a natureza. Um estímulo e tanto!

Alongamento

O alongamento é uma forma leve, simples e eficaz de estar ativo. Idosos com boa flexibilidade são mais dispostos, independentes e, geralmente, têm a autoestima aumentada, refletindo em seu bem-estar e qualidade de vida.

A partir dos 50 anos percebe-se que os músculos já não são mais tão vigorosos, pois com o passar do tempo, há uma propensão ao encurtamento muscular e diminuição da flexibilidade. Esta limitação articular gera a perda de equilíbrio, da coordenação motora e tônus muscular, podendo comprometer a independência dos movimentos.

Exercícios de alongamento devem ser inseridos na rotina para uma vida mais equilibrada. Eles estimulam os músculos e articulações, aumentando o bombeamento do sangue para o corpo e diminuindo a perda de massa muscular.

O alongamento estimula o bem-estar físico e emocional do idoso, mas devem ser realizados com cuidado para evitar lesões.

Por isso, se possível, recomenda-se a consulta a um profissional antes da realização das atividades. Só ele pode checar se essas atividades devem ser feitas de forma independente ou supervisionada e se há alguma condição crônica que impeça o paciente de realizá-las.

Tai Chi Chuan

Tai Chi Chuan ao ar livre

O Tai Chi Chuan é uma prática milenar que nasceu na China como arte marcial, mas atualmente é mais conhecida como forma de meditação e de atividade física. Por ser muito suave, o Tai Chi Chuan pode ser praticado por pessoas com restrições para atividades físicas mais vigorosas.

De acordo com os ensinamentos chineses, os exercícios permitem trabalhar uma força energética interna, fazendo-a fluir por todo o corpo, proporcionando bem-estar físico e psíquico. Entre os benefícios, destacam-se:

  • Redução da pressão arterial;
  • Maior controle da respiração;
  • Revigora o corpo e a mente;
  • Fortalecimento muscular e equilíbrio físico;
  • Traz a serenidade através dos movimentos e da filosofia difundida;
  • Incentiva o senso de comunidade, já que geralmente é praticado no coletivo.

O Tai Chi Chuan está muito associado às praças e parques, especialmente pela manhã, já que a prática é ainda mais efetiva se praticada em ambiente silencioso e cercado de natureza. Para começar, é recomendável procurar um mestre ou instrutor.

Dicas para atividades físicas ao ar livre

Siga essas dicas para praticar atividades ao ar livre com segurança e evitar possíveis problemas:

  • Oriente-se com seu médico antes de começar a realizar as atividades físicas;
  • Realize os exercícios com calma, com movimentos lentos e constantes;
  • Respeite os limites do seu corpo e interrompa o movimento ao primeiro sinal de dor;
  • Escolha um local bem arejado e que não tenha um piso escorregadio ou desnivelado;
  • Use roupas leves e confortáveis;
  • Use calçados adequados, de preferência com solados antiderrapantes;
  • Não se exercitar em jejum;
  • Mantenha-se hidratado;
  • Atividades físicas feitas durante o dia pedem o uso de protetor solar.

A prática de atividades físicas é um dos pilares da vida saudável e independente. Adote esta ideia e aproveite cada benefício.

Atualizado em 11 de novembro de 2021.

A alimentação do idoso deve ser preenchida com um cardápio variado, rico em proteínas, vitaminas, carboidratos, frutas e legumes, sempre priorizando o consumo de alimentos naturais e evitando os industrializados.

Alimentação saudável e balanceada

Sempre soubemos que devemos manter uma alimentação saudável e balanceada, em qualquer fase de vida. Porém, com o avanço da idade, nosso corpo passa por grandes mudanças fisiológicas e psíquicas que exigem maior consumo de alguns grupos alimentares.

Fibras

As fibras são importantíssimas na alimentação para idosos. Elas controlam a glicose, reduzem o colesterol e, até mesmo, previnem o câncer de cólon. Fibras aumentam a sensação de saciedade e ajudam na regularidade intestinal. O farelo de aveia é um ótimo ingrediente. Ele tem sabor super suave e é fácil de incluí-lo nos preparos.

Ômega 3

Outro nutriente-chave é o ômega 3, presente no salmão, sardinha, farinha de chia, nozes e na linhaça. A substância tem uma função anti-inflamatória e ainda auxilia na prevenção e no controle de doenças como diabetes e artrite.

Proteínas

As proteínas são excelentes para combater a anemia. Por isso, vale a pena inserir, no cardápio, carnes vermelhas. Isso porque a falta de ferro pode trazer várias consequências, como cansaço excessivo, dores de cabeça, entre outros. Os idosos perdem massa magra, que pode ser mantida por meio da ingestão de proteínas com baixo teor de gordura, como carnes brancas, grão-de-bico, lentilha e feijão.

IMPORTANTE: No caso de idosos, além da dieta alimentar, também é necessário ficar atento a outros fatores que podem interferir na nutrição apropriada.

Interferências na alimentação do idoso

  • Problemas odontológicos, como falta de dentes ou próteses mal ajustadas;
  • Dificuldades de deglutição;
  • Diminuição ou perda do paladar e olfato;
  • Problemas psico-geriátricos, como depressão, apatia ou solidão;
  • Uso de medicamentos que geram efeitos colaterais como azia e perda de apetite;
  • Doenças que geram perda de peso e/ou apetite;
  • Desidratação. Além do corpo necessitar de muita água para nos manter saudáveis, a falta de líquidos pode obstruir o intestino.

Muitos idosos não têm alguém para preparar suas refeições, levando-os a optarem por alimentos de rápido preparo e pobres de nutrientes, como comidas industrializadas congeladas. Preste atenção neste detalhe e ajude se for necessário.

O controle de peso do idoso é muito importante e deve ser feito mensalmente. Ele é o melhor indicador de deficiências na alimentação e na correta absorção dos nutrientes.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Queremos falar de um assunto super sério e atual: a recuperação total de idosos pós-Covid, em especial para aqueles que tiveram sintomas graves e/ou passaram por internação.

Algumas pessoas que contraíram o Coronavírus podem continuar a apresentar os sintomas mesmo após o fim da infecção. Esses casos são conhecidos como “síndrome da pós-Covid” e, em algumas circunstâncias, os pacientes precisam de ajuda profissional especializada para retomar as atividades instrumentais como trabalhar e fazer compras, ou mesmo as mais básicas como se alimentar ou cuidar da higiene.

Esta condição é mais comum em idosos, maior grupo de risco da doença

Após o fim da infecção, os pacientes estão fracos, cansados, ofegantes, e importantes partes do corpo podem estar comprometidas, como pulmões, coração, rins, intestino, sistema vascular, sistema muscular e até mesmo o cérebro.

Neste período, o paciente pode passar por diversos tipos de tratamentos, que incluem fisioterapia muscular e pulmonar, exercícios físicos específicos, dieta balanceada, muita hidratação, além de acompanhamento médico frequente.

Este acompanhamento médico pode ser online, porém, dependendo das condições do paciente, pode ser necessário o agendamento de consultas à cardiologistas, pneumologistas, clínicos gerais, além de sessões de fisioterapia eficazes na recuperação dos músculos e principalmente dos pulmões.

Sequelas pós-Covid

O Coronavírus pode deixar sequelas e os afetados podem até serem jovens e saudáveis. Porém, a proporção de pessoas com sequelas pós-Covid é muito mais expressiva em idosos.

A maior preocupação, porém, é a incerteza sobre a reversibilidade dos danos.

As principais sequelas são: cansaço, falta de ar, danos em órgãos vitais, fraqueza e atrofia muscular, distúrbios psicológicos, neurológicos ou cognitivos.

Cartilha de orientações pós-Covid

O Hospital A.C. Camargo divulgou uma cartilha com orientações básicas para aqueles que se recuperaram do Covid-19, em especial aos que necessitaram de internação hospitalar.

A cartilha não substitui uma avaliação por uma equipe profissional de reabilitação, porém, orienta de maneira correta sobre alguns protocolos importantes a serem tomados.

Conheça os principais pontos abordados:

Saúde Mental

Uma internação hospitalar por Covid-19 causa um grande impacto emocional, gerando reações como tristeza, raiva, angústia, ansiedade e medo. Estes sentimentos podem gerar Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), depressão e transtorno de ansiedade.

Em muitos casos, os sintomas aparecem após a alta hospitalar e podem permanecer por um certo tempo. O idoso com qualquer sintoma de transtorno psicológico precisa ter acompanhamento com profissionais da saúde mental como psicólogos, terapeutas ocupacionais e psiquiatras.

Nutrição

Além de uma alimentação balanceada com todos os grupos alimentares, pode haver a necessidade de suplementos nutricionais indicados por um nutricionista, de acordo com a necessidade individual de cada paciente.

A dificuldade de engolir é frequente em quem teve que ser intubado. Conhecida como DISFAGIA, os músculos usados para mastigar e/ou engolir – lábios, língua, céu da boca e garganta – tornam-se fracos ou descoordenados.

Perder o prazer ou a segurança de alimentar-se implica em perda de qualidade de vida, além do aumento do risco de infecções. É preciso ficarmos atentos!

Importante: A hidratação é tão importante como a alimentação balanceada.

Exercícios Físicos

Os exercícios ajudam a melhorar a disposição física e mental, da força muscular e flexibilidade, e mantém o indivíduo mais ativo para poder retornar mais rápido às suas atividades cotidianas.

A Covid-19 afeta diretamente os pulmões e o vigor físico dos infectados. Voltar a se exercitar pode ser um grande desafio.

No caso de idosos, os exercícios devem ser em intensidade baixa ou moderada, sempre respeitando suas limitações. Caminhadas e exercícios com pesos leves são os mais indicados.

Na cartilha também é possível encontrar mais detalhes e orientações sobre alimentação, saúde mental, além de um passo a passo dos exercícios físicos ideais para esta etapa (com ilustrações).

A recuperação da Covid-19

Uma pessoa só é considerada 100% recuperada quando não apresentar mais nenhum sintoma e quando voltar a executar todas as tarefas de forma segura e independente. Isso inclui desde as atividades mais básicas, como a higiene pessoal e a alimentação, até a reintegração social e profissional.

Infelizmente, este caminho para a recuperação total pode ser longo e trabalhoso. Além do empenho do paciente, há muitos fatores que influenciam na recuperação.

Pacientes que passaram por internação precisam de acompanhamento profissional durante todo o processo de recuperação pós-Covid. Este profissional (ou responsável) deve garantir que todas as etapas do tratamento estão sendo cumpridas e auxiliá-lo em todas as atividades que forem necessárias.

– Antônio Carlos Grecco, diretor da Mão do Amor

A Mão do Amor conta com uma equipe treinada para melhor assistir um idoso em processo de recuperação do Covid-19. Temos planos que disponibilizam um cuidador qualificado para acompanhar o paciente em consultas, auxiliar nos exercícios, controlar dieta e medicamentos, além de ajudar nas atividades rotineiras, como banho e locomoção.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Hoje queremos falar de um assunto delicado, porém necessário: a delicada convivência com um familiar doente de Alzheimer e todo o suporte que podemos dar para melhorar sua qualidade de vida.

Mas antes, vamos entender melhor o que é Alzheimer (ou mal de Alzheimer) e o que esperar de um paciente com demência decorrente da doença.

O Alzheimer é uma doença com incidência em idosos. Ela pode apresentar sintomas em pessoas acima de 65 anos, mas muito mais comum após os 85 anos de idade.

Principais sintomas do Alzheimer ou mal de Alzheimer

  • Perda de memória – por exemplo, esquecer qual é o caminho para casa, nomes e lugares, ou até mesmo acontecimentos do dia anterior;
  • Mudanças de humor – a doença pode danificar partes do cérebro que controlam as emoções, fazendo com que os pacientes possam ficar com medo, raiva ou tristes de uma maneira muito rápida e imprevisível;
  • Problemas de comunicação – diminuição da capacidade de falar, ler e escrever.

A perda de memória, as mudanças de humor e as dificuldades na comunicação verbal são alguns dos sintomas que impactam diretamente nas relações sociais e familiares. Portanto, vamos dar algumas dicas simples para melhorar a convivência com uma pessoa com Alzheimer.

6 dicas para conviver melhor com uma pessoa com Alzheimer

  1. Respeitar a dignidade da pessoa, focando no que ela consegue fazer, ao invés do que não consegue mais fazer;
  2. Ser amável e bom ouvinte, apoiando e aceitando a pessoa doente com paciência e carinho;
  3. Ajudá-la em tarefas simples, como cozinhar e se vestir;
  4. Investigar e entender mais sobre a doença pode tornar a convivência mais harmoniosa;
  5. Traga estímulos e entretenimento através de exercícios cognitivos;
  6. E lembre-se também, de reservar tempo para outras pessoas ligadas à pessoa, como o parceiro(a) de vida, filhos e netos, entre outros.

Dicas práticas para ajudar a pessoa com Alzheimer

Especialmente nos primeiros estágios da doença, existem várias coisas simples que podem ser feitas para que o idoso consiga manter sua independência:

  • Encorajar o paciente a manter uma agenda para anotar consultas, lista de coisas para fazer, pensamentos e ideias;
  • Manter objetos sempre no mesmo lugar, como chaves, óculos e dinheiro;
  • Colocar etiquetas e avisos em armários e portas;
  • Escrever números de telefones importantes onde possam ser facilmente vistos;
  • Incluir rótulos em fotos da família;
  • Marcar a data em um calendário colado na parede;
  • Sempre que possível, usar lembretes para a realização de afazeres, como fechar a porta com chave durante a noite, desligar o gás ou descartar o lixo.

Demonstre que você entende e se importa!

Um diagnóstico de Alzheimer pode causar emoções difíceis de lidar, tanto para o idoso que sofre a doença como para as pessoas que o rodeiam. Nos estágios iniciais, os pacientes procuraram falar sobre suas ansiedades e problemas que estão experimentando. Tente entender como eles estão se sentindo. Escute, deixe eles falarem, mostre que você está junto e que se importa. Não perca a oportunidade de dizer o quanto você a ama e respeita.

Quando alguém está com Alzheimer, vai necessitar:

  • Reafirmar que ainda tem valor para as outras pessoas, e que seus sentimentos são importantes;
  • Evitar ao máximo estresses externos;
  • Fazer atividades e ter estímulos apropriados, para manter-se ativo e motivado por um período maior de tempo.

Muitas pessoas com Alzheimer podem desenvolver comportamentos inusitados ou que pareçam inapropriados. Lembre-se que essas atitudes podem parecer perfeitamente racionais para elas.

Uma pessoa com demência pode ficar nervosa numa tentativa fracassada de se comunicar com as pessoas ao redor. Tente se colocar no lugar dela e procure interpretar o que estão querendo expressar ou como estão se sentindo. Empatia é fundamental.

Para finalizar e se você se sentir à vontade, compartilhe aqui com a gente sua experiência. Sugira outras dicas ou se tiver outra opinião ficaremos muito felizes em saber.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Classificado como o maior órgão do corpo humano, a pele se transforma no decorrer dos anos. E estas mudanças da pele dos idosos vão além da aparência estética.

Nesta fase da vida a pele se torna mais fina e muito friável, com perda de até 20% de sua espessura na derme e epiderme. Entre as alterações fisiológicas do tecido celular destacam-se:

  • Maior fragilidade cutânea e menor capacidade da pele de atuar como barreira contra fatores externos, como infecções;
  • Termorregulação deficiente, decorrente da diminuição do número de glândulas sudoríparas;
  • Pele mais seca e rugosa, pois com a redução do número de glândulas sebáceas, há menor produção de óleo, e consequentemente, mais ressecamento e maior flacidez (diminuição da elasticidade).

Estes processos são muito naturais, afinal, o envelhecimento traz a perda da hidratação, da elasticidade e oleosidade da pele. Os cuidados são necessários, pois devido ao fato de estar tão exposta, a pele torna-se frágil e vulnerável ao aparecimento de infecções ou machucados.

Felizmente, é possível criar alguns hábitos que ajudam a preservar a pele do idoso.

Hidratação da pele

Use produtos específicos em todo o corpo. Passar hidratante após o banho é o ideal, já que os poros estão mais abertos e o vapor da água ajuda o creme ou óleo a penetrar na pele.

Os hidratantes mais indicados para os idosos são aqueles com substâncias que são umectantes e ajudam a restaurar a barreira de proteção natural da pele, como glicerina, ceramidas, pantenol, ureia, lactato de amônio e manteiga de karité.

Não se esqueça de também hidratar também os pés, orelhas e lábios.

Tome banhos mornos

Banhos demorados e muito quentes causam ressecamento da nossa pele. O ideal é tomar banhos de até 10 minutos e com água morna, em torno de 37ºC (que se assemelha a nossa temperatura corporal).

Não esfregue a bucha com força, esta ação pode ferir a pele.

Escolha sabonetes e shampoos neutros, à base de óleos vegetais.

Beba muita água

Beber água é um hábito fundamental para o corpo todo. A tendência é que o idoso sinta menos sede. Por isso, mantenha uma rotina diária para beber pelo menos 2 litros de água, mesmo sem vontade.

Proteja-se do Sol

O grande vilão da pele. Os raios solares causam aumento da velocidade do envelhecimento, então nunca deixe de passar protetor solar no corpo diariamente. Ao se expor ao sol, use óculos de sol, bonés, chapéus, e claro, procure estar na sombra.

Cuidados em todas as idades

O importante é cuidar da pele no decorrer de toda a nossa vida. Todas as ações que mostramos aqui são válidas para todas as idades. Quanto mais jovem começarmos os cuidados, maior a garantia que a pessoa envelheça com a cútis muito mais forte e bem cuidada.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Boa parte dos idosos do país já estão vacinados contra a Covid-19. Consequentemente, o índice de mortalidade desta população já começa a cair consideravelmente.

O clima agora começa a ser de otimismo, esperança e motivação. Mas será que já podemos tirar as máscaras e começar a planejar aquele churrasco em família ou aquela viagem que ficou pendente?

Infelizmente, ainda não!

Vale ressaltar que ainda é preciso ser consciente mesmo depois de vacinado. Ainda não é momento para relaxar nos protocolos de prevenção.

Por que preciso continuar me protegendo?

Mesmo tendo recebido as duas doses da vacina contra a COVID-19, ainda é possível se infectar e transmitir o vírus. Isso porque as vacinas possuem seus percentuais de eficácia, ou seja, elas reduzem o risco de contágio, a mortalidade, e amenizam os sintomas.

O indivíduo vacinado não deve abandonar as medidas protetivas pois ele ainda pode se infectar e transmitir para outras pessoas.

Na prática, quem tomar a vacina ainda poderá desenvolver a Covid-19, mas com maior probabilidade de contrair a forma leve da doença, sem a necessidade de hospitalização. Por outro lado, os não vacinados tem cinco vezes mais chances de precisar de atendimento médico.

Dessa maneira, as medidas de higiene e distanciamento são ainda necessárias. Isso até que a maior parte da população tenha recebido as duas doses da vacina,

As pessoas vacinadas devem continuar a:

  • Usar máscaras
  • Lavar as mãos com frequência
  • Evitar aglomerações e praticar o distanciamento social

Lembre-se: A pessoa vacinada é considerada imune 2 semanas após ter tomado a segunda dose.

O intervalo entre uma dose e outra é de 21 a 28 dias para a Coronavac e de 12 semanas ou 84 dias para a vacina da Oxford/AstraZeneca/FioCruz.

Nota Mão do Amor

Ainda é importante estar atento para a aparição de sintomas da COVID-19, especialmente se houve contato com algum infectado. Se apresentar sintomas, é necessário fazer o teste, consultar seu médico e ficar em casa em isolamento.

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

O AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame, é uma das principais causas de morte no mundo. Todo ano, cerca de 16 milhões de pessoas enfrentam esse problema e, deste total, 6 milhões vêm a óbito.

A manifestação de um AVC pode ocorrer por meio de uma sensação súbita de dormência, dificuldade para movimentar a face, fraqueza, braços e pernas com redução nos movimentos de um lado do corpo, alterações visuais, cefaléia, dificuldade na fala e até mesmo oscilação no nível de consciência.

Este mal acontece inesperadamente, sendo causado pela interrupção ou diminuição abrupta do fluxo sanguíneo no cérebro, gerando um déficit na alimentação de oxigênio ao tecido cerebral. Como consequência, há perda de algumas funções das regiões que não recebem o oxigênio na quantidade ideal, resultando em algumas graves sequelas.

Veja quais são as sequelas mais comuns

Dificuldade em se mexer

Devido à perda de força, de músculo e de equilíbrio de um dos lados do corpo, ocorre a dificuldade nos movimentos do corpo, como andar, sentar-se ou deitar-se. A hemiplegia paralisa um lado do corpo, afetando membros superiores, inferiores e face. Além disso, a sensibilidade do braço e/ou da perna afetados também pode ficar diminuída, aumentando o risco de quedas.

Confusão e perda de memória

A confusão mental após um AVC é uma das consequências mais frequentes. Há a dificuldade em compreender ordens simples, reconhecer objetos familiares e até esquecer a utilidade das coisas. E, dependendo da região do cérebro afetada, algumas pessoas também podem sofrer perda de memória, o que acaba dificultando a capacidade para a pessoa se orientar no tempo e no espaço.

Alterações na face

A face pode ficar assimétrica, metade paralisada, podendo apresentar a boca torta, testa sem rugas e olho caído de apenas um dos lados da face. Algumas pessoas também podem apresentar disfagia, ou seja, dificuldade em engolir alimentos e líquidos, aumentando o risco de engasgamento. É necessário adequar os alimentos à capacidade de cada pessoa, com pequenas quantidades de alimentos moles ou líquidos.

Dificuldades na fala

Muitos pacientes apresentam dificuldade em falar, tendo o tom de voz muito baixo, não conseguindo articular bem as palavras ou mesmo perdendo totalmente a capacidade de falar. Além da fala, há riscos de alterações auditivas do lado afetado.

Alterações visuais

É comum a visão embaçada, visão dupla e diminuição do campo visual, o que gera dificuldades em reconhecer objetos e pessoas. As alterações visuais também restringem o paciente a se locomover livremente. Em alguns casos, pode haver até a perda total da visão.

Incontinência

A incontinência urinária e fecal é frequente. A pessoa pode perder a sensibilidade para identificar os sinais do organismo, como a vontade de ir no banheiro, sendo recomendado usar fralda para ficar mais confortável.

Depressão e revolta

Pessoas que tiveram um AVC têm um maior risco de desenvolver uma depressão grave, que pode ser causada por alguma alteração hormonal influenciada pelas lesões no cérebro e, principalmente, pela dificuldade em conviver com as limitações impostas pelo AVC. A melhor forma de evitar quadros muito graves e sequelas significativas após a instalação da doença é reconhecer de maneira imediata os sinais do aparecimento do AVC e encaminhar o paciente imediatamente ao tratamento adequado.

Como é a recuperação depois do AVC

Felizmente, o AVC é uma doença cujos danos e sequelas podem ser parcialmente ou totalmente reversíveis, dependendo da intensidade e região afetada.

De modo emergencial é preciso manter a estabilidade da respiração e vias aéreas, fazer manutenção da pressão arterial controlada, e identificar o tipo de acidente vascular cerebral para que o tratamento seja mais eficaz.

Em seguida a fase aguda, o tratamento tem como objetivo atuar sobre as causas que motivaram a ocorrência do problema como forma de prevenção para que não ocorra um novo episódio.

O tratamento multidisciplinar é fundamental para o processo de recuperação:

  • Fisioterapia ajuda o paciente a recuperar o equilíbrio, a forma e o tônus muscular, podendo voltar a andar, sentar-se ou deitar-se sozinho;
  • Estimulação cognitiva com terapeutas ocupacionais e enfermeiros que realizam jogos e atividades para diminuir a confusão e os comportamentos desadequados;
  • Fonoaudiologia para recuperar a capacidade de se expressar e diminuir quadros de engasgamento;
  • Nutricionista adequa às necessidades nutricionais na dieta do paciente;
  • Tratamento psicológico para apoiar e motivar o paciente a atravessar este momento difícil. Também indicado aos familiares mais próximos.

O tratamento deve ser iniciado assim que possível, de preferência ainda no hospital, devendo ser realizado diariamente para que a pessoa possa recuperar sua independência e ganhar mais qualidade de vida.

Fatores de risco para o surgimento de um AVC

Os fatores de risco mais importantes para o surgimento de um AVC estão ligados à hábitos de vida:

  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Diabetes mellitus;
  • Tabagismo;
  • Alteração nos níveis de triglicérides e colesterol;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação desbalanceada;
  • Obesidade e sobrepeso;
  • Problemas cardíacos, como arritmias e doença arterial carotídea.

AVC em idosos

Após os 55 anos, o risco do AVC aumenta consideravelmente, fazendo muitas vítimas na população idosa.

Por ser um mal súbito, esta doença atinge a toda a família de surpresa. Em poucas horas é preciso assimilar o acontecimento e já iniciar a busca rápida pelos tratamentos necessários.

Há também todo o trauma psicológico em ver seu ente querido numa situação que evolve tantas sequelas físicas e que tiram sua independência em executar tarefas simples.

Neste momento é necessária muita força emocional para enfrentar a situação e para motivar o paciente a cumprir as etapas do tratamento.

Se tiver possibilidade, aceite ajuda de amigos e familiares ou contrate um cuidador de idosos para auxiliar nas tarefas desta nova rotina.

A Mão do Amor tem profissionais capacitados e experientes para fornecer o auxílio necessário neste momento familiar difícil.

Considerações finais

Para ter certeza se uma pessoa está tendo um AVC, faça o teste do SAMU. A sigla significa:

S de sorriso

Peça para a pessoa tentar sorrir, em casos de AVC não existe simetria entre os lados da boca, fica um sorriso torto facilitando a identificação de que há algo errado.

A de abraço

Quem sofre um AVC costuma ter fraqueza em um dos lados do corpo e não consegue levantar ambos os braços do mesmo modo, para abraçar outra pessoa.

M de música

Como a fala e coerência ficam comprometidas, o paciente não consegue cantar com a destreza habitual.

U de urgência

Se todos os testes foram positivos, chame ajuda imediatamente.

Sempre vale lembrar que, quanto antes for o atendimento médico, maiores as chances de recuperação. Fique atento!

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Atualizado em 11 de novembro de 2021.

Envelhecer é um processo natural da vida e não temos como escapar desta realidade, mas podemos direcionar nosso envelhecimento através de nossos hábitos e comportamentos.

Anos atrás, esta fase era vista como o “fim da vida”. Hoje, graças a evolução da tecnologia, da medicina e da sociedade como um todo, temos uma expectativa de vida muito mais longa, saudável e ativa. Isso se dá, principalmente, devido a substituição de velhos paradigmas e comportamentos nocivos.

Com o aumento da população idosa, ocasionado pela transição demográfica, uma série de profissionais e serviços específicos para esta faixa etária foram desenvolvidos. Entre eles estão a Geriatria e a Gerontologia.

Qual a diferença entre geriatria e gerontologia?

A Geriatria é uma especialidade médica cujo objetivo é prevenir e tratar doenças relacionadas ao envelhecimento, através da reabilitação física dessa população. Ela trata de condições que tradicionalmente assolam os idosos. Entre elas, as quedas, a falta de equilíbrio, as dificuldades na hora de realizar movimentos, os problemas de memória, os diferentes tipos de demência, a incontinência urinária e a osteoporose. Cuida, também, de condições que podem ser encontradas em todas as idades, como a pressão alta, a diabetes, o colesterol alto e até mesmo a depressão.

A Gerontologia é uma ciência que busca estudar o processo de envelhecimento sob seus diferentes aspectos físicos, biológicos, psíquicos, emocionais, sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos e espirituais. São profissionais que agem de forma integrada sobre esses aspectos, afim de proporcionar melhor assistência e cuidado ao idoso, visando sua independência funcional.

Enquanto a Geriatria atua especificamente sobre os aspectos físicos, na promoção e cuidado de saúde ao indivíduo idoso, a Gerontologia foca na promoção de bem estar, com intervenções multidisciplinares que permitem maior qualidade de vida às pessoas idosas, de modo individual ou coletivo.

O gerontólogo é um profissional generalista, com uma visão interdisciplinar e integrada. Sua formação o habilita a compreender, criar, gerir, desenvolver e avaliar formas de apoio ao idoso e seus cuidadores familiares e profissionais, em contexto multiprofissional. O conceito de gestão em gerontologia propõe um conjunto de ações proativas associadas à promoção do envelhecimento ativo. Ação essas que podem maximizar a independência, a autonomia e o bem-estar do idoso e seus familiares.

Sendo assim, cabe ao gerontólogo articular saberes de diversas ordens. O objetivo é uma maior amplitude e integralidade de conhecimentos que possam beneficiar o planejamento, a avaliação e o monitoramento do plano de ações voltadas para a população idosa e suas redes de apoio.

Nota Mão do Amor

Por toda nossa vida, planejamos nossa vida financeira para chegarmos “tranquilos” na velhice. Mas nada adianta tantos esforços se não houver a preocupação de chegarmos saudáveis para viver este momento em sua plenitude.

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